Relatσrio mai/jun 1998

 

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PROJETO 0220.1500.063 – CUSTOS EFETIVOS DE PRODUÇÃO DE CACAU

RELATÓRIO DO PRIMEIRO ANO : MAI-1998- ABR-1999.

TÍTULO PARA PUBLICAÇÃO: DESEMPENHO DE TRÊS FAZENDAS NO ANO AGRÍCOLA CACAUEIRO 1998-1999.

(Versão em Discussão)

Hilmar Ilton Santana Ferreira1
Luiz Brandão Freire2
Helga Dulce Bispo Passos3
Juliana Veira de Carvalho4
Kaliandra Freitas Sena4
Gilberto Carlos Cerqueira Mascarenhas5
Alfredo Dantas Landim6
Luiz Henrique de Azevedo Dias7

1-Professor do Departamento de Ciências Econômicas-UESC, Mestre; 2-Eng.Agr.Prefeitura da UESC, BS; 3-Estudante de Economia, UESC, Bolsista de Iniciação Científica, PIBIC/CNPq; 4-Estudantes de Economia e Agronomia, da UESC, respectivamente, bolsistas de Iniciação Científica da UESC; 5.Pesquisador do CEPEC/CEPLAC e Professor da UESC, Mestre; 6-Eng.Agr., Mestre, Empresário; 7-Administrador, Mestre, Empresário.

RESUMO – São considerados os custos efetivos de produção de cacau em amêndoas em três fazendas da Região Cacaueira da Bahia, para o ano agrícola 1998-99. É feita a avaliação econômica privada deste agronegócio mediante indicadores do ano típico. O desempenho da atividade se mostra ineficiente. Faz-se referências iniciais a estudo de tecnologia via coeficientes–técnicos de produção e a tratamento de preços pagos e recebidos pelos produtores. O trabalho se desenvolve no contexto de projeto de pesquisa da UESC-DCEC.

Palavras-chave: Avaliação econômica da produção de cacau, via custos efetivos; tecnologia; preços do produto e dos insumos.

ABSTRACT – Cacao effective prouction costs in Southern Bahia are approached. Three farms was worked at the 1998-99 season. Agribussiness private economic evaluation is done, shwoing poor performance. The first approach of technology is done by production technical - coefficients . Product and input prices are also studied. The study is done by UESC-DCEC’s research project.

Key-words: Cacao production economic evaluation by effetive costs: tecnology; input and output prices.

 

I – INTRODUÇÃO - O presente estudo considera o processo agrícola de produção do cacau em três fazendas selecionadas (uma da UESC e duas da iniciativa privada) na Região Cacaueira da Bahia no ano agrícola 1998/99, num contexto de projeto de pesquisa piloto devidamente aprovado pelas instâncias apropriadas da UESC.

Por certo que o problema vivido aqui e agora pelo setor cacaueiro é bem mais amplo do que o aqui trabalhado. A cacauicultura não pode fugir da busca da agricultura sustentável e da eficiência e da efetividade, por mais que esta assertiva se mostre carregada de juízo de valor.

O projeto estuda, no presente estágio, a tecnologia de produção, o custo de produção e a avaliação econômica do processo produtivo. Em futuro a decidir, poderá ser expandido para um Programa de Economia da Produção, estudar amostra representativa da região, sub-regiões ou outras categorias espaço/administrativas, deixando de ser estudo de caso.

O estudo aplicado se processa no mundo real, pelo levantamento sistemático, contínuo, de variáveis explicativas do processo produtivo das fazendas, ao longo de todo o ano agrícola cacaueiro brasileiro 1998-1999 ( MAI.1998/ABR.1999: safra temporã - MAI/OUT-1998; safra principal - NOV-1998/ABR-1999) (BRASIL-CEPLAC, 1995). Assim, tem-se informações sobre o custo efetivo de produção, sobre coeficientes-técnicos de produção obtidos diretamente do objeto de trabalho, o processo produtivo real. Os coeficientes ligados aos custos variáveis são objetivos. Isto é um avanço em relação à subjetividade prevalecente nesta área. Já os ligados aos custos fixos, estes envolvem alguma subjetividade em temas como vida útil, depreciação, taxa de juros etc.

Projeto básico, deverá gerar informações para servir a outras instâncias da UESC e da comunidade, tanto em estudos aplicados como teóricos. Há pois amplas possibilidades de uso dos produtos do projeto.

Os dados de produção física da Faz.2 neste relatório substituem os dados apresentados em relatório anterior (safra temporã ). Os custos fixos da Faz.2, não apresentados no mesmo relatório anterior, figuram neste.

No contexto da Economia da Produção Agrícola, este projeto tem por missão a montagem e o pôr em execução de um sistema de acompanhamento de custos efetivos de produção de cacau, na Região Cacaueira da Bahia, a ser expandido, com o tempo. Efetivo – contraparte de Padrão –, por considerar os fatos produtivos efetivamente ocorridos na realidade. Especificamente busca-se os custos de produção em sucessivos anos agrícolas, efetivos, totais, médios; a rentabilidade privada da produção de cacau; aprimorar ao longo do tempo a estruturação das planilhas de custos fixos e variáveis; estabelecer as funções custos de produção de cacau (totais, médios, marginais, fixos, variáveis) para cada ano agrícola, para cada divisão deste ano, em nível agregado ou desagregado (por Agrossistemas, por tamanho, por sistema administrativo, por relações de trabalho, por sub-regiões, para a Região, etc), quando houver suficientes graus de liberdade (adequado número de observações); tratar como variáveis aleatórias os coeficientes-técnicos de produção, dos vários tipos. Ainda pode-se dizer que o projeto tem subsidiariamente por objetivos levar a UESC a participar da vida de comunidade; proporcionar oportunidade para discussão da empírie, do sistema produtivo agrícola; levar a discussões teóricas a partir do uso empírico das teorias; possibilitar a publicação de trabalhos em periódicos especializados ou em congressos; servir como material básico para trabalhos aplicados em cursos de Microeconomia, Economia da Produção, Econometria e outros correlacionados; levar professores, técnicos e estudantes da UESC a se adestrarem em suas áreas específicas, pelo uso dos dados empíricos; estudar e elaborar a tecnologia de produção do cacau de fato exercitada por produtores reais, via coeficientes - técnicos praticados. Importante função deste projeto pode ser prestar consultoria, como de fato já está ocorrendo com o Instituto Biofábrica de Cacau, que fez convênio com a UESC para, entre outras atividades, montar o sistema de acompanhamento de custos de seus produtos, mudas e garfos de clones de cacaueiros resistentes à Vassoura-de-Bruxa. E pô-lo a funcionar.

Faz-se uso de técnicas de Economia da Produção.

 

II – MATERIAL E MÉTODO

II.1. CUSTOS DE PRODUÇÃO

"Custo de Produção – Objeto" tem existência real indiscutível. Sabe-se que eles se constituem nos desgastes sofridos pelos "meios de produção" – desgastes totais quando se tratam de "objetos de trabalho" ("fatores variáveis") ou desgaste parciais, quando se referem aos "meios de trabalho" ( "instrumentos de trabalho", "benfeitorias", "fatores fixos" e "fatores semi-fixos"). No mundo real, onde ocorre o "custo objeto", qualquer processo de produção consome os "meios" acima referidos e demora no tempo (Lange, 1963; Simonsen, 1979; Ferreira, 1996). Já a contraparte conceptual (Bunge, 1987) dessa grandeza, "Custo de Produção – Representação", se apresenta na literatura de modo controversa e um tanto assistematizada. Barros (1945) faz uma boutade ao dizer que se trata de uma grandeza de que todos falam e ninguém sabe o que é. Malgrado o amplo uso empírico da variável, há quem veja impossibilidade ou dificuldade muito grande na sua utilização aplicada, v.g. Gedek(1985), Harza(1986) e Schuh(1976). Fisher & Shell (1998) dão continuidade ao seu célere livro de 1972, The Economic Theory of Index Numbers, começando por apresentar seu enfoque de construir índices preços e quantidades de produção. Os autores adotam um índice de custos de insumos que é isomórfico ao índice de custo de vida Laspeyres, tipo Konüs. Lence & Miller (1998) afirmam que estão disponíveis dados de uso de insumos agregados para firmas multi-produtos, mas não para insumos de atividades específicas. O estudo fornece um enfoque generalizado de entropia cruzada para estimar a alocação dos insumos que é consistente com a informação agregada. Prescott(1998) evidencia em estudo empírico que é preciso uma teoria para a produtividade dos fatores totais, já que ela explica melhor as diferenças internacionais de renda do que a taxa de poupança. Também o estoque de conhecimento tecnológico é de menor importância.

Leone & Leone (1999), organizadores de um dicionário de termos empregados pela Contabilidade de Custos, com base em literatura técnica brasileira e estrangeira, e com fundamento em outras disciplinas como Administração, Economia, Estatística e Matemática, asseveram que:

 

"A atividade de custeamento de produtos, serviços, processos e atividades é fundamental para a administração das entidades. Com bases nas informações produzidas por essa atividade, os administradores podem tomar melhores decisões, controlar as operações que estão a seu cargo e elaborar planos mais fundamentados. Essa atividade é realizada, dentro das entidades pela Contabilidade, especificamente pelo seu ramo aplicado que é a Contabilidade de Custos, que é uma função de responsabilidade de um Contador. Entretanto, em algumas entidades, a função é exercida por um outro tipo de profissional, como engenheiros, economistas, administradores, estatísticos".

Vilas Boas (1999) produziu um ensaio que relaciona métodos de custeio na administração da produção. Considera a administração da contabilidade de custos e o sistema de informação da empresa. Afirma que nas décadas de 1960 e 1970 ocorreu progresso na gestão de custos, destacando os métodos ABC, CMS, ABM, Custeio por Absorção, Custeio Variável, Análise de Valor e Cadeia de Valor.

Wernke & Bornia (1998/99) mostram que a mensuração dos desperdícios superam o controle tradicional dos custos de qualidade interna.

Wernke, Lembeck & Bornia (2000) apresentam o conceito de Valor Econômico Adicionado ou Agregado – "Economic Value Added" (E.V.A.) – indicador que permite a executivos, acionistas e investidores avaliar com clareza se o capital empregado no negócio está sendo bem aplicado, "se se está criando ou destruindo riqueza dos acionistas". Os autores fazem exercício de cálculo do E.V.A., consideram os benefícios de sua utilização e, nas considerações finais, destacam que o uso do E.V.A. possibilita aumentar o valor da empresa e que este indicador pode ser desdobrado em outros indicadores, propiciando avaliar o ganho de cada melhoria implementada e seu impacto no resultado final da empresa.

Sá (1999) afirma que, desde o começo do século XX, a formação de um fundo de depreciação tem sido pensada com três principais propósitos: reforma do investimento feito, substituição das perdas físicas e restauração da capacidade produtiva. O autor tem usado a idéia de uma riqueza contrastando a eficácia, sendo o fundo usado como recurso.

Neste trabalho observam-se os critérios para estruturação de custos que se acham em Ferreira (1996). Ali estão relacionados dezoito critérios para montagem das planilhas de custos variáveis e onze para as de custos fixos. Entre os primeiros pode-se citar:

 

1. A planilha deve se referir a uma tecnologia ou pacote tecnológico agrícola, descrito e definido pelo conjunto de coeficientes técnicos. (...) 6. O estabelecimento dos coeficientes – técnicos do tipo insumo/insumo (insumo (trabalho ou material)/hectare) pode ser feito tanto por "métodos de engenharia", à base de experimentos, como por "levantamentos procedidos em fazendas" ou até mesmo por métodos subjetivos, como o "método dos juizes", isto é, baseados na opinião de conhecedor ou conhecedores credenciados do processo de produção. As condições específicas de cada caso é que aconselharão que caminho seguir; o importante é que o conjunto dos coeficientes seja o mais representativo possível do fenômeno do mundo real representado pela planilha. Naturalmente, que se dados de origem subjetiva como os provenientes do método dos juizes puderem ser confirmados objetivamente por experimentos ou por levantamentos, tanto melhor. A administração da montagem e do uso da planilha de custos variáveis deve ser presidida pela consciência de que os coeficientes – técnicos são essencialmente instáveis ao longo do tempo.

Claro está que neste trabalho as planilhas de custos variáveis foram montadas por levantamento, procedido simultaneamente com o fato real. Entre os critérios para o estabelecimento de custos fixos, citam-se, v.g.:

 

3. "Exauribilidade" do fator de produção é um item fundamental na estruturação dos custos fixos. Uma das utilizações dos custos fixos é direcionar a formação de fundos de reserva financeiros da empresa. A serem creditados todo ano ao fim do exercício produtivo, pelo valor exaurido do equipamento durante o exercício de produção. Assim, ao fim da vida útil de cada ativo fixo, a empresa dispõe de fundos para fazer face `as necessidades de investimento para reposição do bem desgastado e descartado. A empresa tem esta obrigação para com seu patrimônio e para com a sociedade. Onde não há tal cuidado é freqüente toda a sociedade pagar pela reposição dos ativos desgastados sob os mais diferentes disfarces. (...) 5. Não se deve considerar a depreciação da terra pois, bem manejada praticamente não é considerada exaurível. A recomposição de seu desgaste químico, pela adubação, ou físico, pelo manejo, compõem itens especiais de custos variáveis.

 

II.2.AVALIAÇÃO ECONÔMICA

Em tese, avaliação econômica é decorrente da necessidade de se obter dos recursos disponíveis aplicações que resultem nos melhores benefícios. Em princípio tal precaução surge quando da elaboração de projetos que buscam financiamento governamental. Entretanto tal prática também deve se aplicar em empresas já estabelecidas. Conforme Melnick (1958; p.209) é preciso definir o que se entende por benefícios e dispor de algum padrão ou norma que permita demonstrar que o destino dado aos recursos empregados será o ótimo. A determinação de prioridades se constitui nas respostas às perguntas: o que, como e quando produzir? Há muitas formas de avaliar, existindo diferentes critérios que avaliam a favor de diferentes pessoas e instituições. Há a avaliação individual, privada, empresarial que contrasta com a avaliação social. Há ainda critérios parciais ou fracionários de avaliação, que funcionam mediante a combinação ponderada entre si e critérios integrais, que sintetizam a avaliação num só indicador. É preciso ter presente que mesmo um indicador de avaliação de um só insumo sofre influência de outros fatores.

A avaliação aqui está expressa pelos seguintes indicadores, todos considerados segundo o critério do ano típico, que contrasta com o do horizonte de planejamento:

a) Lucratividade – Trata-se de indicador considerado privado e microeconômico, expresso por

LDE = L / K ( 1 )

sendo LDE = Lucratividade, L = lucros totais, ou receitas totais menos custos totais e K = capital, podendo ser só o capital fixo, o fixo mais o circulante (capital total).

 

b) Velocidade de Rotação do Capital – Indicador considerado social ou macroeconômico, expresso por

VRK = VBP / K ( 2 )

sendo VRK = velocidade de rotação do capital, com considerações semelhantes às acima, VBP = valor bruto da produção ou receitas totais e K = o capital investido. Tal indicador mostra qual a parte do capital total (fixo + circulante) que o processo produtivo recupera em termos brutos (i.e. antes do abate da depreciação do capital fixo sobre o resultado), por período produtivo. Se a VRK estiver expressa em percentual (VRK= (VBP/K)x100), então a partir dela pode-se calcular outro indicador complementar importante, Períodos para Retorno Bruto do Capital: PRBC = 100/ VRK%. Se VRK tiver expressão unitária (equação (2) acima), então PRBC=1/VRK. Ou seja, o PRBC representa o número de períodos produtivos em que "volta" o capital, desprezada a depreciação do ativo fixo.

 

c) Produtividade da Mão-de-Obra - Expresso por

PMO = VBP / MO ( 3 )

onde PMO = produtividade da mão-de-obra, mensurada na unidade (dimensão) unidade monetária/jornada, unidade monetária/equivalente-homem (um equivalente.homem igual a 300 jornadas), ou unidade monetária/unidade monetária (percentual), conforme se tomem diferentes unidades de trabalho. VBP = valor bruto da produção ou receita total e MO = trabalho ou mão-de-obra.

 

d) Ponto de Nivelamento ou Break-Even-Point – Critério típico da avaliação procedida quando de estudos que consideram o horizonte de planejamento, tentar-se-á adaptá-lo ao caso. É a quantidade produzida para a qual se igualam receitas totais e custos totais. Tem a expressão:

PN = CFT / ( P – CVMe) ( 4 )

Pressupõe as funções Receita Total (receita em função da quantidade produzida) e Custos Totais (custos totais em função da quantidade produzida) como lineares. Abaixo do ponto de nivelamento a empresa produz com prejuízo e acima, com lucro (Holanda, s/d, p.146; Holanda, 1975, p.245; Flanzer, 1974, p.190).

Mostra-se por análise dimensional que o PN é expresso em massa (no caso, arroba (@) de cacau). Eis as dimensões das grandezas envolvidas na fórmula de obtenção do PN : CFT= $ ; P= $/@ ; CVMe =$/@ .

Logo, dimensionalmente

PN= $ / ( $/@ - $/@ ) = $ / ( $/@ ) = @

 

e) Quantidade máxima de insumo por unidade de produto sem prejuízo - Este indicador foi desenvolvido por Ferreira (1998) e é expresso por

aj* £ (P – CTMe* )/ Pj ( 5 )

onde, aj* = Coeficiente técnico insumo/produto do insumo j que pode ser empregado sem levar o empreendimento a prejuízo.

P = Preço de mercado do produto.

CTMe* = Custo total médio do produto, menos a parcela correspondente ao insumo j.

Pj = Preço de mercado do insumo j.

Tal indicador, num contexto ceteris paribus e com funções custo lineares sugere até quanto se pode usar do insumo por unidade de produto (coeficiente-técnico insumo/produto), sem que se entre em prejuízo.

 

f) Preço máximo ainda econômico-PMAE – Desenvolvido no mesmo contexto do indicador e) anterior e nos mesmos pressupostos, representa a remuneração máxima que se pode pagar por unidade do insumo j, sem cair em prejuízo. Sua expressão é:

PMAE = Pj = (P – CTMe*) / aj ( 6 )

onde as variáveis têm o mesmo significado do indicador anterior, sendo aj o coeficiente-técnico verificado. Não confundir com aj*.

 

II.3.TECNOLOGIA

Os coeficientes–técnicos de produção são a expressão da tecnologia. O processo de produção é decomposto em partes: as práticas e procedimentos particulares para a realização de cada tarefa em que se subdivide o trabalho produtivo. Estas práticas são as técnicas ou o modus-faciendi das tarefas. A autocondução do homem nessas práticas e o auxílio de que faz uso de insumos ou serviço de fatores, o emprego de próteses, enfim, caracterizam as técnicas e a tecnologia, que é o conjunto das práticas. Tecnologia também tem a acepção de estudo de/sobre a tecnologia.

 

Coeficientes-Técnicos de Produção

Os trabalhos e estudos de custos de produção se baseiam em relações técnicas entre as quantidades de cada insumo usadas no processo produtivo e as quantidades do produto obtidas por este mesmo processo; ou ainda entre as quantidades de cada um dos insumos em relação a um deles, tomado como referência. Tais razões (conceito aritmético) caracterizam a tecnologia usada ao produzir, determinam a eficiência da produção, influenciam a alocação dos fatores produtivos do ambiente econômico maior onde se insere a empresa produtora, explicam o custo de produção. Estas razões são referidas como coeficientes-técnicos de produção.

Insumo/produto, quando referidos à quantidade de produto e insumo/insumo, quando relacionados à quantidade do insumo referencial. Há ainda o tipo produto/insumo, ligado à função produção, que no caso de função linear coincide com o produto físico marginal. Tais coeficientes tanto podem ser tratados deterministicamente (são determinísticos quando dados apenas por um número, a medida de tendência central) como estocasticamente (são estocásticos quando a medida de tendência central vem acompanhada de informações probabilísticas ligadas ao coeficiente).

Para melhor entendimento dos coeficientes-técnicos cabe sistematizar a relação entre eles e os custos. Na agricultura, os coeficientes-técnicos insumo/insumo têm como fator de referência a terra. Assim, trabalha-se com as relações técnicas de produção entre o serviço (quantidade usada em todo o processo produtivo) de cada fator e a terra: kg de adubo/hectrare plantado, jornada de trabalho/hectare, hora.máquina/hectare etc. Já os do tipo insumo/produto expressam a razão técnica entre cada fator e o produto, em termos de quantidades usada de um e obtida do outro em todo o período produtivo: jornada/@ de cacau, Kg de NPK/t de milho, litros de herbicida/litro de leite etc. Por certo alguns fatores são mais versáteis que outros, podendo ter emprego nas mais diferentes práticas ou técnicas (o conjunto de práticas ou técnicas se constitui na tecnologia). Horas.homens e horas.máquinas, por exemplo, são mais versáteis do que quilogramas de adubo. O trabalho e as máquinas fazem inúmeras tarefas nas lavouras. O adubo só serve para fertilizar a terra. Daí ser praxe distribuir nas planilhas de custos (quadros ou tabelas que explicam sinteticamente os custos de produção de algo) os coeficientes-técnicos de trabalho e de máquinas entre as práticas ou tarefas empregadas: dias.homens/hectare para colheita, jornadas/hectare para combate às pragas, horas.máquinas/hectare para sulcamento, horas.máquinas/hectare para pulverização. Coeficientes de fatores menos versáteis, tais como kg de adubo/hectare, não precisam ser referidos a uma prática, pois em geral ela é única, como este último só se obtém para adubação.

 

Equação de Custo e Função Custo

Cabe repetir a diferenciação feita por Henderson & Quandt (1971), para os quais o custo pode ser tratado de duas maneiras: equação de custo, quando o custo é apropriado pelo somatório das quantidades dos insumos usadas vezes os respectivos preços. Tal enfoque é o que aparece nas tradicionais planilhas de custo, tendo a expressão

Cequ = p1.x1 + p2.x2 + . . . . . . . + pn .xn0 ( 7 )

onde Cequ = equação de custos, pi = preço do serviço do fator i, xi = quantidade usada do fator i para toda a área plantada ou para toda a produção da empresa. Alguns dos insumos são fixos e outros variáveis. A equação de custos pode se referir apenas a uma unidade de área(terra), hectare, usando-se aí os coeficientes insumo/insumo. Evidente que se pode partir de um hectare para toda a área plantada, usando-se tais coeficientes e admitindo-se proporcionalidade constante entre terra e coeficiente.

Cequ= p1.b1 + p2.b2 + . . . . . . . . + pn.bn ( 8 )

Aqui bi é um coeficiente-técnico do tipo insumo/insumo e representa quantas unidades do fator "i" são usadas por hectare. A relação entre bi e xi é linear e positiva, com coeficiente linear zero (isto é a relação é diretamente proporcional), xi/bi = a , e xi =a .bi, sendo o coeficiente de proporcionalidade a considerado constante. À primeira vista, parece razoável este pressuposto. O mundo real estaria muito bem representado no mundo modelar.

Coeficientes-técnicos insumo/insumo divididos pela produtividade da terra se transformam em coeficientes insumo/produto, bj/yha, sendo o denominador a produtividade da terra. Do mesmo modo, os coeficientes, insumo/insumo, para toda a área plantada, xj, se transformam em insumo/produto ao serem divididos pela produção(quantidade produzida) da área total.

A outra forma de trabalhar os custos é – não só na dicotomia desses dois autores, mas também nas atividades empírico-teóricas – a função custo, que é a forma matemática de expressar a relação existente entre o custo de produção e a quantidade produzida. Assim a função custo de produção seria

Cfun.= f ( Y ) ( 9 )

ou

f : Y ® Cfun ( 10 )

onde Cfun= função custo, Y= quantidade produzida e f é a função propriamente dita ou a lei que expressa o custo de cada quantidade produzida na forma matemática. Claro que f assume as mais diferentes formas ou especificações, para ser fiel e se ajustar bem ao mundo real.

Num processo de produção, pode ser considerada a utilização de um ou mais insumos ou serviços de fatores. Uma firma ou empresa pode produzir um ou mais produtos, usando um ou mais insumos. Um, dois, três, etc m produtos. Um, dois, três, etc n insumos. Ainda, pode a função custo de produção ser linear ou, em caso de não linearidade, tomar outras formas diferentes. Ressalte-se que as categorias equações e funções custo podem-se subdividir em subcategorias, totais x médios, variáveis x fixos x totais.

 

Função Produção

No caso de um produto e um insumo, a função produção – expressão tecnológica que informa como, quantitativamente, o insumo se transforma no produto – toma a seguinte expressão geral

Y = f (x ) ( 11 )

podendo assumir especificação linear ou muitas outras, sendo Y a quantidade produzida e x a quantidade do insumo. Se a firma produz m produtos e emprega n insumos, sendo constante o produto físico marginal de todos os insumos e para cada produto (o produto físico marginal é o coeficiente técnico de produção produto/insumo), então sua representação se faz via cálculo matricial

a11 a12 . . . . . . .a1n x1 Y1

a21 a22 . . . . . . .a2n x2 Y2

. . . . . . . . . . . . . . . .

am1 am2 ...... . . ..amn xn Ym

que em forma resumida é assim apresentada

A.X=Y ( 12 )

A é a matriz tecnológica, X é o vetor de insumos e Y o de produtos. Sendo não lineares as relações, então há múltiplas representações. Lineares ou não, estas representações se constituem nas funções produção. E os coeficientes técnicos produto/insumo se constituem no inverso dos insumo/produto.

Relações entre Coeficientes-técnicos e os custos

No caso de equações de custos, caso da produção total, têm-se as seguintes taxas de variação (relações marginais):

Cque / xi = pi ( 13 )

e Cque / pi = xi ( 14 )

ou seja, a taxa de variação do Custo(equação) em relação à quantidade do insumo é o preço do insumo e a mesma taxa em relação ao preço do insumo e a quantidade dele. A variação do custo, quando a quantidade do insumo varia de uma unidade é igual ao preço do insumo; a variação do custo quando o preço do insumo varia de uma unidade é igual à quantidade do insumo.

No caso da produção referente por hectare, obviamente,

Cequ/ bi = pi ( 15 )

e Cequ/ pi = bi ( 16 )

No caso de razões médias, ainda para as equações de custo, ter-se-ia , para toda a área

Cque / xi = p1.d1 + p2 .d2 + . . . . .+ pi.di + . . . . . + pn.dn ( 17 )

sendo dj = xj / xj.

Para um hectare, ter-se-ia

Cequ / bi = p1.h1 + p2.h2 + . . . . . + pi + . . . . . + pn.hn ( 18 )

sendo hj = bj / bi .

Para as funções custo essas relações são indiretas, e se referem aos coeficientes-técnicos de produção do tipo produto/insumo (produtos físicos marginais, se a função produção for linear), vez que nesta forma de enfocar os custos a variável exógena é a produção que, por sua vez é explicada por aqueles coeficientes.

Basicamente os coeficientes-técnicos serão tratados como variáveis aleatórias a serem apresentadas seja como séries temporais seja como séries espaciais ou cross-section, quando o projeto tiver suficientes observações para suprir os graus de liberdade necessários.

Para Koroliuk (1981) as magnitudes aleatórias são aquelas que se medem nos experimentos aleatórios. Uma magnitude aleatória se considera definida por completo, se se conhece o resultado do experimento w . Para tal autor

 

"os experimentos podem-se dividir grosso modo em duas classes. Numa delas as condições do experimento determinam de modo unívoco a aparição (ou não aparição) dos sucessos que se esperam. Os resultados de tais experimentos podem prognosticar–se de antemão à base das leis das ciências naturais. Os experimentos com esta índole se denominam deterministas. Na outra classe de experimentos, com iguais condições, é possível o aparecimento de sucessos que entre si se excluem. O estudo teórico de tais experimentos constitui precisamente o objeto da teoria das probabilidades; estes últimos levam o nome de experimentos aleatórios ou probabilísticos."

Para variáveis aleatórias contínuas – como devem ser tratados os coeficientes-técnicos – tal autor relaciona cerca de 20 distribuições contínuas, entre elas as normal, uniforme, em triângulo, hiperexponencial, gama, beta, de Cauchy. Também Clarke & Disney (1979) discutem muitas distribuições teóricas de freqüência contínuas, ao estudar processos aleatórios.

Pugachev (1982) comenta a natureza dos fenômenos aleatórios, ressaltando que eles, como os demais, são determinados por causas bem definidas, mas pelo fato de os fenômenos se interrelacionarem uns com os outros numa complexa rede de interrelações, trabalha-se com modelos mais pobres do que a realidade, negligenciando-se assim muitas variáveis e causas e gerando os fenômenos aleatórios.

Memória (1973) apresenta método de ajustamento da função normal a dados empíricos, que poderá ser utilizado neste projeto.

 

II.4.PREÇOS PAGOS E PREÇOS RECEBIDOS PELOS AGRICULTORES.

Preços são grandezas fundamentais na economia-objeto ou do mundo real. Na teoria, os preços tem relevante papel, a ponto de um de seus principais ramos ser chamado de Teoria dos Preços. Na economia descritiva, na elaboração, acompanhamento, avaliação da política econômica e na teoria, os preços são chamados a intervir. Em apoio à agricultura estudam-se as séries temporais de preços dos insumos e produtos agrícolas. São os chamados preços pagos e recebidos pelos agricultores, estudados por muitas instituições no país, entre elas a Fundação Getúlio Vargas (FGV), pelo seu Instituto Brasileiro de Economia. Na Região Cacaueira o CEPEC/CEPLAC durante algum tempo, a partir de 1978, conduziu trabalhos sobre preços pagos e recebidos pelo cacauicultores e os publicou no periódico INFORMAÇÃO AGRÍCOLA. Como descreveram Ferreira (1981, p.2) e BRASIL-CEPLAC(1983, p.19) a rede de Extensão Rural do DEPEX/CEPLAC levantava mensalmente em três Microrregiões homogêneas (na nomenclatura de então do IBGE ), a MRH-152-Tabuleiros de Valença; MRH-154-Cacaueira e MRH-155-Interiorana do Extremo Sul da Bahia, preços de trezes produtos agrícolas (cacau, banana prata, dendê, coco, pimenta-do-reino, guaraná, cravo-da-índia, borracha(seca), borracha(lâmina defumada), borracha(cernambi),. Mandioca(farinha), boi vivo e leite) e de 74 variedades de insumos, distribuídos entre os sub-grupos Terra, Mão-de-Obra Rural, Mão-de-Obra de Construção, Material de Construção, Utensílios e Ferramentas, Combustíveis e Lubrificantes, Defensivos e Correlatos, Adubos e Corretivos, sendo estes preços processados no CEPEC, conforme a metodologia descrita inicialmente por Dias (1977). Era construído um Índice ou razão de paridade ou de troca entre os índices de preços pagos e recebidos e que mostrava o poder do setor agrícola diante da economia como um todo. Contador (1983) apresentou trabalho seminal sobre a construção de índices de preços na agricultura.

Araújo (1997) estudou o comportamento dos preços do cacau e seus principais impactos na economia regional. Estudou também a relação entre os preços recebidos pelos cacauicultores e os preços internacionais do produto. Concluiu que em certo momento os preços contribuíram para a expansão da atividade. Mas com o declínio recente, provocaram problemas à economia regional, entre elas a redução do tamanho da cacauicultura. Informação importante para a política econômica é que a relação percentual entre os preços internos e externos não se alterou em decorrência da redução da carga tributária, sendo a elasticidade de transmissão de preços unitária. A resultados semelhantes chegaram Araujo & Campos (1998). Em termos de preços internacionais de cacau, Araujo, Lima & Mesquita (1996) desenvolveram modelo auto-regressivo integrado de previsão que mostrou características desejáveis.

 

 

III – RESULTADOS E DISCUSSÕES

III.1.RESULTADOS

III.1.1.CUSTOS DE PRODUÇÃO – A fazenda 1 valeu-se de métodos intensivo em mão-de-obra (90,09% dos dispêndios foram empregados em trabalho e apenas 0,81% em insumos modernos, adubos no caso Esta unidade fez apenas uma pequena adubação de poucas plantas especiais. Ver Quadro 4, anexo). A fazenda 2 foi a mais intensiva em capital, com 64,62% do dispêndio total em trabalho e 26,29 % em materiais. Os 9,09% que completam os 100% são as estimadas despesas gerais, atribuíveis a trabalho ou a material. (Ver Quadro 05, anexo) A fazenda 3 ficou numa posição intermediária, com 70,78 % dos dispêndios em trabalho e 20,12 em materiais. 9,09% de despesas gerais podem ser atribuíveis tanto a trabalho como capital(Quadro 06, anexo). Tais distribuições se referem ao ano agrícola como um todo. Uma visão ampla desses fatos, dispensada a ida aos anexos, vem da Tabela 1.

 

Tabela 1 - Custos Variáveis Totais-CVT(por hectare), Custos Variáveis Médios-CVMe (por @ produzida) e Dispêndios Totais das Três Fazendas – Ano Agrícola 1998-99 (em R$ de Mai-1998) e Safras Temporã e Principal.

FAZ
(HA)

CVT (R$/HA)
Temp. Princ. Ano Agr.

CVMe (R$/@)
Temp. Princ. Ano Agr

DISPÊNDIO TODA FAZ.(R$)
Temp. Princ. Ano Agr.

1
(127,87)

102,39

68,52

170,90

13,31

52,15

18,97

13.092,16

8.761,06

21.853,23

2
(76,69)

173,97

327,52

501,57

14,47

35,98

23,74

12.768,91

25.117,38

37.892,38

3
(34,25)

84,67

52,09

136,76

12,29

11,74

12,07

2.900,02

1.784,12

4.684,14

 

Custos Variáveis

Verifica-se que a empresa que mais inverteu em insumos modernos (Faz.2) teve os maiores custos variáveis médios do produto na safra temporã e no ano agrícola. Na safra principal a Faz.1 conseguiu desempenho pior neste aspecto. Muito embora estas diferenças possam se dever ao acaso, a fatores não levantados, já que aqui não se pode falar em controle, fica no ar um indício de que a tecnologia usada pela Faz.2, mais intensiva em insumos modernos não foi eficiente para conseguir os menores custos unitários do produto. E este é um indicador de eficiência por excelência, que deve ser buscado pelos empresários para benefício de sua empresa e da coletividade, por certo. E ainda deve também ser perseguido pela ciência e pela tecnologia ou pelo setor de Pesquisa & Desenvolvimento(P&D). Entretanto, como se observará adiante, tal empresa foi a de maior produtividade física por hectare. Assim, aqui melhor produtividade física não implicou em menores custos unitários. A Faz.3 teria sido muito mais eficiente gastando menos por hectare e mesmo assim obtendo menores CVMes.

De um modo geral as empresas se saíram bem no item custos variáveis(considerando que os preços de mercado do produto estiveram entre R$.18,00 e R$.33,00), exceto as Faz.1 e 2 na safra principal.

Nos quadros anexos há uma legenda de cores que ajuda a visualizar a freqüência das práticas agrícolas.

Como a produtividade física influi no desempenho econômico, vale a pena tê-la ao olhos.

 

Tabela 2 – Produção e produtividade. ( Área: ha; Prod:@; P-dade: @/ha)

Faz.

Área Cacau

Safra Temporã

Safra Principal

Ano Agrícola

   

Produção

Produtividade

Produção

Produtividade

Produção

Produtividade

1

127,87

984

7,69

168

1,31

1.152

9,01

2

76,69

922

12,02

698

9,10

1.620

21,12

3

34,25

236

6,89

152

4,43

388

11,33

 

A Faz.2, de maior custo unitário em geral não foi a pior em rendimento físico por hectare. Teve a melhor produtividade física, tanto no ano agrícola como em suas duas parcelas. A produtividade agrícola está associada aos custos, sem dúvida. Mas inferências seguras sobre essa relação ficam provavelmente na dependência de se conhecer a função custo e a função produção ligadas ao processo produtivo. A empresa que menos inverteu por hectare (Faz.3)teve a segunda posição quanto a produtividade por hectare, excetuada a safra temporã. Sem dúvida, o mundo é estatístico e não matemático.

 

Custos Fixos

Como visto em Material e Métodos, a apropriação e a estimativa dos custos fixos é por natureza controversa. Daí a tentativa de atender ao amplo espectro de opiniões com a estruturação de sete cenários de custos fixos, duplicando-se estas estimativas pela consideração do ativo fixo cacaual (quando da sua depreciação ou do cálculo dos juros incidentes) sob duas formas alternativas: a preços de mercado (bem desvalorizada hoje) e a preços de implantação( de fato resultam 13 cenários, pois no cenário só manutenção não se conta a dicotomia implantação x mercado). Há ainda a dupla triplificação desses números pela presença de três fazendas e três épocas, o ano agrícola e suas duas divisões. Os dados básicos estão nos Quadros anexos, de números 07 a 27. Já o Quadro 28 mostra estudo de sensibilidade relacionando as estimativas de Custos Totais (por hectare e não para toda a fazenda, que se acham nos quadros originais) e Custos Médios (custo de uma unidade do produto, i.e., de uma arroba=15kg). Os custos totais (fixos + variáveis) médios obtidos se espraiam de um mínimo R$.19,98/@ (Faz.2., cenário de CF que só considera o item manutenção e na safra temporã), resultado extremamente desejável e eficiente, mas irrealista dado o cenário de custos fixos, a um máximo de R$.753,83/@ ( Faz.1, cenário de CF completo, cacaual considerado pelo preço de implantação na depreciação, para todo o ano agrícola). Valor extremamente alto que, por certo expressa a inadeqüabilidade, no caso, do funcionamento dos três principais fatores da produção agrícola, manejo ( inclusive tecnologia), meio ambiente, genética. Não cabe simplesmente afirmar que o cenário é superestimado, de vez que alguns tópicos fundamentais e irrecorríveis não foram considerados, a exemplo do investimento em terra. Certamente isto foi feito por haver razões para tanto. Já os custos fixos médios, respectivamente, variaram entre R$.5,51/@ e R$.734,86. Assim, na Faz.1 ficou o cenário de maior custo fixo e na Faz. 2 , o de menor. Os fatos justificam o mau desempenho da Faz.1, que é a que tem o maior ativo fixo total : R$.913.602,52 contra R$.509.905,74 e R$.242.437,63 das outras duas. A fortiori , quando se verifica que teve o menor desempenho físico ( produtividade) das três.

 

III.1.2. AVALIAÇÃO ECONÔMICA

a)Lucratividade

Para as três fazendas tomaram-se tal indicador dos cenários extremos: o mais caro e o mais barato. Os quadro são expressivos por si mesmo. Em todas as circunstâncias a lucratividade é negativa. Mesmo para os cenários de custos fixos irrealisticamente baixos, estimados só pela manutenção. A informação sobre a lucratividade da Faz.1 ficou prejudicada por não ter sido possível localizar exatamente se uma parte da produção ocorreu na safra temporã ou na principal.

 

Tabela 3 - Lucratividade . Safra Tempor㠖 Valores em R$. de MAI.1998

Faz. Cen.

VBP

CVT

CFT

CT

KF

KV

KT

LDE

1-Maior
1-Menor

 

13.092,16
13.092,16

73.636,00
9.574,61

86.728,16
22.666,77

913.602,52
451.096,52

21.853,23
21.853,23

935.455,75
472.949,75

 

2-Maior
2-Menor

16.551,00
16.551,00

12.768,91
12.768,91

56.697,87
5.079,23

69.466,78
17.848,14

509.905,74
241.175,74

37.892,38
37.892,38

547.798,12
279.068,12

-0,09=-9%
-0,005= -0,5%

3-Maior
3-Menor

6.058,04
6.058,04

2.900,02
2.900,02

30.548,30
6.980,33

33.448,32
9.880,35

242.437,63
117.425,13

4.684,14
4.684,14

247.121,77
122.109,27

-0,11= -11%
-0,03= - 3%

NOTA: Considerou-se dois cenários de CFT: o maior (cacaual com implantação- CFT completo) e o menor (cacaual pelo mercado e CFT só manutenção)

 

Tabela 4 - Lucratividade . Safra Principal – Valores em R$.de MAI.1998

Faz. Cen.

VBP

CVT

CFT

CT

KF

KV

KT

LDE

1-Maior

1-Menor

 

8.761,06

8.761,06

73.636,00

9.574,61

82.397,06

18.335,67

913.602,52

451.096,52

8.761,06

8.761,06

922.363,58

459.857,58

 

2-Maior

2-Menor

27.078,10

27.078,10

25.117,38

25.117,38

56.697,87

5.079,23

81.815,25

30.196,61

509.905,74

241.175,74

25.117,38

25.117,38

535.023,12

266.293,12

-0,10= -10%

-0,01= - 1%

3-Maior

3-Menor

3.850,28

3.850,28

1.784,12

1.784,12

30.548,30

6.980,33

32.332,42

8.764,45

242.437,63

117.425,13

1.784,12

1.784,12

244.221.75

119.209,25

-0,12= -12%

-0,04= -4%

NOTA: Considerou-se dois cenários de CFT: o maior (cacaual com implantação- CFT completo) e o menor (cacaual pelo mercado e CFT só manutenção)

 

Tabela 5 - Lucratividade . Ano Agrícola – Valores em R$.de.MAI.1998-

Faz.Cen

VBP

CVT

CFT

CT

KF

KV

KT

LDE

1-Maior

1-Menor

10.046,00

10.046,00

21.853,23

21.853,23

147.272,00

19.149,02

169.125,23

41.002,25

913.602,52

451.096,52

21.853,23

21.853,23

935.455,75

472.949,75

-0,17= -17%

-0,06= - 6%

2-Maior

2-Menor

43.629,10

43.629,10

37.892,38

37.892,38

113.395,74

10.158,46

151.288,12

48.050,84

509.905,74

241.175,74

37.892,38

37.892,38

547.798,12

279.068,12

-0,20= - 20%

-0,02= - 2%

3-Maior

3-Menor

9.908,32

9.908,32

4.684,14

4.684,14

61.096,60

13.960,66

65.780,74

18.644,80

242.437,63

117.425,13

4.684,14

4.684,14

247.121,77

122.109,27

-0,23= -23%

-0,07= - 7%

NOTA: Considerou-se dois cenários de CFT: o maior (cacaual com implantação- CFT completo) e o menor (cacaual pelo mercado e CFT só manutenção)

 

b)Velocidade de rotação do capital.

Foi calculado este indicador para as três fazendas, para as três divisões do tempo(safra temporã, safra principal e ano agrícola) e para o custo total maior e o menor. A Faz.1 mostrou apenas este indicador para o ano agrícola inteiro. Sua produção não pôde ser distinguida entre temporã e principal.

Tabela 6 - Safra Tempor㠖 Velocidade de Rotação do Capital(VRK)

e Período para Retorno Bruto do Capital (PRBC ) –R$. de MAI-1998

Faz. Cen.

VBP

KT

VRK

PRBC

1-Maior.

1-Menor

935.455,75

472.949,75

2-Maior.

2-Menor.

16.551,00

16.551,00

547.798,12

279.068,12

0,03

0,06

33

16,7

3-Maior.

3-Menor

6.058,04

6.058,04

247.121,77

122.109,27

0,02

0,05

50

20

NOTA: Para dois cenários: o de maior e o de menor CFT.

 

Tabela 7 - Safra Principal – Velocidade de Rotação do Capital(VRK)

e Período para Retorno Bruto do Capital (PRBC ) - R$. de MAI-1998

Faz. Cen.

VBP

KT

VRK

PRBC

1-Maior.

1-Menor

 

935.455,75

472.949,75

   

2-Maior.

2-Menor.

27.078,10

27.078,10

547.798,12

279.068,12

0,05

0,1

20

10

3-Maior.

3-Menor

3.850,28

3.850,28

247.121,77

122.109,27

0,02

0,03

50

33

NOTA: Para dois cenários: o de maior e o de menor CFT.

 

Tabela 8 – Ano Agrícola – Velocidade de Rotação do Capital(VRK)

e Período para Retorno Bruto do Capital (PRBC ) - R$. de MAI-1998

 

Faz. Cen.

VBP

KT

VRK

PRBC

1-Maior.

1-Menor

10.046,00

10.046,00

935.455,75

472.949,75

0,01

0,02

100

50

2-Maior.

2-Menor.

43.629,10

43.629,10

547.798,12

279.068,12

0,08

0,16

12,5

6,25

3-Maior.

3-Menor

9.908,32

9.908,32

247.121,77

122.109,27

0,04

0,08

25

12,5

NOTA: Para dois cenários: o de maior e o de menor CFT.

Por este indicador a Faz.1 foi a de desempenho mais medíocre: Se prevalece o cenário de maior custo ela precisa de cem anos, um século, para o retorno bruto do capital. Se o de menor, 50 anos. Neste aspecto a Faz.2 se mostrou a de melhor desempenho, com tempos de 12,5 anos e 6,25 anos, respectivamente. A Faz.3 ficou em posição intermediária (ver tabela 8). As tabelas 6 e 7 informam tal desempenho em termos de semestres. Relembre-se que este indicador tem o qualificativo de "bruto" por tomar em conta o "Valor Bruto da Produção(VBP)".

A menor Velocidade de Rotação do Capital é da Faz.1, com 1% de retorno do capital ao ano. E a maior é da Faz.2, com 16%.

c) Produtividade da Mão -de- Obra(PMO)

Tabela 9 - Safra tempor㠖1998/99 - Produtividade da Mão-de-Obra

Fazendas

VBP
(R$MAI98)

Trabalho
(jornadas)

Equivalente-Homem
(E. H.)

Dispêndio Com trabalho
(R$.Mai98)

Pmo
(R$/E.H.)

Pmo(R$/R$)
(unit.)

1

 

2.480,00

8,27

11.901,97

 

2

16.551,00

1.548,00

5,16

7.954,85

3.207,56

2.08

3

6.058,04

429,9

1,43

2.049,88

4.236,39

2,96

 

Tabela 10 - Safra Principal – 1998/99 – Produtividade da Mão-de-Obra

Fazendas

VBP
(R$MAI98)

Trabalho
(jornadas)

Equivalente-Homem
(E. H.)

Dispêndio
Com trabalho
(R$.Mai98)

Pmo
(R$/E.H.)

Pmo(R$/R$)
(unit.)

1

 

1.670,00

5,57

7.785,44

 

2

27.078,10

? empr

 

16.895,94

 

1,60

3

3.850,28

278,2

0,93

1.266,05

4.140.09

3,04

 

Tabela 11 - Ano agrícola 1998/99 – Produtividade da Mão-de-Obra.

Fazendas

VBP
(R$MAI98)

Trabalho
(jornadas)

Equivalente-Homem
(E. H.)

Dispêndio
Com trabalho
(R$MAI98)

PMO
(R$/E.H.)

PMO(R$/R$)
( unit.)

1

10.046,00

4.150

13,83

19.687,41

726,39

0,51

2

43.629,10

? empreitada

 

24.856,32

 

1,75

3

9.908,32

708,1

2,36

3.315,93

4.198,44

2,99

 

A Faz.3 teve o melhor desempenho, por esta ótica. A Faz.1, o pior.

Pindyck & Rubinfeld (1998, p.188) relacionam os seguintes valores (em US$/trabalhador) para países selecionados:

França US$.21.529,00

Alemanha 22.373,00

Japão 21.269,00

Reino Unido 19.925,00

Estados Unidos 26.183,00

 

d) Ponto de Nivelamento(PN) ou Break-Even Point.

 

Tabela 12 - Safra Tempor㠖 1998/99- Ponto de Nivelamento

Fazenda e Cenário

CFT (R$)

Preço
(R$/@)

CVMe (R$/@)

PN (@)

1 – Maior

1 – Menor

73.636,00

9.574,61

 

13,31

 

2 – Maior

2 – Menor

56.697,87

5.079,23

26,05

14,47

4.896,19

438,62

3 – Maior

3 – Menor

30.548,30

6.980,33

25,17

12,29

2.371,76

541,95

NOTA: Considerou-se dois cenários de CFT: o maior (cacaual com implantação- CFT completo)
e o menor (cacaual pelo mercado e CFT só manutenção)

 

Tabela 13 - Safra Principal – 1998/99 – Ponto de Nivelamento

Fazenda e Cenário

CFT (R$)

Preço (R$/@)

CVMe (R$/@)

PN (@)

1 – Maior

1 – Menor

73.636,00

9.574,61

29,00

52,15

-3.180,82

- 413,59

2 – Maior

2 – Menor

56.697,87

5.079,23

30,33

35,98

-10.035,02

- 898,98

3 – Maior

3 – Menor

30.548,30

6.980,33

26,17

11,74

2.117,00

483,74

NOTA: Considerou-se dois cenários de CFT: o maior (cacaual com implantação- CFT completo)
e o menor (cacaual pelo mercado e CFT só manutenção)

 

Tabela 14 - Ano Agrícola – 1998/99 – Ponto de Nivelamento

Fazenda e Cenário

CFT (R$)

Preço (R$/@)

CVMe (R$/@)

PN (@)

1 – Maior

1 – Menor

147.272,00

19.149,02

29,00

18,97

14.683,15

1.909,17

2 – Maior

2 – Menor

113.395,74

10.158,46

27,88

23,74

27.390,27

2.453,73

3 – Maior

3 – Menor

61.096,60

13.960,66

25,67

12,07

4.492,40

1.026,52

NOTA: Considerou-se dois cenários de CFT: o maior (cacaual com implantação- CFT completo)
e o menor (cacaual pelo mercado e CFT só manutenção)

Para o ano agrícola como um todo, nenhuma das fazendas atingiu o ponto de nivelamento, aquele em que as receitas totais igualam-se aos custos totais. A Faz.1 produziu 1.152 @ no ano e seu ponto de nivelamento era de 14.683,15 @, se considerado o cenário mais pesado de custos fixos. Com o cenário menos oneroso -- mas bastante irrealista, pois só onera os custos fixos pela taxa de manutenção --, o ponto de nivelamento foi de 1.909,17 @, ainda acima da produção obtida. A produção das outras duas fazendas ( Faz. 2: 1.620 @; Faz.3: 388@) também não atingiu este indicador.

 

e) Quantidade máxima de insumo por unidade de produto sem prejuízo(ano agrícola)

e f)Preço máximo ainda econômico-PMAE(ano agrícola).

Os resultados para tais indicadores estão nas Tabelas 15 e 16, para dois cenários de CF.

 

Tabela 15 – Ano Agrícola 1998/99- Quantidade máxima de insumo por unidade de produto sem prejuízo e PMAE – Cenário de CFT : o maior (cacaual pela implantação- CFT completo)

T R A B A L H O

M A T E R I A L

ITEM

ROÇAGEM

PODA
FITOSS.
VAS.BRUI

COLHEITA

QUEBRA

INSETICIDA
(MALATOL)

CORRETIVO
(CALCÁRIO)

ADUBAÇÃO
(NPK)

aj (x/@)

             

Faz.1

1,423

0,529

0,165

0,057

-

-

-

Faz.2

0,013

0,9751

0,320

0,273

-

0,487

-

Faz.3

0,294

0,648

0,554

0,554 -

0,6402

-

0,013

P (R$/@)

             

Faz.1

29,00

Faz.2

27,88

Faz.3

25,67

CTMe*(R$/@)

             

Faz.1

747,73

751,57

753,12

753,58

     

Faz.2

93,69

89,69

92,35

92,56

 

93,72

 

Faz.3

108,26

106,80

107,15

107,15

   

109,30

Pj(R$/x)

             

Faz.1

4,26

4,27

4,33

4,32

     

Faz.2

4,06

4,15

4,34

4,33

 

0,04

 

Faz.3

4,34

4,23

4,31

-

?

 

18,55

aj*

aj*£ ( P – CTMe*)/Pj

Faz.1

-168,72

-169,22

-167,23

-167,73

     

Faz.2

-16,21

-14,89

-14,85

-14,94

 

-1.646,00

 

Faz.3

-19,03

-19,18

-18,90

-

?

 

-4,51

PMAE

PMAE = (P – CTMe*)/aj

Faz.1

-505,08

-1.365,92

-4.388,61

-

     

Faz.2

-5.062,31

-63,39

-64,79

-236,92

 

-135,19

 

Faz.3

-280,92

-125,20

-147,07

-

?

 

-6.433,08

  1. Faltam registros dos trabalhos por empreitada no controle da Vassoura-de-Bruxa.
  2. Informação incompleta.

Para os custos fixos mais altos (Tabela 15) ambos os indicadores se mostraram negativos, para todas as fazendas, trabalhos e materiais. Significa que, para não tomar prejuízo, o sistema produtivo deve "receber as quantidades de insumos indicadas por aj* em vez de usá-las; e deve receber por unidade de produto o valor do PMAE para cada insumo usado(mão-de-obra ou material)".

Já para o cenário menos ruim de CFT (Tabela 16) a situação se mostra menos onerosa.

 

Tabela 16 – Ano Agrícola 1998/99- Quantidade máxima de insumo por unidade de produto sem prejuízo e PMAE – Cenário de CFT: o menor: Só manutenção – cacaual só nos CVT.

T R A B A L H O

M A T E R I A L

ITEM

ROÇAGEM

PODA
FITOSS.
VAS.BRUI

COHEITA

QUEBRA

INSETICIDA
(MALATOL)

CORRETIVO
(CALCÁRIO)

ADUBAÇÃO
(NPK)

aj (x/@)

             

Faz.1

1,423

0,529

0,165

0,057

-

-

-

Faz.2

0,013

0,9751

0,320

0,273

-

0,487

-

Faz.3

0,294

0,648

0,554

-

0,6402

-

0,013

P (R$/@)

             

Faz.1

29,00

Faz.2

27,88

Faz.3

25,67

CTMe*(R$/@)

             

Faz.1

29,49

33.33

34,88

35,34

     

Faz.2

29,96

25,96

28,62

28,83

 

29,99

 

Faz.3

46,77

45,31

45,66

45,66

   

47,81

Pj (R$/x)

             

Faz.1

4,26

4,27

4,33

4,32

     

Faz.2

4,06

4,15

4,34

4,33

 

0,04

 

Faz.3

4,34

4,23

4,31

-

?

 

18,55

aj*

aj*£ ( P – CTMe*)/Pj

Faz.1

-0,115

-1,01

-1,358

-1,468

     

Faz.2

-0,512

0,462

-0,17

-0,219

 

-52,75

 

Faz.3

-4,862

-4,643

-4,638

-

?

 

-1,193

PMAE

PMAE = (P – CTMe*)/aj

Faz.1

-0,34

-8,18

-35,64

-

     

Faz.2

-160,00

1,97

-2,31

-3,48

 

-4,33

 

Faz.3

-71,77

-30,31

-36,08

-

?

 

-1.703,08

  1. Faltam registros dos trabalhos por empreitada no controle da Vassoura-de-Bruxa.
  2. Informação incompleta.

 

Aqui os indicadores negativos se mostraram menores em valor absoluto. E a Faz.2 teve dois índices positivos para a "Poda fitossanitária de controle da V. de Bruxa". Mas ainda deixa a desejar. Pode-se pagar no máximo R$.l,90 por jornada e estava pagando R$.4,15. Podia usar 0,462 jornadas nesta prática para cada arroba de cacau produzida e estava usando 0,975, sem considerar o trabalho feito por empreitada.

III.1.3. A TECNOLOGIA

  1. Os Coeficientes – Técnicos

Os coeficientes – técnicos determinísticos, para as três fazendas, para a safra temporã, para a safra principal e para o ano agrícola estão estimados nos quadros 29 a 34. Permanece o problema de nomenclatura levantado no primeiro semestre do trabalho: há um conjunto de títulos de atividades bem próximas, que deveriam se constituir num só título. Há exagerada dispersão dos títulos de práticas agrícolas. Um segundo problema: para a Safra Principal (logo, para o Ano Agrícola), diferentemente da Safra Temporã, foram constatadas atividades de mão-de-obra de empreitada na Faz.2, contratada de terceiros e prestada por não empregados do estabelecimento. A dificuldade é que este volume de trabalho não foi informado em termos físicos (em jornadas), prejudicando o conhecimento dos coeficientes técnicos, tanto insumo/insumo como insumo/produto. Um terceiro problema: a Faz. 3 deixou de informar os valores físicos de dois insumos materiais.

As tabelas 17 e 18 exibem coeficientes para os três períodos.

No momento esses coeficientes são números isolados. No futuro, em havendo suficiente número deles -- e isto depende da evolução do projeto --, serão tratados como variáveis aleatórias. E só no futuro tais coeficientes poderão sofrer tal tratamento

A variabilidade dos coeficientes se destaca nas tabelas vizinhas e nos quadros anexos.

Tabela 17 –Ano Agrícola 1998/99 - Alguns Coeficientes – Técnicos Insumo/insumo – trabalho e material

 

FAZ. 1

FAZ. 21

FAZ. 3

PRATICAS

TEMP

PRINC

ANO

TEMP

PRINC

ANO

TEMP

PRINC

ANO

1.TRABALHO
(jornada/ha)
Roçagem
Poda Fit.2
Desbrota
Adub.basic.
Colheita

 

9,43
1,70
0,55
0,00
1,49

 

3,47
3,06
0,00
0,19
0,00

 

12,90
4,77
0,55
0,19
1,49

 

0,00
2,75
0,90
0,01
4,89

 

0,27
17,84
0,01
0,00
1,87

 

0,27
20,60
0,91
0,01
6,76

 

2,51
4,89
---
---
3,62

 

0,82
2,45
--
--
2,66

 

3,33
7,34
--
--
6,28

2.MATERIAL
Inseticida
(Parathion-kg/ha)
(Malatol-kg/ha)
Fungicida
(cobre-kg/ha)
Diesel (l/ha)
Gasolina(l/ha)

 

-
-

-
-
-

 

-
-

-
-
-

 

-
-

-
-
-

 

0,29
-

1,54
-
-

 

1,63
-

0,00
-
-

 

1,92
-

1,54
-
-

 

-
4,41

-
3,99
6,33

 

-
?

-
0,00
?

 

-
?

-
3,99
?

(1) Dados de Trabalho da Faz.2. subestimados por se perderem as informações sobre trabalho sob empreitada.

(2) Na Faz.3 "Poda Fitossanitária" aparece como "Controle da Vassoura de Bruxa". A Faz.1 tem outro título de atividade "Localização de Vasoura-de-Bruxa" não computada aqui.

Tabela 18 –Ano Agrícola 1998/99 - Alguns Coeficientes – Técnicos Insumo/produto – trabalho e material

 

FAZ. 1

FAZ. 21

FAZ. 3

PRATICAS

TEMP

PRINC

ANO

TEMP

PRINC

ANO

TEMP

PRINC

ANO

1.TRABALHO
(jornada/@)
Roçagem
Poda Fit.2
Desbrota
Adub.basic.
Colheita

 

1,23
0,22
0,07
0,00
1,19

 

2,64
2,33
0,00
0,14
0,00

 

1,43
0,52
0,06
0,02
0,16

 

0,00
0,23
0,07
0,001
0,41

 

0,03
1,96
0,001
0,00
0,21

 

0,01
0,97
0,04
0,001
0,32

 

0,36
0,71
---
---
0,52

 

0,18
0,55
--
--
0,60

 

0,29
0,65
--
--
0,55

2.MATERIAL
Inseticida
(Parathion-Kg/@)
(Malatol-kg/@)
Fungicida
(cobre-kg/@)
Diesel (l/@)
Gasolina(l/@)

 

-
-

-
-
-

 

-
-

-
-
-

 

-
-

-
-
-

 

0,024
-

0,13
-
-

 

0,179
-

0,00
-
-

 

0,091
-

0,07
-
-

 

-
0,64

-
0,58
0,92

 

-
?

-
0,00
?

 

-
?

-
0,35
?

(1) Dados de Trabalho da Faz.2. subestimados por se perderem as informações sobre trabalho sob empreitada.

(2) Na Faz.3 "Poda Fitossanitária" aparece como "Controle da Vassoura de Bruxa". A Faz.1 tem outro título de atividade "Localização de Vasoura-de-Bruxa" não computada aqui.

 

b)Sazonalidade do uso dos insumos.

A tabela 19, abaixo, congrega conjunto de coeficientes – técnicos de produção do tipo insumo/insumo. Devido à pequena variabilidade ( poucas observações) não é possível aplicar técnicas de séries tempo-espaciais, capazes de mostrar tendência história, variações cíclicas, componentes sazonais e que tais. Só com o crescimento do Programa no curto prazo, ou com acúmulos de dados no longo prazo, se pode pensar em tais estudos. Naturalmente que, para se proceder bons estudos, é preciso vencer os problemas e dificuldades relacionados no item anterior. Deixa-se de apresentar estudos sobre os do tipo insumo/produto.

 

Tabela 19- Ano Agrícola 1998/99 – Distribuição Temporal de Coeficientes Insumo/Insumo

INSUMOS

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

Trabalho
(Jornada/ha)

Roçagem
Faz.1
Faz.2
Faz.3


96,0

0,0


102,0

0,0


342,0

0,0


645,0

0,0


21,0

0,0


0,0

86,0


0,0

28,0


96,0

0,0


0,0

0,0


0,0

0,0


148,0

0,0


200,0

0,0

Adub.básica
Faz.1
Faz.2
Faz.3


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
6,0


0,0
0,0
6,0


0,0
0,0
0,0


0,0
1,0
0,0


0,0
7,5
0,0


24,0
7,0
0,0


0,0
5,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
6,0


0,0
0,0
14,0

Poda Fitossanit.
Faz.1
Faz.2
Faz.3


0,0
0,0
27,5


1,0
0,0
28,0


0,0
0,0
28,0


28,0
0,0
28,0


140,0
79,0
28,0


49,0
132,0
28,0


28,0
192,0
0,0


188,0
93,0
0,0


52,0
146,5
0,0


90,0
278,0
28,0


20,0
367,7
28,0


14,0
291,3
28,0

Desbrota
Faz.1
Faz.2
Faz.3


0,0
20,0
0,0


0,0
42,0
0,0


70,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
7,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
1,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0

Colheita
Faz.1
Faz.2
Faz.3


124,0
24,0
28,0


66,0
18,0
28,0


63,0
56,0
26,0


42,9
73,0
0,0


70,0
83,0
14,0


126,0
121,0
28,0


196,0
73,5
20,0


240,0
121,0
43,0


0,0
27,0
28,0


0,0
0,0
0,0


0,0
11,5
0,0


0,0
0,0
0,0

Material

                       

Inseticida
Parathion(kg/ha)
Faz.1
Faz.2
Faz.3

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
22,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
125,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

Fungicida
(Cobre-kg/ha)
Faz.1
Faz.2
Faz.3

 

0,0
26,5
0,0

 

0,0
53,5
0,0

 

0,0
17,0
0,0

 

0,0
21,5
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

Diesel (l/ha)
Faz.1
Faz.2
Faz.3


0,0
13,3
136,81


0,0
26,8
0,0


0,0
8,5
0,0


0,0
38,0
0,0


0,0
45,0
0,0


0,0
50,0
0,0


0,0
70,0
0,0


0,0
105,0
0,0


0,0
80,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0

NOTA: "Adubação básica", para Faz.2, está registrada apenas como "Adubação"; "Poda Fitossanitária", para Faz.3, está registrada apenas como "Controle de V-de-B."; e "Colheita", para Faz.1, envolve 3 práticas (Quadro Cons.01).

 

 

III.1.4. PREÇOS PAGOS E PREÇOS RECEBIDOS PELOS AGRICULTORES.

As tabelas 20 e 21 apresentam preços ainda sem elaboração, dadas as poucas observações.

 

Tabela 20 – Preços Recebidos – Preços do Cacau - 1998/1999

MESES

FAZ.1

FAZ.2

FAZ.3

IGP-DI
(FGV)

PREÇO CORRENTE
(R$/@)

PREÇO
CONSTANTE
(R$MAI98/ @)

PREÇO
CORRENTE
(R$/@)

PREÇO
CONSTANTE
(R$MAI98/ @)

PREÇO
CORRENTE
(R$/@)

PREÇO
CONSTANTE
(R$MAI98/ @)

MAI-98

-x-

-x-

29,90

29,90

-x-

-x-

146.544

JUN-98

-x-

-x-

26,10

26,02

-x-

-x-

146,951

JUL-98

-x-

-x-

-x-

-x-

26,00

26,02

146,398

AGO-98

-x-

-x-

26,00

26,07

24,50

24,57

146,144

SET-98

-x-

-x-

-x-

-x-

-x-

-x-

146,111

OUT-98

-x-

-x-

25,20

25,28

25,00

25,08

146,063

NOV-98

-x-

-x-

25,50

25.63

25,00

25,13

145,797

DEZ-98

-x-

-x-

25,25

25,13

23,50

23,39

147,231

JAN-99

-x-

-x-

-x-

-x-

30,00

29,52

148,921

FEV-99

-x-

-x-

40,00

37,69

-x-

-x-

155,528

MAR-99

33,00

30,49

-x-

-x-

-x-

-x-

158,600

ABR-99

28,00

25,86

-x-

-x-

-x-

-x-

158,647

ABR-99

26,00

24,02

-x-

-x-

-x-

-x-

158,647

 

Tabela 21 – Preços pagos – Preços correntes de alguns insumos - 1998 -1999

INSUMOS

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

Trabalho
(R$/Jornada)

Roçagem
Faz.1
Faz.2
Faz.3


4,33

0,0


4,33

0,0


4,33

0,0


4,33

0,0


4,33

0,0


0,00

4,33


0,0

4,33


4,33

0,0


0,0

0,0


0,0

0,0


4,33

0,0


4,33

0,0

Adub.básica
Faz.1
Faz.2
Faz.3


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
4,33


0,0
0,0
4,33


0,0
0,0
4,33


0,0
0,0
0,0


0,0
4,33
0,0


0,0
4,33
0,0


4,33
4,33
0,0


0,0
4,33
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
4,33


0,0
0,0
4,33

Poda Fitossanit.
Faz.1
Faz.2
Faz.31


0,0
0,0
4,33


4,33
0,0
4,33


0,0
0,0
4,33


4,33
0,0
4,33


4,33
4,33
4,33


4,33
4,33
4,33


4,33
4,33
0,0


4,33
4,33
0,0


4,33
4,33
0,0


4,33
4,33
4,33


4,33
4,33
4,33


4,33
4,33
4,33

Desbrota
Faz.1
Faz.2
Faz.3


0,0
4,33
0,0


0,00
4,33
0,0


70,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
4,33
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
4,33
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0

Colheita
Faz.1
Faz.2
Faz.3


4,33
4,33
4,33


4,33
4,33
4,33


0,0
4,33
4,33


4,33
4,33
0,0


0,0
4,33
4,33


0,0
4,33
4,33


4,33
4,33
4,33


4,33
4,33
4,33


0,0
0,0
4,33


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0

Material

                       

Inseticida
Parathion(R$/kg)
Faz.1
Faz.2
Faz.3

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,49
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,60
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

Fungicida
(Cobre-R$/kg)
Faz.1
Faz.2
Faz.3

 

0,0
4,40
0,0

 

0,0
4,40
0,0

 

0,0
4,40
0,0

 

0,0
4,40
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

 

0,0
0,0
0,0

Diesel (R$/l)
Faz.1
Faz.2
Faz.3


0,0
0,46
0,46


0,0
0,46
0,0


0,0
0,46
0,0


0,0
0,49
0,0


0,0
0,49
0,0


0,0
0,49
0,0


0,0
0,43
0,0


0,0
0,43
0,0


0,0
0,43
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0


0,0
0,0
0,0

(1) Prática denotada controle de vassoura de bruxa e não poda fitossanitária.

 

 

IV.LITERATURA

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