Esquina da Literatura

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Autores

Menotti del Picchia

 

Modernismo

Geração de 22

 

Introdu��o
Informa��es retiradas do trabalho Modernismo Movimentos Primitivistas

 

Tangolomango

"O bicho Tangolomango
- peluda carne de sombra,
olhos de escuro e de m�do –
rondou t�da a minha inf�ncia.

Como era? N�o sei. S� era
um arrepio em meu corpo
pois na treva era s� treva
e na luz ficava nada.

Varava o t�nel da noite,
chegava de madrugada:
lascas de sol nos canteiros,
canto de luz nos meus olhos!

E assim rolei pela vida
revezando de outro jeito
o bicho Tangolomango
com meu Arcanjo de prata"

(Menotti del Picchia)

Paulo Menotti del Picchia nasceu em S�o Paulo, em 1892. Fez seus estudos secund�rios em Pouso Alegre, Minhas Gerais, onde aos 13 anos de idade, editou o jornalzinho "Mandu", nele inserindo suas primeiras produ��es liter�rias. Viveu em Itapira, cidade do interior paulista, e a� editou "Juca Mulato", sua obra de maior repercuss�o, que j� teve dezenas de edi��es. � autor de romances, contos e cr�nicas, de novelas e ensaios, de pe�as de teatro, de estudos pol�ticos e de obras da literatura infantil. Fundou jornais e revistas, foi fazendeiro, procurador geral do Estado de S�o Paulo, editor, diretor de banco e industrial. Fez pintura e escultura. Foi deputado estadual e federal. � tabeli�o e ocupou diversos e altos cargos administrativos. Pertence �s Academias Paulistas e Brasileira de Letras.

Menotti del Picchia teve destacada atua��o no movimento modernista. Preparou, com Oswald de Andrade, o advento da nova tend�ncia liter�ria e art�stica, sustentando a pol�mica com os passadistas, antes e depois da Semana de Arte Moderna. Em seguida, foi aguerrido defensor da doutrina��o "Verde e Amarelo", opondo-se ao Oswald de Andrade de "Pau Brasil" e "Antropofagia". Defendeu tamb�m os ideais do "Grupo da Anta", que superavam os prop�sitos verdeamarelistas. Participou da Semana de Arte Moderna, sendo mesmo o seu orador oficial, apresentando, na festividade, os poetas e prosadores que exibiam, ent�o, as produ��es da literatura nova. Suas cr�nicas no "Correio Paulistano", de 1920 at� 1930, como que constituem um "di�rio do modernismo", registando, quase que quotidianamente, os entusiasmos, as raivas, as lutas e as desaven�as da sua gera��o.

A poesia da fase modernista de Menotti del Picchia � colorida e engenhosa, padecendo do excesso das imagens. Abusa dos elementos pl�sticos, dos efeitos pitorescos e verbais. Mas, como todos os seus defeitos, que decorrem da atitude pol�mica assumida, fecundou de id�ias o per�odo hist�rico que viveu, e que ajudou a desenvolver, sacrificando at� a realiza��o de obra po�tica de maior resson�ncia que podia dar. Poetando agora de raro em raro, controla os seus modismos e as inven��es audaciosas, do que resulta uma poesia comunicativa e emocionada. "Nenhum dos seus livros modernistas" – escreve Manuel Bandeira – "superou o �xito de "Juca Mulato", onde o poeta se apresenta em sua fei��o mais genu�na".

 

 

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