No meu rio
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Nenhum segredo é sagrado. Nenhuma guerra é santa.

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Nas margens de todo o meu rio
Andei procurando você
Às vezes sento no meio do caminho
E ponho-me a desvendar sua correnteza

De nada adianta segurar a água
Você me escapa por entre os dedos,
Evaporando-se nas minhas lágrimas.

Não sei por que não me canso de tentar
Sempre debruçada,
vendo a embarcação passar.
Constatando você se esvair dos meus olhos.

Nesta desmedida insistência,
Eu , inocência.
Você ,
meu prumo, meu pranto
Meu barco, meu canto.

Nídia Santana Caldas

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