"Parábola do Fermento"  

COMENTÁRIOS DO GEEMA:

Eloci ([email protected]):

1) O que representa o fermento nesta comparação de Jesus? 

Creio que representa a fé, o crescimento da fé. Representa as atitudes que tomamos em acordo com o que aprendemos. Representa o assumir da responsabilidade à medida que se conhece o caminho.

 
2) Que ensinamentos podemos tirar desta parábola para o nosso crescimento espiritual?

Somente o aprendizado dos ensinamentos de Jesus e a vivência das lições aprendidas, são capazes de nos colocar no caminho da Luz para a conquista do "reino dos céus". É pondo em prática as lições do Evangelho que estaremos realmente crescendo espiritualmente e colocando "fermento" em nossa evolução moral.

 

KK ([email protected]):

1) O que representa o fermento nesta comparação de Jesus?

No meu entendimento, seriam os ensinamentos de Jesus que devemos pôr em
prática, o amor com que devemos fazer as coisas e ter com as pessoas, o perdão
ao próximo e a nós mesmos. Acho que não devemos esconder o que aprendemos
(deve-se ter ampla divulgação).

2) Que ensinamentos podemos tirar desta parábola para o nosso crescimento
espiritual?

Que estamos sempre aprendendo (uns c/ os outros pois todos somos irmãos,
independente de qualquer coisa, religião...) somos filhos do mesmo Pai.

Frei Paulus ([email protected]):

1) O que representa o fermento nesta comparação de Jesus?

O fermento, nesta parábola, representa o alimento espiritual que devemos buscar.

Notemos que Jesus está explicando o "Reino de Deus" e, como já compreendemos, este reino não pode ser alcançado pelas vias do materialismo, que ainda hoje impera por toda parte.

O fermento possui a faculdade de transformar toda a massa e, da mesma forma, o alimento espiritual que encontramos na prática do Evangelho transforma nossa vida de forma a nos fazer habitar o Reino de Deus.

As três medidas de farinha, que Jesus indica na parábola, são justamente as três "medidas" que nos formam: o corpo físico, o espírito e o perispírito (leiam o comentário de Avelino, enviado pela irmã Toccade). 

A mulher da parábola é a fé que proporciona esta união do fermento com as medidas de farinha. É por isso que Jesus dizia que aquele que tivesse a fé do tamanho de uma semente de mostarda poderia fazer o que ele fez e muito mais.

Vejamos como o alimento espiritual nos transforma nesses três aspectos:

A fé verdadeira realiza curas no corpo físico. O perispírito, através da prática do bem, se purifica e se transforma nas "vestes nupciais", de acordo com as palavras de Jesus. E o espírito, por sua vez, é o grande beneficiário do alimento espiritual, representado pela vivência evangélica. É por meio desse alimento que o espírito se eleva na escala evolutiva.

Mas não basta o fermento para transformar a massa. É preciso que toda a mistura seja submetida ao calor do fogo.

Conforme lemos na explicação de Cairbar Schutel, como o fermento não transforma a massa sem a ajuda do calor, o homem não se mostra merecedor do Reino da Felicidade senão por meio do calor das provações. Da mesma forma em que o calor nos permite identificar entre duas massas a que recebeu o fermento, as dificuldades da vida nos permitem separar as pessoas que já conhecem as claridades espirituais das que são "massas sem fermento".

2) Que ensinamentos podemos tirar desta parábola para o nosso crescimento
espiritual?

Está claro que devemos acrescentar o fermento da busca espiritual em nossas vidas. Os irmãos que conhecem aqueles que ainda não adicionam esse tipo de componente às suas "massas", sabem muito bem os resultados que obtêm. Eles se consideram os "vencedores" da vida. Possuem bens, títulos, fama e poder, no entanto suas "massas", isto é, suas vidas são vazias. Esses mesmos são aqueles que, muitas vezes, mergulham nos resvaladouros dos vícios, das paixões mais inferiores e, conseqüentemente, são as "vítimas" preferidas dos espíritos-vampiros, os obsessores.

O alimento espiritual não nos privará das alegrias sadias que este planeta nos oferece, ao contrário, apresenta novas cores aos "prazeres da alma" (alegria, desapego, sabedoria, paciência, afetividade, autoconhecimento, respeito, liberdade, lucidez, naturalidade, humildade, compaixão, coragem, compreensão, individualidade, segurança, renovação, criatividade, perdão, amor, generosidade, aceitação - conforme encontramos no livro Os Prazeres da Alma, do Espírito Hammed). Não se faz aqui apologia à pobreza ou aos sofrimentos. Se o fizéssemos, estaríamos indo de encontro às divinas leis do trabalho e do progresso, pois que o trabalho existe para quintessenciar-nos o espírito, mas também para nos garantir os bens materiais e o progresso deve ser espiritual, material e intelectual.

Nessa abordagem, é necessário esclarecer que pelo fato de nos "filiarmos" ao Espiritismo, não estaremos obtendo salvo-conduto contra as dores e dificuldades da vida, mas estaremos nos equipando de fé, de coragem moral, de paciência, de tolerância, enfim, de amor para vencer as provações que, do contrário, nos venceriam.

Um irmão dizia que se o Espiritismo fosse uma boa religião, um conhecido nosso, espírita há mais de 50 anos, não teria problemas com a esposa que não o compreende ou com o filho, que tem graves problemas de saúde. Este querido irmão não sabe o que dizia. O nosso conhecido, já com 74 anos de idade, é um trabalhador incansável na seara espírita. Médium de belíssima faculdade, o Sr. Carlos (nosso "mentor encarnado", como dizemos carinhosamente) consegue nos dizer das causas remotas que o unem àquela esposa e àquele filho e os ama verdadeiramente. Apesar de sua cruz ser pesada, ele mantém sempre o sorriso no rosto e, em vez de ficar resmungando pelos cantos, pedindo a ajuda de todos, ele faz justamente o contrário: auxilia a todos com amor e carinho.

Eis um exemplo vivo do que faz o "fermento" das coisas espirituais.

Que Jesus nos ajude e nos ampare hoje e sempre.

Fiquem na paz,

Frei Paulus.

Outros comentários acerca desta parábola:

- Cairbar Schutel

- Rodolfo Caligaris

- Avelino Cassemiro de Araújo

- Comentários para as crianças

  

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