Vacina contra o Sarampo

As vacinas licenciadas contêm vírus vivos atenuados contra o sarampo (cepas Moraten, Schwarz, AIK-C ou CAM-70). A vacina contra o sarampo pode ser administrada isoladamente, de forma monovalente, ou combinada com as vacinas contra a caxumba e rubéola, em forma de vacina tríplice viral. Em 2001/2002 no Brasil será utilizada a vacinas duplas (sarampo rubéola). Vale observar que todas as vacinas são administradas por via subcutânea e que, após aberto o frasco, sua validade é de oito horas.

Eficácia e Imunogenicidade

Quando administrada depois dos 12 a 15 meses de vida, a eficácia da vacina contra o sarampo é de aproximadamente 95%. Antes dessa idade, a eficácia é menor, devido à interferência dos anticorpos maternos presentes na circulação. Nos países onde o sarampo ainda é um problema no primeiro ano de vida, a OMS recomenda uma dose de vacina aos nove meses. Neste caso, a eficácia é estimada em torno de 85%, sendo recomendada uma segunda dose aos 15 meses, geralmente na forma de vacina tríplice.

Eventos secundários

Os eventos adversos imediatos de hipersensibilidade, após a administração da vacina tríplice, são extremamente raros. Por ser cultivada em embrião de galinha, podem ocorrer reações de hipersensibilidade a antígenos relacionados com o ovo. É contra-indicada para pessoas com história de reação anafilática aos componentes da vacina como por exemplo neomicina e ovo de galinha, mas pode ser administrada com segurança a pessoas com outras manifestações alérgicas ao ovo.

A vacina é aplicada por via subcutânea, ou intramuscular havendo, em alguns casos, queixa de dor discreta e autolimitada. Como não contém hidróxido nem fosfato de alumínio, as reações locais são pouco significativas. As manifestações sistêmicas associadas às vacinas de vírus atenuados ocorrem, geralmente, 5 a 15 dias após sua administração, que é o tempo necessário para um "período de incubação" do vírus vacinal.

Quando utiliza-se a vacina combinada (tríplice viral) é difícil identificar o antígeno que está relacionado com o efeito secundário. Manifestações como artrite e artralgias, estão certamente relacionadas com a vacina contra a rubéola e a inflamação das parótidas, com a vacina contra a parotidite. Dez dias depois da aplicação da vacina, algumas crianças (de 5% a 15%) podem apresentar um quadro de catarro rinofaríngeo, com ou sem febre, que dura de dois a quatro dias. Em muitos vacinados surge também exantema, com duração de dois a quatro dias e evolução benigna. Esse tipo de reação é atribuído à vacina contra o sarampo.

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