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As duas primeiras aventuras do 8o. Homem, respectivamente Kaijin Geeren
(Geeren, o matador) e Satan no Kyodai (Irmãos Satã) também
apresentam uma curiosidade quanto a forma com que foram desenhadas: Jiro
Kuwata quebra a estrutura comum dos quadros simplesmente seqüenciais,
alterando em três momentos o formato destes, sendo a primeira uma
substituição das molduras pela forma de balões de diálogo, a segunda a
sobreposição da figura do 8o. Homem sobre um quadro menor e a terceira
simplesmente a eliminação da moldura.
Estas quebras de padrão, muito embora trouxessem mais qualidade às histórias, inexplicavelmente foram abolidas e somente retornaram nas últimas páginas da saga, assunto que é abordado mais adiante, no tópico As Histórias, na análise da última aventura da saga. A ação nas histórias do 8o. Homem é quase que ininterrupta, tanto que a noção do tempo transcorrido, ou se é dia ou noite, praticamente desaparece. Isso também ocorre porque sendo a história toda em preto e branco, detalhes sobre o período do dia são simplesmente deixados de lado, a não ser que sejam pertinentes para o evento em andamento. |
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Alternando momentos de ação, humor e drama, as histórias do 8o. Homem ainda apresentam mais um aspecto que muito embora bastante discutido em vários sites da internet, não é colocado de forma verdadeiramente elucidativa: as cápsulas de energia, em forma de cigarro. Para os que desconhecem esse detalhe, vai aqui um esclarecimento: durante toda a saga do 8o. Homem no mangá, muitas vezes o robô, devido aos combates ou a algum esforço demasiado, ou porque foi atingido por alguma arma, precisava recarregar suas forças e para isso ingeria energia através de cápsulas que se assemelhavam em tudo a cigarros, inclusive era necessário acendê-los. Mas de forma alguma se tratava de tabaco e o 8o. Homem só os utilizava realmente se fosse preciso, como um medicamento e não um vício. | ||
Por último é preciso dizer que apesar da derradeira aparição do 8o.
Homem ocorrer em fevereiro de 1966 (edição nro. 6, vol. 41 da Shonen
Magazine), Jiro Kuwata já havia abandonado a série, e o artista ou
artistas que o sucederam procuraram imitar seu estilo de forma quase
idêntica, porém alguns detalhes são reveladores: os olhos de Azuma, que
nos traços de Kuwata eram firmes e sinceros, eram mal feitos, e os
veículos, que sempre se destacaram nas histórias de Kuwata, passaram a
ser desenhados de forma extremamente simples.
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