Aristarco (310 - 230 a.C.), nascido em Samos.  As teorias astronômicas, por esta época, não haviam ainda chegado a um denominador comum, a respeito de quem estaria no centro do universo; para uns, era o fogo central, ao redor do qual giravam a Terra, o Sol e os planetas, mas para outros era a própria Terra que estava no centro do universo, com todos os outros corpos celestes girando ao seu redor. Resolvendo esse impasse, entra Aristarco, propondo um modelo astronômico, em que o Sol era o centro do universo. Aristarco, já conhecia também o movimento de rotação da Terra, proposto por Heraclides do Ponto (388 - 310 a.C.), provavelmente para explicar a alternância dos dias. Foi portanto, dentro do que conhecemos, o primeiro modelo inteiramente heliocêntrico proposto, com todos os planetas conhecidos, girando ao redor do Sol.

        

Outra tarefa à qual, Aristarco também se dedicou, foi o cálculo das distâncias e tamanhos da Lua e do Sol. Usando para tal, o ângulo medido, quando o Sol e a Lua, estavam numa posição pré-determinada. Devido à imprecisão na determinação do ângulo, a relação entre as distâncias do Sol e da Lua à Terra, deu um resultado da ordem de dezenove vezes, ou seja: a Lua estaria dezenove vezes mais próxima da Terra que o Sol. Hoje sabemos que esta relação é da ordem de trezentos e oitenta e oito vezes. Para as relações de diâmetros, ele encontrou - o diâmetro da Lua é da ordem de 0,36 vezes o diâmetro da Terra e o do Sol 6,8 vezes.

A teoria heliocêntrica de Aristarco, encontrou uma forte oposição - nos pitagóricos e Aristotélicos.

         

Se o Sol estivesse fixo no centro e a Terra orbitando ao seu redor, argumentavam - então dever-se-ia observar no céu, uma ligeira variação nas posições relativas das estrela (paralaxe estelar), o que não foi observado. Aristarco, tentou explicar que, como o universo é muito grande e as estrelas estão muito afastadas da Terra, logo a variação nas posições relativas, seria muito pequena para ser observada.

 

          Por alguma trama do destino, o modelo heliocêntrico de Aristarco, não foi colocado em prática, tendo ficado no esquecimento, até que Copérnico o reativou no século XVI.