Blood & Iron

Capítulo IV: A Passagem


Leon Scott Kennedy parecia não entender muito bem a situação: ele estava mesmo seguindo essa misteriosa ruiva sensual?

Os dois agora estavam em algum tipo de sala de armamentos. Leon verificou se havia alguma coisa de útil, mas não havia nada. Apenas caixas vazias de armas e munição.

De repente, a porta estourou e por ela entraram três daquelas coisas, aqueles seres parasíticos, os daemites.

Aqueles daemites pareciam estar vestidos como guerrilheiros... e nas mãos tinham...

- Os desgraçados estão armados!-Leon gritou, jogando-se num canto, enquanto um dos daemites começava a atirar com uma metralhadora.

Rayne não perdeu tempo e jogou-se pra cima de um deles, com suas espadas empunhadas. Num movimento rápido, ágil e em pleno ar, as espadas atravessaram os braços do daemite, arrancando-os.

Leon atirou na direção dos outros dois, seguido por Rayne, que deu um chute na metralhadora do inimigo, para então finalmente degola-lo com sua lâmina na mão esquerda.

O ultimo daemite parecia mais forte e tentou morder Rayne. A ruiva segurou-o pelos braços para finalmente Leon surgir por trás e golpeá-lo na cabeça.

- Há tantos deles... como pode?-Perguntou Leon, a si mesmo.

- Klaus deve ter formado algum tipo de exército nazista... apenas para da-lo de presente aos daemites. Uma última coisa, Sr. Kennedy...

- Me chame de Leon.

- Uma última coisa, “Leon”. Se um desses desgraçados te morder, você vai ser infectado. Em pouco tempo, você vai virar um deles e se isso acontecer, eu mesma irei cortar a sua cabeça...

- Acho que posso dizer o mesmo pra você.

- Não eles não podem me ferir. Eu sou... diferente...

- Como assim? Diferente?

- Você não entenderia.

- È claro que eu entendo.

- Eu não sou totalmente humana. Alguns me chamariam de aberração. Outros, me chamariam de “dhampir”.

- Dhampir?

- Nascida da união de uma humana com um vampiro. Meio humana. Meio vampira.

Leon soltou uma pequena risada.

- Vampiro?-disse ele.

- Se não quiser acreditar-Rayne ficou um tanto furiosa-Não acredite. Mas o desgraçado do meu pai estuprou a minha mãe e matou a família dela. E então eu passei toda a minha vida indo atrás dele e dos seus servos. Até que eu finalmente vinguei a minha mãe...

- Se você diz...

- E qual é a sua história, Senhor... Leon?

- Vamos dizer que eu sou um sobrevivente. Por duas vezes.

- Quem sabe essa não é a terceira?

Rayne guardou suas lâminas de volta nos braços. Ela seguiu pela porta que os daemites abriram. Quando ela e Leon perceberam, já estavam novamente no lado externo da fortaleza.

De repente, alguém veio se aproximando. Parecia ser o major Augustus Ringold. Leon ia chamá-lo, quando de repente, ele mostrou a sua face e disse, com uma voz obscura:

- SINTO GOSTO DE SANGUE E TRIPAS!

Rapidamente, quase que por instinto, Rayne pegou as suas estranhas pistolas e atirou, acertando certeiramente a testa de Ringold-daemite. Depois de ter matado, ela enfiou a ponta afiada das pistolas no corpo do daemite e parecia estar... enchendo as armas de sangue.

- Que tipo estranho de armas são essas?-perguntou Leon.

- São as “Carpathian Dragons”-disse ela, terminando de enchê-las com sangue-Usam munição feita de sangue. Se eu não recarregá-las periodicamente, começarão a sugar meu próprio sangue.

De repente, um outro daemite saltou na direção deles. Leon pegou a sua pistola e atirou, lançando a criatura para longe.

- “Carpathian Dragons” apresento-lhes “Matilda”-disse ele, sorrindo para Rayne, que em resposta sorriu também, mas de forma sedutora.

Do outro lado da fortaleza, surgiram o Coronel Hawkear e a Soldado Catherine Ferreti, atirando na direção de mais daemites que surgiam.

- Hey, Federal!-disse Hawkear-A base está cheia de daemites! Mas... quem é você?-disse ele, apontando para Rayne.

- Sem tempo pra falar!-disse Leon, atirando nos daemites.

- Vamos sair da base!-gritou Ferreti, tirando alguma coisa de sua mochila e jogando no chão-Rápido!

Rayne reconheceu o objeto no mesmo instante. Aquilo era um detonador... explosivos.

De repente, Leon, Hawkear, Ferreti e a misteriosa Rayne correram na direção da saída... quando toda a base explodiu. Voou metal e pedaços de daemites por todos os lados.

- Que diabos... -disse Leon, levantando-se do chão, a alguns metros de distancia de Hawkear e de Catherine.

O agente olhou em volta, mas, Rayne havia sumido.

- Rayne?-disse ele.

- Quem era ela?-disse Hawkear-Onde ela está?

Hawkear e Ferreti examinaram as árvores e a vegetação ao redor deles, mas não havia nenhum sinal da ruiva.

Foi então que Leon encontrou algo que ela deixara em seu bolso. Um pequeno papel dobrado.

O mapa para a Fortaleza.

***

Rayne deu um chute na porta metálica, tão forte que quebraria o pé de um humano qualquer. Mas eu não sou qualquer uma, oh não... pensou consigo mesma.

Céus! Eu nem sou totalmente humana! Pensou, pegando as duas armas Carpathian Dragons, aquelas movidas a sangue.

Ela estava na Fortaleza, exatamente como estivera a anos atrás. Uma grande base militar, camuflada sobre uma montanha. Rayne começou a atirar na direção de vários daemites que estavam não muito longe.

Começando a correr pela estranha base militar, Rayne ora atirava e ora defendia-se com suas lâminas duplas.

Mais a frente, a ruiva deparou-se com uma sala cheia de celas e grades.

- Aquele maldito Wulf deveria estar prendendo as pessoas aqui antes de da-las aos daemites-concluiu.

De repente, Rayne ouviu passos e vozes humanas. A dhampir ruiva escondeu-se por trás deu um pilar. Dois soldados encontraram-se, estavam vestindo uniformes cinzas, um deles parecia ser um superior, enquanto o outro um simples guarda. O superior disse para o outro:

- O Fuhrer Wulf ordena que as gaiolas restantes sejam abertas!- disse o superior.

- Senhor, mas os daem...

- Obedeça.

- Mas senhor, eles vão estar soltos!

O superior, ao ver o guarda tremendo, deu um tapa em seu rosto. O subordinado, resignado, foi na direção de suas ordens, algumas gaiolas fechadas.

Rayne disse para si mesma:

- Parece que eles têm os seus próprios problemas. Eu estou feita aqui.

Dando uns passos a frente, Rayne apontou cada uma de suas mãos na direção dos dois soldados. E então, de seu antebraço um tipo de corrente, um arpão foi lançado na direção dos soldados, prendendo-os pelo pescoço. Eles começaram a se debater, sufocados pelo metal da corrente. Em seguida, Rayne apertou um pequeno botão sobre o mecanismo em seu braço, e as correntes, assim como os soldados, foram jogados na direção dela.

Rapidamente, a ruiva pisou com suas botas no peito de um deles, e jogou-se sobre o pescoço dele.

Ela abriu lentamente sua boca, tocando com os lábios a pele do soldado, e então seus dentes caninos cravaram-se nas veias dele...

Sugando o seu sangue.

Logo em seguida, ela pegou as Carpathian Dragons e atirou, acertando os soldados nas testas.


Capítulo 5

Capítulo 3

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