Meninos de rua 2
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Nenhum segredo é sagrado. Nenhuma guerra é santa.

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Nem bola pra jogar
nem pasta pra cheirar
mães pra ensinar
pais pra surrar
temos os olhos abertos
mas não vemos saída
uma pilha de jornal velho
estampando nossas vidas.
Se somos de Deus, somos alguém
mirradas criaturas do asfalto
minados pela dor do parto
parimos a cada dia
um novo ninguém.
Cobaias do amor barato
mendigando um resto de prato
com um sorriso hipócrita de gratidão
quando com muito custo
você nos dá um pão.
Meninos de rua, parte do farol
trapos na pele, assamos ao sol
somos você da anti matéria
cobrindo parte da sua moléstia.

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