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  SÍNDROME DA MORTE SÚBITA NA INFÂNCIA

Escrever sobre “morte” é sempre uma tarefa ingrata. No entanto, quando essa “morte” pode ser evitada, não somente vale a pena escrever, como também difundir os conhecimentos que podem levar à sua prevenção.

Afinal, o que é “Síndrome da morte súbita na infância” (ou “SMSI”) ? Este problema foi inicialmente descrito no ano de 1969, por Beckwith, e daí até os dias de hoje vem sendo identificado como a morte de crianças pequenas, em geral lactentes, durante o sono, sem que nenhuma outra doença aparente que possa explicar o ocorrido. É também conhecido como “Morte no berço”, ou “crib death” para os americanos.

Sua freqüência costuma ser subestimada e, no Brasil, acredita-se que ocorra em menos de 3 por 10.000 nascidos vivos, ou 0,3 casos por 1000 nascidos vivos. Contudo, estatísticas mais precisas, feitas no Rio Grande do Sul, estimam que ocorra de 1 a 1,5 casos a cada 1000 nascidos vivos. Como se pode bem observar, a diferença entre as estatísticas é enorme e a explicação reside no fato de que as causas de morte que constam nos atestados nem sempre são as mais corretas.

Evidentemente, trata-se de uma grande tragédia familiar e os pesquisadores tentaram identificar suas causas, mecanismos e fatores de risco, para que pudessem apontar quais seriam as crianças com maior probabilidade de ocorrência de SMSI, a fim de que fosse possível prevenir esse evento funesto.

Quanto à procura das causas ou dos mecanismos que se acham envolvidos no SMSI, os pesquisadores não conseguiram, até hoje, identificar exatamente o que acontece. Várias causas têm sido apontadas, mas nenhuma delas explica o fenômeno por completo.

Quanto à identificação de fatores de risco, as pesquisas foram mais bem sucedidas. Assim, a posição de dormir é fator de risco importante para SMSI: crianças que dormem “de bruços” teriam maior risco de SMSI do que aquelas que dormem “de costas”; o mesmo ocorre em relação a crianças nascidas com menos de 2500g; à alimentação com leite artificial; ao uso excessivo de roupas, levando a superaquecimento do bebê; mães usuárias pesadas de álcool após o parto; dormir na mesma cama com os pais; nível socioeconômico baixo; drogadição do pai (principalmente uso de maconha), para citar apenas alguns desses fatores.

Como a posição de dormir é um fator que pode ser facilmente modificado, em 1994, nos Estados Unidos, foi feita uma grande campanha educativa em relação ao hábito de dormir, sendo recomendado que as crianças dormissem “de costas” e, naqueles estados americanos em que houve uma diminuição do número de crianças que dormiam “de bruços”, foi verificado que houve concomitante diminuição do número de casos de SMSI.

Até o presente momento, à luz do conhecimento científico que se dispõe, persiste a recomendação de que os bebês devem dormir “de costas” e de maneira alguma “de bruços”, ou mesmo na posição lateral.

Também é muito importante que a orientação quanto à alimentação com leite materno seja enfatizada, pois é fator protetor contra SMSI.

Evitar o fumo durante a gestação e lactação, ou o uso excessivo de roupas pelo bebê também são medidas que, se adotadas em conjunto com as anteriores, contribuem para diminuição de SMSI.

O conhecimento desses vários fatores de risco por parte das equipes de saúde e a plena conscientização dos mesmos, poderia auxiliar as “famílias de risco” a fazer com que se diminua o número de crianças vítimas do problema. Infelizmente, em nosso meio, não é rotina das maternidades uma orientação firme a respeito do assunto. Uma pesquisa realizada em 55 maternidades de Porto Alegre mostrou que a maioria dos hospitais não dava orientação às mães sobre a correta posição de dormir, embora 100% informasse sobre aleitamento materno e imunizações e 85% sobre os malefícios do fumo.

Se, por meio de medidas educativas, pudéssemos garantir a posição correta para o bebê dormir, ou seja, sempre “de costas”, diminuir o hábito materno de fumar, evitar o superaquecimento do lactente e promover o incentivo ao aleitamento materno, certamente estaríamos atuando na prevenção da SMSI.

Bibliografia consultada

1. Scragg R, Mitchell EA, Taylor BJ, Stewart AW, Ford RP, Thompson JM et al. Bed sharing, smoking, and alcohol in the sudden infant death syndrome. New Zealand Cot Death Study Group. BMJ 1993; 307:1312-8.

2. Fleming PJ. Understanding and preventing sudden infant death syndrome. Curr Opin Pediatr 1994; 6:158-62.

3. Blair PS, Fleming PJ, Bensley D, Smith I, Bacon C, Taylor E, Berry J et al. Smoking and sudden infant death syndrome: results from 1993-5 case-control study for confidential inquiry into stillbirths and deaths in infancy. Confidential Enquiry into Stillbirths and Deaths Regional Coordinators and Researchers. BMJ 1996; 313:195-8.

4. l’Hoir MP, Engelberts AC, van Well GT, Westers P, Mellenbergh GJ, Wolters WH et al. Case-control study of current validity of previously described risk factors for SIDS in The Netherlands. Arch Dis Child 1998; 79:386-93.

5. Blair PS, Fleming PJ, Smith IJ, Platt MW, Young J, Nadin P et al. Babies sleeping with parents: case-control study of factors influencing the risk of the sudden infant death syndrome CESDI SUDI research group. BMJ 199; 319(1457-61).

6. Progress in reducing risky infant sleeping positions - 13 states, 1996-1997. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 1999; 48:878-82.

7. Nunes ML, Martins MP, Nelson EA, Cowan S, Cafferata ML, Costa JC. Instruções de maternidades-escola dadas aos pais relativas à posição de dormir dos recém-nascidos. Cad Saúde Publica 2002; 18:883-6.

Autoria: Prof.ª Dra. Conceição A. M. Segre

Para maiores informações: [email protected]

 

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