DOOM: A Ciência do Inferno

Capítulo 10: Inferno. Parte I


- Onde?... onde estou?... Aiii.... minha cabeça... onde estão todos?... Brukyer? Dimitri? Richard? Onde estão?...

Apenas um homem jogado no meio de uma rua. Seu nome era Luis Antonio Wesker, 26 anos, um homem de poder militar invejável, ele se levantava com muita dificuldade, sentia dores fortes nas pernas.

Luis: Onde estão todos?

Seus olhos abriam lentamente tentando se acostumar com o excesso de luz repentino, há alguns minutos estava em Olduvai, no hospital, uma enfermeira cuidava de seus ferimentos... como era o nome dela ele não se lembrava, na verdade ele não chegou a saber o nome dela, mais ela tinha deixado um apelido...

Luis: Gê?

Finalmente ele conseguiu se levantar e pode finalmente olhar ao redor.

Luis: Mais... o que aconteceu aqui?

Ele estava no meio de uma rua... e estava tudo em ruínas, o céu era vermelho, os raios em tom azul eram bem visíveis, ele podia ver montanhas ao redor, mais tudo lhe era familiar, ele começava a dar voltas em torno de si mesmo tentando entender o que houve ali. Ele conhecia aquele lugar, ele tinha certeza.

- Reconhece esse lugar Luis?

No momento Luis pode sentir a voz vindo de trás dele, mais quando se virou pode perceber alguma coisa se desintegrando como areia, ao mesmo tempo que pode sentir a mesma coisa se formar a alguns centímetros de suas costas.

- Vamos, force a memória, eu sei que se lembra.

Luis: Quem é você?

Novamente ele se virou e novamente tudo o que viu foi um rastro saindo ao vento e se formando novamente atrás dele.

- Não gostaria de me ver Luis, eu sei que não.

Desta vez Luis ficou parado, já tinha entendido que o homem não queria ser visto e nem seria.

Luis: Quem é você? Sua voz me é familiar... e como faz isto?

- Qual das perguntas devo responder primeiro?

Luis: Comece por onde quiser...

- No lugar onde estamos eu posso fazer... bem, o que eu quiser.

Luis: E em que lugar estamos.

- Devo responder esta pergunta antes de dizer quem sou?

Luis: Vá pro inferno com a ordem, apenas responda.

- Vá para o inferno?... Eu não posso ir para o inferno... nem você... nós já estamos lá!

Luis: Há Há Há! Pare de piadas, eu sei que você me trouxe aqui de algum modo e está querendo me deixar louco.

- Você esta bem paciente para alguém que está em um lugar tão sombrio e falando com alguém com quem não pode ao menos ver a face.

Luis: E porque não me deixa vê-la?

- Tenho meus motivos... assim como você deve ter os seus pra ter vindo parar aqui.

Luis: Aqui no inferno? Há há há... isso é cômico... E tem outra, eu não vim aqui, eu estava em Olduvai... e quer saber, eu ainda estou lá! É... é isso! Eu estou em Olduvai no consultório, aquela enfermeira acabou de injetar algo no meu sangue e agora estou tendo alucinações!

- Um pesadelo?

Luis: Isso! Um pesadelo!

- Muito bem... se estamos em um pesadelo você provavelmente não sentirá isso.

Luis: O que?

A sensação novamente voltou para perto de Luis e ele sentiu algo atingir suas costas com muita força.

- Isso foi um sonho?

Luis: Maldito.

Uma raiva tomou conta de Luis, ele foi sacar a pistola que tinha na cintura.

- O que foi? Não achou seus brinquedos?

Luis: Onde colocou minhas armas?

- Eu não coloquei em lugar nenhum...

Luis: Tudo bem... você não sabe de nada não é verdade?

- Não é bem assim... eu sei porque você está aqui, mais primeiro tenho ainda uma pergunta sua para responder não é verdade?

Luis: É verdade sim... quem é você?

- Meu nome é Drake Vitts...

Luis: Drake?

Ele se virou novamente para tentar ver o homem mais novamente sem resultados.

- Por favor, não tente me ver.

Luis: Drake... não pode ser, você morreu!

- E vim parar no inferno...

Luis: Ta bom, quando é que esse sonho acaba?

- Não acaba Luis... esse pesadelo não vai acabar... nem hoje... nem nunca!

Luis: Meu Deus, o que aquela enfermeira deu pra mim?

- Não use este nome aqui!

Luis: Que nome? Deus?

- Eu avisei...

Luis: Como assim?

- Mais voltando ao assunto... você reconhece esse lugar?

Luis: Bom... acho que nunca estive no inferno...

- O inferno pode recriar qualquer lugar... e ele está recriando este aqui... tente se lembrar...

Luis:A missão em Cidade do México...

- O que mais você se lembra de lá?

Luis: Foi quando você morreu... Por que estou aqui? No lugar da batalha...

- Esta foi a pior luta de sua vida... você se lembra claramente não é?

Luis: Lembro sim... eu fui o único sobrevivente...

- O único!

A memória não era nem um pouco agradável, apenas uma das batalhas que teve na guerra que durou um ano e quase se tornou à terceira guerra mundial, mais aquela em especial foi horrível. Luis foi obrigado a partir numa missão suicida para distrair as tropas mexicanas enquanto a tropa principal passava em segurança... todos os seus companheiros morreram... por ter sobrevivido e pela missão de sua equipe ter sido um sucesso, ele ficou como a segunda maior potência do exército americano... mais todo o sucesso que tinha custou a morte de todos... todos os seus companheiros, aquilo com certeza não deixaria remorsos em seu avô Albert Wesker, mais aquilo atormentava Luis. Sempre que pensava naquilo era como se estivesse levando um tiro, uma bala no braço que foi tudo o que sofreu naquela batalha. A cena da luta começou a se reconstruir, as ruínas onde ele estava, ele estava no meio de tudo, ele podia ver todos os tiros, ele podia ver a si mesmo.

- Vê aquele lá?

Luis: Sou eu... e você.

Agora tudo parecia silencioso apesar dos tiros que vinham de todos os lados, era como se eles não estivessem lá, mais podiam ver do ângulo que quisessem. Luis pode observar a si mesmo no passado dando ordens para Drake e mais 15 homens passarem por trás de um prédio abandonado e entrar na igreja de onde teriam certa vantagem sobre o inimigo. O grupo de Drake correu, até chegarem atrás do prédio pelo menos 5 já haviam sido derrubados na corrida, os outros soldados tentavam dar cobertura, pelo menos depois que correram para trás do prédio eles estavam seguros... pelo menos era isso que Luis pensava.

Luis: Por que você não foi para aquela igreja?

- Se você correr vai poder ver.

Ele saiu correndo para trás do prédio, mesmo os tiros não acertando ele, ainda sim ele se abaixava, era um reflexo talvez, mais algo o dizia que ele devia correr abaixado e foi assim que ele conseguiu chegar até o grupo e daquela vez ele se esforçou para ouvir o que eles diziam.

Drake: Vamo galera, vamo!

Soldado: Meu Deus! Olhem para o alto!

Foi o que Luis fez, olhou para cima onde pode ver vários soldados saindo das janelas e atirando no grupo de Drake, aquilo foi o suficiente para Luis ficar aterrorizado, os soldados tentaram reagir mais não deu tempo, Drake até conseguiu correr, Luis o acompanhou e pode ver quando ele estava para entrar na igreja, Drake foi o único que conseguiu chegar até lá... mais algo o esperava na porta da igreja, assim que abriu a porta o aliado de Luis deu de cara com um soldado mexicano que empunhava uma shotgun como se já esperasse o inimigo, assim que Drake abriu a porta ele levou um tiro... na cara, a bala destruiu completamente a face e a vida de Drake naquele momento. A seis anos atrás...

- Entende agora porque não quero mostrar minha face?

Luis: Entendo - baixou a cabeça.

Todo o cenário daquela luta sumiu, apenas 15 corpos estavam ainda ali... dos 15 homens que Luis mandou para morte naquele instante.

- Me diga Luis... você realmente não imaginava que teriam guardas dentro da igreja. - Ele começava a aumentar o tom de voz. - Você achava mesmo que eles iam deixar desprotegido o lugar onde teríamos mais vantagem?

Luis: Eu...

- Você nos mandou para a morte Luis! Você nos matou!

Luis: Não fui eu... eu estava nervoso, não consegui pensar direito eu...

- Um homem que não consegue pensar direito merece estar como tenente Luis?

Luis: ... Não.

- Então me diga... por que você está lá? No poder... por que estamos mortos? Por que eu vivo neste inferno há seis anos? E tudo que mantém minha alma viva nessa droga onde estamos é um desejo...

Luis: Do que está falando?

- Sabe do que eu estou falando Luis!

Os 15 corpos ganharam vida e se levantaram e caminharam até o lado de Drake.

Luis: O que você pensa em fazer?

- O que eu quero fazer a seis anos Luis, SEIS ANOS!

O antigo aliado de Luis agora falava quase gritando, neste momento Luis se levantou e se virou, e desta vez Drake não sumiu, Luis pode ver a face destruída de Drake, no lugar do seu rosto havia uma mistura de ossos e sangue.

- Outro motivo pelo qual não queria que você visse a minha face... agora não posso mais sumir... mais vou poder me vingar do mesmo jeito!

Luis: Você não sabe o que está fazendo.

- Não sei? Estou planejando isso há muito tempo.

Luis: Você não pode me matar... Isto é apenas um sonho...

- Sabe Luis... quando se morre no sonho... nem sempre se morre na vida real... a não ser que este sonho seja no inferno! Seu corpo pode não estar aqui, mais sua alma está! E é sua alma que eu vou matar!

Os corpos de soldados eram visivelmente perfurados por balas, as balas que os mataram, e agora suas faces demonstravam raiva, eles avançaram para cima de Luis, estavam desarmados mais Luis sabia exatamente como seria, enquanto esperava os soldados ele cerrava os punhos esperando-os vir.

Luis: Não precisa ser assim

- Precisa! Tem que ser assim!

O primeiro avançou para cima de Luis com um soco de direita, no qual o tenente só teve que puxar o corpo mais para a esquerda e colocou os braços sobre as costas do agressor acertando uma joelhada no estomago e uma cotovelada dupla nas costas que teriam destruído a coluna do soldado se ele não fosse um espírito, nesse caso o corpo do agressor apenas se desintegrou, Luis teria ficado surpreso se tivesse tempo para isso, pois logo o próximo chegou em cima dele com um chute de esquerda para acertá-lo no estomago, mais o herdeiro de Albert Wesker colocou o braço direito na frente para defender-se do golpe, logo em seguida se abaixando e dando uma rasteira no inimigo, derrubando-o ao chão, aonde ainda sentado Luis aplicou um golpe de calcanhar no peito do inimigo fazendo-o se desintegrar na hora.

Luis: Por que acha que a culpa foi minha?

- Por que foi! Você matou a mim e a todos esses homens, e como se não bastasse... acabou de destruir a alma de dois deles.

Não havia tempo para conversa, agora vieram dois juntos numa voadora para acertar Luis que não teve tempo de reagir, o golpe o jogou para longe, mais logo ele estava de pé para bloquear um soco de direita de um inimigo, segurar a mão dele, torcer o braço passando o corpo por baixo do mesmo membro do inimigo de modo que o corpo do soldado ficasse nas costas de Luis e num movimento ágil jogou o corpo do inimigo contra outro soldado fazendo os dois "explodirem" na mesma hora. Foi tão rápido que o antigo companheiro de Drake não pode ver quando um dos seus inimigos chegou numa rasteira, fazendo-o cair para frente, mais à habilidade do mesmo permitiu que Luis colocasse as mãos no chão e empurrando o solo ele deu um mortal no ar ficando em pé, mais já teve que se defender de uma seqüência de socos vinda de um inimigo próximo, num momento de descuido Luis achou caminho entre os golpes e conseguiu empurrar o inimigo para trás pelos ombros já aproveitando para pegar impulso e dar uma voadora na cara do inimigo derrubando-o no chão, ao mesmo tempo em que um inimigo vinha por trás para lhe aplicar um soco na nuca, Luis se abaixou, agarrou o inimigo pela camisa do uniforme militar que ele trajava e passou-o por cima de sua cabeça derrubando com toda força no local onde estava o espírito caído no chão, acabando com mais dois problemas.

- Já está cansado Wesker? Ainda faltam nove!

Luis: Isso pode acabar agora, é só você querer!

- Esse é o problema, eu não quero!

O soldado que a pouco havia aplicado a rasteira e mais quatro deles cercaram Luis enquanto os outros quatro restantes apenas observavam. Um dos inimigos que estava na "roda", começou empurrando Luis que teria caído se não tivesse sido segurado por outro soldado que o jogou novamente, mais desta vez não foi segurado, ele recebeu um soco na cara que o jogou para o outro inimigo que devolveu com um chute no mesmo lugar do soco levado há alguns instantes, jogando-o conta mais um inimigo que estava para receber Luis com uma cotovelada, mais o tenente agora colocou as duas mãos na frente do golpe e deu uma joelhada no estomago do soldado que tentou atacá-lo, e aproveitando o impulso do golpe, o tirou do chão e forçou os punhos para passar o inimigo por cima de sua cabeça e derrubá-lo no meio do circulo, logo em seguida, ele segurou dois deles pelo pescoço, com uma chave em cada um deles e pegou impulso para dar um chute na cabeça do caído e depois bater a cabeça dos dois que estava segurando uma na outra. Os outros dois que haviam participado do circulo tentaram combinar um soco ao mesmo tempo, mais Luis se abaixou e usou o corpo para fazer os dois tropeçarem e irem de cara no chão, facilitando um pouco o trabalho do militar que apenas teve o esforço de dar dois chutes para ter menos dois soldados com quem se preocupar.

Luis: Não estou morto ainda, já acabei com mais da metade de seus soldados e estou de pé! Desista! Não quero lutar!

- Meus soldados? Se me lembro bem quem comandava eles era você! Eles são seus soldados! E você os mandou para a morte!

Luis: Eu não sabia!

- Era óbvio!

Luis: Eu não queria isso!

- Mais aconteceu! E agora vai ter um preço!

Luis olhou fixamente para onde estariam os olhos de Drake se ele tivesse uma face, mais ainda tinha quatro inimigos para enfrentar. O primeiro veio correndo e ameaçou uma voadora de longe, e foi isso o que ele fez com a perna esquerda que Luis bloqueou com os braços, mais no mesmo golpe o soldado morto usou a perna direita para acertar o estomago de Luis e então chutar o tenente com os dois pés dando um mortal para trás e caindo de pé em pose de luta e já começava a correr para atacar novamente antes que o filho de David Wesker pudesse se recompor do último golpe, já havia levado um soco que o mandou para longe e ao mesmo tempo o derrubando, enquanto isso os outros três correram passando pelo primeiro e vindo de direções diferentes para atacar, ele se levantou rapidamente e quando os três iam atingi-lo com socos quase ao mesmo tempo mais Luis estava um passo a frente, um pouco mais próximo de um deles que aproveitou para segurar o braço e girar fazendo-o levar o golpe dos outros dois no lugar dele. Antes da "fumaça" da desintegração do seu último inimigo baixar, o tenente já vinha em direção a outro com uma voadora que acertou o peito do inimigo com a perna esquerda e logo depois ele impulsionou a mesma perna do golpe para pegar impulso e dar uma mortal para trás do outro inimigo, mais no caminho sua perna direita já havia chutado a cabeça da "alma" que a pouco havia recebido uma voadora. Já atrás do soldado, Luis o agarrou pelo pescoço com uma chave e girou a cabeça do mesmo num movimento que quebraria o pescoço do homem, mais neste caso destruiu-o por completo. Faltava apenas um, e era claramente o mais habilidoso, pois havia derrubado o mais novo membro da família Wesker rapidamente, e foi o soldado quem partiu pra cima por primeiro com um soco de direita, Luis desviou do golpe apenas se afastando e tentou segurar o braço do inimigo, mais o outro braço que estava livre veio com um golpe no peito do tenente que obrigou ele a soltar o braço do soldado, já com o braço livre o espírito acertou uma cotovelada de direita na cara de Luis e aproveitando o golpe, o soldado deu um giro acertando o estomago do inimigo com a borda da mão que estava em forma de flecha, tal golpe fez o rival de Drake soltar um pouco de sangue pela boca, mais o golpe deu a Luis uma posição de vantagem, pois pode segurar o braço do inimigo, mais desta vez já torcendo o braço enquanto se virava de modo que os dois ficaram de costas um para o outro, mais com o braço esquerdo do antigo soldado da tropa de Luis, preso as suas costas pelo seu antigo capitão.

Luis: Acabou.

Dizendo isso Luis girou seu antigo companheiro por cima de seu corpo fazendo-o cair no chão e o matou do mesmo jeito que já tinha matado um deles antes, chutando a cabeça dele.

Luis: Agora chega! Vamos acertar isso, não precisava ser assim!

Drake: Isso é o que você acha Wesker. Esse foi apenas o começo.

Luis: Do que está falando?

Drake: Daquilo!

Ele apontava na direção de algumas dunas, ou pelo menos pareciam dunas, de trás delas começavam a chegar criaturas humanóides, seus corpos pareciam revestidos com uma roupa feita de pele, não... não a pele original, algo vestido. Suas mãos eram poderosas garras, sua "pele" cobria a cabeça inteiro, apenas deixando a mostra seus dentes e a região em volta, a área do nariz também havia uma abertura, ainda haviam alguns com a pele escura que nem carvão em vez da cor normal de pele humana. Haviam seis deles, um bem distante do outro.

Luis: Meu Deus, de onde vieram essas coisas?

Drake: Punição... cada vez que você diz o nome que acabou de mencionar você ganha três deles de presente, um para você se arrepender, um para você gritar e outro para você sangrar.

Luis: Por que não me disse isso antes? Agora estamos ferrados!

Drake: Nós não amigo, você, eu não falei nada, eles estão atrás de você!

Luis: Desgraçado.

Drake: Você pode ter vencido quinze almas penadas, mais não vai conseguir vencer nove Hell Knights, ninguém jamais venceu mais do que quatro.

Luis: Nove?

Drake: Você invocou o senhor três vezes, faça as contas, os outros virão logo.

Luis: Eu te mato!

Drake: Já fez isso Luis, você já fez isso! Agora que sente dor das últimas lutas você pode sentir, acho que já está mais que provado que não é um sonho, então agora só lhe resta lutar por sua vida não é mesmo?

Luis: Maldito...

Drake: Eles estão chegando, é melhor estar pronto.

Luis: Não estou pronto ainda, preciso fazer uma coisa antes.

Os olhos de Luis aparentavam claramente a raiva que ele sentia, jamais sentira raiva como naquela hora, seus olhos chegavam a estar vermelhos de raiva, o sangue que escorria pelo seu rosto dos golpes que havia levado reforçavam ainda mais a sua face de ódio, correu na direção de Drake e deu um soco no lugar onde deveria estar a cara dele.

Luis: Não foi minha culpa... mais agora vai ser!

Drake: Pode me matar Luis... Depois você também vai morrer, eles estão vindo.

Luis: Cale a boca.

Drake: Não posso, por sua culpa não tenho uma boca mais.

Luis: Desgraçado!

Novamente Luis aplicou um golpe em Drake, desta vez no estomago que o fez dar alguns passos para trás, antes que Luis pudesse atacar novamente, Drake já estava com uma faca na mão e partia para golpeá-lo primeiro, o golpe veio por cima, Luis usou o braço para bloquear o ataque do inimigo e golpear o estomago do mesmo com o joelho deixando Drake fraco, e dando a oportunidade de Luis pegar a faca da mão de seu inimigo e cortar a garganta do mesmo, soltando o corpo dele no chão.

Drake: Ugh... Acho que não era pra acontecer mesmo... acho que era meu destino morrer, e é seu destino viver... porque só agora isso fica claro? Ugh...

Luis: Na guerra infelizmente é assim... alguns vivem... outros morrem.

Drake: Agora é tarde pra... Ugh... arrependimentos...

Luis: Nunca é tarde pra se arrepender.

Drake: Pra mim sempre foi tarde... eu me arrependo, mais acho que agora não adianta mais. Ugh...

Luis: Eu sinto muito por você.

Drake: Eu também... sinto pelo ódio que tive por todos esses anos... sinto por todos que matei... só agora me arrependo... como o homem é burro não?

Ele ficou estático esperando o sangue ou qualquer coisa que corria em suas veias, acabar para finalmente sua alma ser completamente destruída, Luis apenas abaixou a cabeça percebendo o que ia acontecer, ao mesmo tempo os Hell Knights se aproximavam. Mais o que eles esperavam não aconteceu. Um pequeno tremor começou, apesar de fraca, era forte o suficiente para obrigar Luis a se ajoelhar para não cair, alguma coisa começou a se rachar abaixo do chão onde Drake estava, e das rachaduras emanavam um brilho muito forte que poderia facilmente cegar qualquer um, a luz se apossou do corpo de Drake de forma que ele próprio começava a emanar a luz.

Luis: Drake...

O homem que a pouco tentou matar Luis, agora se levantava ainda emanando forte brilho, sua face havia sido reconstruída. Assim que ficou completamente de pé ele ergueu os dois braços de forma a criar uma pequena esfera branca entre as mãos e depois arremessando a mesma contra um dos Hell Knights que se desintegrou na hora, ele repetiu o processo novamente até acabar com os outros cinco que estavam ali, feito isso ele caminhou até Luis.

Drake: Tinha razão, não era tarde.

Luis: O que aconteceu?

Drake: Eu fui perdoado... vou poder sair desse inferno... eu vou pro céu... capitão!

Luis: Acho que agora quem precisa ser perdoado sou eu.... o seu ódio por mim foi o que te trancou nesse inferno por todo esse tempo não foi?

Drake: Sim, mais agora fui perdoado... sinto muito que os outros que estavam comigo não tenham tido a mesma sorte... você destruiu a alma deles... eles não existem mais... temo que eles não possam te perdoar, mais meu perdão você tem.

Luis: Obrigado...

Drake: Mais ainda não acabou para você Luis, algo muito pior vai acontecer, o Inferno planeja um ataque.

Luis: Um ataque?

Drake: Sim, um ataque... Você não é o único aqui, o Inferno trouxe você e mais duas pessoas para cá por que vocês são os únicos que podem atrapalhar tudo e o verdadeiro chefe do inferno preferiu derrotar vocês aqui no território dele, onde ele pode tudo.

Luis: Chefe... Lúcifer?

Drake: Não... você não pode acreditar em tudo o que a bíblia te diz, nem tudo é verdade, o chefe do inferno já foi um homem, quando um chefe é derrotado outro toma o lugar.

Luis: Derrotado?

Drake: O inferno também tem suas crises e lutas pelo poder.

Luis: Entendo.

Drake: O que vocês fizeram em Olduvai foi o começo de um ataque que o inferno preparava a tempos, mais nunca teve hora melhor do que agora.

Luis: Porque aqui em Olduvai?

Drake: A entrada para o inferno fica em Marte, só podem ser postos portais sobre o planeta, mais existe um portal que leva de Olduvai para a terra, e os demônios pretendem tornar a terra um segundo inferno.

Luis: Mais como você acha que eu vou parar aquelas coisas? Você mesmo disse que ninguém venceu mais que quatro daquilo, se atacarem realmente vão mandar no mínimo alguns milhares.

Drake: Mais não será problema para vocês três.

Luis: Porque não?

Drake: Você e mais um deles tem o inferno correndo nas veias.

Luis: Do que você ta falando?

Drake: O C-24... não é só um cromossomo...

Luis: E quanto ao outro?

Drake: Não sei porque o inferno se preocupa com ele, mais infelizmente também não sei seus nomes.

Luis: Entendo...

Como Drake havia dito, novos três Hell Knights apareceram um de cada lado.

Drake: Você pode cuidar deles, se não sobreviver a estes três então o que o inferno achou de você vai estar incorreto.

Luis: Tudo bem... vou dar uma surra neles.

Drake: Adeus amigo.

Luis: Adeus.

A luz que envolvia o corpo de Drake se intensificou de tal modo que Luis teve que cobrir os olhos, e quando pode tirar o braço da frente já não via mais Drake, tudo o que via eram três Hell Knights surgindo de lugares diferentes da cidade em ruínas. Luis segurou a faca que havia pego de Drake com as duas mãos.

Luis: Eu mandaria vocês para o inferno, mas....

Um dos inimigos que estava mais próximo e que parecia ter entendido o insulto de Luis e começou a correr em direção ao mesmo para desferir um golpe com suas poderosas garras. Wesker, sem soltar da faca colocou os braços sobre a cabeça para se proteger do golpe e logo em seguida deu um chute no peito do inimigo fazendo-o recuar alguns passos, dando ao inimigo tempo necessário para avançar com uma facada no peito da criatura e abrir um corte desde o ombro esquerdo até quase o lado direito da bacia e depois um chute que fez o inimigo cair dentro de uma casa em ruína, pela janela por onde Luis pode ver o sangue vazando do corpo da criatura.

Luis: Meu chute não causava danos assim em demônios que eu me lembre, acho que é pra isso que serve o tal C-24... apesar de eu estar aqui só em alma pelo que eu entendi.

Quando Luis ficava confiante em uma luta ele normalmente costumava conversar com o inimigo mesmo não esperando respostas, a única resposta que esperava era o ataque e foi isso que veio dos outros dois inimigos que estavam perto que se aproximaram atacando com as garras, Luis deu um salto para trás para se esquivar e saiu correndo pelas ruas destruídas, ele sabia que não era uma boa idéia enfrentar dois deles de uma vez só, precisava separá-los, ou conseguir um lugar em que tivesse vantagem, primeiramente ele apenas continuou correndo, até chegar perto de uma casa onde havia uma escada por onde subiu, logo os dois monstros apareceram atrás dele e um deles até tentou subir as escadas enquanto o outro ficava observando, Luis fez que ia esperar o inimigo subir, mais em vez disso se jogou contra o que ainda estava no solo fincando a faca no meio da testa dele e deixou a lamina deslizar pelo resto do corpo do monstro não existindo a mínima chance dele continuar vivo. O último que estava na metade da escada usou quase a mesma tática de Luis, se jogando contra o inimigo o monstro acertou as garras no rosto de Luis o jogando a alguns metros de si e depois correu para tentar golpear novamente o inimigo mais o tenente se levantou e conseguiu se desviar da investida, da mesma maneira que tentou esfaquear o monstro mais o mesmo usou o braço para empurrar o punho de seu inimigo que segurava a faca. Luis tentou dar um chute no peito do monstro, mais este último foi mais rápido de modo que segurou a perna do inimigo e o arremessou contra uma construção fazendo com que o corpo de Luis destruísse a mesma com o impacto, e o próprio destruidor da construção foi ao chão junto, o Hell Knight correu na direção do seu inimigo e tentou pisar em seu peito, mais o militar girou o corpo para o lado e fincou a faca no pé da criatura que não gostou muito do ataque do inimigo e o chutou no estomago fazendo-o rolar mais um pouco e fazendo com que um filete de sangue escapasse pela sua boca. Quando o "ser do inferno" tentou atacar novamente com seu braço direito, Luis já estava de pé e defendeu o golpe com o braço esquerdo e fincou a faca com a outra mão no pescoço do inimigo de modo a fazer ele cair no chão e entrar em convulsões até que todo o sangue que podia jorrar por ali acabasse e o monstro estivesse finalmente morto. Luis se sentou do lado de uma mureta ofegante, após tantas lutas mal agüentava ficar de pé e então começava a pensar em como foi se meter naquilo, ele estava atrás do pai dele mas David Wesker não estava lá, uma série de lembranças da guerra que enfrentou naquele lugar vinham a sua cabeça quando ele olhava ao redor, pensamentos ruins, mais algo atrapalhou sua série de pensamentos, a guerra novamente continuou a se passar como ilusão naquele lugar, ele se levantou com um pouco de dificuldade prestando atenção nas cenas onde todos os companheiros dele morreram, até encontrar alguém que realmente chamara a sua atenção.

Luis: Mike!

Mesmo sabendo que era apenas uma ilusão ele acompanhou o soldado em batalha, Mike foi seu colega de escola, seu companheiro no exército e aquela foi à batalha em que ele morreu, Luis acompanhava cada movimento de seu amigo. Mike lutara muito bem naquele dia, mesmo estando em desvantagem ele derrubou vários inimigos, mais mesmo assim teve uma bala na perna.

Mike: Ah...

Mesmo tendo recebido o tiro, Mike continuou atirando e derrubou o soldado que havia lhe atingido mais novamente foi atingido e desta vez na cintura, o soldado que o atingiu logo foi morto por um dos aliados de Luis naquela luta. Com muita dor o antigo colega de Luis que havia caído devido à dor dos tiros mais que mesmo assim não desistia de lutar pela vida se arrastou para dentro de uma casa vazia e se deitou no chão.

Mike: Acabou...

Mike ficou deitado aparentemente só aguardando a morte, mesmo sabendo que aquilo era uma ilusão Luis ficou horrorizado em ver seu amigo naquelas condições.

Luis: Não... você não pode desistir....

Mike: Posso sim... não tenho mais chances... ninguém tem... fomos mandados aqui para morrer...

Realmente aquilo espantou Luis, ele não esperava uma resposta mais seu amigo ouviu o que ele tinha falado.

Luis: Você vai desistir de tudo agora? De sua esposa? De seus filhos?

Mike: Acabou... conto com você para cuidar deles...

Luis: Não! Sua mulher depois de viúva se suicidou e seus filhos foram acabar num orfanato! E isso que você quer?

Mike: Não...

Luis: Então lute!

Mike: Tem razão...

O soldado abriu os olhos e não viu que Luis estava a sua frente, mesmo podendo ouvi-lo.

Mike: Vai me incomodar pra sempre não é amigo?

Entendendo o que estava acontecendo, Luis apenas riu levemente, Mike se levantou dolorosamente e foi até os fundos da casa onde havia um veiculo, ele se sentou no banco do motorista e ligou o carro, procurou no porta luvas alguma coisa e achou gaze o suficiente para estancar os ferimentos que tinha, então ligou o carro e partiu numa direção oposta a que Luis havia fugido, após isso as cenas da guerra começaram a desaparecer, até o carro de Mike desapareceu, logo após todo o cenário, as ruínas, tudo se desintegrou e virou areia, o lugar agora parecia um imenso deserto vermelho...

Luis: Ele está vivo... todos esses anos... achei que ele estava morto... mais ele está vivo... porque ele não voltou?... Eu vou encontrá-lo... eu juro que vou.

Ele olhou ao redor pensando que direção tomar, e se decidiu a seguir a mesma direção que o carro de seu amigo havia tomado.


Nota: Depois de tantooo tempo escrevendo O_O eu vi que esse capitulo ia fica grande de mais, por isso resolvi dividi ele em 4 partes, ai então vai a primeira parte pra galera que ta lendo.

Capítulo 11

Capítulo 9

Index

Hosted by www.Geocities.ws

1