Boletim Mensal * Ano V * Janeiro de 2007 * Número 46

           

A importância das Academias do Bacalhau

     As Academias do Bacalhau espalhadas pelo mundo e que já são 47, desde o Canadá, passando pelos EUA, Venezuela, Brasil, toda a África de expressão portuguesa e Namíbia, os Açores, Portugal Continental e ainda alguns países da Europa a exemplo França, Luxemburgo, Alemanha, são Instituições importantes. Quem o reconhece são as próprias Autoridades Portuguesas que ainda recentemente atribuíram um subsídio de 70.000 euros à Academia de Joanesburgo para a sua Escola de crianças com habilidades diferentes e que também gerou o Hospital Português de Joanesburgo obra importante e reconhecida pelas próprias Autoridades Sul-Africanas.
    Das mais modestas como a nossa do Recife que conta com mais de setenta Compadres e que tem uma média de assiduidade de 30/40 pessoas, até a Academias importantes como a da Costa do Estoril que no passado dia oito de Dezembro reuniu no melhor Hotel do Estoril, (Hotel Palácio) trezentas e tal pessoas para a sua confraternização de Natal e comemoração do seu 10°. Aniversário de existência onde estive presente como convidado, e que além de um grandioso show de variedades, teve como seu ponto alto a distribuição de donativos a diversas Instituições de Solidariedade Social no valor de quinze mil euros.
    Estiveram presentes os Presidentes das Câmaras (Prefeitos) dos quatro Municípios vizinhos (Cascais, Oeiras, Sintra e Mafra). Nas suas diversas atividades aquela Academia distribuiu no ano de 2006 mais de cem mil euros para diversas Instituições.
    Claro que a Academia da Costa do Estoril pode ser considerada uma Academia rica e não será a única. A nossa, do Recife, é uma Academia "pobre" embora a sua importância não se possa avaliar só em termos financeiros. O que conta é que dentro das suas muitas ou poucas possibilidades financeiras o importante é indiscutivelmente "o espírito de bem fazer sem olhar a quem". .
Mas os meus leitores ficarão a pensar o que temos a ver com a Academia do Bacalhau da Costa do Estoril, de Joanesburgo, de Maracaí e Caracas ou qualquer outra.
    A resposta é simples: Cultivamos os mesmos valores de solidariedade, convívio fraterno e respeito pela gesta histórica dos nossos antepassados. O povo que não respeita os seus antepassados não tem futuro.
    Aos que tiveram a paciência de me ler poder-se-ão perguntar, porquê o título desta pequena prosa? (A importância das Academias do Bacalhau). A resposta a esta questão é simples, com as facilidades de comunicação que atualmente existem, quando todas as Academias se unirem pelos quatro cantos do mundo, deixando algumas de alimentar vaidades pessoais, serão um conjunto de Instituições importantes a ter em conta pelas autoridades de Portugal e certamente serão uma voz respeitada na Diáspora Portuguesa e conseqüente emigração, deixando estes mesmos emigrantes que já são mais de quatro milhões, onde no Parlamento português elegem apenas quatro Deputados, em flagrante contraste com os aproximadamente nove milhões de portugueses residentes na Pátria que são representados por duzentos e vinte e seis Deputados. Alguma coisa está errada, ou os nove milhões de portugueses residentes em Portugal estão deveras bem representados ou os portugueses da diáspora estão mal representados.

P.S.
Não posso deixar de em meu nome pessoal e na qualidade de Presidente da Academia do Recife de felicitar o Compadre Fernando Viana Mendes pela sua recente eleição, para a Presidência da Academia da Costa do Estoril, bem como enviar um abraço fraterno para o Presidente cessante Henrique Paquete e um grande “gavião de penacho” com sotaque brasileiro para todos os Compadres desta Academia com os votos de um Bom Ano Novo para todos.


António José Bastos de Almeida, Presidente da Academia do Recife e Presidente Honorário e fundador da Academia de Brasília.

As empresas de telefonia em Pernambuco e suas ligações à Internet

        Há cerca de 8 a 10 anos atrás a Telpe foi privatizada e comprada pela TELEMAR. Esta empresa, privada, decuplicou (ou algo parecido) os telefones fixos em Pernambuco, fez com que o telefone deixasse de ser um patrimônio declarado no imposto de renda e sim um objeto de uso geral ao alcance de todas as classes sociais.
        Uns anos depois, abriu-se concurso para uma concorrente e, porque o monopólio é sempre negativo, apareceu a Vesper, hoje EMBRATEL, que não oferece nas suas comunicações, via rádio, fax ou acesso à internet a seus clientes, existindo meios de o fazer.
        Em face da concorrente que lhe apresentaram, a TELEMAR descansou e, quem sabe, talvez tenha sorrido de tranqüilidade. Assim, quando o acesso em banda larga já começa a ficar ultrapassada no sul do País, a empresa não consegue oferecer esses serviços nem a 20% do telefones instalados e, vergonha das vergonhas, nem sequer a toda a cidade do Recife.
        Não será tempo da Agência Nacional de Telecomunicações e as demais autoridades competentes chamarem à ordem essas empresas ou darem licença a outras que aqui contribuam para o desenvolvimento deste sempre sofrido e desprezado Nordeste Brasileiro?

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