Last Land

Primeiro Dia - Transmigrados e Desorientados

Capítulo 1: Chegadas Inesperadas


Em Zefir, depois que as Guerreiras Mágicas restabeleceram a sua paz, voltou a tornar-se a bela terra que era antes, porém apesar disso, a ausência das três garotas deixou saudades no coração daqueles que lhes eram mais próximos no tempo em que passaram neste mundo.

No pátio que há dentro do castelo de Zefir, Lantis como de costume, deixa-lhe pousarem nos ombros e na mão, os pássaros que vivem lá, enquanto pensa:

- Lucy, abolir o núcleo foi o melhor que poderia ter feito, apesar de que isso me afastou de você, mas se tivesse ficado como núcleo, jamais poderia amar alguém.

Em uma sala do castelo, Ascot assiste uma de suas esquisitas criaturas a varrer o local; essa criatura é baixinha, tem o corpo arredondado, braços e pernas compridos e finos, orelhas compridas e pontudas e meio amassadas; tem pés também pontudos e enrolados nas pontas; esses detalhes lhe dá uma aparência de um bobo da corte e, sorridente, vai varrendo o salão, enquanto seu dono recosta-se sobre macias almofadas.

Ascot:

- Por que eu? Se posso pedir que meus amigos façam isso!

Então, de repente, entra Caldina gritando:

- Ascot! Outra vez!

Ascot reclama:

- Aaah, Caldina! Isso cansa muito.

Caldina:

- Ora Ascot, você não pode ficar mandando suas criaturas fazerem tudo, e além disso, se você conseguir um pouco de músculos, talvez a Marine goste de você.

- Só fala isso porque sabe que ela nunca mais vai voltar.

Caldina pega a vassoura do bicho e entrega a Ascot:

- Pode ser, mas tem que cumprir suas obrigações.

Ascot suspira desanimado.

Repentinamente entra Ferio assustado na sala:

- Vamos ao Guru Clef, ele está tendo pressentimentos.

- O que? Vamos Ascot! - diz Caldina.

Puxa o garoto pelo braço, quase o derrubando e corre atrás de Ferio, que, por sua vez, corre para o salão de Clef.

Deixado sozinho na sala, a criatura emite um som de surpresa:

- Mr. Mime?!

Não que este som signifique algo para a linguagem humana, mas para algum da espécie da criatura, deve significar algo como:

- O que está havendo?

Ao chegarem, já estão todos os castelões lá e no fim da sala está Clef ajoelhado, com a mão na cabeça e Priscila pergunta-lhe:

- O que está sentindo, Clef?

- Um energia estranha, diferente da Debonner está surgindo em Zefir. - responde.

- É boa ou ruim? O que ela está causando?

- Não sei, apenas noto sua presença.

 

Enquanto isso na Grécia, há a cerimônia de reestruturação do santuário, onde Atena (Saori) coloca cavaleiros substitutos para aqueles que morreram durante as batalhas do passado.

Neste momento estão todos os cavaleiros ao redor da casa de Sagitário, onde Saori prepara-se para dar a Seiya, o lugar de Aiolos. Os dois estão cercados por um círculo de cavaleiros que lota o lugar.

- Seiya, por sua dedicação, coragem e força, eu o tornarei o cavaleiro de Sagitário; esta honraria você já merecia há muito tempo, pois a armadura já provou o aceitar várias vezes; estenda as mãos. - fala Atena.

Seiya, ajoelhado diante dela, obedece.

Saori entrega ao jovem o arco e flecha dourado do signo.

Ele ainda veste a armadura de Pégaso e carrega em suas costas a caixa dela.

- Agora, por favor, nos concentremos por alguns momentos para a consagração. - diz a deusa.

Todos obedecem e fecham seus olhos.

Depois de alguns segundos, Shaka, que tem maior percepção pois nunca abre os olhos, grita:

- Seiya!!

Logo após ouve-se uma pancada. Todos abrem os olhos e vêem apenas a caixa da armadura de Pégaso no chão; Seiya, assim como o arco, haviam sumido.

- Seiya! - grita Atena, assustada.

- Para onde foi? - indaga Hyoga.

- Ele não se locomoveu! - afirma Shiryu - Seu cosmo desapareceu de repente!

Shun vira-se para o lado perguntando:

- Irmão, você viu...

Logo nota que seu irmão havia sumido e berra:

- Ikkiiiiii!

 

Neste mesmo instante em Tóquio, Yusuke e Kurama estão num fliperama e Yusuke desafia:

- Ei Kurama, duvido me vencer no Street Fighter.

- Não vim para isso; eu vim te avisar que Koema está nos chamando.

- Aah, qual é?! Só uma partida rápida! - diz Yusuke.

- Está bem, mas não vamos nos demorar.

Kurama escolhe Ken e Yusuke, Ryu e começam a jogar.

Yusuke que iniciou a partida com ar de superioridade, vai ficando com expressão assustada e começa a transpirar, enquanto Kurama mantém-se sempre calmo.

No jogo Ken vence o round de perfect com um shoryuken de fogo de quinze hits.

- Não precisa se esforçar tanto. - fala Yusuke.

- Não me esforcei. - rebate Kurama.

- Mas ainda tem o segundo round! - replica Yusuke com cara de raiva.

Começa o segundo round e Urameshi de tão aborrecido, faz a alavanca de controle encostar na mesa a cada movimento e dá socos nos botões, enquanto seu adversário comanda o manche levemente e com as pontas dos dedos.

Na máquina Ryu só tem a metade da energia e dispara um Fire Hadouken no outro, o qual mantém sua energia intacta pois pula sobre a magia e acerta Ryu com um chute giratório.

Repentinamente, Yusuke e Kurama largam os comandos e desaparecem.

Dois garotos que os viam jogar olham-se por uns momentos e dizem:

- Ficha grátis!

Correm para o fliperama abandonado pelos dois.

 

No Mundo Celestial, no palácio da Árvore Celestial, a deusa Hakeshi aproxima-se de Leiga e diz:

- Leiga, quero que faça uma coisa.

- Claro, minha honorável deusa.

- Dê-me uma pena. - pede Hakeshi.

- Uma pena?! - diz surpreso - Está bem.

Entrega então uma das penas (que não se sabe de onde ele tira) para ela.

- Para que isso? - quer saber.

- Espera Leiga, vem ver.

Leiga acompanha a jovem deusa que anda até um tipo de salão de treino, onde Shurato dorme, fazendo seu Shakiti de travesseiro e chega a babar em cima dele.

Hakeshi chega perto e cutuca o ouvido de Shurato com a pena.

Shurato acorda, enfiando o dedo no ouvido, para coçá-lo.

- Seu preguiçoso, como quer defender o mundo celestial desse jeito? - repreende-o Hakeshi.

Leiga:

- Nem o tempo o faz mudar, não é Shurato?

Shurato meio zonzo, reclama:

- Leiga! Pára de me encher!

- Calma, queridinho, você sempre acorda nervoso, é?

- Você é um dorminhoco, Shurato. - diz Hakeshi.

- Além de comilão e teimoso. - completa Leiga.

- Aaah! Por que não some daqui?

Leiga então desaparece e Shurato fica olhando com cara de bobo para onde estava o amigo.

- O que fez, Shurato? - pergunta Hakeshi.

- Eu...? Nada! - responde confuso.

 

Em Zefir, Clef continua tendo pressentimentos, quando então levanta-se, dizendo:

- A força estranha! Fez convocações para Zefir. Muitas pessoas surgiram em nosso mundo.

- Como assim, Guru Clef? - quer saber Priscila.

- Alguma força igual ou até maior que a da nossa Princesa Esmeralda trouxe gente de outro lugar para Zefir, não sei quem é a força e nem os convocados, nem onde estão, mas são muitos!

Pela janela, então, entra uma criatura alada de Ascot, semelhante a um furão, com asas de morcego, a qual chega a seu ouvido e lhe comunica algo, e Ascot fala:

- Ele está dizendo que viu gente estranha em dois pontos de Zefir.

- Devemos ir ver quem são eles! - diz Rafaga.

Ferio:

- Não. Fiquem você e Caldina para defender Clef. Eu, Ascot e Lantis nos dividiremos à procura deles.

Ferio, Ascot e Lantis saem do salão.

O Guru Clef volta a sentir algo.

Priscila pergunta:

- E agora?

- As convocações continuam. - explica Clef.

 

Em uma área de Zefir, Seiya e Ikki ficam tentando entender onde estão:

- Mas que lugar é este? - pergunta Seiya

- O mais importante é saber quem nos trouxe aqui. - responde Ikki.

 

Num local próximo estão Máscara da Morte e Afrodite, que também foram convocados.

- Eu estou vivo novamente! Eu sabia que algum deus tomaria consciência e não permitiria que a criatura mais bela que já existiu, fosse decomposta pela terra, como se fosse um mortal qualquer. - fala Afrodite.

- Olhe ao seu redor Afrodite! Isto não é a Grécia! Por que estamos aqui? - diz Máscara da Morte.

- Isto não parece a Grécia mas combina com minha beleza. - diz Afrodite.

- Se eu voltei, realmente pra mim não importa, mais interessante é achar quem me fez sucumbir sempre! O maldito Shiryu!- Máscara da Morte fecha o punho com raiva.

 

Enquanto isso, em outro lugar da mata, Yusuke e Kurama estão tão confusos quanto os outros recém-chegados.

- E essa agora! Onde estamos? - diz Yusuke.

- Tóquio, não é? Veja! - responde Kurama e aponta para uma das rochas flutuantes com cristais fincados, que existem em Zefir.

- Ué! Como isso flutua? - exclama Yusuke, curioso.

- Vamos tentar descobrir onde estamos através disso; aproxime-se mais.

- Para que? - questiona, mas obedece.

Kurama joga sementes no chão e repentinamente surge um grande cipó, que enrola-se na cintura dos dois e cresce, carregando-os para o alto, até alcançarem a tal rocha voadora.

- Ô carinha cheio de truque que você é, hein Kurama? - diz Urameshii.

 

Durante a caminhada para o ponto indicado pela criatura, Ferio pensa:

- Bem que a Anne poderia ser uma dessas pessoas convocadas, quem sabe até seja, seria bom demais reencontra-la.

Neste momento Ferio encontra à sua frente depois de passar algumas árvores, Máscara da Morte e Afrodite e pensa:

- Que armaduras estranhas!

Os Cavaleiros de Ouro olham meio curiosos para Ferio, que diz:

- Como vão? - faz uma reverência e continua - Meu nome é Ferio. Gostariam de alguma ajuda?

- Ótimo, precisávamos de alguém para nos responder perguntas. - diz Máscara da Morte.

- Bom, talvez eu sirva. - diz Ferio.

Afrodite:

- Então comece com isto: onde estamos?

Ferio:

- Não sabem!? Estão em Zefir.

Máscara da Morte:

- Zefir! Por que estamos neste lugar idiota?!

Ferio:

- Peço que maneire suas palavras, porque Zefir é uma linda terra.

Afrodite:

- Lugar lindo sim, acho que o vou querer para mim. Assim vou flori-lo com minhas rosas. - diz, pondo uma rosa vermelha na boca.

Ferio intrigado:

- Como assim, vai querer pra você?!

Máscara da Morte contesta o companheiro:

- Por mim que tudo isto vá para o inferno, junto com Shiryu quando encontrá-lo.

Máscara da Morte vira-se com o olhar de raiva para Ferio e indaga:

- Como faço para voltar para a Grécia?! Responda ou eu o mato!

Ferio perdendo a paciência:

- Não sei o que é Grécia e não estou gostando do modo que estão agindo! Vou ter que usar minha espada para ensinar-lhes boas maneiras?

Ferio retira sua espada da bainha e a posiciona para uma luta.

Máscara da Morte fecha os olhos e diz ironicamente:

- Contra um Cavaleiro de Ouro? Seu idiota!

Afrodite:

- Se quiser morrer, pode vir.

Ferio:

- É mesmo?! São valentões? Então tá!

Ferio avança para atacar Afrodite com a espada, mas o Cavaleiro de Ouro com um movimento de cabeça, faz a rosa que segurava na boca ser lançada em Ferio, atingindo seu rosto e o derrubando.

Máscara da Morte:

- AH AH AH! Vamos embora.

Afrodite:

- Tem razão, não tem graça matar alguém tão fraco.

Ferio, com seu rosto ferido, começa a levantar-se, dizendo:

- Esperem!

Mas a rapidez dos Cavaleiros Dourados os fazem rapidamente desaparecerem da vista de Ferio, que acaba de se levantar apoiando-se na espada fincada ao solo e pensa:

- Que inimigos terríveis! Preciso vencê-los antes que causem problemas em Zefir.

Ferio volta a andar a procura dos dois, quando avista adiante, entre as árvores, Seiya e Ikki, pensa:

- Mais dois de armaduras estranhas! Devem ser companheiros dos outros.

Sente então sua visão meio turva, e dói a ferida no rosto, pondo a mão nela, murmura:

- Vou atacar um deles de surpresa e deixar só um para lutar homem a homem, assim terei a chance de vencer.

Ferio vagarosamente segura o cabo da espada com as duas mãos, preparando o golpe e avança silenciosamente para Seiya que está de costas e sentado no chão, atrás de uma moita.

Seiya está distraído riscando a areia com o dedo.

Ferio, já junto do Cavaleiro, levanta a espada para o ataque que quer que o faça vitorioso numa só espadada.

Ikki, olhando para a vasta mata e virando-se lentamente, fala:

- O jeito é parar e pens...Seiya! - grita ele ao avistar Ferio.

Ferio ataca com rapidez.

Seiya vira-se mais rápido ainda e vê a lâmina de Ferio já próximo de sua cabeça. E então num movimento veloz como a luz...

- Meteoro de Pégaso!

Os inúmeros ataques de Seiya sacodem o corpo de Ferio e jogam sua espada à distância e em pedaços. Cada meteoro que o atinge, leva uma parte de sua frágil vida.

Assim o pobre homem que não tinha a menor resistência para um golpe tão poderoso, já que estava entorpecido pela rosa, cai em estado lamentável no solo de Zefir, tingindo a areia com seu sangue.

Seiya vai observar quem é o inimigo.

Ferio agonizante diz:

- Não acredito! Foi rápido demais...! Anne! Anne!

Seiya aproxima-se e apoia a cabeça de Ferio em sua coxa e pergunta:

- Quem o mandou?

Ferio não liga para a pergunta de Seiya e apenas fala como se estivesse fora de si:

- Anne! Não queria morrer hoje! Queria vê-la mais uma vez, pelo menos antes de morrer...! Anne!

Ferio, em sua mente quase morta, só lembra de sua amada Anne e dos momentos de algum tempo atrás que passaram juntos em Zefir. Lágrimas se misturam com o sangue em seu rosto e ainda fala:

- Anne... eu... te amo... eu... quero vê-la ainda...!

Seiya assusta-se ao ver Ferio apoiando seus braços no chão, para tentar levantar-se novamente.

Ferio:

- Vou...ainda ver... Anne, Anneeeee!

Ferio vomita sangue, que salpica no rosto de Seiya e escorre pela sua face. E após isso seus olhos perdem o brilho da vida.

Seiya faz sua cabeça encostar no chão vagarosamente, e levanta-se olhando para quem acreditava ser um inimigo e pergunta ao outro cavaleiro:

- Por que será que ele me atacou? E quem é Anne?

Ikki:

- Estranho, ele não falava como uma pessoa mal intencionada.

 

No castelo de Zefir.

Clef estupefato:

- Ferio!

Priscila:

- O que tem o Ferio?!

Clef:

- Não o sinto mais, acho que ele...

Priscila:

- O que, Guru Clef?!

Clef:

- Morreu... Ferio está morto!

Priscila:

- Ferio?! - começam a encherem-se de lágrimas seus olhos.

Rafaga:

- Mataram Ferio?!

Caldina:

- Não pode ser! - diz chorosa, abraçando Rafaga.

Rafaga:

- Quem foi o maldito?

Clef:

- Infelizmente não sei quem fez isso. Rezem pela segurança de Ascot e Lantis.

Rafaga:

- Não podemos apenas rezar! Temos que fazer alguma coisa!

Clef:

- E faremos. Do jeito que as coisas estão indo em tão pouco tempo, eu decidi que nós precisamos dos Gênios.

Priscila:

- Então pensa em...

Clef:

- Isso mesmo, não queria expô-las novamente ao perigo, mas Zefir precisa que as Guerreiras Mágicas voltem.

Priscila:

- Mas como poderia comunicar-se com elas?

Clef:

- Se tivermos mais uma pessoa com aura poderosa como você e eu, poderemos faze-lo. Mas entre os integrantes do castelo não há mais um com aura suficiente, eu irei com você e os outros até Landover.

Priscila surpresa:

- Landover?!

Rafaga:

- Não pode ir conosco! Se acontecer algo com você no caminho, Zefir estará perdida! Nós o traremos para cá de qualquer maneira!

Clef:

- Não. Perderíamos tempo demais. De lá mesmo invocaremos as Guerreiras Mágicas.

Priscila:

- Mas Guru Clef!!

Clef:

- É a única saída, Priscila.

 

Em outra parte de Zefir, Leiga, voando no seu Shakiti, observa ao redor, comentando:

- Este lugar parece muito com o mundo celestial. - Olha, então, para uma das rochas flutuantes e diz - Sim, é Zefir! Estou no outro lado do planeta!

Então, com o seu veículo Shakiti, continua voando baixo.

Enquanto isso Lantis em seu cavalo voador e Ascot numa de suas criaturas mágicas, uma grande ave, sobrevoa Zefir, quando Ascot aponta para uma rocha flutuante e diz:

- Veja, aquela planta alcançou a rocha!

Lantis:

- Há algo estranho nisto.

Os dois levam seus veículos vivos em direção ao local.

Lá Kurama os observa e Yusuke já aponta o dedo para atacar, mas seu companheiro diz:

- Calma meu amigo, não sabemos se são inimigos.

Yusuke tranqüiliza-se, abaixa as mãos, falando:

- Tá certo, mas se forem inimigos, vão ter que agüentar as cacetadas que só Yusuke Urameshi sabe dar.

Ascot vendo os dois em cima do rochedo, fala:

- São os convocados.

Então as criaturas com os dois habitantes de Zefir pousam à frente dos intrusos.

Kurama:

- Quem os mandou? Koema?

Ascot e Lantis não entendem a pergunta.

Ascot:

- Quem é Koema? Só queremos saber porque estão aqui.

Yusuke meio irritado:

- Nós também queremos saber!

Kurama:

- Também não esperavam que nós aparecêssemos?

Ascot:

- Não. Então se eu levar vocês ao castelo, talvez o Guru Clef possa ajudá-los.

Kurama:

- Pode ser uma cilada.

Lantis fala com voz imperativa:

- Vocês tem que vir.

Yusuke:

- Ei grandão! Que estória é essa de tem que vir? Eu já acabei com um cara maior que você só com um tiro, tá sabendo?

Lantis o olha aborrecido.

Kurama fala com frieza:

- Está bem, nós vamos, mas se for cilada, nenhum de vocês vai escapar.

Ascot fica um pouco assustado com as palavras do cabeludo mas diz:

- Tá bom, tá bom.

Usa sua magia:

- Criaturas mágicas! Apareçam!

Surgem dois seres alados, com aspecto meio engraçado. Parecem leitões, com seis asas pequenas cada um. Eles têm a cara achatada e os olhos enormes.

Yusuke:

- Não vou com a cara desse bicho.

O bicho aproxima-se de Urameshii e fica encarando-o com seus grandes olhos e olhando-o de cima a baixo.

Yusuke:

- Tá olhando o que?! - reclama.

A criatura dá-lhe uma lambida que deixa sua cara toda lambuzada.

Urameshii cospe de nojo:

- Argh! Que nojo!

Kurama:

- Ele gostou de você.

A outra criatura aproxima-se de Kurama e faz a mesma coisa.

Yusuke:

- Viu como é bom?

Depois os quatro já estão prontos. Lantis sai na frente e Ascot depois, gritando:

- Vamos, criaturas mágicas!

As criaturas em que Kurama e Yusuke montam também saem.

 

Novamente em Tóquio, Kazuma Kuwabara procura Yusuke berrando pela cidade:

- Urameshi!

Sua irmã Shizuka reclama:

- Pare com isso, Kazuma! Você tem idéia de quantas pessoas existem em Tóquio?

Kuwabara:

- Eu vou achar meu amigo! Não interessa se passo por maluco. Você não liga porque vocês mulheres são boçais!

Shizuka irada:

- O que?!

Shizuka dá um tabefe na cara de Kuwabara, que cai na calçada e depois é pisado e chutado por sua irmã, que bronqueia:

- Vê se assim você aprende a respeitar as mulheres!

Kuwabara, de rosto todo inchado, pergunta:

- Mas me diz uma coisa: o que é boçal? É que ouvi isso na televisão.

Shizuka:

- Deixa pra lá! Vamos embora!

Kazuma levanta-se tonto, que nem consegue ficar parado num lugar só e começa a caminhar como um bêbado, bambeando perto do meio fio da avenida. Shizuka já estava indo embora, esperando que ele a estivesse seguindo, mas ela vira-se e o vê pisando no asfalto da avenida.

Kuwabara:

- Eu vou salvar você, Urameshi! Já tô indo!

De repente surge em sua direção um caminhão.

Shizuka percebe o perigo:

- Kazuma!

O motorista não consegue parar e Kuwabara apenas o olha com sua cara boba e inchada. O caminhão vem em grande velocidade, está próximo demais e atropelará Kazuma, que desaparece na hora e o caminhão passa direto.

Shizuka deixa seu cigarro cair, em estado de choque.

Então Kuwabara aparece em Zefir e a primeira coisa que surge à sua frente é o Shakiti de Leiga, que o atropela, o derrubando dentro do matagal.

No mato Kazuma diz abestalhado:

- Pô! O caminhão me atropelou e eu tô vivo! Eu tô forte mesmo! Assim a Yukina vai gostar mais de mim. - e ele desmaia.

Leiga pára o Shakiti e fala:

- O que eu atropelei?

Desce do veículo e vai ao matagal onde viu cair e acha Kuwabara.

Leiga:

- Pensei que tinha atropelado um bicho. Também, um cara feio desse jeito...!

Leiga reclama com seu calmo tom de voz:

- Agora vou ter que cuidar dele.

 

No castelo, Clef, Priscila e os Guerreiros já estão praticamente saindo, quando entram no castelo Ascot, Lantis e os visitantes.

Ascot:

- Guru Clef, nós trouxemos duas pessoas que foram convocadas e precisam de ajuda sua.

Yusuke olha para Clef e diz para Kurama:

- Outro baixinho! Será que todo deus é baixinho?

Rafaga:

- Agora não dá Ascot, vamos levar o Clef ao Landover.

Ascot:

- Para que?

Priscila:

- Chamar as Guerreias Mágicas.

Ascot e Lantis surpreendem-se com a notícia e o garoto pula de alegria, gritando:

- Legal! Vamos trazer a Marine!

Caldina:

- Não fique tão contente, Ascot! Clef tomou esta decisão porque mataram Ferio!

As expressões de Lantis e Ascot mudam de satisfação para susto.

Ascot:

- Ferio!?

Priscila:

- Sim, e vamos até Landover, porque precisamos de uma aura muito forte para nos ajudar a chamá-las.

Clef:

- Não precisamos mais ir.

Rafaga:

- O quê?

Caldina:

- Então, quem tem poder para ajudar?

Yusuke fala novamente ao amigo cabeludo:

- Tô boiando mais que isopor.

Kurama:

- Para ser sincero, eu também.

Clef aponta para Urameshi e diz:

- Ele.

Todos olham para Yusuke, que olha para trás, pensando que fosse outra pessoa, mas vendo que é ele mesmo, grita:

- Hein?! Eu?!


Capítulo 2

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