O
sobrenome Almada é de origem geográfica, proveniente do árabe
“al-ma'adan” (“a mina”), e identifica Vila e sede de
Concelho e de Comarca do distrito de Lisboa. Numerosas foram as famílias
que adotaram este sobrenome, pela
simples razão de ser tirado do lugar de Almada. Não se pode
considerar, portanto, que todos os Almada sejam parentes. O mesmo
se aplica no campo da heráldica: jamais se pode considerar que uma Carta
de Brasão de Armas de um antigo Almada se estenda a todos aqueles
que apresentam este mesmo sobrenome, porque não possuem a mesma origem.
Em Portugal, esta genealogia principia em Vasco Lourenço de Almada,
que viveu no século XIII (c. 1270), o primeiro a usar este sobrenome de
família; ele é tido como descendente de um fidalgo de origem inglesa,
que serviu na função de Mestre de Campo de Guilherme de Longa Espada,
passando a Portugal, no século XII, para ajudar Afonso Henriques na
conquista de Lisboa contra os mouros. Por esse motivo, o mesmo Príncipe
D. Afonso Henriques, depois 1º Rei de Portugal, deu a esse Cavaleiro Inglês
o senhorio do lugar de Almada, de onde tirou seu novo sobrenome de
família.
Segundo historiadores, Vasco foi um homem muito estimado pelos primeiros
Reis de Portugal. Sua descendência passa por João Anes de Almada (c.
1300), Vasco Lourenço de Almada (c. 1330), João Vaz de Almada (c. 1360),
D. Álvaro Vaz de Almada (c. 1390 e f. na Batalha de Alfarrobeira, em
20/05/1449) e outros (vide adiante).
D. Álvaro Vaz
de Almada, bisneto de Vasco Lourenço de Almada, foi um dos
maiores homens do seu tempo. Por mercê de Carlos 7º da França, datada
de 4 de agosto de 1445, foi agraciado com o título de 1º conde de
Abranches. Foi Cavaleiro da Ordem da Jarreteira e Alcaide-Mor de Lisboa.
Em 1415, esteve na tomada de Ceuta, onde foi armado Cavaleiro. Foi um dos
"doze de Inglaterra". tomou parte na batalha de Azincourt, em
21/10/1415.
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Álvaro
casou-se duas vezes, tendo, além de quatro filhas do 1° casamento, dois
filhos, D. João de Abranches (c. 1420) e D. Fernando de Almada (c. 1430).
Ambos se casaram e deixaram descendentes, que foram levando adiante o
sobrenome de família, como em D. Antão de Almada (c. 1600), casado e com
uma numerosa prole (dezoito filhos), que também prestou serviços
diversos à Coroa e foi agraciado com títulos nobiliárquicos.
Do pouco acima mencionado, percebe-se que os Almada sempre se
destacaram por sua presença junto aos governantes de Portugal e pelos
cargos e títulos que acumularam. E de algum deles descende Ana Vaz
de Almada, concubina de Vasco
Fernandes Coutinho, a quem deu dois filhos.
Abaixo um brasão de armas de Almada encontrado em um site
português de genealogia:
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