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Esta é a seção onde os visitantes poderão conhecer um pouco mais de cada estado nordestino.

Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
Fernando de Noronha

Mas antes, conheça a região que abriga estes lindos estados.

Com uma área de 1.556.001 km², 18,27% do território nacional, a região Nordeste abriga 42.822.100 habitantes - quase 30% da população brasileira. É a área mais problemática do país, situação que decorre da baixa produtividade da terra, cultivada segundo métodos primitivos, do latifúndio (grande propriedade) improdutivo e do minifúndio (pequena propriedade) deficitário, da falta de oportunidade de emprego, da seca e da escassez de meios de transporte e comunicação.

Todos esses fatores somam-se para debilitar a economia nordestina. Nas últimas décadas, os problemas foram atenuados, de certa forma, pelo grande volume de capitais atraídos pelo mecanismo de incentivos fiscais e pela atuação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), como órgão de planejamento econômico. No entanto, todas essas verbas e esforços ainda são insuficientes para resolver problemas tão graves como o desemprego e a grande disparidade entre a economia nordestina e a do resto do país

Incluindo nove Estados - Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia - e um território - Fernando de Noronha -, a região Nordeste apresenta grande diversidade de aspectos físicos e humanos. Distinguem-se perfeitamente dentro desse conjunto pelo menos quatro áreas com características próprias e bem definidas: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte.

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A Zona da Mata

A Zona da Mata corresponde a uma faixa estreita - 50 a 120 km de largura - que se estende do Rio Grande do Norte à Bahia. Atravessando essa faixa de leste para oeste é possível perceber três diferentes áreas de relevo: o litoral, os tabuleiros e os planaltos ondulados. O litoral é formado de estreitas planícies costeiras, cobertas de mangues e coqueirais. Os tabuleiros são mais elevados, mas ainda planos e cobertos de cerrados (se o solo é ruim) ou matas (se o solo é bom). Já os planaltos ondulados constituem a área onde se desenvolveram primeiro a Mata Atlântica e, depois, os canaviais: colinas suavemente onduladas e solos férteis caracterizam essa região.

A área total da Zona da Mata é pequena (pouco mais de 100.000 km²), correspondendo a apenas 7% da superfície da região Nordeste. Os solos férteis e a lavoura da cana, porém, atraíram muita gente: hoje, cerca de 30% da população nordestina vive nesse trecho.

Nos séculos XVI e XVII, a Zona da Mata abrigou uma verdadeira "civilização do açúcar": tudo girava em torno dos engenhos e lavouras de cana. No começo da década de 90, a produção de açúcar e álcool ainda era a principal atividade da região: na Zona da Mata havia 77 usinas em 1991, responsável por quase 39% da produção nacional de açúcar e por 15% da de álcool. Mas desde a década de 80 a produção açucareira de todo o Nordeste já havia sido suplantada pela de São Paulo. Além disso, na própria Zona da Mata outros produtos ganhavam importância cada vez maior: é o caso do algodão, do cimento, do cacau e do petróleo. Embora o algodão seja cultivado sobretudo no Agreste e no Sertão, é na Zona da Mata que ficam as fábricas de fios e tecidos, geralmente perto dos portos. A indústria do cimento tem uma produção relativamente grande, mas ainda insuficiente para atender ao consumo regional. Quanto ao cacau, é cultivado no sul da Bahia, região de clima e solo tão favoráveis à planta que acabou responsável por mais de 80% da produção brasileira. Uma pouco ao norte da zona do cacau, situa-se no Recôncavo Baiano, segunda maior bacia produtora de petróleo do Brasil.

É ainda na Zona da Mata que ficam as duas maiores cidades do Nordeste, Recife e Salvador. Em estimativa de 1993, a região metropolitana de Recife somava 2,9 milhões de habitantes, e a de Salvador, 2,6 milhões, ocupando respectivamente o quinto e o sexto lugares entre as maiores metrópoles brasileiras.

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O Agreste

Logo após a Zona da Mata, para o interior, estende-se uma faixa mais curta, que a acompanha apenas até Sergipe: o Agreste. É bem menos úmido que a Zona da Mata, mas mesmo assim as chuvas aí são mais certas e mais frequentes que no Sertão, embora já sejam insuficientes para a agricultura.

A maior parte do Agreste corresponde à extensa chapada da Borborema. Nos pontos mais altos da chapada o clima é mais úmido e mais frio, favorecendo as atividades agrícolas. Esses pontos são conhecidos regionalmente pelo nome de brejos, e aí se concentram as pessoas e as lavouras.

A área do Agreste é pequena, corresponde a 50.000 km², isto é, menos de 4% do total da região Nordeste. No entanto, é uma área densamente povoada, pois concentra cerca de 12% da população. Nos brejos, a terra é mais valiosa: por ser úmida o ano todo, permite vários tipos de lavoura. Cultivam-se milho, feijão e mandioca para subsistência; tomate, cebola, frutas e flores para o abastecimento das cidades da região; e algodão, sisal e café para os mercados do exterior e do Sudeste. Nas partes mais secas do Agreste, cria-se o melhor gado bovino da região, em áreas cercadas e com pastos plantados.

Antigamente, as cidades mais importantes do Agreste localizam-se nos brejos, onde havia muita água e bom clima. Hoje, no entanto, são mais importantes aquelas situadas às margens das rodovias e ferrovias que se dirigem para o litoral - e esses caminhos não passam pelos brejos, mas pelas áreas mais secas. Assim, entre as cidades mais desenvolvidas e populosas do Agreste destacam-se Campina Grande, na Paraíba, Caruaru e Garanhuns, em Pernambuco e Arapiraca, em Alagoas.

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O Sertão

O Sertão é a mais extensa das subdivisões do Nordeste, ocupando 65% da superfície da região: quase 1.000.000 km². Corresponde principalmente ao interior da região, mas estende suas características até o litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte.

Na maior parte do Sertão o relevo é plano, apenas interrompido aqui e ali pelas chapadas, elevações baixas de encostas retas e topo plano. A principal característica da paisagem é o clima quente e seco. A falta de chuvas, aí, é agravada pelo fato de que elas não são certas: às vezes se passam dois ou três anos sem precipitações.

As secas normais começam em maio e se estendem por oito ou nove meses. Nessa época, o Sertão mostra seu aspecto mais conhecido. Os rios secam, o solo ressecado racha e a vegetação perde as folhas. Essa vegetação, a caatinga, mostra-se então como uma savana de árvores baixas e espalhadas, entre as quais se desenvolve um emaranhado de cactos e arbustos espinhosos. Do mesmo modo que no Agreste, no alto das chapadas o clima é mais úmido e menos quente, o que atrai as pessoas, concentrando as atividades agrícolas.

De qualquer forma, as condições desfavoráveis do Sertão fazem com que seja menos habitado que a Zona da Mata ou o Agreste: embora corresponda a 65% da região Nordeste, aí vive apenas cerca de 45% da população regional. É principalmente dessa região do Nordeste que partem as correntes migratórias para o sudeste do país. As secas mais prolongadas forçam os sertanejos a ir tentar uma vida melhor em cidades como São Paulo, onde o que os espera, na verdade, é o desemprego e a miséria, pois a cidade já tem problemas de superpopulação. Para vencer o flagelo das secas, o Governo vem construindo açudes no Sertão, mas seu número é ainda insuficiente.

A principal atividade econômica do Sertão é a criação de gado. Ao contrário do que ocorre no Agreste, porém, na caatinga sertaneja o gado é criado solto, cabendo aos agricultores cercar as suas plantações. Esse tipo de criação, praticado desde o século XVI, dá poucas despesas ao criador, mas também pouco rendimento, porque os animais não alcançam bom peso e tamanho.

Ao norte, no litoral do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a paisagem muda. É a zona do sal e da carnaúba. Além de fornecer cera, a carnaubeira (um tipo de palmeira) tem diversas outras utilidades, principalmente para a população mais pobre: a folha é usada na cobertura das casas e serve ainda para fazer chapéus, bolsas e esteiras; o palmito é comestível, e o tronco pode ser usado na construção de casas, currais etc.

Próximo ao mar, encontram-se as salinas. A paisagem aí é marcada pelos cata-ventos das bombas que elevam a água do mar até grandes lagoas, os cercos, onde ela se evapora e deixa o sal como resíduo.

O grande centro urbano do Sertão é Fortaleza, a segunda maior cidade do Nordeste. Em 1993 (estimativa), ocupava o sétimo lugar entre as metrópoles brasileiras, reunindo 2,4 milhões de habitantes.

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O Meio-Norte

O Meio-Norte corresponde ao Estado do Maranhão e a um pequeno trecho do oeste do Piauí. É conhecido também como Zona de Transição para a Amazônia, pelo fato de que as condições de relevo, solo, clima, vegetação e hidrografia vão mudando aos poucos da aridez sertaneja para a umidade da floresta amazônica.

O clima, quente e seco no sudeste do Piauí, vai, aos poucos, se tornando úmido, até chegar às mesmas características do clima amazônico no oeste e noroeste do Maranhão. Essa variedade climática é acompanhada por formações vegetais diversas, da caatinga do Piauí à floresta equatorial no oeste do Maranhão, passando por trechos de cerrado e pela mata dos cocais, composta sobretudo de babaçu (um tipo de palmeira).

O extrativismo do babaçu é a principal atividade econômica dessa parte do Nordeste. São importantes também o cultivo de arroz e a criação de gado. Apesar de possuir clima mais favorável que o do Sertão, o Meio-Norte é das regiões menos povoadas do Nordeste, pois ocupa uma área de 350.000 km² e abriga apenas 13% da população nordestina.

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