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CESOL HP HIDROGEOLOGIA

Mantida por Carlos Eduardo Sobreira Leite - Geólogo / Hidrogeólogo (M.Sc.)

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CARTOGRAFIA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA


O conjunto de resultados e dados de base obtidos em trabalhos de estudo das estruturas hidrogeológicas, as características hidrogeológicas, os fatores de fluxo e os parâmetros fisico-químicos das águas subterrâneas, bem como os dados oriundos de inventários de recursos de água e das prospecções, compõem os mapas de sínteses e constituem a cartografia das águas subterrâneas, permitindo o estabelecimento de campanhas de prospecção e de trabalhos complementares para a determinação das reservas e dos recursos explotáveis para programas de explotação e planejamento do uso racional dos recursos de águas subterrâneas.

Os dados a serem cartografados referentes a água subterrânea podem ser sumarizados da seguinte forma:

CARACTERÍSTICAS

DADOS A SEREM CARTOGRAFADOS

PRINCIPAIS

SECUNDÁRIOS

ROCHA ARMAZENADORA

Estratigráficas

Litologia e limites geológicos interpretados

Porosidade, Granulometria e grau de fraturamento

Dimensões

Curvas isopiezas

Curvas isópacas e isobátas

Características hidrogeológicas

Permeabilidade ou transmissibilidade

Capacidade de infiltração, porosidade eficaz e coeficiente de armazenamento

ÁGUA

Fatores de fluxo

curvas isopiezas

Gradientes hidráulicos e vazão unitária

Características físicas

-

Resistividade e temperatura

Características químicas

Concentração(resíduo seco) e fácies química

Dureza, concentração de certos sais ou íons e relações características

Reservas

-

Igual amplitude de flutuação da superfície piezométrica e isópacas da capa aqüífera

Recursos

Explotabilidade instatânea e disponibilidade das águas subterrâneas

-

 Mapas Hidrogeológicos classificados segundo a escala (Modificado de J. Margat, 1965).

Escala

(Mapas Hidrogeológicos de grande escala)

1:20.000 a 1:200.000

(Mapas Hidrogeológicos de sínteses a pequena escala)

1:200.000 a 1:1.000.000

(Mapas Hidrogeológicos de reconhecimento a média e pequena escala)

1:100.000 a 1:1.000.000

Tipos de Mapa

Mapa Hidrogeológico

Mapa Hidrogeológico de síntese

Mapa Hidrogeológico de Reconhecimento

Tipos de Mapa

Mapas específicos de águas subterrâneas

Mapas Hidrogeológicos específicos

Mapas Hidrogeológicos particulares (um só nível aqüífero de uma bacia, p.ex.)

-

Tipos de Mapa

Mapa Hidroquímico

Mapa Hidroquímico de síntese

Mapa Hidroquímico de reconhecimento

 

Mapa de Explotabilidade

Mapa de disponibilidades

Mapa das Disponibilidades

Mapa Previsional das disponibilidades

Tipos de Mapa

Atlas de Águas subterrâneas

Mapa Previsional das disponibilidades

Utilidade e possíveis usuários

Todas as categorias de técnicos usuários de águas

Explotação de água

Obras subterrâneas

Drenagem

Proteção da qualidade da água

Conservação e transmissão de dados análiticos de base referentes as águas subterrâneas

Síntese hidrogeológica e organização da investigação

Administradores e técnicos de plajamento

Planejamento e organização a curto prazo das reservas e valorização dos recursos

Desenvolvimento econômico do território em países em desenvolvimento

Mapas Hidrogeológicos de Grande Escala

São aqueles entre as escalas de 1:20.000 a 1:100.000 e excepcionalmente a 1:200.000, e são mapas de sínteses nos quais a finalidade essencial é a de prover dados científicos,diretamente interpretáveis sobre o plano técnico com vistas a explotação e a utilização dos recursos de águas subterrâneas disponíveis e do estudo de todo o problema regional baseado nas águas subterrâneas (drenagem, extração, recarga artificial, obras, etc.). Devem conter as informações necessárias para estabelecimento de programas racionais de uso dos recursos regionais de águas subterrâneas, de sua valorização, de seu planejamento e de sua conservação.

Devem contemplar o máximo de dados diretos e utilizáveis, sem interpretação, relativos a hidroclimatologia e a hidrologia, cuja representação deve ser compatível com a escala do mapa e com as características próprias da área cartografada. Conservam os dados fundamentais de um mapa geológico, ou seja, a estratigrafia (características físicas das rochas armazenadoras) e a estrutura, os quais são interpretados e adaptados as águas subterrâneas. devem apresentar a origem e as principais características das águas subterrâneas.As considerações e interpretações são consideradas separadamente em uma memória explicativa.

A escala de apresentação é função direta das informações topográficas disponíveis da área de pesquisa e dos conhecimentos regionais sobre a geologia e a as águas subterrâneas, sendo que a escala do mapa geológico é fundamental em certos casos.

Estes mapas devem ser apresentados sobre uma base topográfica regular monocromática e constar como anexos: cortes hidrogeológicos, mapas hidrogeológicos específicos, mapa hidroquímico, cortes hidroquímicos e mapa de explotabilidade instantânea além, obrigatoriamente, de uma memória explicativa contendo interpretações dos dados hidrogeológicos, informações que não puderam ser colocadas nos mapas, descrição dos dados climatológicos, informações mais detalhadas sobre os dados hidrológicos de superfície e de hidrologia de subsuperfície, como por exemplo fichas de poços, perfurações, níveis piezométricos, análises de água, etc. 

De uma maneira geral, podem ser consideradas as seguintes informações a serem contempladas em mapas desta natureza:

Geografia e Climatologia

A morfologia é representada por curvas de níveis da superfície topográfica, entretanto, os dados climatológicos não são, na grande maioria das vezes, cartografados a essa escala, principalmente em regiões de pequena variação topográfica, onde as características climatológicas variam pouco em função da distância. A melhor forma de representá-los é na forma de curvas de isoietas nas margens do mapa principal ou na memória explicativa.

Hidrologia de superfície

engloba três temas:

Cursos de Água

Este tema deve contemplar a hidrografia precisa e detalhada dos cursos superficiais de água na área e a delimitação das bacias e subbacias hidrográficas, bem como os pontos de observação (linímetros, estações meteorológicas, etc.) e os espelhos de água presentes (naturais e artificiais) .

Pontos de Água

São representados os pontos de água naturais (fontes) e artificiais (poços tubulares ou outros tipos de obras de captação de água), com a maior precisão e quantidade de informações.Se possível devem ser agrupados segundo critérios hidrogeológicos como origem da água, e apresentarem dados de vazões e de qualidade da sua água.

Obras hidráulicas de superfície

Contempla todas as estruturas hídricas de superfície como açudes, canais e adutoras, com suas características específicas.

Estruturas hidrogeológicas

Devem ser expressas com uma interpretação voltada à hidrogeologia, sendo a representação da estrutura dos aqüíferos um tema essencial.

Estratigrafia

Deve ser apresentada de forma clara para a compreensão das características estruturais da área, entretanto, de forma simplificada e voltada à hidrogeologia. As informações de maior importância são a descrição das litologias e os aspectos estruturais como descrição de dobramentos, fraturas, grandes eventos tectônicos e outros.

Características hidrogeológicas das rochas armazenadoras

São indicadas, principalmente, a permeabilidade horizontal, porosidade eficaz ou o coeficiente de armazenamento e capacidade de infiltração (permeabilidade vertical).

Fatores do fluxo das águas subterrâneas

São representadas, principalmente, por curvas de isopiezas, cuja interpretação permite a análise dos fatores de fluxo das águas subterrâneas. Outras informações que podem ser contempladas são eixos e direções principais de fluxos, velocidade real e capacidade específica e gradiente hidráulico.

Características fisicoquímicas das águas subterrâneas

Em geral são representadas as características químicas das águas em mapas hidroquímicos.

Reservas e recursos de água

Para consideração destas informações deve-se ter um número razoável de dados precisos, tanto sobre a capacidade dos aqüíferos como sobre os valores dos coeficientes de armazenamento médio. As reservas são expressas em termos de volume por unidade de superfície. 

 

Mapas Hidrogeológicos de Sínteses a pequena escala

São aqueles entre as escalas de 1:20.000 e 1:1.000.000 ou mais, e têm como objetivo principal a representação de dados hidrogeológicos de conjunto, cobrindo uma vasta região, uma unidade hidrogeológica ou até um país inteiro. Sua finalidade científica / didática é, em primeiro lugar, definir, delimitar e classificar as grandes unidades hidrogeológicas da região considerada e estudar as relações entre os dados hidrogeológicos e os parâmetros climáticos.

Do ponto de vista prático, são destinados a todos os técnicos e administradores cujas funções consistem em preocupar-se com os recursos de águas subterrâneas em um plano regional ou nacional, sendo a base de um planejamento.

As informações a serem consideradas em mapas desta categoria são:

Geografia e climatologia

Dados topográficos em curvas de nível e em função da climatologia ser significativa em escalas pequenas, podem ser apresentados mapas de isoietas, temperaturas, etc.

Hidrologia de superfície

Deve ser representada toda a rede de drenagem, os limites das bacias e subbcacias hidrográficas e se possível o coeficiente e déficit de descarga. Podem também ser representados os pontos de água significativos, fontes e obras de captação de água (superficial e subterrânea)

Geologia interpretada e hidrogeologia

São representados os dados fixos que caracterizam o aqüífero: os referentes ao jazimento das águas subterrâneas (disposição, dimensões e estruturas) e as características hidrogeológicas das rochas armazenadoras e os fatores de fluxo. Devem constar ainda, informações a respeito das litologias presentes, suas idades e estruturas.

Hidroquímica

Devem constar todos os dados existentes a respeito da qualidade das águas subterrâneas.

Reservas e recursos de água

Este tema refere-se as disponibilidades de água na região.

Mapas Hidrogeológicos de Reconhecimento

São geralmente de pequena escala: 1:200.000 a 1:1.000.000, e têm objetivos de ilustrar um balanço preliminar dos conhecimentos sobra as águas subterrâneas de uma dada região em desenvolvimento ou pouco conhecida e permitir um planejamento dos problemas a serem estudados e a preparação de programas de investigação. Podem ser acompanhados de mapas anexos relativos a água subterrânea, como mapa hidroquímico de reconhecimento e mapa de disponibilidades prováveis ou hipotéticas.


Mapas específicos de águas subterrâneas

 

1. Mapa piezométrico

Nos aqüíferos livres o limite superior corresponde a superfície piezométrica, cuja morfologia permite estudar, a escala global ou regional, as características do movimento das águas subterrâneas, os eixos e direções de fluxo. As curvas de igual altitude da superfície piezométrica são denominadas de curvas hidro-isohipsas ou hidrohipsas (hydro = água e hipsa = altitude) que se assemelham as curvas de pressão ou depressão, e por este motivo também denominadas de curvas isopiezas. As flutuações da superfície piezométrica no tempo, permitem estudar a variação das reservas, a alimentação dos aqüíferos, e sobre tudo, sua observação e controle são importantes para a conservação dos recursos de águas subterrâneas.

A obtenção dos mapas de isopiezas em curvas se baseia na medição em campo dos níveis piezométricos (H) e respectivo translado e interpretação sobre mapas topográficos. As curvas assim obtidas, representam as equipotenciais da superf'ície piezométrica. As medidas devem ser feitas em condições de equilíbrio dessa superfície, durante um período determinado e mais curto possível, de forma que não haja variação sensível nos níveis locais ou regionais; em casos onde isso não é possível, devem ser feitas correções dos dados em relação a uma cota de referência de uma obra (poço) em observação contínua.

Para interpretação de mapas desta natureza, primeiro se definem os eixos de fluxo e suas direções traçando-se perpendiculares de cada curva isopieza. Os principais eixos correspondem aos trajetos mais curtos e simples das águas subterrâneas.

A equisdistância das curvas dependem  do valor do gradiente hidráulico, da precisão das medidas de base (níveis piezométricos), da escala do mapa, da qualidade do nivelamento topográfico e da densidade de pontos observados. De uma maneira geral, essas equidistâncias são de 1m para escalas de 1:10.000 a 1:20.000, de 5m para escalas de 1:50.000 a 1:100.000 e de 10m a 20m para escalas menores.

As medidas em campo são feitas considerando-se a cota do terreno e o nível da água no aqüífero.

NE

 

A forma e distribuição das curvas isopiezas em uma mapa piezométrico permitem considerações a respeito da permeabilidade ou transmissibilidade, gradiente hidráulico, vazão unitária e seção de fluxo de determinadas regiões. A seguir são mostradas algumas relações entre as formas dessas curvas e seus significados hidrogeológicos. Devem ser consideradas para explotação, as regiões em que a permeabilidade horizontal ou a vazão unitária são relativamente mais elevados.

Orientação da concavidade

Tipo

Permeabilidade ou transmissibilidade

Vazão unitária

Forma

Para cima

Alimentação

Débil

Importante

F 01

Para baixo

Drenagem

Forte

Débil

F 02

Espaçamento

Gradiente hidráulico

Permeabilidade ou transmissibilidade

Vazão unitária

Forma

Pequeno

Forte

Débil

Elevada

F 03

Grande

Débil

Forte

Débil

F 04

Aumenta (convergente)

Diminui

Cresce

Cresce

F 05

Aumenta (divergente)

Diminui

Cresce

Diminui

F 06

Diminui (convergente)

Cresce

Diminui

Cresce

F 07

Dimnui (divergente)

Cresce

Dimunui

Dimnui

F 08

 
 

2. Mapa de isóbatas

Isóbatas são linhas que unem pontos de mesma profundidade. Os mapas de isóbatas para hidrogeologia, podem, portanto, representar linhas de iguais profundidades da superfície piezométrica, obtidas através do mapa topográfico e do mapa de curvas isopiezas (piezométrico); para cada ponto registrado, é calculada a profundidade do nível piezométrico (relação desse nível e o nível do solo) e traçadas as linhas de isovalores, no caso as isóbatas.

3. Mapas de isópacas

Isópacas são linhas que unem pontos que apresentam a mesma espessura de camadas. Mapas de isópacas em hidrogeologia, podem, portanto, representar curvas de igual espessura do aqüífero, obtidas a partir de mapas  de curvas de nível da base e do teto ou da superfície piezométrica do aqüífero. Permitem avaliar as variações de potência e, por planimetria, calcular o volume da rocha armazenadora; são importantes para estimativa de reservas e para planejamento de perfuração de poços.

4. Mapas do substrato (base) de aqüíferos

Segundo os estudos realizados, um mapa do substrato de um aqüífero pode ser representado através de mapas morfológicos do substrato ou de mapas geológicos do substrato. Os mapas morfológicos são obtidos através de dados básicos de poços e sondagens ou de prospecções geofísicas; estes documentos apresentam dados em altitude com relação a um Datum de referência e são interpretados com os mesmos métodos aplicados a mapas topográficos. Os mapas geológicos são obtidos pela interpretação dos dados geológicos regionais.

5. Mapas hidroquímicos

Representam principalmente, dados sobre concentração total ou resíduo seco e a natureza química das águas subterrâneas. Os mapas hidroquímicos específicos  representam um só desses dados, ou outras características químicas secundárias, concentrações específicas de certos sais ou íons, dureza e suas relações.

6. Mapas de recursos de Águas subterrâneas

Essa denominação é aplicada a mapas cuja finalidade principal é a de fornecer informações a respeito de quantidades de água subterrânea disponíveis em uma região.


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Página de Referência : http://www.geocities.com/cesol999/CartografiaAguaSubterranea.htm

Autor: Carlos Eduardo Sobreira Leite

Citação do autor em bibliografia : LEITE, C.E.S.


 

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