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TABELAS 

As Tabelas de Descompressão

Foi Paul Bert quem, entre 1870 e 1878, demonstrou que os acidentes de descompressão eram provocados pela dissolução de gases nos tecidos e sobretudo pelo azoto. 

Em 1907 John Scott Haldane, baseando-se nos trabalhos de Paul Bert, criou a primeira tabela de descompressão para a marinha inglesa. Só muito mais tarde apareceu outra tabela de origem americana. 

Em 1948 o comandante Alinat, do G.E.R.S., adaptou ao sistema métrico à tabela americana e introduziu a tabela de mergulhos sucessivos. A partir de então as marinhas de quase todo o mundo Calcularam novas tabelas ou adaptaram as já existentes e começaram a utilizá-las baseando-se em critérios e valores variáveis, o que veio provocar diferenças significativas entre elas. Alem disso a evolução do conhecimento cientifico tem vindo a tornar essas tabelas cada vez mais perfeitas. Neste momento e especialmente nos Estados Unidos, são as universidades e os departamentos de investigação de certas industrias que nos apresentam novas tabelas, quebrando assim a hegemonia das marinhas de guerra dos países mais avançados neste campo. 

Dado que ao longo dos anos temos vindo a encontrar tabelas diferentes, cada vez mais aperfeiçoadas temos de estar preparados para ver alteradas as tabelas que vamos adotar. A tabela que é usada em Portugal é a utilizada pelo British Subaqua Club, organismo que na Grã-Bretanha coordena o mergulho amador e pela própria marinha (B.N.F.L) para uso desportivo. Trata-se de uma tabela simplificada cujos valores cobrem perfeitamente os casos que surgem ao amador e tem a vantagem de estar calculadas de 2 em 2 metros. 



Tabelas de Descompressão Büehlmann 86 para mergulho com ar Acima do nível do mar:

Tabelas 0-700m 
Tabelas 701-2500m 
Parte de Trás de uma Tabela 

Os Parâmetros do Mergulho

Todas as tabelas fundamentam-se em dois valores - a profundidade do mergulho e o tempo de mergulho. Estes valores estão relacionados com a dissolução dos gases no sangue e nos tecidos. Quanto mais fundo mergulharmos maior e a pressão e portanto maior é a dissolução. Quanto mais tempo passarmos a essa pressão também maior e a dissolução. Assim interessa pois definir estes valores. 

A profundidade do mergulho 

É a profundidade máxima atingida durante o mergulho. Mesmo no caso de o mergulhador ter realizado a quase totalidade, dum mergulho a 15 metros e só tenha dado uma "escapadela" muito rápida aos 30 metros é esta a profundidade que conta para as tabelas e não os 15 metros. 


Nota: Há profundímetros que retêm o valor da profundidade máxima atingida, mas como muitos mergulhadores não possuem aparelhos com esse dispositivo terá o praticante que memorizar este valor consultando amiudadas vezes o profundímetro durante o mergulho, sobretudo se perceber que está indo para mais fundo. 


O tempo de mergulho 

O tempo de mergulho é o intervalo de tempo que decorre entre o momento em que o mergulhador abandona a superfície ate ao momento em que, no fundo, decide acabar o mergulho e inicia o regresso à superfície. 


Nota: O último gesto do mergulhador ao abandonar a superfície é o de marcar no aro móvel do seu relógio ou botão do seu cronômetro o início da contagem do tempo. (hoje em dia há computadores de mergulho que automaticamente começam a contagem do tempo quando estão abaixo de 3m) 

Chama-se a atenção para os seguintes pontos: 

  1. Quando dizemos que não há necessidade de fazer descompressão, isso não significa que os tecidos do nosso corpo estejam isentos de gases dissolvidos em excesso. Por isso mesmo não podemos mergulhar de novo sem entrarmos em linha de conta com o 1º mergulho, nem voar sem consultar as tabelas. 

  2. Os mergulhadores não reagem todos da mesma forma, mesmo cumprindo escrupulosamente a tabela. Assim, é sempre aconselhável gastar o resto do ar da garrafa a fazer um patamar de segurança. 

  3. Uma subida muito rápida, excedendo a velocidade indicada na tabela, pode criar problemas de descompressão. 

  4. A vinda à superfície, momentânea e repetidamente, durante o mergulho, como por exemplo para verificar as marcas do local ou para trazer colegas, não é de forma alguma aconselhável pois pode dar origem a problemas de descompressão. 

  5. Embora a tabela inglesa ultrapasse os 40 metros, no país de Portugal tem algumas leis sobre o mergulho, a lei portuguesa só permite mergulhar abaixo daquela cota em condições muito especiais. 

Os patamares de descompressão 


Durante o mergulho os gases vão-se acumulando lentamente no organismo do mergulhador. O efeito contrário, ou seja a libertação desses gases através da respiração, não se poderá efetuar da mesma forma, dado que o mergulhador não pode subir tão lentamente como seria obrigatório. Procurou-se uma solução para esta dificuldade e chegou-se à conclusão de que se o mergulhador estiver parado durante um certo tempo a determinadas profundidades se vai descomprimindo como se subisse lentamente. 

A estas paradas chamam-se patamares de descompressão.

Na tabela inglesa os patamares estão escalonados de 5 em 5 metros, ou seja, nos 5, 10, 15, etc. Outras tabelas,  apresentam patamares de 3 em 3 metros mas, mais uma vez, há quem prefira a tabela inglesa, pois com mar agitado é mais fácil estabilizar a 5m do que a 3m. 

Dados os tempos apresentados, e normalmente não são excedidos pelos amadores, não aparece a necessidade de utilizar patamares abaixo dos 5m para mergulhos até aos 20m. Para mergulhos abaixo de 20m, temos de fazer paragens nos 10m e nos 5m, de acordo com os tempos indicados. 


Valores fora da tabela

Os valores do mergulho - tempo de mergulho e profundidade - podem não coincidir com os valores da tabela. Neste caso, nunca devemos proceder à determinação de valores médios nem fazer interpolações para a obtenção destes valores. Se não encontrarmos na tabela os valores correspondentes aos do mergulho programado ou efetuado deveremos escolher os mais próximos e maiores, ou seja, os que representem situações mais desfavoráveis. 

Assim, se a profundidade do mergulho for de 31 metros deveremos escolher o valor 32, uma vez que na tabela só constam os valores 30 e 32. Do mesmo modo se o tempo de mergulho foi de 22 minutos para um mergulho a 34 metros deveremos entrar com o tempo de 25 minutos e nunca com 21 minutos embora os 22 estejam mais próximos dos 22 do que dos 25. 

As tabelas são obtidas através de cálculos bastante complexos para serem apresentadas duma forma simples e fáceis de utilizar na prática. Não podem portanto conter todos os valores possíveis e isso obriga a que o mergulhador tenha que adaptar os valores reais do mergulho aos valores da tabela sempre como se o mergulho fosse mais fundo e mais longo do que na realidade. 

Nota: Se utilizarmos um computador de mergulho em vez das tabelas, devemos seguir as indicações por ele fornecidas. Não misturar nunca os dois sistemas, tabelas e computador.

A Física do Mergulho - A descompressão

Quando nos encontramos à superfície e, portanto, respirando o ar a pressão normal, este encontra-se dissolvido no nosso sangue e nos tecido a um nível de saturação que corresponde a pressão atmosférica. Ao mergulharmos ficamos submetidos a maior pressão e o nível de saturação modifica-se . Ao fim dum determinado tempo começaremos a ter dissolvidos no nosso organismo uma quantidade de gases superior ao normal. Ao regressarmos a superfície, com a correspondente diminuição da pressão, esses gases vão se libertando. Se a subida pudesse ser suficientemente lenta para esses gases em excesso se libertassem através da respiração, da mesma forma que se acumularam, não surgiriam problemas, mas como é difícil isso acontecer os mergulhadores que não tomem certas precauções verão as bolhas libertadas acumularem-se no sangue e nos tecidos dando origem aos acidente de descompressão ou doença descompressiva. Este é um dos problemas mais graves do mergulhador ou de quem respira gases sob pressão.

 

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