Last Land

Primeiro Dia - Transmigrados e Desorientados

Capítulo 4: Formação de Grupos


No mundo espiritual Botan já está na sala de Koema que diz:

- Botan, tenho uma missão para você de grande importância. Deve levar isto a Zefir.

Botan recebe de Koema o papel desenhado pelo Diabóide e diz:

- Tá bom, mas já encontrou os três?

Koema:

- Já. É pra eles que deve entregar isto.

Botan fala espantada:

- Ahn? Em Zefir?! Como foram parar lá?

Diaboide:

- Nem o senhor Koema descobriu ainda.

Koema berra com raiva:

- Cala a boca chupa-cabra! Será possível que não consegue ficar quieto? Se não calar, vou tirar o seu ursinho de pelúcia.

Diaboide:

- Não! Isso não, senhor Koema! Senão eu não vou conseguir dormir

Botan olha os desenhos e diz:

- Ui! Que mal desenhado!

Koema:

- Você deve dizer a eles, que estes dos desenhos são inimigos de Zefir e que devem derrotá-los, pois são assassinos.

Botan:

- Tá bom.

Diaboide:

- Fale sobre o demônio, senhor Koema.

Koema:

- Fecha o bico, Diabo! Agora vai ficar sem o ursinho!

Diaboide pede chorando:

- Desculpe, senhor Koema! Não faz isso! Senão vou ter pesadelo!

Koema:

- Só desculpo com uma condição.

Diaboide:

- Qual?

Koema tira o chapéu e entrega ao escravo dizendo:

- Dá três mil beijos em meu chapéu.

Diaboide:

- Mas o certo não é na sua mão, senhor Koema?

Koema:

- Sai pra lá, Diabo! Eu não quero ficar todo babado! E começa logo!

Diaboide:

- Sim, senhor Koema. - e começa a beijar o chapéu do patrão, sem parar.

Koema:

- Como eu dizia, Botan, você também tem que avisá-los que existe um monstro de categoria Super S, que está reunindo forças para ir ao mundo dos vivos, e deve ser parado.

Botan:

- Ahn? Um daqueles monstros que a Sailor Moon enfrentou?!

Koema irrita-se:

- Que Sailor Moon, Botan?! Eu falei categoria Super S, porque esse demônio não é apenas poderoso em energia ou força, mas na hierarquia também.

Botan:

- Mas não vai ser muito risco para eles?

Koema:

- É, mas o que quer que eu faça? Tem que ser eles. - retomando seus papeis, continua - Agora dá licença que vou voltar à seleção dos espíritos.

Diaboide:

- Posso descansar, senhor Koema? Já tá doendo meus beiços!

Koema:

- Nada disso! Continua! Continua, chupa-cabra!

Koema pega a próxima ficha e comenta surpreso:

- Ué...! A causa da morte está em branco!? Como é que isso pode ser!? - e chama - Entra aqui, rapaz!

Ao indivíduo entrar, o espanto é fulminante.

Koema:

- Hiei! Você morreu?! Mas como?! Sem causa nenhuma?!

Botan:

- Sabe o que que é, senhor Koema, nós fizemos uma aposta.

Koema:

- Mas hein?! Vou fingir que nem ouvi! - Koema acalma-se e volta-se ao julgado - Tudo bem, Hiei, pelos crimes e heroísmo quue você já cometeu eu o mando ao...

Hiei interrompe:

- O único lugar que vou é para onde Kurama foi levado.

Koema:

- Então é para isso que veio aqui?! Infelizmente não posso atender sua vontade, seria manipulação de sua parte.

Hiei:

- Só que não estou lhe dando outra opção.

Koema:

- Hiei, pare logo com essa desobediência ou terei que usar a força.

Hiei:

- É mesmo? Use.

Koema:

- Você pediu isso...! Diabo, bate nele!

Diaboide se apavora:

- E-Eu s-senhor Koema?! Ma-ma-mas...

Koema:

- É claro, Diabo! Essa é uma de suas incumbências aqui!

Diaboide:

- Eu tô despreparado! Nem fiz meu balé hoje, senhor Koema!

O escravo azul de tanto medo, até o assoalho do chão arranca com os calcanhares, enquanto é empurrado por Koema em direção a Hiei, e seu chefe lhe diz:

- Deixa de ser medroso, chupa-cabra! Eu te tiro do castigo dos beijos.

Diaboide:

- Prefiro beijar o dobro de vezes seu chapéu.

Frente a frente com Hiei ele diz:

- Senhor Hiei, seja bonzinho e obedeça o senhor Koema.

Hiei envolve o cabo de sua espada com seus dedos.

Diaboide se desespera:

- Socorro, senhor Koema!

Então num saque ligeiro, Hiei desembainha sua espada, cortando um pedaço do cabelo do diabo azul.

Diaboide em desespero:

- Fui degolado! Chame meu veterinário, senhor Koema! - e desmaia de perna para o ar.

Koema:

- Acorda seu chupa-cabra! Eu te pago pra que?

Hiei põe-se à frente de Koema, que fica intimidado e fala com um sorriso de medo:

- Er... que sorte você tem! Acabei de lembrar que hoje meu pai, o senhor Emma, me deu autorização para ressuscitar algumas pessoas. Pode levar ele à Zefir, Botan.

Botan:

- Tá bem.

Hiei logo senta-se na "carona" do remo de Botan.

Koema:

- Só quero saber uma coisa. Qual foi a aposta?

Botan:

- Apostamos que se eu o trouxesse aqui se o senhor ia ou não deixa-lo quebrar a regra de ressuscitar.

Koema:

- Ah é? Então Hiei ganhou.

Botan:

- Não, fui eu que apostei que deixaria.

Os dois saem da sala do deus juiz, usando o remo voador.

Voltando à sua mesa, Koema diz:

- O jeito é voltar ao trabalho. Que entre o próximo.

Koema arregala os olhos ao ver a nova confusão. Um monte de espíritos invadiram sua sala ao mesmo tempo, gritando e passando por cima até do Diabóide, que fica de língua para fora esmagado no chão.

- Eu sou o próximo a ressuscitar!

- Não! Eu que não vivi! Fiquei dez anos em coma!

- Eu sou pior! Fui candidato a vereador e nunca votavam em mim.

 

De volta à luta de Fênix e Jamian de corvo, ele fala a Ikki:

- Percebo sua força, cavaleiro Fênix, mas não ouse me atacar ou o povo da aldeia morrerá sufocado nas penas.

Ikki fica pensativo enquanto Seiya protesta:

- Covarde! Faz isso porque sabe que vai perder? Liberte-os! Não conhece o código de honra do Santuário?

Jamian:

- Não estamos na Grécia, Pégaso. E eles são minha chance de realizar meu objetivo.

Põe dois dedos na boca novamente e produz um novo assobio, o qual atrai mais pássaros para junto de si e propõe:

- Posso fazer um acordo com vocês. Eu os deixarei livres das plumas se permitirem que meus adoráveis pássaros matem vocês, se me atacarem as penas ficarão nos aldeões até morrerem sufocados.

Os dois não sabem o que fazer e Jamian volta a falar:

- A amizade que tenho por estas aves fazem com que usem suas energias mágicas a meu favor. - então aponta para os (ainda) cavaleiros de bronze e diz - Ataquem-nos!

Ikki e Seiya começam a ser atacados pelas aves que são inúmeras. Os cavaleiros reagem mas é incessante a investida delas.

Jamian:

- Idiotas! Não adianta atacá-las, são infinitas!

De fato parecem mesmo infinitos. Chegam sem cessar cruzando os céus de Zefir até a aldeia; e os ataques que derrubam uns pássaros, não assustam os outros, que obedecem seu mandante bravamente, já causando ferimentos nos guerreiros de Atena.

Quando então sai da cabana, Xarigan, que passa com tranqüilidade ao lado da nuvem de pássaros e junto a Jamian diz:

- Muito curioso esse seu controle sobre as aves.

Jamian o encara:

- Eu sei que é, e como esses pássaros eu controlarei a sua aldeia. O que quer? Tente me atacar e eles o matam!

Xarigan:

- Atacar? Eu somente quero saber se seu controle é maior que... seus instintos naturais! - grita ao mesmo tempo em que joga um punhado de grãos sobre Jamian que exclama:

- O que significa isso?

Repentinamente os problemas dos cavaleiros de bronze são cessados, pois de uma só vez todas as aves voam para cima do cavaleiro de prata, a fim de saborearem as sementes que estão sobre seu corpo, deixando-o numa situação confusa da qual ele reclama:

- Parem com isso! Voltem ao trabalho!

Seiya e Ikki sentem-se aliviados, e Xarigan os informa:

- São as sementes preferidas deste tipo de ave, coisa que quem vive aqui, sabe.

Jamian entre aquela concentração de criaturas aladas, perde a paciência e berra:

- Saiam daqui pestes fominhas! Vocês não servem pra nada! - usando seu cosmo para repeli-los.

O gesto do cavaleiro prateado foi recebido como ofensa e elas então afastam-se dele e pousam em árvores próximas do local.

A aparência que Jamian ficou é ridícula, com tantas penas presas ao seu corpo lembra até um índio americano hi-tech.

Com o "ressentimento" dos pássaros por Jamian, as penas grudadas aos corpos dos aldeões vão se despregando e caindo e logo todos soltam-se.

Jamian volta a assobiar para as aves, as quais não movem um músculo sequer para obedecê-lo.

Ikki:

- Não pode mais esconder-se atrás das vidas das pessoas, Jamian. Você está só contra a ave Fênix!

Jamian desesperado, numa cena cômica pede aos seus colegas "magoados":

- Eu imploro! Não façam isso comigo!

Ikki anda sem problemas até Jamian e:

- Golpe fantasma de Fênix! - ataca o oponente.

Jamian após virar-se para o lado nota que as aves descem das árvores novamente e logo vê-se cercado de seus amigos pássaros, que estão pousados até sobre ele, para os quais ele ordena:

- Eu sabia que voltariam pra mim! Vocês me amam!...- aponta o dedo em riste para os inimigos - Vão! Matem o cavaleiro Fênix!

As aves imediatamente obedecem e vão em direção a Ikki, que avança contra elas, porem não há tempo de defender-se e elas começam a massacra-lo, deixando-o apenas lançar inúteis gritos de dor no ar, de alguém que nada pode fazer para evitar a própria destruição.

Jamian comemora:

- Foi muito ousado em declarar-se cavaleiro de ouro, ave Fênix. Não seria derrotado por um cavaleiro de prata se realmente o fosse.

Jamian vê que Ikki não parece mais viver, caído no chão e ensangüentado, dá o comando às aves:

- Minhas belas criaturas, voltem a mim. Vamos ao que realmente importa. Dominar a aldeia.

As aves deixam o corpo de Ikki e voam para seu mandante, o qual estira os braços, orgulhosamente permite que o primeiro pássaro pouse em sua mão. O que não acontece, pois a ave passa por Jamian e vai embora, levando um par de dedos da mão do cavaleiro, o qual arrancou com as pequenas garras ao aproximar-se.

Jamian:

- AAAAAAAAH! O que é isso? - diz, sentindo a dor da mutilação e ao ver as outras se aproximarem grita - Não se aproximem! AAAAAH!

Não adianta; agora lhe levaram um olho, e cada pássaro que passa arranca-lhe uma parte do corpo. No fim só resta o tronco e a cabeça no chão, ao lado de Ikki, que agora está em pé, ileso, e diz com frieza:

- Sinta-se honrado por desta vez não morrer como um idiota.

Ikki então transforma-se numa grande ave flamejante, cinco vezes o seu tamanho, e lança fogo de seu imenso bico cuspindo chamas contra o corpo desmembrado de Jamian no chão, deixando somente os ossos em brasas.

Na vida real só se vê o corpo de Jamian paralisado em pé e inteiro, ele pensou que havia escapado do golpe da ilusão, mas se enganou, cai então de rosto contra o solo, assustando os pássaros que estavam ali, os quais, numa revoada apavorante deixam o local.

O povo grita eufórico pela vitória do cavaleiro de bronze.

Ikki apenas fica de olhos fechados e cabeça baixa.

Seiya aproxima-se e pondo a mão no ombro de seu velho companheiro, diz:

- Ikki, a presença dele não quer dizer que ela tenha vindo para cá também.

Ikki:

- Não me resta dúvidas. - e pensa - Esmeralda, você disse que me amava, mas veio para este mundo e apaixonou-se pelo tal Zagard! Você mentiu! Você tinha é pena de mim! Somente pena de mim!

 

Neste momento cruzando os céus de Zefir montados no remo voador, estão Hiei e Botan, a qual não esconde sua admiração:

- Que lindo! Eu adoro vir aqui!

Hiei:

- Grande coisa. Pare de se distrair com idiotices ou vai bater.

Botan:

- Nossa! Que nervoso você é! Eu bateria aonde? Naqueles cinco pássaros? Claro que não. - diz, referindo-se a aves que surgiram no horizonte ao longe.

Botan olha melhor:

- Cinco não, cinqüenta! Mas é só dar uma virada e não há problema.

Botan observa mais atentamente:

- Cinqüenta não. Devem ser uns quinhentos! Ai! O que eu faço!?

São os mesmos pássaros em fuga após a derrota de Jamian. Que para evitar que os derrubem, Hiei toma a frente da própria Botan, ficando em pé na beira do fino cabo do remo, com sua espada retirada da bainha, demonstrando um equilíbrio impecável.

Botan:

- Você vai matar os bichinhos?! - espantada com a frieza do amigo.

Hiei:

- Vou.

Botan:

- Que maldade! Não faz isso, eu vou desviar.

Hiei:

- Não há tempo, sua idiota!

Mesmo assim Botan inclina o remo para baixo e desce em grande velocidade.

Sobre o "veículo" Hiei esforça-se para não cair.

A garota deusa da morte, que não tem prazer em realizar sua função, desce o máximo de rapidez possível, enquanto a grande nuvem emplumada aproxima-se ao aparentemente inevitável encontrão.

A massa de aves passa por cima dos dois. Botan teve sucesso em sua tentativa de evitar a matança comodista, proposta por Hiei. Mas para evitar o choque, ela teve de virar-se de cabeça para baixo, sentada no remo. Movimento brusco este, que pegou Hiei de surpresa e ele caiu do remo, agora seu corpo vai a um encontro ainda mais violento, contra o solo de Zefir.

Botan:

- Hiei! Meu Deus!

O guerreiro durante a queda mantém-se de pé, mesmo com um vento que torna seus cabelos mais arrepiados ainda, para tentar salvar-se desta queda em direção das copas das árvores lá embaixo.

Botan desce o mais rápido possível, mas não é o suficiente, pois Hiei acaba de ser enfiado violentamente no emaranhado de folha e galhos dos grandes vegetais bucólicos.

Botan:

- Ai! Coitadinho dele!

Logo Botan desce entre os galhos atrás do amigo, muito preocupada com seu estado físico.

Mas seu medo não tinha razão de ser, pois de algum modo ele aliviou a própria queda e está em pé, armado e em estado de alerta, olhando fixo a mata fechada.

Botan:

- Você está bem? Ufa! Desculpe pela bobeira que eu fiz, é que não estou acostumada a dar carona para pessoas vivas. Sabe? Os espíritos flutuam.

Hiei pouco liga para a presença de Botan. Quanto menos o que ela diz, porém lhe passa uma ordem:

- Vai embora. Agora!

Botan:

- Mas não é aqui que eles estão.

Hiei:

- Não interessa! Aqui serve pra mim! Cai fora daqui!

Botan:

- Ui! Tô indo! Já fui! - e realmente sai do local.

Fica Hiei só, naquele canto de Zefir, e seus olhos continuam a procurar algo enquanto pensa:

- Há uma energia demoníaca aqui. - e grita - Apareça! Você que está me ouvindo!

Nada ocorre e Hiei radicaliza:

- Não adianta se esconder, demônio! Eu também sou um!

O guerreiro arremessa sua espada numa das árvores em volta, cuja lâmina entra totalmente até o cabo.

Atrás da árvore está Acalanata, com a ponta da espada tocando a ponta de seu nariz. (se mais comprida fosse a lâmina teria sido um ataque fatal).

Hiei vê Acalanata apresentar-se em sua frente e afirmar:

- Acaba de iniciar uma luta perdida. - então um filete de sangue escorre da ponta de seu nariz, devido ao atentado sofrido há pouco.

Hiei:

- Humpf! - zomba - Perdida pra você, se não me contar imediatamente o que está acontecendo aqui, onde estão meus amigos e qual seu objetivo aqui.

Acalanata sente-se humilhado, mas medita sobre seus próximos procedimentos.

- Ignoro quem são seus amigos e o que faço nesta terra, mas vou me aproveitar da situação para fazer-lhe mostrar todos seus poderes.

Acalanata diz, então:

- De mim não terá informações. A única coisa que terá de mim é isto! - e ataca com o golpe roubado - Cólera do Dragão!

A magia de Shiryu é muito rápida para Hiei, que tenta fugir num salto, mas é atingido no peito, sendo jogado fortemente contra um tronco de árvore e caindo sobre folhas secas no chão que praticamente o cobrem.

Acalanata aproxima-se para instigá-lo a lutar mais:

- Levante-se para lutar! Já se deu por venc... o que?!

Acalanata fica aturdido, pois Hiei não está mais lá. E ouve a voz dele por trás de si:

- Está me procurando? Procure no lugar certo.

Nem há tempo de Acalanata virar-se direito, pois Hiei já com sua espada, dá-lhe um talho no corpo.Hiei indaga a Acalanata que está imerso em dores:

- Diga o que sabe agora ou vai morrer.

Acalanata:

- Force-me! - e levanta, invocando seu somma e soca, mas Hiei escapa com um salto, preparando sua arma para na descida ferir o demônio.

Acalanata repentinamente aponta a palma da mão para seu inimigo, e uma energia em forma de mão surge no ar, agarrando o pescoço de Hiei, mantendo-o suspenso no ar, ao mesmo tempo em que o enforca.

Acalanata:

- Eu vou afundar meus dedos na pele de seu pescoço até que a sua coluna rache e seu corpo passe a ser apenas um fardo a ser puxado.

Hiei sente a pressão em sua garganta.

Acalanata parece determinado a deixá-lo tetraplégico, enquanto pensa:

- Se ele for capaz de algo, ele fará logo.

Hiei está em agonia; seus pés procuram tocar o chão, porem nada encontram. Mas em seu braço, que Acalanata pretende inutilizar, está empunhada a espada. Hiei segura o cabo com firmeza e arremessa a arma contra o inimigo. Que apenas é atingido de raspão.

Hiei sente-se muito mal, mas seu caráter forte não o permite passar fraqueza pelo seu semblante ou palavras.

Acalanata o instiga:

- Você falhou! Nunca mais verá seus amigos e nem saberá o porque de estar aqui! Vai ser mais uma vítima de...

Hiei berra, com voz forçada:

- Vou matá-lo! E com minha maior arma!

O braço de Hiei parece ser envolvido por uma espiral de energia negra.

Acalanata assusta-se:

- Ele está reagindo! Mas a energia é muito forte! Tenho que contê-lo!

A espiral negra torna-se mais e mais volumosa, tomando alguma forma.

Hiei:

- Chamas negras mortais!

Acalanata:

- Um dragão negro! - grita, pois é isso que vê surgir à sua frente.

A magia de Hiei joga-se com grande violência contra o corpo do chefe da tríade do demônio. Assim Acalanata grita num misto de dor e medo, enquanto é levado pelo dragão de chamas negras, que vai arrastando a vegetação em sua trajetória, abrindo uma trilha na mata, indo a distância tal, que somem da vista de Hiei.

A energia em forma de mão desaparece e Hiei cai livre no chão, bufando para recuperar o oxigênio, olhando ao horizonte, que agora pode ser visto após a devastação promovida por sua magia.

O sol toca o horizonte, em sua cor avermelhada, entre as árvores, dando a impressão de aprovar o ato agressor do guerreiro.

Hiei:

- Desejo que tenha sido uma dolorosa morte.

Então, pouco lhe importando o que houve com Acalanata, Hiei entra na floresta fechada novamente, em busca de algum destino.

 

No Castelo de Cristal, Lucy e Marine estão no salão.

Marine:

- Ainda não estou acreditando no que houve com Ferio.

Clef:

- E isso está sujeito a acontecer de novo, se esse inimigo desconhecido agir novamente.

Lucy:

- Mas não vai acontecer! Pra que isso não aconteça, somos Guerreiras Mágicas e nós lutaremos com todos!

Kurama:

- Não lutarão sós! Nós ficaremos aqui para ajudá-las até isso terminar.

Yusuke:

- Ei! Qual é, Kurama?! Tá me comprometendo!

Kurama:

- Está bem, pode ir se tiver coragem de deixá-los sós com esse problema.

Yusuke aborrecido demora a responder:

- AAH! Tá certo, eu fico até o fim.

Clef:

- Eu os agradeço em nome de Zefir.

Mokona pula em Uramesh:

- PU PU PUUU!

Yusuke o segura pelas orelhas:

- Sai pra lá! Não tô com saco pra brincar, não!

Solta a criaturinha no chão, que fica triste:

- Puuu.

Marine:

- Mas é um grosseiro mesmo! Maltratando o Mokona assim!

Lucy:

- Mas Marine, às vezes você faz pior.

Marine:

- Agora você tá do lado desse antipático, é?!

Lucy fica assustada pela bronca.

Yusuke:

- Não enche, garota! Já tô de saco cheio de te aturar!

Marine:

- Mas é um imbecil mesmo! Olha só como é mal-educado! Falando assim com uma dama!

Yusuke:

- Você dama?! Só se for de tabuleiro.

Todos ficam sem graça, vendo novamente a discussão.

Lá fora Botan em seu remo aproxima-se do castelo de Zefir:

- É aqui mesmo.

Dá mais uma olhada no desenho de Ikki, Mascara da Morte e Afrodite, comentando:

- Tenho certeza que já levei esses caras antes.

Então entra por uma janela do castelo e todos a olham surpresos.

Ela acena para todos, dizendo:

- Oi, pessoal, não se assustem, tá? Eu só vim falar com eles dois.

Kurama:

- Botan!

Yusuke, com uma marca roxa de dedos na bochecha, fala:

- Até que enfim uma pessoa conhecida.

Botan:

- Xiii, Yusuke! Essa doeu mais que a da Keiko, não foi?

Yusuke fala com raiva:

- Isso não interessa! Fala logo o que você quer!

Kurama:

- Botan, Koema mandou algum recado?

Botan:

- Mandou, sim, tem uma nova missão para vocês.

Yusuke reclama:

- Não brinca! Mas já quer me atarefar antes mesmo que eu saia daqui?!

Marine observando Botan, comenta:

- Com esse remo, parece aquelas bruxinhas de contos de fadas.

Lucy:

- E será que não é?

Marine irrita-se:

- Zefir é encantada, mas nem tanto, não é Lucy?

Botan:

- Uma das missões vai ser aqui mesmo.

Yusuke:

- Uma delas? Então são mais de uma?!

Kurama:

-A vida de detetive espiritual é dura, amigo.

Botan entrega o papel a Yusuke que olha os desenhos e indaga:

- Quem são estes, Botan?

Botan:

- São assassinos que estão em Zefir, e vocês devem para-los.

Clef interrompe:

- Moça, você sabe o que está fazendo as pessoas surgirem aqui?

Botan balança a cabeça, negando:

- Nã-nã-ni-nã-não!! Eu apenas trabalho para o mundo espiritual.

Yusuke:

-Nem adianta, coroa! Essa aí nunca sabe nada quando se precisa.

Botan põe o dedo no nariz de Urameshi e diz:

- Ah, é? Ele também deu a missão de derrotar um monstro de categoria Super S, que está fugindo para o mundo dos vivos.

Yusuke:

- Que papo é este de Super S?!

Botan não entendeu muito bem a explicação de Koema e diz:

- Ah, não sei o que isso quer dizer, Talvez ele tenha inventado isso de Super para assustar vocês.

Kurama preocupa-se:

- Ele não faria isso. E onde está esse monstro?

Botan:

- Não sei, ainda não tem um lugar definido. Mas tenho mais uma coisinha pra dizer.

Kurama:

- Qual Botan?

Botan, num dilema, pensa:

- Ai! Eu falo ou não sobre Hiei e Kuwabara?

Yusuke:

- Desembucha logo, garota!

Botan:

- É pra não esquecerem de escovar os dentes antes de dormir.

Os dois ficam com cara de bobo.

Botan:

- Tchauzinho, pessoal. Boa sorte.

Lucy:

- Espera aí, eu queria pedir uma coisa.

Botan:

- Ahn? Tá bom.

Lucy:

- Pode nos ensinar a voar em remos?

Marine dá um tapa na própria testa e diz:

- Ai, meu Deus! Continua burrinha!

 

Neste ínterim Leiga e Kuwabara, já sem o shakiti, observam Seiya, Ikki e Xarigan de longe, conversando na aldeia.

Kuwabara:

- Você consegue ouvir o que estão falando? Eu não ouço nada.

Leiga:

- Eu também não.

Kuwabara vai andando em direção a aldeia:

- Então vamos falar com eles.

Leiga segura-o pela gola da camisa:

- Calma, queridinho, e se não forem amigáveis?

Kuwabara:

- Não tinha pensado nisso.

Leiga:

- É claro que não.

Leiga pega uma de suas penas e usa seu poder para faze-la flutuar, até onde estão eles. E através dela, Leiga escuta o que dizem.

Seiya já mais relaxado, com sua tiara embaixo do braço, diz a Ikki:

- Ikki, não devia basear-se na possibilidade dela ser a sua Esmeralda para proteger esta aldeia dos ataques do castelo. Nós chegamos aqui e nada conhecemos, pode ser outra pessoa completamente diferente.

Ikki:

- Não mudarei de opinião até que me provem o contrário.

Leiga deduz:

- Ele está na mesma situação que você. Vamos lá.

Kuwabara:

- É mesmo! Ué! Esta pena é algum microfone disfarçado? Usa pilhas ou é a combustível?

Leiga e Kuwabara entram ao alcance da visão de Seiya.

Leiga:

- Então também estão perdidos?

Ikki desconfia:

- Quem são vocês?

Leiga:

- Eu sou Leiga, um dos oito guardiões do mundo celestial e este é Kuwabara.

Seiya:

- Eu sou Seiya de Pégaso e este é Ikki de Fênix.

Kuwabara:

- Pégaso?! Você tem sobrenome de cavalo?

Ikki:

- Já vi que estamos falando com um idiota.

Kuwabara se irrita:

- Ei, carinha folgado! Fique sabendo que quem está falando com um idiota é você!

Xarigan:

- Então são do mundo Celestial? Eu os convido a ficar nesta aldeia se precisarem.

 

Enfim a noite cai em Zefir, que apesar de ser um lugar mágico, não tem como escapar da inundação das trevas da noite.

Para que seus olhos não fiquem inativos na escuridão, Hyoga e Tagnov trazem mais lenha para a fogueira a qual haviam acendido em local descampado.

Hyoga:

- Diga-me, que tipos de criatura vivem à noite?

Tagnov:

- Não se preocupe, a fogueira as assustará durante a madrugada; dificilmente nos importunarão.

Repentinamente, notam a presença de alguém ao lado da fogueira, o que instiga a indagação de Hyoga:

- O que está fazendo aqui? Quem é você?

A pessoa sentada ao lado da fogueira é Hiei, que responde:

- Abasteçam logo o fogo antes que volte a apagar.

De fato, pois a lenha já não está mais em chamas, mas sim em luminosas brasas, contudo Hiei aproxima seu rosto e dá um prolongado sopro, o qual faz com que as labaredas surjam novamente no amontoado de paus.

Hiei:

- Eu os estive ouvindo e pretendo ir com vocês, pois também procuro alguém.

Tagnov:

- E como saberemos se não é um dos que querem nos matar?

Hiei:

- Se esta fosse a minha intenção, não perderia tempo, faria agora mesmo.

Hyoga:

- Mas que egocentrismo! Fala como se fosse superior!

Hiei:

- Eu só falo dessa maneira! Se não quiserem minha aliança, não importa! Eu os seguirei.

Tagnov:

- Junte-se a nós, são palavras ásperas que parecem ser sinceras.

Hyoga:

- Mais sincero que isto, impossível. Compreendo sua revolta por estar aqui em busca deste a quem procura.

Tagnov e Hyoga atiram a nova lenha sobre a fogueira e logo após sentam ao redor da mesma, junto a Hiel que, de pernas cruzadas e olhos fechados, parece pouco ligar para a presença dos outros dois.

Tagnov:

- Eu lhe explicarei sobre o Castelo de Cristal, para onde iremos amanhã.

Hiei:

- Não precisa; eu ouvi tudo. Vocês repetem o mesmo assunto várias vezes.

Tagnov pensa:

- Parece que somei mais um ao meu grupo. Tenho que manipulá-los com inteligência, assim a chance de minha vingança é certa.

 

Numa das janelas do castelo, Yusuke com as mãos nos bolsos olha as estrelas no céu de Zefir, quando chega Kurama e pergunta:

- O que foi, Yusuke? Já não te arranjaram um lugar pra dormir?

Yusuke.

- Já. É que eu tô aqui matutando para ver se descubro o que tô fazendo aqui. - vira-se para o amigo e diz - Ei! Você que é CDF e manja tudo, tem alguma teoria do que nos trouxe aqui?

Kurama:

- Desculpe decepcionar, mas por enquanto não sei dizer nada. Nem mesmo Clef ou as meninas me deram alguma pista. Talvez amanhã quando sairmos, as coisas se esclareçam.

Yusuke fala com uma expressão sem-vergonha:

- Espera, Kurama, tive uma idéia. Eu acho que o quarto das guerreiras é aquele último.

Kurama já imagina coisas da mente poluída de Uramesh e pergunta:

- O que pretende fazer?

Yusuke:

- Eu só quero ver se elas dormem de lingerie. Aaah, que beleza!

Kurama:

- Pára com isso, Yusuke! Isso não é hora de brincadeira.

Yusuke:

- Amanhã é que não vou ter tempo para brincadeiras.

Yusuke anda devagarinho pelo corredor, fazendo menos ruídos possíveis.

Kurama:

- Volte, Yusuke.

Yusuke continua, mas de repente a porta de um quarto abre-se, batendo em seu nariz.

Kurama esconde-se.

É Caldina que saía, e depara-se com Uramesh.

Yusuke reclama:

- Droga! Meu nariz!

Caldina o repreende:

- O que está fazendo aqui? Garoto sem vergonha! Queria ir ao quarto das meninas, não é?

Yusuke não consegue explicar-se.

- Não... eu ia... é é é ...

Caldina puxa a orelha de Yusuke e leva-o até o seu quarto, onde finalmente o solta e diz:

- Fica aí, garoto! E ai de você se eu te pego lá de novo!

Caldina sai, enquanto Uramesh berra:

- Mulher chata! Vive se metendo na vida dos outros! Vai te catar!

Kurama reaparece na frente de Uramesh pendurado de cabeça pra baixo pelos pés por um cipó e diz:

- Será que agora você sossega?

Yusuke o olha aborrecido.

Os ambientes do castelo se defrontam, pois enquanto há descontração por parte de Yusuke e Kurama, no quarto das Guerreiras é entristecido pela sombra da morte de Ferio. Lucy e Marine estão sentadas na cama, enquanto Anne, deitada, está com o olhar triste.

Na mente atordoada dela, só há espaço para as lembranças de seu amado Ferio.

Marine:

- Anne, quer que eu traga água ou algum chá?

Anne:

- Não, obrigada.

Lucy:

- Anne, por favor, o que podemos fazer pra você dar pelo menos um sorrisinho?

Anne:

- Não precisa, estou feliz estando junto de minhas melhores amigas.

Anne força um sorriso, mas é desmascarada por mais uma lágrima que escorre de seus olhos.

Lucy fica chorosa:

- Seus olhos estão tristes, não agüento mais ver você assim.

Marine:

- Tente dormir, para seu coração sofrer menos.- diz acariciando a amiga- Faça isso por Ferio, tenho certeza de que ele não gostaria de vê-la assim.

Anne:

- É, sei que ele não gostaria. Eu vou tentar.


Capítulo 5

Capítulo 3

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