História da São Paulo Minas

A Estrada de Ferro São Paulo e Minas foi construída para atender fazendeiros da região de São Simão a Freguesia de Serra Azul em 1890, com o nome de Companhia Melhoramentos de São Simão. A princípio esta empresa foi criada para circular apenas dentro do município de São Simão e o contrato de concessão foi firmado apenas com a Intendência Municipal de São Simão. Em 1º de agosto de 1893 era inaugurado o trecho de São Simão a Estação Central, numa distância de 13 quilômetros.

Em 1894, a empresa inaugura seu segundo trecho entre a estação de Santa Clara e a fazenda Santa Maria, mas devido a dificuldades econômicas é decretada a sua falência. Este fato obrigou Jorge Cesimbra Fairbanks a alterar o projeto original da empresa, desviando seu traçado da serra de São Simão numa extensão de 23 quilômetros, chegando, assim, os trilhos, até à Freguesia de Serra Azul.

Outro fato importante foi a contratação com a Mogiana de participação de entroncamento em Bento Quirino e a rescisão do contrato com o município de São Simão, fato que propiciou avançar suas linhas até a fronteira de Minas Gerais. Em 1908 a empresa passa para o controle estrangeiro e sua razão social muda para "The São Paulo end Minas Railway Company." Esta mesma empresa adquiri do Coronel Pimenta de Pádua o direito de ir até São Sebastião do Paraíso.

Enquanto se aguardava que a Câmara de São sebastião do Paraíso aprovasse a transferencia de concessão para efetivar o projeto de estrada entre São Paulo e Minas, a estrada começou a ser construída, a partir da Altinópolis, em direção do território mineiro. Em 1911, quando a Câmara, finalmente, aprovou a transação, a estrada já estava chegando em São Sebastião do Paraíso, numa extensão total de 136 quilômetros.

No ano de 1922 a estrada foi adquirida por 100 mil libras esterlinas pela Companhia Eletro-Metalúrgica Brasileira, sediada em Ribeirão Preto, para destinar-se ao transporte de minérios de suas jazidas situadas no município mineiro de Jacuí. Em 1926, depois de ter quitado sua dívida, a nova empresa proprietária da ferrovia contraiu um empréstimo do governo do Estado para realizar diversos melhoramentos, entre os quais, o mais importante, foi a construção de um ramal entre Serrinha e Ribeirão Preto que foi inaugurado em 1908. Como garantia, a Companhia oferecia o ramal de Morro Agudo em hipoteca.

Em 1929, vencido o prazo para o pagamento e tendo a dívida aumentado com acréscimo de juros, a estrada teve de hipotecar também o ramal entre Serrinha e Ribeirão Preto. A precária situação financeira da estrada, agravou-se mais, ainda, quando no dia 29 de abril deste ano eclodiu uma greve dos seus empregados – que não recebiam em dia os seus salários paralisou o seu trafego. Para salvar-se da situação, a Companhia procurou entregar a estrada ao governo para que este a administrasse em anticrise (CONTRATO DE CONSIGNAÇÃO DE RENDIMENTO ). O Estado, entretanto, recusou a solução proposta. Assim, no dia 9 de dezembro a Companhia foi à falência e a estrada por acórdão de 3 de setembro de 1930 do Tribunal de Justiça, passou a intervenção do Estado.

Sob a administração do governo foi aberto em 1931 um crédito especial de 1.041 contos de réis e a estrada foi reaberta ao tráfego com toda a sua linha, até a fronteira, reparada. A reparação só não atingiu o território mineiro por uma questão de jurisdição; por essa razão, o tráfego até São Sebastião do Paraíso permaneceu fechado. Tornando-se definitivamente proprietário da estrada através da adjudicação dos seus bens por decisão do Juízo Federal de São Paulo, o governo autorizou a reabertura do trecho mineiro em 1934 e, em seguida, também o alargamento da bitola de toda linha de 0,60m para 1,00m e o reaparelhamento do sistema de transportes com a transferência – para a São Paulo e Minas – de diversas, locomotivas e vagões das estradas de Ferro Araraquara e Sorocaba.

Com o alargamento da bitola foi possível à São Paulo e Minas elevar em 60% a sua capacidade de transporte e manter tráfego mútuo com a Mogiana nas cidades onde as duas estradas mantinham contato em benefício de melhor serviço. Depois da restauração do ramal de Serrinha a Ribeirão Preto, terminada em junho de 1944, a São Paulo e Minas passou a desempenhar importante papel para a economia dos dois Estados aos quais servia trazendo cargas do sudoeste mineiro diretamente para as zonas da alta Mogiana e alta Paulista.

Do período do fim da guerra até os dias atuais, a estrada procedeu diversas modernizações em todos os setores destacando o setor técnico com reforma das oficinas, substituição de trilhos em alguns trecho da linha e introdução da tração diesel. No fim de 1961, a fim de possibilitar a ligação da nova variante da Mogiana com a sua linha tronco, nas proximidades da estação de Alto, a linha da São Paulo e Minas foi seccionada na altura do quilômetro 4 do ramal de Ipaúna - como se chama atualmente o ramal entre Serrinha e Ribeirão Preto -, passando o seus trens a circularem também na linha da Mogiana, do antigo quilômetro 17 até Ribeirão Preto.

Pelo Decreto n.º 48.029, de 29 de maio de 1967, a Estrada de Ferro São Paulo e Minas foi transferida para a administração da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e, mais tarde, pelo Decreto – Lei de 19 de setembro de 1969, foi transformada em sociedade de economia mista a fim de possibilitar a sua incorporação à FEPASA, em 11 de novembro de 1971.

Essas informações foram recolhidas junto à página anteriormente existente (atualmente em reconstrução) no site do sindicato MOGIANA, onde podia-se ver a história das principais ferrovias paulistas e a constituição da Fepasa.

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