PENSAMENTOS PARA EDUCAR
1.
"Não acredite em nada do que dizem os livros. Não acredite em nada do que dizem
os professores. Não acreditem em nada do que vocês vêem ou mesmo pensam, e
também não acreditem em nada do que eu digo. Perguntem por quê a
tudo e a todos”. Hans Joachim Koellreutter
2. "Na
escola, o aluno não pratica futebol pensando, obrigatoriamente, em
se tornar um atleta profissional; mas o faz para exercitar-se, para aprender a
atuar em grupos." Hans Joachim Koellreutter
3. “Ninguém
começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da
tarde. Ninguém nasce educador. A Gente se
faz educador, a gente se forma como educador, permanentemente, na prática
e na reflexão sobre a prática”. Paulo
Freire
4.
"Não quero mais uma vida particular, pois, quando fico
sozinho, eu não existo. Eu só existo no diálogo".
Clarice Lispector
5. “Não
creio ser necessário ver os meninos com muitos livros. Sempre
acreditei que o verdadeiro texto do aluno é o próprio
mestre”. Mohandar Gandhi
6.
"Não tenho um caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de
caminhar". Thiago de Melo
7.
"Tenho direito a ser igual quando a diferença me discrimina. Tenho direito
a ser diferente, quando a igualdade me descaracteriza”. Prof
Napoleão
8. “Por
isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental
é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de
hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática”. Paulo Freire
9. “Não há
docência sem discência”. Paulo Freire
10. “ [...]
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
produção ou construção”. Paulo Freire
11. “O
fundamental é que professor e alunos saibam que a postura deles, do professore
e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora, e não apassivada,
enquanto fala ou enquanto ouve”. Paulo Freire
12.
“Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância,
se não supero permanentemente a minha”. Paulo Freire
13. “Assim
como não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar certo e bem
os conteúdos de minha disciplina, não posso, por outro lado, reduzir minha
prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos. Esse é um momento apenas de
minha atividade pedagógica. Tão importante quanto ele, o ensino dos
conteúdos, é o meu testemunho ético ao ensiná-los. É a decência com que o faço.
É a preparação científica revelada sem arrogância. Pelo contrário, com
humildade. É o respeito jamais negado ao educando, ao seu saber de
“experiência feito que busco superar com ele. Tão importante quanto o
ensino dos conteúdos é a minha coerência na classe. A coerência entre o que eu
digo, o que escrevo e o que faço “. Paulo Freire.
14.
“Todo ensino de conteúdos demanda de quem se acha na posição de aprendiz que, a
partir de certo momento, vá assumindo a autoria também do conhecimento do
objeto”. Paulo Freire
15. “Sou
tão melhor professor, então, quanto mais eficazmente consiga provocar o
educando no sentido de que prepare ou refine sua curiosidade, que deve
trabalhar com minha ajuda, com vista a que produza sua inteligência do objeto
ou do conteúdo de que falo. Na verdade, meu papel como professor, ao ensinar o
conteúdo a ou b, não é apenas o de me esforçar para, com clareza máxima,
descrever a substantividade do conteúdo para que o aluno o fixe. Meu
papel fundamental, ao falar com clareza sobre o objeto, é incitar o aluno, a
fim de que ele, com os materiais que ofereço, produza a compreensão do objeto
em lugar de recebê-lo, na íntegra, de mim. Ele precisa de se
apropriar da inteligência do conteúdo para que a verdadeira relação de
comunicação entre mim, como professor, e ele, como aluno, se estabeleça.
É por isso, repito, que ensinar não é transferir conteúdo a ninguém, assim como
aprender não é memorizar o perfil do conteúdo transferido no discurso vertical
do professor. Ensinar e aprender têm a ver com o esforço metodicamente crítico
do professor de desvelar a compreensão de algo e com o empenho igualmente
crítico do aluno de ir entrando como sujeito da aprendizagem, no processo
de desvelamento que o professor ou professora deve deflagrar. Isso não
tem nada a ver com a transferência de conteúdo e fala da dificuldade,
mas, ao mesmo tempo, da boniteza da docência e da discência.”
Paulo Freire”.
16. “Que me
seja perdoada a reiteração, mas é preciso enfatizar, mais uma vez: ensinar não
é transferir a inteligência do objeto ao educando, mas instigá-lo no sentido de
que, como sujeito cognoscente, se torne capaz de inteligir e comunicar o
inteligido”. Paulo Freire
17. “...
Saber ler e escrever equivale à faculdade de aproveitamento e participação nas
maiores realizações humanas (o que torna possível todas as demais)
especialmente na cotização de todas as nossas experiências reunidas em vastos
acervos cooperativos de conhecimentos, os quais, exceto em casos de privilégios
especiais, censura ou proibição, são de livre acesso ao mundo”.(S.I.
Hayakawa. A Linguagem no Pensamento e na Ação, p.10)
18.
"Educação é como um rio. Tem as cabeceiras onde nascem as águas e depois
vai crescendo, recebe as águas de outras
nascentes e vai aumentando sua força e sua energia. A vida, a partir dos
primeiros contatos com o mundo, começa a educar nosso espírito, a formar nosso
conhecimento, nossa maneira de andar no mundo. Quando você recebe o sol, o
canto dos pássaros, as estações do ano, quando o clima muda, estamos recebendo
a Educação das forças da Natureza." (Aílton Krenak, índio. Nova
Escola nº 44/90, p.20)
19.
"Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacular é,
sem dúvida, o livro. Os demais são extensões do seu corpo. O microscópio, o
telescópio são extensões de sua visão; o telefone é a extensão de sua voz; em
seguida temos o arado e a espada, extensão de seu braço. O livro, porém, é
outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação."
(Jorge Luís Borges. Revista de Informação Pedagógica nº 01, p. 10)
20. “... Os
homens produzem idéias e representações pelas quais procuram explicar e
compreender sua própria vida individual, social, suas relações com a natureza e
com o sobrenatural. Essas idéias ou representações, no entanto, tenderão a
esconder dos homens o modo real como suas relações sociais foram produzidas e a
origem das formas sociais de exploração econômica e de dominação política. Esse
ocultamento da realidade social chama-se ideologia”.(Marilene Chauí. O que é
ideologia, p. 21)
21. “Educar
não é cortar as asas: é orientar para o vôo”. ( anônimo)
22. “Sou
autodidata na medida em que devo o que sei — ou o que penso que sei — ao fato
de ter sido um leitor voraz e omnívoro”. Luiz Fernando Veríssimo
23. “O
professor é aquele que conduz, que aponta o norte, o sul, e depois diz ao
aluno: 'Vire-se você, faça o seu próprio caminho'. Nietzsche dizia que um bom
mestre é aquele que ensina os alunos a se desligarem dele. Então é preciso
ensinar as pessoas a se desligarem de seus mestres, a serem mestres de si
mesmas. É um estranho paradoxo, mas nós, professores, somos feitos para não
existir. O que interessa é que as pessoas tenham uma relação direta com a
filosofia, na qual eu serei apenas um mediador. Eu sou feito para
desaparecer”.Michel Onfray, filósofo francês.
24. “É
preciso aprender a pensar e a reunir a isso todos os saberes que permitem
conhecer. Eu não estou certo que o trabalho de memória sobre um certo número de
fatos seja útil para pensar. Então que se trabalhe a retórica, a argumentação,
a lógica, a construção de um discurso e de uma proposição. São coisas que se
pode aprender, mas que não se aprende. A gramática acabou nas escolas. Imagino
que se possa reunir o clássico e o moderno, ensinando também o que é ecologia,
informática, biotecnologia etc.” Michel Onfray, filósofo francês
25. No
processo de aprendizagem, só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do
aprendido, transformando-o em aprendido, com o que pode, por isso mesmo,
re-inventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações
existenciais concretas. Paulo Freire.
26. Há 2400
anos morria Sócrates. Filho de um escultor e de uma parteira, ele foi muito
mais do que um filósofo, na época em que a Grécia era o centro do universo. Nas
ruas de Atenas, dedicava-se a ensinar a virtude e a sabedoria. Revolucionário,
rejeitava o modelo vigente, segundo o qual o conhecimento devia ser transmitido
"de cima para baixo".
Seu método
era dialogar com pequenos grupos em praças e mercados. Usava a consciência da
própria ignorância ("Só sei que nada sei") para mostrar que todos nós
construímos conceitos.
Acreditava
que é preciso levar em conta o que a criança já sabe para ajudá-la a crescer
intelectualmente. Na época, essas práticas representavam uma ameaça, porque
tiravam o mestre do pedestal para aproximá-lo dos discípulos — exatamente o
contrário do que faziam os sofistas, estudiosos e viajantes profissionais que
cobravam caro por uma educação obviamente elitizada. Por isso, Sócrates foi
levado a julgamento e punido com a condenação à morte bebendo cicuta, veneno
extraído dessa planta.
27. “O
papel do professor tornou-se muito mais relevante a partir das novas exigências
sociais e tecnológicas que demandam do aluno uma formação plena e abrangente. A
evolução da ciência gerou novos conceitos científicos. A ciência milenar deixou
de ser obra terminada e dogmática para se abrir ao dinamismo de novos
conhecimentos.
Quem não é
capaz de aprender não está apto para ensinar. O educador deve estar em contínua
formação, uma vez que o aprimoramento é indispensável, principalmente, ao
construtor de uma nova geração e sociedade.
São tantas
as responsabilidades do professor do novo século que é necessário que ele
esteja em sintonia com um mundo de informações cada vez mais velozes. Só se
consegue ser atualizado sendo mestre e aprendiz”. (Marly Maria Weber,
professora e pedagoga)
28. “O
professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas
e jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com
definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o
aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos, para depois confrontar com o
conhecimento sistematizado”. John Dewey
29. “A
experiência educativa é, na verdade, uma experiência reflexiva que resulta em
novos conhecimentos”. John Dewey
30. “A
rigor, é inviável o trabalho formador, docente, que se realize num contexto
que se pense teórico, mas, ao mesmo tempo, faça questão de permanecer longe do,
e indiferente ao contexto concreto, ao mundo imediato da ação e da
sensibilidade dos educandos”. Paulo Freire