Batman x Jason

Sexta-Feira 13 em Gotham City

Quarta-Feira 11


- Só um monstro poderia ter feito algo assim...

A sessão do cinema havia terminado, uma família sai após assistir "A Marca do Zorro", o filho vai seguro pelas mãos de seus pais, mas se separa deles e alegremente começa a imitar os movimentos do herói do filme enquanto seus pais o observam felizes.

- ...Sim, tudo era felicidade naquele momento, eu dançando como um tonto depois de ver esse filme, seguro com minha mãe e meu pai por esse caminho que nunca imaginei que para mim seria como entrar na boca do inferno. Porque só desse lugar poderia surgir uma criatura que se atreveria a matar um ser humano sem motivo algum, sem remorsos, sem se importar com as vítimas...

-...Ainda posso ouvir o som do disparo... Mas... não... o assassino está parado na nossa frente... meu pai tem a arma... O que é isso? O que significa?

-Thomas Wayne: Para trás! - grita a sua esposa e seu filho o pai do pequeno Bruce enquanto saca a arma de seu casaco e atira no assaltante em defesa própria. Mas o assassino continua em pé, as seis balas acabam e o assassino continua em pé.

-Ouço os sons do disparo, esses que tem me atormentado desde aquele momento... mas agora posso ouvir algo mais, esses disparos escondiam outro som... o som de uma lâmina cortando o ar... - o pequeno Bruce podia ver a arma cortar o ar até alcançar seu pai. O rosto do menino é salpicado pelo sangue de seu pai.

-Outro grito se ouve... é minha mãe... o assassino a atravessa e a ponta da faca fica a centímetros de meus olhos... minha mãe cai numa poça de sangue enquanto eu não posso me mover... o assassino... posso vê-lo enfim... sua faca e sua máscara branca que escondem olhos negros e vazios... é um demônio saído do inferno... - o assassino ergue sua faca para depois descê-la no pescoço de Bruce.

-Bruce: Aaaah! - Bruce Wayne se levanta bruscamente em sua cama. Havia sido só um pesadelo... ou uma lembrança reprimida? Sua cabeça dava voltas, os pesadelos sempre o perseguiam mas esse era novo, ainda podia sentir o frio do sangue em seu rosto e o fio da faca em seu pescoço. Esse homem, de alguma forma já o vira em algum lugar. Imediatamente se lembra do corpo de Manhattan que o Coringa tentara levar. - Coringa... tenho que ir a... Hã?... Mas o que? - Bruce olha pela janela de seu quarto e vê que era noite.

-Finalmente acordou, patrão Bruce. - Bruce Wayne olha seu mordomo, Alfred, que entra em seu quarto atento a quem criou desde que teve que substituir seus pais.

-Bruce: Quanto tempo dormi?

-Alfred: Chegou de madrugada e não saiu da cama senhor, esteve dormindo o dia todo, teve febre mas vejo que já se recuperou.

-Bruce: O dia todo? Isso não pode ser! Por quê não me acordou?

-Alfred: Tentei senhor, mas estava muito mal, deixei-o descansar para o seu bem, já que de outra forma...

-Bruce: De outra forma o quê? O que está tentando dizer, Alfred? - Alfred baixa a cabeça enquanto sob seu braço direito trazia firmemente o jornal do dia.

-Alfred: De outra forma teria saído apesar de não estar em condições de fazê-lo. Isto saiu nos jornais de hoje. - Alfred mostra o jornal a seu patrão que lê horrorizado o título: Massacre no hospital.

-Bruce: Oitenta e nove mortos... isso foi noite passada. Mas como ninguém soube? Alfred, devia ter se esforçado para me acordar.

-Alfred: Mesmo que conseguisse, o senhor chegou aparentemente depois de ocorrido o crime, que foi por volta de uma e meia da madrugada.

-Bruce: Uma e meia? Foi poucos minutos depois de ter deixado o hospital. Já tinha saído, não lembro muito bem... - Alfred se vira para a bandeja que deixara na mesa.

-Alfred: Para que se recupere, trouxe o jantar, senhor... - Alfred se volta para a cama, onde Bruce Wayne já não estava, nem em lugar algum do quarto, a janela estava aberta. - ...mas vejo que irá jantar fora.

 

Cena do crime, 19:27 hrs

O hospital está isolado pelas fitas amarelas da polícia, ainda eram realizadas investigações e os repórteres cobriam o fato. Um vulto de morcego cruza o alto dos edifícios e entra por uma das janelas do hospital sem que ninguém o visse. Ao passar por um quarto Batman vê uma série de camas manchadas de sangue e o piso também com algumas marcas de mãos e pés, o detetive rapidamente entende que pertencem às vítimas que tentaram se arrastar para pedir ajuda. Toca o solo com suas luvas fitando cada forma que mostravam as manchas, esperando detectar uma marca em particular.

Batman abandona o quarto e no corredor encontra um rastro ignorado pelos investigadores, um padrão de manchas da mesma cor na parede e no chão que mostravam o avanço de uma pessoa que não pertencia ao pessoal médico nem de limpeza. O rastro o leva pelo corredor na penumbra, entre as manchas de sangue espalhadas pelo chão e paredes até o necrotério. A porta, assim como as que eram cenas de crime, estava marcada pelas fitas amarelas. Batman pragueja ao ver duas silhuetas de corpos desenhadas com giz, sabe que Harold foi a primeira vítima. Apanha pequenos rastros de terra que estavam nessa área do piso e outra porção numa das mesas de autópsia, então vai até a mesa onde havia um microscópio e compara essas duas amostras enquanto tira de seu cinto outra amostra de terra que colhera anteriormente e a examina atentamente no microscópio.

-Batman: Coincidem.

 

Central de Polícia, 19:57 hrs

O comissário James Gordon entra na delegacia escapando das perguntas dos repórteres. Todos os que trabalhavam ali o vêem entrar só de soslaio, já que estava de muito mau-humor. Uma oficial se aproxima antes que entrasse em seu escritório.

-Gordon: Ah, Montoya. Já tem o último relatório?

-Montoya: Sim senhor, aqui está, embora não tenha progredido muito.

-Gordon: Hum. Ouça, quero que façam uma lista dos presos em Arkham e Blackgate e vejam quais estão foragidos. Comparem o modus operandi com o deste último crime, vejam se encontram semelhanças que os aproximem.

-Montoya: Sim senhor. - Gordon entra em seu escritório fechando a porta, a sala estava às escuras e ele acende as luzes, ao fazê-lo a figura do homem morcego aparece a seu lado. Qualquer outro teria tido um sobressalto ao ver tal imagem, mas não James Gordon, que já o esperava.

-Gordon: Demorou a aparecer.

-Batman: Não é ninguém de Arkham, é alguém novo.

-Gordon: Suponho que se refira ao assassino do hospital. O que o faz pensar que um novato matou oitenta e nove pessoas burlando a segurança e sem que ninguém percebesse o que ocorria ali dentro?

-Batman. Porque não é um novato, e não é um louco como os de Arkham. Temo que estejamos lidando com um assassino fora do comum, mas ainda não entendo muito bem o que está havendo, só o Coringa poderia responder.

-Gordon: Coringa? Imagino que também veio por isso. Depois que você o capturou em Nova York, ele nunca voltou a Arkham.

-Batman: Quê?! - diz surpreso e enfurecido, novamente esse palhaço escapava bem debaixo do seu nariz.

-Gordon: Sim, parece que os guardas de Arkham que foram buscá-lo eram seus capangas.

-Batman: Esse maldito. - Batman olha pela janela do escritório contemplando a cidade.

-Gordon: Espere um momento! Antes que desapareça diga o que sabe sobre este assassino, suponho que não seja o Coringa.

-Batman: Não, embora esse palhaço tenha algo a ver. Em Manhattan, esse louco roubou um cadáver e estava fugindo com ele quando o prendi. Trouxe o corpo para que o examinassem, fiquei enquanto o analisavam até me assegurar de que não teria uma bomba ou agente biológico mas não havia nada, era um simples cadáver.

-Gordon: E o que isso tem a ver?

-Batman: Encontrei um rastro de terra do assassino do hospital e ele coincidiu com uma amostra de terra que peguei das botas desse cadáver.

-Gordon: Quê? Está me dizendo que esse cadáver é o assassino?

-Batman: Já vi muitas coisas, James. E embora pareça absurdo, pode chegar a acontecer. Mas o Coringa tem algo a ver com isso, se é que estamos falando de um morto vivo. Primeiro tenho que encontrá-lo.

-Gordon: Isso já é demais, começo a pensar que estamos loucos, você por dizer e eu por acreditar.

-Batman: Às vezes questiono a sanidade de minhas ações. - o comissário observa Batman que olha a cidade de uma forma estranha, se volta para ver o relatório que recebera para verificar se algo os ajudaria, mas ao olhar de novo para o homem morcego este já havia desaparecido da sala.

-Gordon: Sanas ou não, suas ações têm evitado que esta cidade caísse nas mãos de loucos em muitas ocasiões. Só que este novo convidado, duvido muito que seja um louco.

 

Em algum lugar, 20:05 hrs.

A porta se abre com um golpe, isto acorda os pacientes que dormiam. Ao vê-lo começam a gritar aterrorizados, ele avança e mata o que estava à direita, uma mulher tenta fugir mas ele a pega pelo braço e a joga contra a porta para esmagar sua cabeça ao fechá-la, seu grito se afoga. Outro tenta desesperadamente sair pela janela, mas ele já estava frente a ele e o agarra pela roupa e o atravessa pela janela para cair e bater no chão com violência. O último que não pode se levantar de sua cama o vê chegar e nem pode gritar devido a seu estado, só vê o punho vir contra seu rosto fazendo-o atravessar a cama e atingir o solo. Ele observa seu trabalho e segue seu caminho...

O assassino acorda sem que estivesse dormindo, segue seu rastro olhando o panorama da sala de um edifício abandonado. É impossível saber o que Jason busca, ou o porquê de estar vigiando a cidade desse lugar. Em sua mão direita havia um facão coberto de sangue que agarrava com firmeza ao ouvir vozes que provocavam estranhos ruídos em sua cabeça.

Mate o morcego... mate o morcego Jason... saia para matar... saia para matar... HA HA HA HA!..SAIA PARA MATAR!

 

No estacionamento de um parque, só havia um carro e uma casal de jovens ali, o banco de trás do carro se mexia devido obviamente ao que estavam fazendo. Num momento a garota fica por cima de seu namorado, no meio da ação olha pela janela avistando uma figura que os observava a alguns metros de distância, a garota ao vê-lo rapidamente se abaixa para se esconder.

-Michael, tem alguém olhando pra nós. - sussurra a garota ruiva.

-Hã? Onde? - o rapaz olha pelas janelas para todos os lados, mas não chega a ver ninguém.

- Por ali... juro que estava ali... era alguém bem grande.

-Calma, só está nervosa por alguém nos ver. Mas isso é o que torna mais excitante! Vamos, continue!

-Mas Michael, eu... Ali está, veja! - uma figura obscura passara frente aos olhos da jovem rapidamente.

-Que, onde? - o rapaz olha pela janela semi-aberta mas não vê nada, achando que sua namorada estava vendo coisas. - Eu disse que não tem ning... - Michael não termina sua frase pois uma mão o agarra pelos cabelos apertando sua garganta contra o vidro da janela, e um violento movimento faz com que o mesmo vidro sirva para separar sua cabeça do corpo. Com o movimento o corpo cai sobre a garota, cujas roupas são manchadas com o sangue que jorrava do pescoço, ela grita horrorizada diante da cena.

-AAAAH! MICHAEL!! AAAAH! - a figura de Jason surge diante da garota que tenta sair do carro, mas sem conseguir abrir bem a porta por seu nervosismo, Jason a vê e pega seu facão.

O Batmóvel cruza as ruas em baixa velocidade, sobre ele estava uma parabólica que permitia a Batman captar qualquer som dentro de uma determinada área, seja um grito ou disparos, o que lhe daria alguma esperança de encontrar o assassino que procurava, embora isso dependesse de muita sorte. Mas esta é sua noite, pois consegue escutar os gritos de uma mulher perseguida. O Batmóvel vira uma esquina e passa pelo Parque Gotham.

A jovem conseguira sair do carro, gritando por ajuda sem que ninguém respondesse, por isso continua a correr. Olha para trás e vê o homem com máscara de hóquei seguindo-a andando, mas Jason se desloca de uma forma estranha, pois seus passos lhe permitem de alguma forma avançar vários metros, como se fosse um fantasma.

-Não, não, não, afaste-se de mim, vá embora! Alguém me ajude! - a garota corre desesperadamente, entre seus soluços grita por ajuda e ao ver a rua vazia dobra uma esquina, mas se detém ao encontrar um beco fechado por uma enorme cerca, a garota hesita em saltá-la por achar que não conseguiria, olha para trás, não havia sinal do assassino por perto. Lentamente avança para sair do beco, suas pernas não obedeciam pelo medo de encontrar-se com ele, caminha apoiada na fria parede, faltava pouco para sair e virar à esquerda e fugir o mais longe possível, mas de repente ouve passos na sua direção. - Aah, não! - a jovem cai sentada e tenta se levantar e ir até a cerca, uma figura surge, a moça dá um grito que chama a atenção de quem passava por ali, era um policial.

-O que está havendo?

-O-o-oficial... m-me ajude... - diz entre soluços, o oficial usa a lanterna para poder ver a garota e ir ajudá-la.

-Acalme-se, está tudo bem. - o oficial se aproxima da jovem, mas esta vê algo aparecer repentinamente atrás dele, era o assassino que vinha atrás dela.

-Nããoooo! A-atrás de você!

-Que?- o policial se vira e tem um sobressalto ao ver o enorme homem de máscara. Ao ver que empunhava um facão o policial rapidamente saca sua arma apontando para ele. - Solte a arma agora!

Jason olha para ele inclinando ligeiramente a cabeça, o oficial se desconcerta por não ter resposta ante a ordem. Jason levanta o braço com o facão, o oficial se descontrola e atira. Mas Jason continuava de pé, apenas estremecendo, podia-se ver seus olhos, a pupila diminuía ao redor do vermelho que cobria seus olhos. Jason deixa cair o braço no ombro do policial, cortando seu corpo ao meio. A garota dá um grito horrorizada, Jason a vê e vai até ela, erguendo seu facão para matá-la.

-Não não não... por favor não...

Jason ataca com sua arma mais uma vez, porém um objeto em forma de morcego atinge sua mão fazendo-o soltar o facão. O assassino olha para trás, a figura de um enorme morcego surgia descendo, a garota o reconhece.

-BATMAN! - Batman cai na frente de Jason e lentamente se levanta de forma lúgubre com sua capa cobrindo seu corpo e seus olhos sem pupilas encarando fixamente o assassino que lhe devolve um olhar ausente de vida e emoção.

-Batman: É você! Como pode ser? Diga quem é! - Batman podia ver a morte em seus olhos, lembrava dessa figura, a figura de seus sonhos que recentemente o atormentava como o assassino que havia levado seus pais e que também o matava. Batman retorna à realidade e grita para o assassino porém ele não responde, o cavaleiro das trevas permanece alerta a todos os seus movimentos até que a garota agarra repentinamente seu braço.

-Batman, por favor, ele...

-Batman: Saia daqui, salte essa cerca e siga em frente! - a garota se assusta mas obedece e se dirige até a cerca para subi-la, Batman dá uma rápida olhada nela e imediatamente se volta para o assassino, que já está com o facão na mão outra vez. Batman se surpreende, seus movimentos parecem lentos mas de alguma forma ele podia se mover repentinamente sem que seus olhos percebessem.

Agora com a arma em mãos, Jason a aponta para a garota que ainda subia pela cerca, Batman o observa calculando o momento. Jason joga o facão na garota, que se vira e o vê vir direto contra seu rosto, mas o facão é detido, Batman reagira saltando e agarrando-o pelo cabo, em seguida joga a arma para longe, mas Jason já havia se movido e repentinamente aparece surpreendendo o homem morcego dando-lhe um abraço de urso pela cintura que começa a estalar seus ossos.

-Batman: Aaagh! Solte-me maldito! - Batman bate com as palmas abertas nos dois lados do pescoço do assassino mascarado mas ele parece não ter nervos para serem afetados, apenas aperta com mais força, uma força incrível que ele poucas vezes havia sentido, tinha que agir rápido do contrário sua coluna se partiria como um graveto. Rapidamente apóia seus pés nas coxas do assassino e agarra seus braços para se inclinar para trás, conseguindo dar um giro e fazer ambos caírem no chão. Batman rola pelo solo e põe seu joelho e mão no chão para se levantar, Jason também se recupera e avança até ele. Mas o homem morcego se adianta desferindo um soco em seu rosto, Jason dá um passo atrás mas logo se recupera, Batman vê que o golpe não surtiu efeito nele. Jason também dá um soco, mas o herói mascarado o evita se abaixando e responde com um golpe no estômago do assassino, seguido de outros dois no rosto e um chute giratório que manda Jason contra uma parede, este reage e agarra seu oponente pelo pescoço e avança para batê-lo na parede de outro prédio, Batman enlaça suas pernas no braço que segura seu pescoço e gira violentamente mandando Jason ao chão de tal forma que dobra o braço chegando a romper a articulação do ombro, Jason tenta se levantar mas leva um golpe na nuca que bate sua cabeça fortemente no solo. Batman o observa com cuidado, o assassino não se movia até que repentinamente tenta se levantar de novo mas recebe outro chute na cabeça fazendo-o bater no solo com mais força, com isso Batman parecia ter deixado o estranho assassino inconsciente.

O homem morcego vê o corpo do policial partido em dois enojado pela forma tão sanguinária de matar desse monstro, depois confirma que a garota já está longe e segura. Dá uns passos até o rádio do policial para avisar à central do ocorrido mas não consegue ver que Jason se levanta e recupera o facão, o som do fio cortando o ar chega a seus ouvidos, Batman vê de relance como a arma se dirigia a suas costas. Em décimos de segundos reage, seu corpo se flexiona para dar um salto e escapar do ataque mortal, mas Jason consegue cravar seu facão na perna esquerda do morcego, atravessando seu traje.

-Batman: Aaaaaarrrhhh! -o sangue de Batman corre pelo solo, Jason está por cima dele, pegando-o pela perna e o levanta arremessando-o fortemente contra a caçamba de lixo ao lado, sem soltá-lo o joga na parede onde bate com as costas deixando fissuras nela, ele cai cuspindo sangue. Batman rapidamente tira o facão que estava cravado em sua perna e o joga no braço direito do assassino cortando os  tendões de seu antebraço. O detetive esperava com isso inutilizar seus dois braços, mas vê atônito que Jason desdobra o braço que havia fraturado no ombro e tira o facão do outro braço sem qualquer hesitação, como se não sentisse nada. Batman não podia mais se mover com rapidez para esquivar o ataque de Jason, mais uma vez se via em seu sonho, como o menino indefeso diante da figura desse assassino bestial, saído do próprio inferno e enviado para matá-lo, e quando este está prestes a esfaqueá-lo se ouve uma explosão que atinge Jason e o joga direto na parede.

-Rápido, saia daí! - Batman olha para a entrada do beco, uma mulher de cabelo preto e curto em uniforme policial com um rifle havia aparecido - Morra, Jason! - mais uma vez ela atira, as balas que disparava empurram Jason até a escuridão do beco. Batman se arrasta apoiado na parede para ir até a policial.

-Batman: Quem é você?

-Isso não importa agora, esse monstro ainda está vivo.

-Batman: O quê? - Batman olha para onde Jason caíra sacando um bumerangue do cinturão, a policial se aproxima com sua arma alerta a qualquer movimento que possa sair da escuridão, quando uma luz ilumina o beco surpreendendo-a, quando se vira vê que Batman usava uma pequena lanterna. - Sumiu...

-O que disse? - ela se volta para o beco olhando para todos os lados, o corpo do assassino havia sumido como se nunca tivesse estado ali. - Escapou de nossa vista, não gosto disso. Será melhor sairmos daqui e não jogar em seu terreno. A propósito, você está bem? Sua perna ainda sangra? - os dois saem do beco e ao caminhar alguns metros a moça pára ao ver que Batman se virava para ela. - Nossa, nem mesmo se queixa, mas não banque o durão comigo, está sangrando, o que significa que é humano e precisa cuidar dessa ferida.

-Batman: Eu o farei, mas primeiro tem que me dizer quem é você.

-Sou uma oficial transferida de outra cidade, meu nome é Kimberly Reed, mas... pode me chamar de Kim. É um prazer conhecê-lo, ouvi falar muito sobre você.

-Batman: É muito estranho que uma simples oficial tenha esse tipo de rifle.

-Kim: Bom, é que já o tinha de meu último posto.

-Batman: E como sabia que depois de ter disparado duas vezes ele continuava vivo? - Kim morde os lábios diante dessa pergunta ao mesmo tempo em que dava um passo atrás. - Diga, por que o chamou de Jason?

-Kim: Por que estou sendo interrogada desse jeito? Se não se lembra salvei sua vida. - Batman fica observando-a. Kim ouve um automóvel se aproximando, mas não era qualquer veículo, era o Batmóvel, que pára ao lado de Batman.

-Batman: Precisa me acompanhar, tenho que fazer algumas perguntas.

-Kim: Eu também tenho algumas perguntas, mas não estou com vontade de perguntar nem de responder, então se me dá licença. - Kim se vira rapidamente e começa a correr, Batman tenta segui-la mas sente a perna ferida e se apóia no carro, apenas observando como a oficial monta numa moto e se afasta. Ele decide não segui-la pois pressente que não será a última vez que a encontrará. O homem morcego sobe em seu carro e ativa um dispositivo para se comunicar com a mansão.

-Batman: Alfred, prepare os instrumentos para fechar uma ferida profunda.

-Alfred: Vejo que será uma noite ocupada de costura, senhor. - o Batmóvel parte, sendo observado pela figura do assassino de máscara no alto de um edifício, imóvel como pedra, sem respirar, em sua cabeça continuava ouvindo as vozes.

Sim Jason... mate-o... você pode matá-lo... mas primeiro... SAIA PARA MATAR! HA HA HA HA HA!

Pouco tempo depois Batman já chegara à caverna, sendo socorrido por Alfred que sutura a ferida em sua perna depois de aplicar alguns anti-sépticos. Mais tarde, o homem morcego pesquisa em seu computador arquivos de assassinos seriais nos Estados Unidos através da rede, uma longa lista, mas ele investigava o nome Jason, que lembrava ter ouvido a policial Kim mencionar quando atirou. Batman se detém num arquivo em especial, o perfil de um assassino que não tinha foto, apenas descrições e sua data de falecimento, há mais de 10 anos.

-Batman: É ele? Jason Vorhees? É o mesmo demônio do inferno que vi?

Fim do segundo dia


Capítulo 3

Capítulo 1

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