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ASPECTOS HISTÓRICOS E INSERÇÃO REGIONAL

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Por volta do ano 1816 às margens do ribeirão Vai-Vem, afluente do Rio Verrissimo, inicia-se o pevoamento da região por agricultores procedentes de Minas Gerais que eguem desordenadamente as primeiras moradias ao redor da Casa Grande da Fazenda do Vai-Vem, de propriedade de Francisco José Dutra.

Os historiadores do município afirmam que os documentos históricos existentes não identificam um fundador intencional da cidade. Segundo eles, o nome Vai Vem derivou do curso ziguezagueamento do ribeirão e/ou originou-se dos constantes vai-vens dos índios que viviam às margens do córrego de mesmo nome. Quando mais tarde, em 1858, passou a denominar-se Entre-Rios foi devido a sua localização entre os Rios Verríssimo e Corumbá.

Segundo o historiador João Veiga, o arraial do Vai-Vem passou a Integrar o município de Catalão, como distrito, em 1º de abril de 1833. Em 25 de julho de 1858 a Lei Provincial n.º 19 deu foros de município ao distrito de Vai-Vem, denominando-o Entre Rois. Mas, em 1º de agosto de 1863, pela Lei Provincial n.º 352, perde as prerrogativas de municípios e volta novamente à condição de distrito de Catalão.

Em 12 de setembro de 1870 a Lei n.º 446 restaura seus direitos municipalistas e ocorre definitivamente seu desemenbramento de Catalão. Esta é, portanto, a data oficial da emancipação politico-administrativa de Ipameri, na época, ainda Entre-Rios. Só em 26 de março de 1904, pela Lei Estadual n.º 42, passa a se chamar Ipameri.

No início do século XX Goiás se integra ao mercado nacional num movimento de expansão de fronteira econônica, através do surgimento de vias de transporte, basicamente ferroviário, que torna possível a ampliação de desenvolvimento da agricultura regional.

Em decorrência da primeira etapa da construção da ferrovia em Goiás (1913-1922) profundas modificações econômicas ocorreram na região, pricipalmente em termos de produção agricola, valorização fudiária, contingente demográfico e urbanização. Ou seja, "a via férrea serviu de suporte à incorporação da área por ela atingida no mercado nacional, ao mesmo tempo que abriu caminho para o avanço capitalista".

Ipameri se integra, nesta época, ao mercado nacional e vivencia uma grande expansão, tornado-se um entreposto comercial e agro-industrial com a implantação de indústrias de calçados, laticínios e charqueadas. E torna-se também um centro regional de beneficiamento, armazenagem e exportação de cereais e carnes para São Paulo e o Triangulo Mineiro.

"Em termos de agricultura, o final da estrada de ferro em Roncador exerceu influência em ampla área e, de acordo com o Censo de 1920, evidenciou significativa concentração agrícola nas adjancências. A produção agrícola na área de influência da ferrovia chegou a atingir a metade do total do arroz, milho e feijão produzido em todo o estado. A velha organização do complexo agricultura de subsistência - pecuária extensiva foi se rompendo com a emergência do mercado."

A estrada de ferro também beneficiou a bovinocultora ao possibilitar a inplantação de charqueadas e matadouros em cidades sevidas pela ferrovia, entre as quais Ipameri.

"Teoricamente, a ferrovia, por si só, é extremamente importante, pois carrega consigo o germe de uma nova sociedade: impessoaliza as relações trabalhistas no ânbito da empresa, desvicula o homem da alternativa de tornar-se agregado de fazendas, "impõe" o pagamento monetário e, juntamente com ele, socializa a noção de custo e de calculo. A ferrovia ainda promove valorização das terras em municipios servidos pelos trilhos ou localizados próximos a eles. Em Anápolis- cidade situada, no início do século, bem além do término dos trilhos - o preço do alqueire de campo elevou-se de 2$500 para 15$000 e o preço da terra de mato sofreu incremento de 12$000 para 30$000 o alqueire. Em Ipameri, mais próxima dos trilhos na época, a valorização foi ainda mais forte: em 1915 vendeu-se o alqueire de mata a 50$000. Com a passagem dos trilhos elevou-se em 1921 a 300$000. por fim, a ferrovia incrementa o processo de urbanização: em Goiás, algumas cidades servidas pela linha de ferro chegaram a ensaiar vida característica de cidade. Ao receber água encanada, energia elétrica, cinema, telégrafo, telefone e agência do Banco do Brasil (Ipameri) passaram a distinguir-se do restate dos aglomerados urbanos."

Entretanto, "da mesma forma que em determinado momento a ferrovia se constituiu num fator de propulsão do crescimeto da região, em outro momento paradoxalmente, ela se transformou em entrave ao desenvolvimento. Isto se deu a partir de meados dos anos 50 com o novo direcionamento que é dado à economia nacional, beneficiando a industria automobilistica nascente no sudeste do país. Com isto se tornou possível a proliferação da rede rodoviária no espaço nacional, gerando, apartir dai, um isolamento e uma relativa estagnação da região até então integrada pela ferrovia, que de forma veloz deixou de ser imprescindivel ao escoamento da produção e ao contato com outros centros regionais, perdendo gradual e sucessivamente sua importância.

Com a rápida espansão da malha rodoviária e o desestímulo e a decadência do transporte ferroviário no país (a partir dos anos 60) o município entra num processo de estagnação econômica e demográfica e a ferrovia passa a ser um fator de entrave para seu desenvolvimento.

"As dificuldades para contato com as demais regiões do estado fez com que as comunicações da região da Estrada de Ferro São Marcos se entreitassem mais com o Triangulo Mineiro e com Brasília, através da Rodovia BR-050. Somente a partir do ano de 1984 é que este isolamento foi quebrado, quando da pavimentação da GO-330 ligando de forma direta Ipameri a Goiânia e a Catalão".

Atualmente o município está plenamente integrado aos municípios vizinhos, Goiânia, Brasília, Uberlândia e outros centros comerciais através das rodovias GO-330, GO-216, GO-406, GO-020 e BR-050, além da ferrovia, que atende apenas ao transporte de cargas.

Tendo em vista a sua localização, Ipameri encontra-se em posição privilegiada no contexto viário do estado e da região, já que é ponto de confluência de rodovias além da ferrovia. Além disso, por estar situado no centro geográfico entre Goiânia, Brasília e o Triangulo Mineiro, e estando ligado a estes centros econômicos por malha rodo-ferroviária, situa-se numa região que num raio de 300km atinge um mercado consumidor de mais de cinco milhões de consumidores.
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