Meninos de rua
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Nenhum segredo é sagrado. Nenhuma guerra é santa.

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Trocado no sinal, migalha
meninos velhos sem chinelos
dormem ao frio, meio fio
prestações de nossas vidas no bordel
amor das pernas de aluguel.
Viver é questão de segundos
fazemos sexo como entulho
estercamos as praças, viadutos
implodimos vidas
somos de outro mundo.
Maiores acorrentados
gozamos e limpamos os pecados
somos felizes e cretinos
abanando o futuro
ignorando o destino.
Esquecemos algumas partes nas curvas
a vida, ao vivo, é mais crua
esquecemos de ser gente
capa e guarda-chuva
e que são meninos, os da rua.

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