::Cap�tulo 1::

Essa hist�ria aconteceu sim, de verdade verdadeira. Voc� lembra quando o Hanson veio pro Brasil pela primeira vez ? N�o, n�o � sobre isso que eu vou contar... Mas, tem a ver...

Continuando, voc� lembra, n� ? Algumas meninas fizeram loucuras para v�-los e quebraram a cara, e algumas n�o mexeram a bunda e conseguiram v�-los em todos os lugares que eles passaram. Por�m, algumas se esfor�aram e gra�as a esse esfor�o elas viram Tay, Zac e Ike.

As personagens dessa hist�ria est�o inseridas no �ltimo grupo. Ariella, Sharon, Sabrina e eu (Alynne). A gente realmente quase morreu por causa daquela primeira visita tumultuada deles aqui no Brasil. Calma menina. Eu sei que agora voc� deve estar falando "Eu tamb�m quase morri, me matei, sofri...". Eu te entendo perfeitamente, um monte de f� de Hanson passou por isso filha, n�o se estressa n�o. Eu resolvi escrever essa hist�ria, porque, sabe ? Foi comigo e com as minhas melhores amigas, e foi tipo assim... Curtida at� o �ltimo instante, com todos os detalhes marcados na cabe�a de cada uma de n�s, detalhes esses que eu vou estar passando para voc�s. Eu acho que � um conto tipo "As mil e uma noites", sabe ? Mentira, estou exagerando, mas foram fatos que aconteceram com a gente, e que muita f� imagina toda noite, quando p�e a cabe�a no travesseiro, que aconte�a com ela. E n�o adianta falar que voc� n�o imagina nada com nenhum Hanson porque eu sei que � mentira. Eu era assim, minhas amigas eram assim e com voc� n�o vai ser diferente.

Bom, como j� disse, Lella, Eu, Sharon e Bina somos melhores amigas. Eu e a Bina somos amigas h� dez anos, e a Sharon e a Lella h� sete anos se n�o me engano. S� que, as quatro se tornarem melhores amigas de verdade foi por causa de Hanson. H� tr�s anos atr�s. S� que agora n�o s�o eles que mant�m a nossa amizade. Somos amigas mesmo, tendo ou n�o Hanson no meio. E eu s� tenho a agradecer ao Taylor, ao Zac e ao Ike porque foi gra�as a eles que hoje eu encontrei minhas "Little Hanson Sisters", ou como a Lella diria: agora s� "Little sisters", ali�s "Big Sisters" mesmo... N�o tem mais nada a ver com o Hanson hoje sermos melhores amigas. Mas eu n�o vou contar a bela hist�ria da nossa amizade, porque voc� que est� lendo isso n�o deve estar nem um pouquinho interessada agora.

O que voc� precisa saber da gente � que temos uma personalidade parecida, gostos parecidos, jeito parecido, e se tem alguma coisa que nos diferencia, � um detalhe bem pequeno. No caso da Lella, � que al�m de ela falar pelos cotovelos, ela fala por todos os outros membros do corpo dela. � incr�vel, como a garota fala, gente... mas isso � uma caracter�stica muito legal nela. E ela tamb�m odeia ser contrariada... O-D-E-I-A. E ela consegue convencer todo mundo a fazer o que ela quer, e se por um mero milagre ela n�o consegue, ela fica puta. Na Sharon, hmmm... deixa eu pensar... Ela tem um jeito meio diferente de falar. N�o que ela fale em outra l�ngua desconhecida, ou tenha l�ngua presa, ou seja gaga, n�o � isso n�o, mas, � que ela usa umas g�rias s� dela, e que agora tamb�m � nossa, mas � ela quem mais usa mesmo. E ela esquece quase tudo que ela vai falar. Se ela vai falar alguma coisa e voc� espirra ela j� esquece. A Bina... Ai credo ! N�o pensei que fosse t�o dif�cil estabelecer diferen�as entre as pessoas que eu mais falo e convivo todos os dias. Bom, a Bina ela � meio complicada sabe... As vezes d� uns chiliques nela, ela passa mal, a press�o cai, ela quase morre, mas � s� de vez em quando. E em rela��o a menino, gente, ela � a incerteza em formas humanas... E ela n�o para de estudar um minuto sequer durante o ano letivo (mas ela n�o � dessas nerds feiosas que usam �culos fundo de garrafa e quase n�o fala. Muito pelo contr�rio). Ainda mais agora, que ela t� estudando pra passar no vestiba.. Vixe ! E ela tamb�m � muito divertida, fazendo voc� rir s� com as risadas dela, que s�o super altas e engra�adas. E eu ??? Hmmm... Bom, elas dizem que eu sou super empolgada (mas elas tamb�m s�o), e que eu n�o paro de rir. Se vem uma formiga andando eu dou risada.. Delas, eu sou a menos t�mida e... Ah, sei l�, viu ?

Bom, enfim... Voc� lembra quando o Hanson veio pra c� ? Como j� disse, a gente se esfor�ou muito, quase levamos nossas fam�lias a fal�ncia total, nos desidratamos, ficamos com olheiras, pegamos insola��o, morremos atropeladas, andamos 7 km (isso n�o foi quase, o resto foi), quebramos a perna, ca�mos de lugares altos, ficamos loucas e etc. � claro que isso n�o aconteceu com todas juntas, eu coloquei aqui um resumo do que aconteceu com as quatro.

Voc� que teve a sorte de v�-los, provavelmente achou insuficiente, n� ? Queria que muito mais tivesse acontecido, certo ? Com a gente n�o foi diferente. A gente ficou se preocupando com o futuro, e n�o com o presente (eu pelo menos fiz isso). Ficava me preocupando com futilidades e esqueci de curtir na hora, o instante... Agora j� era e eu n�o posso fazer nada. E, depois que o Hanson foi embora, que um tempo se passou que eu percebi o quanto eu fui boba e quantas chances �teis eu desperdicei. Por isso eu queria mais uma chance para compensar os erros completamente mongos da vez passada. E o que aconteceu comigo, foi um presente de Allah, literalmente. A turn� americana do Hanson come�ou. Tanto eu quanto a Lella, a Sharon e a Bina est�vamos preocupadas com outras coisas, como escola, meninos, namorado (no meu caso, porque eu sou a �nica que namora s�rio), roupas, gin�stica e outras coisas que rondavam a nossa cabe�a adolescente. Claro que lembr�vamos de Hanson quase toda hora, mas, n�o fic�vamos com a cabe�a presa naquilo, e somente naquilo. E n�o aguent�vamos mais outras meninas contando pra gente as hist�rias delas com o Hanson aqui no Brasil, de como elas tinham abra�ado o Zac ou beijado o Taylor, de como a m�o do Ike era macia, de como eles tinham olhado para elas de um jeito especial. A gente sabia que pelo menos 75% da hist�ria era mentira. Ningu�m contou a verdade verdadeira pra ningu�m... Todo mundo sempre colocou detalhes a mais em suas hist�rias.

E, como sonhadoras que somos, est�vamos planejando uma viagem b�sica pros States, para ter outra chance, num show deles.

Sharon > "Ent�o, minha m�e disse que d� pra eu trabalhar na ag�ncia com ela."

Lynne > "D� pra gente trabalhar tamb�m ?"

Sharon > "Nem... Tipo que foi dif�cil ela conseguir pra mim..."

Bina > " N�o vai dar pra eu trabalhar."

Lella > ��Porque ?"

Bina > "Eu tenho que estudar... N�o vou poder ficar numa loja um dia todo."

Lella > "Pra variar s� um pouco."

Est�vamos na casa da Lella, era sexta e estava um frio do KCT. Como fazemos quase sempre, ir�amos dormir todas l�, j� que na casa dela, tem cama pra todo mundo ( � que a Lella tem mais duas irm�s. Uma t� na Austr�lia e a outra dificilmente t� em casa na sexta e no s�bado).

Lynne > "Povo, sem dinheiro n�o d� pra viajar n�o, t� ?"

Bina > "Eu n�o vou mais viajar porra nenhuma. Nem se eu tiver dinheiro nem nada. N�o vai dar certo mesmo."

A gente se olhou. Ai, como dava raiva quando a Bina fazia isso. Mas como a gente j� se acostumou, respiramos fundo e continuamos a conversar.

Sharon > "Ai, catzo... T� muito frio, meu saco..."

Lynne > "Mas eu vi na TV que semana que vem j� esquenta."

Lella > "Puta merda !!! Olha do que voc�s t�o falando !!! A gente tratando um neg�cio m� s�rio aqui e voc�s falando de previs�o do tempo. Eu n�o acredito nisso. Nossa, meu !!! Quem liga se vai esfriar ou nevar ? Que se dane... Meu, voc�s s�o muito bobas... E se esquentar tamb�m... E da� ? Tipo que..."

Sharon > "Chega, filha, j� se empolgou muito."

Lella > "Coitada de voc�."

Lynne > "Quando a gente diz que voc� fala como uma condenada voc� duvida... Voc� quase falou a b�blia inteira s� pra expressar sua indigna��o sobre a nossa conversa."

Ela fez um biquinho e olhou pra baixo.

Lella > "Hmmm..." - esse barulhinho a gente faz direto. Esse tipo de di�logo agressivo era normal, e pra gente, era s� brincadeira.

T�....a gente dormiu l�, e arranjar um jeito de ter dinheiro nada. A outra semana passou, e a outra, e a gente com a mesma d�vida. Falamos com nossos pais e eles disseram que era muito caro, que era melhor esperar eles voltarem pro Brasil. E mesmo dando todos os nossos argumentos, foi imposs�vel de fazer a viagem pros States. Ficamos muito desanimadas. J� t�nhamos feito mil e um planos, os lugares que a gente ia visitar e tudo por �gua abaixo. Revolta geral, nem se fala. Ficou aquele clima horr�vel de mau humor durante uns tr�s dias. (Pra gente tr�s dias de mau humor � muito.)

Certo dia a� eu tava em casa e a Sharon me liga desesperada.

Sharon > "Meu, meu, meu, meu, meu!!!!!!!"

Lynne > "Qu� isso filha?"

Sharon > "N����������!!!!!!!!!"

Lynne > "Que foi Sharon?"

Sharon > "Eu vi... Eu vi... Eles que falaram, foi eles que falaram!!!! N���!"

Lynne > "Calma flor, respira... Calminha... Agora CONTA" - pra Sharon t� assim ou � Hanson, ou � Red Hot Chilli Peppers ou � Blink 182. Mas eu fiquei com a primeira alternativa na cabe�a.

Sharon > "Blah, eu vi e blah, porque me contaram e blah !!!!! Ai, buc�falo !"

Lynne > "Por favor flor, para com isso que voc� t� me deixando beem nervosa."

Sharon > "N��� ! �C� lembra da menina que foi comigo no J� ?"- disse que sim - "Ent�o, ela me falou que viu num chat que eles falaram que eles iam fazer turn� por aqui quando acabasse a turn� americana, tr�s dias depois do anivers�rio do Zac acho, da� eu duvidei e fui l� ver e blah !"

Lynne > "Nossa, �c� foi muito Ariella agora. Calma Sharon... Voc� parou na melhor parte da hist�ria, e se voc� n�o se acalmar agora, eu vou a� te bater."- detalhe que a gente mora em extremos diferentes de S�o Paulo.

Sharon > "Ai, sapato, t�... Da� eu fui l� e entrei e vi. Eles mesmos falaram que vem pra c� depois da turn� americana, tr�s dias depois de 22 de outubro. Dia 25 eles t�o aqui..."

Lynne > "Voc� tem certeza absoluta que eles est�o aqui. Quais foram as palavras exatas ?"- disse j� me empolgando.

Sharon > " Ah, sei l�... Eles disseram que logo depois que acabar a turn� americana eles v�o vir fazer uma turn� na Am�rica latina, inclusive Brasil."

Lynne > "Mas eles vem logo no dia 25 pra c� ?"

Sharon > "Num sei..."

Lynne > " �C� avisou a Lella e a Bina ?"

Sharon > "Ainda n�o. A Ariella t� dormindo e a Bina t� no ingl�s."

A Sharon ficou a empolga��o em pessoa depois que ela viu aquele chat do Hanson, que seria verdade , que saiu da pr�pria boca deles que eles viriam ao Brasil. A Lella, depois que ficou sabendo da hist�ria se empolgou demais tamb�m, e come�ou a fazer mil planos para que tudo desse certo quando o Hanson retornasse ao Brasil. Estudou todos os nossos movimentos, nossas inspira��es e expira��es, para que aproveit�ssemos ao m�ximo tudo. A Bina ficou muito feliz tamb�m, s� que ela n�o demonstrou nenhuma pr�via empolga��o. E eu n�o me senti a vontade... N�o sei com o que... Na verdade, sei sim. Eu estava achando errado elas ficarem estudando tudo que a gente ia fazer quando eles estivessem aqui. Se a gente desse um peido fora do hor�rio j� desmontava o esquema. Eu n�o estava achando legal elas ficarem fazendo mil e um planos... Eu estava achando aquela hist�ria muito absurda. N�o estava duvidando da Sharon nem da Lella, mas do Hanson. Como de repente, assim do nada, eles resolvem: "Ah, a gente vai a� pra Am�rica Latina daqui alguns meses, t� ?". N�o estava confiando muito.

E n�o queria que elas quebrassem a cara quando descobrissem que todo o esquema que elas haviam montado se desfaria, caso a agenda do Hanson fosse diferente do que elas imaginavam. E imagina se o Hanson n�o viesse pra Am�rica Latina, se nem viesse ao Brasil... Nossa, elas iam ficar muito bravas, e eu tamb�m �bvio, mas al�m de tudo elas iam ficar desacreditadas, e eu n�o queria que isso acontecesse.

E a gente ficou desde o meio de agosto at� o dia 9 de setembro sem saber nada. S� que a turn�zinha deles estava marcada, e s� isso.

Bom, 7 de setembro era feriado. E como eu e a Sharon j� hav�amos dito, esquentou e n�o esfriou mais. Meus pais resolveram ir pra praia, e como meu namorado n�o quis ir comigo, chamei as meninas. A gente foi pra Praia Grande, litoral sul de S�o Paulo, onde eu tenho um apartamento. A gente ficou l� desde o dia 7 de setembro, que era uma quinta, at� o domingo. A gente aproveitou ao m�ximo. Fomos pra Santos, ver o menino que a Lella gosta, a Bina ficou com um menino muito fofo, eu tomei muito sol e a Sharon se divertiu bastante tamb�m, s� que da forma dela. Ela n�o era dessas pessoas que amavam ficar na praia tomando sol, com um monte de areia grudando. Na verdade ela nem curtia muito. J� eu, a Lella e a Bina voltamos com uma corzinha bem mais bronzeada. Na quinta, no dia que a gente chegou, n�o fizemos nada muito "�hhhh, que divertido !". Nem na praia a gente foi, porque a gente chegou a noitinha. Resolvemos passear por l�, ir na feirinha e tal. Dia seguinte praia, s� que em Santos e no s�bado, dia nove, praia em Praia Grande. E era l� que est�vamos, do lado da barraquinha do Pedr�o, tomando um suquinho refrescante, quando o celular da Lella toca. Bom, como qualquer pessoa normal ela foi atender. S�, que o que acontece � que quem ligou pra Lella n�o era t�o normal assim. Era a Gaby, uma amiga nossa de Curitiba. Essa sim era a empolga��o descrita e montada.

Lella > "Al� ?"

Gaby > "Flor !!!!! Onde �c� t� Lella ????"

Lella > "Na praia com a Lynne, a Sharon e a Bina, porque ?"

Sharon > "Quem � ?"

A Lella sussurrou: "A Gaby."

Lynne > "Nossa, pra ela t� ligando de Curitiba pro celular deve ser grave mesmo." - arrisquei.
Gaby > "Ent�o �c� nem deve saber, n� amiga ?"

Lella > "O que Gaby ? Fala logo."

Gaby > "Bom, eu tava aqui no aconchego do meu lar, esperando umas amigas minhas terminarem de se arrumar pra gente sair. E como elas tava demorando demais eu liguei o computador e resolvi entrar na hanson.net..."

Lella > "E ...?" - perguntou a Lella anciosa.

Gaby > "E... eu tava s� dando uma fu�ada por l� sabe... Eles atualizaram tudo ontem, ent�o as info tava tudo nova l�, e eu resoolvi ver a turn� como ia. Eu fui vendo, e chegou em outubro. Eu lembrei do que �c� tinha me dito. E eu fui direto pro dia 25 de outubro e n�o tinha nada."

Lella > "Por isso voc� t� desesperada desse jeito, �miga ?" - eu olhava pra Sharon e pra Bina sem entender absolutamente nada, e elas idem.

Gaby > "Claro que n�o, n� flor. Acontece que eu continuei olhando os dias que vinham antes de 25 de outubro, e bom... voc� tem alguma coisa muito imortante pra fazer no dia 16 ?"

Lella > "Ai, Gaby, n�o sei, porque ?"- disse preocuoada.

Gaby > "Voc� tem permiss�o para ir pra Argentina ?"

Lella > "N�o t� te entendendo..." - eu, a Sharon e a Bina olh�vamos a Lella com cara de c�.

Sharon > "Ai Ariella, a gente adora ficar boiando, sabe ? Que coc�..."- disse a Sharon irritada.

A Lella olhou pra ela feio, fazendo um sinal com a m�o pra que ela parassse de falar.

Sharon > "Se achou, n� filha ?" - eu dei risada. A Bina ficava olhando a Lella com ang�stia nos olhos. Que ser� que tava acontecendo ? A Lella tava com uma cara estranha, indescrit�vel.

Gaby > "O necess�rio �: O Hanson vai pra Argentina dia 16 de outubro !"

Lella > "Como assim pra Argentina ? E pro Brasil ?"

Gaby > "Bom, pro Brasil n�o tinha nada."

Lella > "Como n�o ?"- disse indignada - "Como eles v�o pra Argentina e n�o vem pro Brasil ?"

Eu olhei pra Sharon e pra Bina. A Sharon j� tinha entendido do que se tratava, eu tamb�m. S� a Bina ficou l� boiando.

Sharon > "Ai bucefal�ia !!!!!!! N�o acredito !!!! Que merda, meu !!!!"

Lynne > "Putz... ai cara, brasileiro � muito azarado mesmo."

Bina > "Porque ? O que aconteceu ?"

Eu olhei pra Sharon. Nossa, como irritava quando a Bina dava umas decoladas dessa.

Sharon > "Ai filha ! �C� n�o ouviu n�o ? O Hanson n�o vem pro Brasil, s� pra Argentina !!!!!"- disse a Sharon irritada. A Sharon e a Lella se irritavam muito f�cil.

Bina > "Como �c� sabe ?"

Lynne > "Puta Bina ! Onde �c� tava ?"

Sharon > " �C� n�o viu ali a Lella falando com a Gaby n�o ? Do que mais elas podem falar pra Ariella t� com essa cara bonita a� ?"

S� a� que a ficha da Sabrina caiu. E junto com a ficha, caiu a raiva.

Bina > "Puta merda !!!! N�o acredito ! Que merda viu, meu !!!!"

Lynne > "O problema � que eles n�o gostam das f�s brasileiras. S� pode ser isso cara. Lembra do dia do aeroporto ?"- se voc� foi no aeroporto e passou l� a noite do dia 27 pro dia 28 de abril, sabe do que eu estou falando.

Enquanto eu, a Sharon e a Bina lament�vamos de como a vida era ruim, a Lella falava aos montes com a Gaby, que n�o estava entendo mais uma palavra da Lella, de t�o r�pido que ela falava.

Lella > "Bl�, bl�, bl�, bl�, bl�..."

Gaby > "Ai Lella, pelo amor de Deus, fala mais devagar flor, que eu n�o t� entendendo nada..."

Lella > "Bla, bla, bla, bla... Eles n�o podem fazer isso com a gente Gaby !"

Gaby > "Eu sei, mas o que que a gente vai faz� ?"

A Sharon tomou o celular da m�o de Lella. Eu at� estranhei, porque a Lella n�o fez nada. Acho que foi o choque, porque em circunst�ncias normais, ela ia estar at� agora xingando a Sharon.

Sharon > "Gaby, qui qui aconteceu ?"

A Gaby explicou tudo para a Sharon.

Sharon > "Ai, buc�falo !!! Que merda de vida !!!!"

Gaby > "Calma povo, deixa eu terminar de falar..."

Sharon > "Ha, tem mais ? T� Lynne, eu n�o quero ouvir n�o !" - eu peguei o celular meio confusa. Meu, que que tava acontecendo ? Todas n�s est�vamos nervosas, a Bina tava chorando, a Lella sentou na areia de cabe�a abaixada e xingando tudo que Deus fez no mundo e a Sharon n�o parava de andar de um lado pro outro xingando bem baixinho.

Lynne > "Oi Gaby, � a Lynne, fala...."

Gaby > "Oi Lynne. Explica pra elas que tinha mais coisa escrita."

Lynne > "Gente, calma, tinha mais coisa escrita. Ainda h� esperan�a."

Bina > "Foda-se !!!!! Eu n�o quero mais saber de porra nenhuma !!!!!!!"

Gaby > "Nossa, quem gritou assim ?"

Lynne > "A Bina, n�o repara n�o, mas quando ela se estressa j� viu, n� ?"

Sharon > "Fala logo o que aconteceu que tinha mais coisa l�..."- disse a Sharon com os olhos j� cheios de l�grimas.

Gaby > "Bom, tinha escrito l� que a turn� da am�rica latina ainda n�o tinha datas definidas, nem pa�ses definidos. Que o calend�rio deles estava sendo todo montado, e que eles ainda tinham que passar pela Austr�lia pra depois vir pra c�, entende ?"

Lynne > "Ah, claro, como eles s�o fofos, n� ? Ao inv�s de cortarem caminho e sa�rem da Argentina para vir direto pra c�... N�o, os tontos v�o at� a Austr�lia pra depois lembrar do Brasil !!!!"- disse meio brava.

Sharon > "Como � ? Eles v�o primeiro pra Austr�lia pra depis vir pra c� ? Puta merda ! Que coc� de vida que eu tenho !!!!"

Lella > "Super b�sico, n� ? E minha irm�o querida l� na Austr�lia ! Lindo isso !" - a irm� mais velha da Lella tinha ido pra Austr�lia estudar e ia voltar no fim de setembro. Provavelmente quando o Hanson j� estivesse l�, a Dani (irm� de Lella) j� fossse estar na Disney, que era pra onde ela iria passar 6 dias, e s� depois voltaria pro Brasil. Tadinha, n� ?

Gaby > "Ao que tudo indica � isso mesmo Lynne..."

Lynne > "Puta que o pariu, que esperteza, cara ! Ser� que eles n�o tem ningu�m inteligente que saiba montar um calend�rio e uma rota compat�veis pra turn� na produ��o, n�o ? Depois brasileiro que � burro."

Gaby > "Hehe... Pois �, n� flor. Mas deixa eu desligar porque minha m�e aqui j� t� me xingando."

Lynne > "T�, t�, meu !!! Chega j�, n� ?"- disse gritando.

Gaby > "Nossa Lynne desculpa. Eu n�o sabia que voc� me odiava tanto assim..."

Lynne > "N�o, n�o Gaby, n�o foi com voc�. � que o clima aqui t� meio tenso sabe, e a Bina precisa de uns corretivos de vez em sempre quando ela fica nervosa."

Gaby > "Nossa, eu n�o sabia que a not�cia seria t�o grave assim."

Lynne > "Nah... relaxa, � tudo passageiro."

Gaby > "Bom, t�... Ent�o tchau Lynne. E d� um beij�o a� na Lellica e na Shash� por mim. E um calmante pra Sabrina, t� ?"

Lynne > " �P� dex� ! Tchau..."- disse fechando o celular.

Lella > "Ela desligou ?"

Lynne > "Ahan."

Lella > "Puta merda Alynne, eu queria falar com ela ainda !!!"- disse aos berros pra mim. Eu odiava, ali�s odeio, quando ela faz isso. Ela grita muito alto, e a Lella estressada � um saco.

Lynne > "Calma Ariella. Precisa gritar assim ?"- disse tamb�m me alterando.

Lella > "Claro, porra ! Voc� nem pergunta se a gente queria falar mais com ela !"

Lynne > "A minina tinha que deslig� aqui, �."

Lella > "Foda-se !"

Lynne > "Ai Ariella, qu� sab� de uma coisa ? T� cansada do seus ataques sabe ? Voc� quer tudo na hora e t� pouco ligando se a pessoa pode ou n�o fazer o que a senhora quer. Quer tanto falar com a Gaby ? Liga voc� ent�o !" - e joguei o celular com tudo no colo dela.

Lella > "Grossa !!!! Est�pida !!!"

Lynne > "T�, t�... Eu, n� ?"- disse me virando e sa� andando em dire��o ao mar. Eu e a Lella brigar desse jeito j� tinha se tornado uma coisa meio que normal. Daqui uns cinco minutos ou eu ou ela se arrependia, nos abra��vamos e tudo voltava a ser como antes. A Sharon e a Bina j� tinham brigado tamb�m. O pessimismo extremo da Sabrina irritava muito a gente. E a gente sempre discutia. Mas a que mais se irritava com as crises de estresse da Bina era a Sharon. A Sharon ficou sentada na canga que estava estendida no ch�o e a Bina foi pro mar tamb�m. E eu fiquei pensando comigo: "Porra, que que t� acontecendo com a gente ? N�s a tr�s semanas atr�s n�o brig�vamos desse jeito, e com tanta frequ�ncia. Meu, e tudo isso por causa de uma not�cia bosta dessas. Esses Hanson s�o uns escrotos mesmo. Como s�o burros..." e eu tinha certeza que a Lella, a Sharon e a Bina pensavam a mesma coisa.

::Cap�tulo 2:: ::�ndice:: 1
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