CARAMUJO AFRICANO É CAPTURADO EM IÇARA

O animal foi encontrado próximo à lixeira do número 320 da Rua Amaro Maurício Cardoso, no centro da cidade, no memento em que um “catador de lixo” manuseava alguns sacos contendo vasilhames plásticos.

Trata-se de um animal exótico, originário da África, que foi trazido para o Brasil ilegalmente, numa tentativa frustrada de substituir o escargot.

A irresponsabilidade das pessoas que o introduziram no país foi ainda maior quando permitiram que a espécie escapasse do cativeiro e se misturasse à fauna nativa.

Além de causador de um desequilíbrio ecológico, na medida em que aniquila a espécie nativa ocupando o espaço desta, o caramujo africano pode ser portador de vermes causadores de graves doenças em seres humanos.

O exemplar foi recolhido e encaminhado à Vigilância Sanitária de Içara

 

Foto do Achatina fulica, o caramujo gigante africano encontrado em Içara.

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Capmel

 

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O caramujo gigante africano é encontrado em hortas, jardins, plantações, matos, terrenos baldios e outros. Mas é importante não confundi-lo com o caramujo natural da região.

O caramujo gigante possui a concha de cor marrom escuro, bege e amarelo (zig-zag) com bordas finas, pode atingir 20cm e pesar 200g.

O caramujo foi introduzido ilegalmente no Brasil como uma alternativa para o escargot verdadeiro (“Helix aspersa”). Porém não foi muito bem aceito pela população por causa do sabor e de sua coloração escura em relação a carne do escargot legítimo. Isto levou os criadores a soltarem os animais ou os depositarem vivos no lixo, atitudes que permitiram que o caramujo se espalhasse pelo país se tornando uma praga.

 

Ovos de Achatina fulica em tronco em decomposição

 

Embora não existam casos registrados no Brasil, este animal funciona como hospedeiro intermediário para dois vermes que provocam doenças graves podendo levar a morte. A contaminação humana pode ocorrer através da ingestão do caramujo contaminado (comer), levar a mão à boca depois de manuseá-lo (sem luvas ou proteção) e ingerir alimentos (frutas e verduras) mal lavados pelos quais o animal pode ter passado.

É muito importante também que se saiba a maneira correta de coletá-los. Em hipótese alguma crianças devem coletar os animais. Os adultos (pessoas acima de 16 anos), quando forem fazer as coletas, devem tomar os seguintes cuidados:

 

  Pegar os caramujos gigantes africanos sempre usando luvas descartáveis. Caso a pessoa não possua luvas, proteja as mãos com sacos plásticos. Ao final das coletas, tanto as luvas como os sacos plásticos deverão ser descartados.

 

  Deposite-os em uma lata, coloque um pouco de álcool e com muito cuidado por fogo. Não deixe crianças perto.

 

  Depois de queimados, coloque as cascas num saco plástico e ponha no lixo.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, SP.

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