Last Land

Quinto Dia - Verdadeiras Intenções

Capítulo 18 - Yin e Yang


Em meio àquela situação preocupante, Lucy gostaria neste instante de ser ingênua o suficiente para não saber que corre risco; mas ela sabe perfeitamente disso e, por isso, sofre com temor.

Seikiakko aproxima-se e, tocando seu ombro com leveza, diz:

- Guerreira Mágica, não precisa temer; você será importante no novo mundo que surgirá. Basta invocar seu gênio, agora.

Lucy:

- Novo mundo? Você se refere a restaurar Zefir?

Seikiakko:

- Exato; Zefir será melhor que antes; um local onde haverá descanso e paz aos que sempre sofreram.

Lucy afasta-se:

- Não pense que vou confiar em quem fez aquilo com o filho do Guru Clef.

Seikiakko lamenta-se:

- Pena... se você não soubesse disso, não seria tão difícil convencê-la!

- Vamos garota! Obedeça a ela! - berram vozes ao fundo da caverna. Mal se vê a silhueta de alguns Suzakos que exclamam juntos.

Lucy, afastada, volta-se para Esmeralda:

- Princesa, o que está havendo afinal?

- Nada! Apenas obedeça! - fala a loura, com um timbre masculino na voz.

Lucy pasma:

- Você não é... não é a princesa! O que então...

Esmeralda faz-se dramática e sarcástica, com a mesma voz masculina:

- Oh! Não diga isso! Assim você machuca meu coração!

O peito da mulher abre-se, revelando literalmente de peito aberto o coração pulsando lá dentro e ela continua o espetáculo de horror:

- Com essa dedução eu sinto-me horrenda!

O rosto de Esmeralda começa a derreter, ficando totalmente disforme e horrível. Logo, a princesa parece derreter-se toda como uma vela acesa.

- Não!! Você me humilhou! Você me humilhou!- grita ela.

Com esses gritos Esmeralda passa a tomar outra forma: a de um homem de cabelos compridos, roupas escuras e que somente se Yusuke, Kurama, Hiei e Kuwabara estivessem ali, reconheceriam Ani Toguro.

Lucy:

- Como?! Como pôde enganar até Clef??

Toguro debochado:

- Ora, a senhorita Seikiakko me contou pormenores sobre Esmeralda e ela já foi núcleo; por isso ela pôde me recobrir um pouquinho com sua magia. Mas nada disso adiantaria, se não fosse meu talento como ator. Eu merecia o Oscar, não acha?

Lucy irritada:

- Vocês não querem que eu me torne núcleo, não é isso?

Seikiakko:

- Isto é supérfluo, Guerreira Mágica! Você tem algo muito mais importante a fazer aqui. Invoque seu gênio, agora.

- Nunca! - afirma a Guerreira.

Toguro:

- Ora, deixa que eu faço ela invocar rapidinho.

Os braços de Toguro esticam-se na direção dela.

 

No castelo, Sandhye gesticula, enquanto se afasta.

- Então é isso. Obrigada pela chance, mas realmente eu não tenho interesse em ajudar. Por favor me levem de volta! - diz em tom quase suplicante.

Marine faz medo:

- Você não tem escolha, garota! Tá presa aqui com a gente!

Priscila:

- Zefir será bela de novo se você ajudar. É o lugar mais lindo que existe!

Yusuke:

- Não exagera não. A cidade à noite é muito mais legal.

Leiga:

- Questão de gosto. Shurato não pensa assim.

Yusuke zomba:

- E o Shurato pensa?

Leiga aproveita a brincadeira:

- É, você tem razão. Pensar pra ele é um esforço muito grande.

Shurato irritado:

- Ah!! Calem a boca!

Sandhye chorosa:

- Não, Não adianta! não quero! Eu não sei lutar e sou medrosa! Escolham outra!

Clef desiste:

- Está bem, mas mesmo assim não poderá ir para casa agora. Pode ficar num dos quartos.

Yusuke:

- Que tal o meu? Aí tira esse otário roncador de perto das minhas orelhas!

Shurato:

- Como é?! Olha só quem tá falando! Parece um serrote.

Marine interrompe:

- Seu quarto uma ova! Tem espaço no da gente.

Caldina:

- Eu te levo.

Caldina acompanha a garota para fora do salão e começam a caminhar pelo corredor. Ambas ficam caladas por um tempo, mas Caldina resolve falar:

- Me lembra a mim mesma, você.

Sandhye:

- Eu?

Caldina:

- Eu achava que dinheiro era tudo no mundo, nada mais era importante.

Sandhye:

- Eu não sou dessas pessoas assim.

Caldina fica surpresa:

- Hã... desculpe, mas não entendo.

Sandhye, aborrecida:

- Dinheiro não é nada mesmo, mas eu preciso dele!

Caldina fica surpresa com a frase, sem entender.

Um burburinho é ouvido pelas duas. Muitos passos.

Kurama entra no corredor com Askot. Ambos guiam um grupo muito grande de pessoas: mulheres, homens, velhos e crianças.

Caldina, surpresa:

- São aldeões de Zefir! O povo está fugindo para o castelo!

Ao se aproximarem as duas dos outros, Askot indaga:

- Você é a Guerreira Mágica? Olá! Me chamo Askot.

Sandhye:

- Oi.

Kurama:

- Caldina, eu vou ceder o meu lugar no quarto para alguma mulher e criança; se puder evitar que todos fiquem amontoados no pátio do castelo eu farei.

Sandhye:

- Mas o que está acontecendo com eles?

Kurama:

- Eles tiveram que abandonar suas casas por causa do colapso de Zefir. O lugar que mais suporta a instabilidade é o próprio castelo.

Sandhye, preocupada:

- Eles... estão sem suas casas?! Tiveram que deixa-las?!

Caldina:

- É. Mas você não se importa mesmo, né? Vamos para o quarto.

Sandhye:

- Espere. Mudei de idéia. Se eu lutar, posso ajudar para que Zefir volte ao normal de novo?

Caldina da um leve sorriso:

- Pode.

 

Na caverna Lucy está com o corpo totalmente laçado: os braços de Toguro enrolaram-se ao redor da moça, como se fossem jibóias e assim, como esse réptil, está sufocando a garota.

Toguro:

- Ah, ah, ah! Vamos! Invoque o gênio!

Lucy não consegue nem falar. Seu corpo não dispõe de força física para desfazer aquele abraço mortal. Seu rosto começa a mudar de cor. Sua pele está se tornando um vermelho mais forte que os seus cabelos, na verdade tornando-se roxo.

Lucy pensa:

- O que eles querem com Rayearth?! Eu não posso me entregar! Tenho que agüentá-lo sozinha!

Toguro:

- Ah, ah, ah! Não fique com essa cara de dor, garota! Sorria!

As mãos do mutante estão ao lado do rosto da garota, visto que seus braços a enrolam até os ombros, e para zombar Toguro usa seus polegares para esticar a boca da Guerreira para cima.

- Sorria! Você ajudará a formar uma nova era! - diz ele.

Lucy pensa:

- Eu tenho que sair daqui!

Toguro continua rindo escandalosamente, quando, repentinamente, pára e faz uma careta de dor.

- Ela... ela tá...

Subitamente, Lucy começa a pegar fogo e, conseqüentemente, os braços de Toguro também.

- AAAAAIIII! Estou queimando! - berra ele.

Toguro, rapidamente a solta e recolhe seus braços queimados.

Lucy o encara com o próprio corpo em chamas, mas sem consumi-lo. Sua trança e mechas de cabelo sacodem-se devido àquela energia que emite.

Lucy:

- Eu tenho certeza que vocês têm planos malignos para Zefir! Por isso eu jamais vou colaborar com vocês! Deixem-me ir agora!

Seikiakko:

- Não. Você não pode, garota!

Toguro fica irritado e transforma seus braços queimados em duas grandes espadas e avança contra ela.

Toguro:

- Agora você vai ver o que é dor!

A garota, desta vez, não se assusta. Dá um passo para trás e a pedra no dorso da sua mão brilha, emitindo um novo poder.

- Flecha de Fogo!!

Vários raios flamejantes saem da pedra vermelha, como realmente flechas de fogo e antes que o homem chegue muito perto, estes raios o perfuram e o queimam, atravessando-o

- AAAAAAAAAII! QUE É ISSO?!

Toguro olha para os buracos no seu corpo horrorizado. Ouve um barulho de fogo. Olha para trás e vê que os raios estão voltando.

- NÃÃO!! - exclama ele, escandalosamente.

Porém é tarde e os raios voltam, perfurando-o, por novas partes do corpo.

- AARGH!! - ele berra, antes de cair, fumaçando, inerte no chão.

Os raios voltam à pedra na mão de Lucy, que está com um semblante sério.

Lucy:

- Eu já fiz Zefir sofrer muitas vezes, quando eliminei Esmeralda, quando trouxe Nova a existência. Eu não quero mais trazer mal a Zefir! Não quero e não vou! Não vou! - diz ela, com os olhos umedecidos.

Seikiakko:

- Parabéns! Sua força de vontade tornam-na mais forte. Mas é uma pena! Esta Zefir terá que acabar e as circunstâncias facilitaram que você me ajudasse. Poderia ser uma de suas amigas, também.

Sete homens saem da penumbra. São os Sete Suzakos e dizem:

- Deixe que nós daremos uma lição nela.

- Não! - berra Toguro, que mesmo com todos os buracos calcinados no seu corpo, levanta-se - Quem vocês pensam que eu sou? Eu posso tortura-la sozinho!

O corpo do homem começa a se reconstituir sozinho. Os buracos se fecham e as queimaduras somem.

- AH, AH, AH, AH!! Não há como me vencer, garota! Meu corpo é como um chiclete. Os únicos órgãos vitais que tenho são o coração e o cérebro e eu posso fazer eles mudarem de posição por todo o meu corpo. Eu sou imortal!!

Lucy espanta-se com a revelação.

Ele estica seus braços em direção a ela, com as unhas compridas e pontiagudas desta vez.

Porém a Guerreira Mágica invoca sua espada e decepa ambos os braços de Toguro.

- AAAIII!! Você está me fazendo sentir dor! Eu odeio isso! - diz o aleijado - Eu odeio você!! Eu fui salvo do sofrimmento eterno sendo trazido a Zefir! E vou compensar a ajuda!

As veias dos braços decepados do homem começam a se mexer e a alongar-se, até chegarem aos cotocos que ficaram no corpo de Toguro e assim os seus membros se reconstituem novamente.

Lucy pasma:

- Que tipo de criatura é você?!

Toguro:

- Um bem superior a você! AH, AH, AH, AH! Prepare-se que...

Seikiakko:

- Chega! Isto está demorando muito! Eu vou adiantar!

A mulher adornada começa a emitir uma área poderosa, que assusta a todos ali dentro.

O psicopata lança seus braços em direção à garota, novamente.

Lucy move sua espada novamente para defender-se, mas seu golpe pára a meio caminho, seus músculos não obedecem. Estão imóveis. Ela fica paralisada.

Consegue mover os olhos e vê que Seikiakko está com a mão aberta, enviando uma espécie de força brilhante.

Neste momento os braços elásticos de Toguro não tem empecilhos e tornam-se espinhentos, e assim enrolam-se outra vez no corpo da garota, perfurando sua pele até o pescoço.

Com expressão sádica Toguro diz:

- Ah, ah, ah, ah! Que pena! Está sentindo a mesma dor que senti quando usou seu poder, mas você não pode se reconstruir como eu! Ah, ah, ah, ah!

As mãos de Toguro, tornam seus indicadores pontiagudos e espetam o pescoço da garota, que nada pode fazer a não ser sentir as dores.

Toguro:

- Se eu quiser, posso estourar sua jugular agora! Seu gênio está vendo isso?

 

No castelo de Cristal:

Priscila:

- Garota, eu não entendi porque você mudou de idéia tão repentinamente, mas Zefir agradece sua ajuda.

As duas e outros acabam por entrar no quarto das armas, onde Sandhye toma um grande susto.

- O... o homem... e... está...con...gelado! - exclama a mocinha, apontando para Lantis, no gelo.

Priscila:

- Menina, por favor, vamos explicar isso mais tarde. Por favor, concentre-se, para que uma arma a escolha.

Sandhye:

- Concentrar...?

A garota, ainda que tremendo, fecha os olhos por uns instantes, mas seu medo e curiosidade a fazem abrir um dos olhos, para ver Lantis congelado.

- Será que seu eu falhar, vou terminar como ele? - ela pensa.

Anne:

- Ei menina! Se você não se concentrar direito, não conseguirá a arma!

Sandhye:

- Tá. Desculpe.

Sandhye volta a se concentrar, à vista de todos ali. Ela parece ter finalmente acalmado sua alma por dentro. De fato, finalmente acalmou-se.

Priscila reveza o olhar para a Quarta Guerreira e para as inúmeras armas expostas no quarto e das quais não vê nenhuma mover-se, apesar do tempo estar passando.

Marine já está com um olhar entediado; Shurato havia sentado-se no chão e já boceja; Yusuke havia recostado-se à porta; Anne ajeita seus óculos; Askot está quase dormindo de pé, mas desperta. Todos vendo o tempo passar, e nada.

As únicas que permanecem atentas são Priscila e Sandhye, até que a garota cansa e desabafa:

- Ai! Quanto tempo demora isso?

Priscila aborrecida:

- Garota, se concentre! Assim nunca vai conseguir!

Sandhye:

- Eu juro que estou concentrada!

Priscila:

- Sandhye, afinal com que arma você tem mais habilidade? Espada, arcos ou o que?

Sandhye:

- Precisa ter, é?! Nunca toquei numa arma em toda minha vida!

Todos ali ficam pasmos.

Marine estoura:

- Não é possível que você tenha sido escolhida Guerreira Mágica, se não tem habilidade com nenhuma arma! Que esporte você faz?

Sandhye responde baixinho:

- Nenhum.

Todos pasmam-se de novo.

Anne analisa:

- Temos um problema aqui. Geralmente temos uma habilidade básica.

Priscila:

- Tudo bem, o que deve ser feito agora é que Sandhye vá à fonte eterna para trazer o mineral Escudo, para que eu lhe faça uma arma.

Marine:

- Ficou doida, Priscila? Para que fazer arma pra ela, se ela não vai saber usar?!

Priscila:

- Ora, ela ainda tem a magia para despertar, além disso você pode ensina-la a usar a espada.

Marine fica chocada por um instante com a sugestão, mas logo que a assimila, olha para a menina e diz:

- Não é tão má idéia! - e pensa - Eu, uma mestra?! Legal!

Sandhye engole em seco, assustada.

Leiga aproxima-se:

- Eu e Shurato podemos dar uma carona para chegarem mais rápido lá, não é, queridinho? - diz, cutucando o amigo.

Shurato acorda bem sonolento:

Ah, sim, claro...mas claro o que?

Yusuke:

- Deixa que eu vou, pra acompanhar a gatinha.

Marine:

- Você não! Eu vou! Eu vou fazê-la uma Guerreira Mágica como eu.

Yusuke:

- Que azar, Sandhye! Você terá a pior de todas, como mestra!

Marine:

- Pior?! Eu não sou pior que a Lucy e Anne!

Yusuke:

- É melhor, então?

Marine, sem graça:

- Eu não quis dizer isso.

Yusuke, vendo a expressão dela, diz:

- Você fica lindona desse jeito sem graça! Falei de propósito, só pra te ver assim.

Marine:

- Ah, cai fora! - porém a Guerreira está com as bochechas vermelhas, com o comentário.

Priscila apressada:

- Bem, já está tudo resolvido. Vão logo!

Todos vão saindo da sala.

Marine, porém, ia sair, quando olha Askot parado, com o pensamento distante, no meio da sala e se aproxima dele:

- Askot, você está triste?

Askot, com voz triste:

- Por causa do que aconteceu com Lantis.

Marine:

- Askot, eu sei que é sobre seus sentimentos por mim, mas eu e Yusuke não...

Askot interrompe:

- E eu com isso, Marine? Desde a última vez que você veio deixou bem claro que não gosta de mim, da maneira que eu esperava, tem direito a gostar de quem quiser.

Askot sai do quarto entristecido, deixando-a sozinha ali.

- Askot. - ela murmura.

Depois, no salão do Guru Clef, Leiga e Shurato fazem os shakitis tomarem a forma de veículo.

Clef:

- Você tem certeza de que sabe o caminho até a fonte, Marine?

- Não tem problema. Se ela errar, tem eu para ajudar. - diz a fadinha Primera, que se aproxima e senta num dos ombros de Leiga.

Marine:

- Quer mesmo ir, Primera?

Primera:

- Claro! O Leiga é o único que me dá atenção, além daquele chato ali, de quem eu quero me livrar por umas horas.

Ela aponta o Mokona no chão. O bichinho decepcionado, abaixa as orelhas.

Sandhye:

- Isto aqui parece um mundo de contos de fadas.

Shurato:

- Pode subir, Sandhye. E se segura em mim, ok?

A garota sobe no shakiti de Shurato.

Leiga, por sua vez, dá carona para Marine, que sobe no veículo mágico.

Leiga:

- Então, fomos!

O shakiti de Leiga parte voando pela janela.

O veículo de Shurato sai atrasado, apavorando a carona.

- Espera pela gente! Vocês é que sabem o caminho! - diz o guardião celestial.

Priscila:

- Lá vai mais uma candidata a Guerreira Mágica. Tomara que seja bem sucedida e tomara que Lucy e Esmeralda estejam bem.

Clef:

- Sinto que estão bem.

 

Na caverna obscura, sons secos de tapas contínuos, são ouvidos.

A Guerreira Mágica do Fogo está tendo a cabeça virada de um lado para o outro sob os tapas que as mãos de Toguro lhes desfecham seguidamente. O corpo da garota, sendo apertado por espinhos, fazem-na sangrar cada vez mais. Uma poça vermelha já se forma no chão, enquanto o sádico mutante zomba:

- Ah, ah, ah! Vamos, garota! Sua pele toda está da cor do seu cabelo! Será que não tem ninguém para ajuda-la?

- Tem sim. - diz uma voz, ao fundo da caverna.

A silhueta da armadura de Cisne é vista se aproximando.

Toguro:

- Hum? Você é...?Não me lembro.

Hyoga:

- Apresentações não interessam! Largue-a agora!

Com o que sobra da consciência de Lucy, ela identifica o Cavaleiro e diz em fraca voz.

- Hyoga, você veio?

Hyoga:

- Lucy, use sua energia, por favor!

A Guerreira esforça-se para emitir sua energia de calor.

- PÓ DE DIAMANTE!!

O Cavaleiro atira seu poder contra o mutante, que fica pasmo com o ataque gelado, o qual quando o atinge, cobre em segundos todas as extensões de seu corpo por uma camada de gelo, inclusive os braços, porém Lucy não é congelada por causa de sua magia.

Cisne, com um soco, estilhaça os braços do inimigo, que transformam-se em pedrinhas congeladas, que caem pelo chão.

O Cavaleiro de Cisne a segura pelos ombros:

Hyoga impressionado:

- Você está muito ferida. Eu vou tira-la daqui.

Lucy:

- Cuidado. Aquele homem, ele pode...

Hyoga olha para Toguro, porém vê que o gelo no formato do corpo do homem ainda está ali, mas o conteúdo parece ter sumido do gelo.

- O que?! - exclama Cisne.

Assustado, o Cavaleiro sente algo abaixo de si. Olha para baixo e vê o rosto de Toguro espalhado pelo chão, como se fosse uma poça de lama.

- Que monstro é você? - mal tem tempo de exclamar Cisne, que logo é atingido por quatro espécies de dedos pontiagudos, que saem da massa do chão, perfuram seus braços e pernas e o erguem a grande altura, como um boneco.

- Ah, ah, ah! Agora morra, seu intrometido!

O rosto de Toguro no chão toma a forma de uma broca ou um parafuso e ergue-se, avançando contra o abdome do Cavaleiro, bem exposto ao ataque.

Cisne olha pasmo a broca aproximando-se.

A broca de repente é envolta em chamas e antes de atingir o inimigo cai queimada e gritando de dor.

Havia sido Lucy, que ainda está com o braço erguido, indicando ter atacado.

Mesmo com pulsos e tornozelos perfurados o Cavaleiro faz seu cosmo gelado aflorar e congelar os dedos que o seguram, arrebentando-os e logo após cai em direção do chão, estirando seus braços e atacando.

- TROVÃO AURORA!!

O ar congelado avança contra a massa disforme que ainda está a pegar fogo e a envolve com gelo.

E ainda no final da queda até o solo, com um soco vertical atinge o ser congelado despedaçando-o, e várias pedrinhas de gelo com pedaços de Toguro espalham-se pelo chão.

Lucy fica aliviada:

- Acho que você conseguiu.

Suzako tenta adiantar-se, vendo que o companheiro fôra derrotado.

Seikiakko:

- Espere Suzako, sua função não é lutar aqui.

Hyoga ajuda a Guerreira a caminhar para fora da caverna, apoiando-a em seu corpo.

De repente eles vêem sair do chão à sua frente Toguro novamente, mas até o tórax.

- Não, não acabou! Eu sou imortal! Ninguém me destroi completamente.

Hyoga olha para trás e vê que vários pedacinhos do corpo de Toguro já haviam deixado as pedras de gelo.

Hyoga pensa:

- Ele escorreu do gelo porque havia buracos nas pedras. - Morram! - diz irritado, Toguro, e seus braços novamente tornam-se agulhas imensas, que aproveitam a proximidade dos inimigos e os perfura, atravessando-os.

Lucy e Hyoga apenas gritam de dor.

- Ah, ah, ah, ah, ah! - ri, sarcástica e escandalosamente, o mutante demônio.

Os dois amigos ficam praticamente em pé, só por causa dos dedos de Toguro que os mantém suspensos, pois se não já deveriam ter caído.

Lucy com voz fraca:

- Hyoga! Obrigada por vir me ajudar. Mas não podemos parar aqui!

Hyoga:

- Isso mesmo, Lucy! Sairemos daqui.

Toguro irritado:

- O que? Ah, ah, ah, ah, não me façam rir!

Para piorar, o mutante faz com que espinhos se desenvolvam em torno de seus dedos, já atravessados nos dois, naturalmente ferindo os dois indescritivelmente por dentro do corpo.

Apesar disso, Hyoga força seu corpo para a frente, rasgando-o mais ainda e pode assim ter Toguro ao seu alcance.

Toguro zombeteiro:

- O que vai fazer? Me congelar de novo? - demônio mostra a língua para Hyoga, a qual estica-se, a ponto de dar um tapa na cara de Cisne com ela.

Hyoga, neste momento, usa seus dedos indicadores e com um golpe fura os lados do pescoço do inimigo com eles.

- Isso mesmo! Vou congela-lo. Só que por dentro.

O cosmo de Cisne percorre seu braço até penetrar nas veias do pescoço de Toguro.

O demônio vai tendo sua língua mudada para a cor azul, bem como seus globos oculares e cabelos. Logo os dedos dele tornam-se sólidos suficientes para serem quebrados. Ele vai perdendo os movimentos até ficar estático.

Hyoga quebra os dedos congelados que prendem ele e Lucy.

Lucy:

- Ele disse que só morreria tendo o cérebro ou o coração atingidos.

Hyoga assimila a dica e soca a cabeça de Toguro, que despedaça-se pela caverna mal iluminada.

Hyoga:

- Não é aqui.

Hyoga repete o golpe no tórax, e seu soco cria um grande rombo no corpo sem cabeça e deste rombo sai o cérebro de Toguro, por suas costas.

Hyoga:

- É aquilo ali. Mas se eu o esmagar, ele se remontará, mas se eu...

O Cavaleiro de Cisne ergue o braço para o alto e uma luminosidade sai da ponta de seus dedos e envolve o cérebro solitário, que termina congelado num bloco de gelo, assim como Lantis ficou.

- Sem seu cérebro o resto do corpo jamais se reconstituirá. - diz Cisne.

Cisne, com ódio, chuta o bloco de gelo para fora da caverna.

À saída da caverna o bloco passa voando da visão dos olhos de Hiei que está ali recostado escondido. O demônio vê o cérebro do inimigo ir parar longe, no chão, quase desértico, escorregando por metros do chão estéril, caindo enfim por uma fenda aberta no solo pelos seguidos terremotos.

Cisne e Lucy se ajudam a sair do local. Repentinamente sentem seus corpos paralisarem.

Seikiakko:

- Não esqueçam que estou aqui.

 

No castelo de Zefir

Seiya, neste momento, entra no pátio do chafariz, onde ainda pode se encontrar plantas bem verdes e água límpida. Ali muitas pessoas do povoado estão abrigadas outra vez, como há algum tempo atrás.

O Cavaleiro entra ali e vendo aquelas crianças brincarem com as pequenas borboletas multicores que sempre voam, ao aproximar-se o faz lembrar das coisas de sua infância, sem pai, nem mãe, nem tanta beleza ao redor, em comum apenas o fato das crianças conseguirem sorrir e gargalhar, apesar dos problemas que os cercam, e de ter tido na infância amigos que seriam eternos.

- Lembra os velhos tempos, não é Seiya? - diz Shiryu, que chega junto a ele.

Seiya:

- É exatamente nisso que eu estava pensando, Shiryu.

Os dois Cavaleiros vão andando pelo lugar e avistam Kurama fazendo agrados às crianças.

Kurama pergunta a uma garotinha:

- Que cor você quer?

A garotinha responde, empolgada:

- Azul! Azul! Azul!

Kurama apresenta um botão de flor vermelho fechado para a criança, que fica decepcionada, mas logo a flor abre-se na mão de Kurama, revelando grandes e inúmeras pétalas largas, de pontas arredondadas e de um azul céu magnífico.

- Obrigada, obrigada! - diz a garotinha pegando a flor e afastando-se.

Várias crianças aproximam-se de Kurama, pedindo:

- Eu! Eu agora!

- Eu! Quero uma flor maior que eu, tá legal?

Kurama fica um tanto sem ação por tantos pedidos.

Seiya observa mais ao longe que não só crianças ganharam flores de Kurama, mas algumas moças carregam buquês de flores lindas criadas pelo rapaz e elas o admiram, conversando entre si no canto do jardim.

Seiya:

- É, esse poder de Kurama ajuda-o na hora de conquistar garotas.

O Cavaleiro de Pégaso então avista um homem do povo, carregando um instrumento musical, algo com o formato semelhante a um violão, bem como o mesmo número de cordas.

O homem está recostado, sentado no chão, à beira do chafariz no pátio; não parece estar muito interessado em usar aquele objeto no momento.

Seiya, notando isso, aproxima-se e fala:

- Senhor, você poderia me emprestar seu violão?

- Meu... o que? - diz o homem, não compreendendo a palavra.

- Esse seu instrumento musical. Você permite que eu o toque?

O homem receia, por um instante, mas fala:

- Pega então, mas tome cuidado. É uma lembrança do meu bisavô. Por isso o trouxe para cá.

Seiya:

- Pode deixar; muito obrigado.

Pouco depois Seiya, senta-se à borda do chafariz e começa a tocar o violão. Ele, bem como Shiryu, passavam despercebidos, pois não estão usando suas chamativas armaduras. Agora o som do instrumento começa a chamar a atenção de todos ali.

O instrumento é conhecido por aquela gente, porém a melodia tocada por Seiya é diferente das que já haviam ouvido. Dava uma sensação de antigüidade, de tempos esquecidos.

Logo, curiosos começam a rodear o Cavaleiro, encantados com a música.

Seiya começa a lembrar a letra da melodia, mas não ousa cantar. Sabe que não tem um bom timbre de voz para isso.

Curiosa, uma mulher pergunta a Shiryu:

- Onde ele aprendeu a tocar está música tão linda?

Shiryu:

- Num lugar chamado Grécia.

- Nunca ouvi falar. - diz a mulher.

Neste momento, atraída pelo som melodioso, a Guerreira Mágica de Windom entra no pátio do castelo.

- Que música linda! Nunca a tinha ouvido!

A garota de olhos verdes entra curiosa e vê aquele grupo de pessoas formando uma meia lua ao redor do chafariz, ocultando de seus olhos o que assistiam.

Ela então aproxima-se mais e, ficando na ponta dos pés vê, por cima dos ombros de duas pessoas, localizando o artista. É Seiya.

Muito sem graça, ela afasta-se e tenta sair de fininho, quando um grupo de crianças grandinhas a cerca.

- Tia Anne! - berram várias delas, felizes.

Anne fica assustada. Afinal não gostaria de ser vista ali.

O barulho das crianças é tão grande, que Seiya pára a música a fim de olhar e logo vê Anne ali.

- Por favor, canta pra gente, tia Anne! - pede uma criança.

- Canta junto com o tio, ali, por favor! - pede outra.

Anne, sem graça:

- Mas crianças... agora eu não posso! Tenho que ir a um lugar.

- Ah, por favor! - insiste mais outra criança.

Seiya:

- Por favor, façamos isso por estas pessoas que passam por momentos tão difíceis e precisam de uma alegria.

Anne pensa um pouco e diz:

- Está bem.

A Guerreira Mágica senta-se perto de Seiya.

Seiya:

- Vou tocar uma música japonesa. Se você não souber a letra, me avise.

Seiya então começa a tocar o instrumento de cordas. Uma música diferente da anterior, mas não menos melodiosa.

Anne logo recorda-se de que música se trata e, no momento correto, começa a cantar. Sua bela voz feminina pronunciando cada sílaba, com suavidade.

A dupla torna a música uma coisa linda de se ouvir. Todas aquelas pessoas ficam deveras encantadas com o que ouvem. Até as crianças mais irrequietas param para ouvir os sons harmoniosos.

Kurama também encantado com o talento dos amigos, resolve incrementar e espalha no ar inúmeras pétalas de flores de cerejeira, dando um ar fantasioso ao ambiente.

Aqueles minutos são de extrema calmaria na alma do povo que haviam perdido suas casas e correm o risco de perderem seu mundo.

Ao terminar a primeira canção, o povo aplaude e exclama palavras de lisonjas, felizes.

Seiya dá um singelo sorriso para Anne e ela retribui da mesma forma.

- Mais! Mais música! - pede o povo, feliz.

Seiya:

- Tudo bem?

Anne:

- Sim.

Novas notas musicais são emitidas pelo violão de Seiya.

Logo a Guerreira completa com sua bela voz.

Outras pessoas do castelo, como Caldina e Rafaga ouvem a música que se espalha pelos corredores e chegam até o pátio, percebendo a inusitada dupla.

Porém nenhum deles interfere. Pelo contrário, param para ouvir também.

 

De volta à sombria caverna.

Seikiakko usa sua magia e um brilho em torno de Cisne o faz ficar suspenso no ar, sentindo uma dor contínua.

Livre da magia da mulher, Lucy assiste o Cavaleiro sofrer sem parar, a tal energia, que parece o estar queimando a pele.

- Pare! Pare! Nunca vi tanta violência na minha vida inteira do que houve aqui! - berra Lucy.

Seikiakko:

- Salve-o! Invoque seu gênio!

Hyoga:

- Não faça isso! A A A R GH!!!

Novos rompimentos surgem na pele do Cavaleiro; a armadura começa a expor rachaduras.

Lucy enche-se de fúria, ergue seu braço com a pedra e ataca:

- FLECHA DE FOGO!!

Os raios flamejantes disparados por ela vão contra o ex-núcleo de Zefir, porém desmancham-se ao tocarem sua pele, nem lhe causando mínimas queimaduras.

Seikiakko:

- Não seja tola! Eu quero fazer de Zefir um lugar para por fim ao sofrimento eterno!

Lucy, porém pega sua espada novamente e avança contra a mulher.

- Iáááááá!!! - grita Lucy golpeando-a, porém a espada da Guerreira é repelida e arremessada longe, pela força invisível que recobre Seikiakko.

A mulher sinistra ataca com seu poder a já ferida Lucy, que é envolta pelo brilho por uns instantes, até que mais feridas surgem em sua pele e ela cai no chão do local.

Do lado de fora da caverna, Hiei discretamente parece assistir tudo com grande tranqüilidade. Algo, porém, lhe tira a concentração e ele pergunta:

- Que faz aqui, Botan?

A garota deusa, de quimono rosa e flutuando num remo voador, está junto a ele; acabara de chegar e seus olhos apresentam grande tristeza, lacrimejantes.

- O que você acha, Hiei? Eu estou aqui porque estou prestes a levar os dois! Lucy e Hyoga estão morrendo!

Hiei friamente:

- Então tenha um bom trabalho.

Botan, indignada:

- Por que você não os ajuda, Hiei? Por que veio até aqui?

Hiei:

- Meu acordo com Koema já foi cumprido! Não tenho nada a ver com esse problema de Zefir! E estou aqui porque gosto de ver essas coisas, você sempre soube disso.

Botan triste:

- Pensei que você tinha mudado.

Hiei:

- Porque é idiota, como eles.

Botan enxuga uma lágrima de desilusão.

 

No pátio do Castelo.

O casal acabou por formar uma dupla que agradou imensamente as pessoas. Quando pensavam em parar, todos pediam para que continuassem e acabaram, por fim, ficando ali por mais tempo do que imaginavam.

Pelo menos nesse instante Anne e Seiya parecem se entender.

Os dois finalizam mais uma música; novamente lisonjeados por todas aquelas pessoas, porém desta vez uma voz corta a cadeia de elogios com uma frase áspera:

- Isso tudo é uma hipocrisia! Uma falsidade!

Do meio das pessoas surge a assustadora mulher de negro.

Seiya sente a espinha gelar. Anne fica pasma.

A mulher de negro chega até Seiya, toma-lhe o instrumentos musical e o arremessa no chão, partindo-o ao meio.

- Não!! - grita Seiya.

- Seu maldito! Fingido! - rebate a mulher.

Seiya:

- Por que você o quebrou?

Mulher de negro:

- Porque desde que ela chegou, ela queria fazer isso! - volta-se para Anne - É isso que você queria! Por que não o fez? Por que está sendo amiguinha de quem matou nosso amado Ferio?

Anne:

- Meus Deus! Quem é você afinal?! Como se chama?

Mulher de negro:

- Eu já disse! Eu sou Anne! Sou você! Sou a parte do seu ser que quer realizar seus desejos.

Anne põe a mão na cabeça:

- Não pode ser!

As pessoas assistem a tudo aquilo perplexas.

Seiya:

- Me deixe em paz! Todas as pessoas erram!

Mulher de negro:

- Mas eu não sou Deus pra perdoar! E você vai pagar pela vida de Ferio!

Ela levanta suas espadas de energia.

Anne:

- Suma daqui! Suma!

Mulher de negro:

- Só depois de matá-lo.

Anne invoca seu poder e ataca:

- TEMPESTADE VERDE!

A magia da garota atinge a mulher, que é carregada pelo vento, para um local distante do pátio, mas ainda no ar, a mulher diz:

- Você é hipócrita! Eu existirei, enquanto este desejo existir em seu coração! Seiya morrerá, morrerá! Por Ferio!

A mulher desaparece e todo o clima de sossego no local também.

Seiya pega o objeto quebrado e o estende ao dono:

- Me perdoe por isso.

O homem o olha com rancor e diz:

- Assassino! Você que matou o príncipe Ferio! Se soubesse não teria deixado você encostar um dedo nesta minha herança.

Shiryu tenta acalma-los:

- Esperem! Não é bem assim...!

- Fora do castelo! Fora de Zefir! - alguns adultos começam a atirar pedras em Seiya. As crianças afastam-se.

Seiya sente muita tristeza no coração e, sem dizer mais nada, levanta-se e deixa o pátio.

Kurama:

- Seiya! Espere!

Mas ele não quer ouvir.

 

Na imensa caverna.

Seikiakko, preocupada com aqueles dois quase mortos na sua frente, pensa:

- Maldita garota teimosa! Ambos vão morrer, se ela não invocar o tal gênio!

Seikiakko usa de seus poderes e uma rachadura abre-se e corre, ficando cada vez mais comprida pela parede rochosa, e em seguida, por razão disso, uma rocha imensa desloca-se da parede sobre o Cavaleiro de Cisne, que, com um soco, arrebenta parte dela; porém por já estar debilitado, não consegue impedir que o restante lhe caia sobre o seu corpo.

Mas novas rachaduras vão surgindo na parede e novos pedregulhos rolam.

Hyoga:

- Lucy! Me deixe morrer, mas não invoque o gênio! Lembre-se que eu congelei Lantis... eu o tirei de você!

Lucy:

- Mas você o fez por Zefir! Para salvar esta terra! Sei o que você sente em ter feito isso.

Cisne começa a ser soterrado por várias pedras que o vão atingindo violentamente.

Hyoga em dores:

- Deixe-me morrer, Lucy! Não faça isso!

Lucy pega sua espada, seu sangue pinga pelo cabo, suas lágrimas lavam-lhe o rosto ensangüentado:

- Eu não sei o que faço! Não sei!

Hyoga:

- Não! Lucy!!

Lucy:

- Ninguém vai morrer mais! Ninguém!

Ela ergue sua espada e grita:

- RAYEARTH!

Logo seu corpo suspende-se no ar e em segundos encontra-se dentro do gigantesco gênio, que surge no local. Porém, apesar de sua grande estatura o altíssimo teto lhe permite que fique em pé.

Rayearth, obediente a Lucy, usa sua enorme mão, retira as pedras de cima de Hyoga e resgata-o em sua mão.

Seikiakko sorri, vendo o imenso gênio:

- Muito bem! Rayearth! Seja pai de uma nova espécie!

Os cabelos da mulher se erguem como por energia eletrostática. Seus olhos brilham assustadoramente e a aura em volta de si torna-se dez vezes superior a já apresentada anteriormente.

Ela ergue uma de suas mãos.

O gênio sente-se paralisado, e uma energia é emanada de todo seu corpo para a mão de Seikiakko, como se ela fosse um pára-raios.

Com a outra mão ela aponta para as quatro criaturas que ali estão e desvia a energia recebida em direção a elas.

Então os animais que estavam parados, começam a se mover, mas sem sair do lugar.

Lucy também sente que sua energia está sendo drenada, assim como a de Hyoga, por estar nas mãos do gênio.

Seikiakko comemora:

- Acumulem força e magia, criaturas! Vocês serão os novos grandes seres mágicos que cuidarão do novo mundo que surgirá sobre Zefir!

Então, Lucy, com sua força, vida e energia se esvaindo, só tem tempo para gritar:

- Eu não quero ser a causa do sofrimento de Zefir de novo! Não, por favor! Eu quero o bem desse povo! Mas... nunca consigo ajuda-los de verdade! Nunca! Por que??

Com a alma ferida mais que o corpo, Lucy sente-se usada para trazer tristeza a Zefir, mais uma vez e desta vez, talvez, bem pior que antes.


Capítulo 19

Capítulo 17

Index

Hosted by www.Geocities.ws

1