Anjos e Demônios

Capítulo 1: Rosas Congeladas


Olá pessoal !!! Fazia muito tempo que eu não escrevia fics, não é mesmo ? Bem, este é o meu primeiro fic crossover, espero que esteja legal. Gostaria de pedir, inicialmente, que vocês considerassem apenas os personagens escolhidos, cortando todo e qualquer vínculo de amizade e/ou amor existentes com outro personagem do mesmo anime. Eu mesma criarei novos vínculos, ok ?Por favor, elogios, reclamações e outros tipos de comentários no [email protected]! Digam as suas opiniões !!!

 

Tokyo, época atual.

- Ei, Kishu, sobre o que está pensando ? - uma sorridente menina de olhos cor de mel e cabelos castanho-escuros pergunta a outra garota, esta de cabelos muito lisos e escuros, que olha pensativa pela vidraça da sala de aula, sentada em sua carteira, segurando o rosto com as mãos. Está um lindo dia ensolarado.

- Hã, nada não, Higurashi.

- Aposto que era o Minamino... Você tem uma quedinha por ele, né ?

A menina de cabelos muito lisos corou levemente.

- Não é nada disso, Kagome, eu não fico pensando no Kurama !

- Ah, nem tente disfarçar, Arashi-chan !

Arashi Kishu tem 16 anos e cursa colegial. Possui cabelos muito lisos e olhos muito misteriosos, sendo séria a maior parte do tempo. Sua melhor amiga, Kagome Higurashi, também tem 16 anos e estuda na mesma classe de Arashi. As duas se conhecem desde a infância.

- É sério, Kagome, eu estava pensando no Soujirou-kun...

- Ah, ele... Onde ele está ?

- Eu nem sei... Mas tenho saudades. Não o vejo há um ano, quando saiu de casa.

Arashi é órfã e morava junto com seu irmão, Soujirou Seta. Os dois eram filhos de mesma mãe, porém de pais diferentes. Sua mãe morreu em conseqüência de um ataque cardíaco, há um ano. Desde então, passou a morar sozinha no apartamento.

- Mas você bem que gosta do Minamino, né ?

- Kagome-chan ! - Arashi faz uma cara brava.

- Ah, tá bom, deixa pra lá. É melhor você comer. - Kagome desembrulha um depósito com almoço - Preparei para nós duas. Vamos, coma antes que o horário de almoço acabe.

Arashi concorda e Kagome puxa uma cadeira, sentando-se à mesa de Arashi. Quando ambas terminam de comer, a professora - uma mulher de cabelos róseos, na altura dos ombros - entra na sala.

- Bem, sei que não esperavam que eu entrasse, mas é que o professor de história, Sr. Kinomoto, não pôde vir porque sua filha está doente. Então eu o substituirei. Como vocês não esperavam que fosse aula de educação física, então resolvi fazer algo mais leve. Vou sortear trios e vocês devem procurar alguns objetos escondidos dentro da escola. Quem achar seus objetos mais rapidamente, ganhará um prêmio. Sei que parece uma brincadeira infantil, mas quero que todos se divirtam.

- A professora Naegino sempre inventa essas brincadeiras, né ? - Kagome sussurra para Arashi, sentada na carteira à sua frente, que apenas concorda com a cabeça.

A professora sorteia os trios e anota os nomes no quadro.

- Pronto, agora todos venham aqui, para reunir seus grupos e ver quais objetos devem procurar. Estarei sentada na quadra. Então, quando vocês terminarem de procurar seus objetos, venham até onde estou, ok ?

- Olá meninas ! Vejo que fiquei no mesmo trio que vocês. - um jovem fala para Kagome e Arashi. Kagome sorri indisfarçadamente.

- Vou atrás da Sora-sensei, buscar a nossa lista, certo ? Volto já ! - Kagome sai e Arashi cora levemente.

O jovem que está na frente de Arashi chama-se Kurama Minamino. Também tem 16 anos, olhos verdes e cabelos ruivos e compridos. É uma pessoa calada, mas que gosta muito de se divertir.

- Kishu, você está bem ? Está meio corada...

- Não é nada, Kurama, quer dizer, Minamino.

- Pode me chamar de Kurama. - ele dá um sorriso e o coração de Arashi dispara - Posso te chamar apenas de Arashi ?

- Pode.

- Ei, eu peguei o papel ! São apenas cinco objetos : uma chave azul, uma bola prateada, uma boneca, uma flecha e um anel. Vamos ?

- Sim, mas não é melhor nos separarmos ? - Arashi sugere.

- Boa idéia. Eu procuro no pátio, você na quadra e Higurashi na parte interna, tudo bem ?

- Ok !

Kagome acha facilmente uma chave azul amarrada no corrimão da escada e um anel escondido na lâmpada. Kurama acha a boneca encostada numa árvore. Arashi tem dificuldade de achar os objetos.

- Onde diabos eu vou achar uma bola prateada por aqui ? - ela resmunga baixinho. Sopra um vento frio.

- Já pensou em procurar por aqui ?

- Kurama ? - o garoto está em cima da árvore, apontando para uma bola prateada, provavelmente vinda de um enfeite de Natal.

- Segura ! Aqui também está a flecha. Acho que a professora colocou acidentalmente estes dois objetos na mesma ficha...

Arashi segura a bola e Kurama desce da árvore.

- Vamos atrás da professora ? - Kurama sorri.

- Sim. Não está sentindo frio ? O dia estava tão ensolarado e de repente o tempo mudou...

- É, mudou bastante. - Kurama fica sério. Começa a nevar.

Arashi avista Kagome e corre um pouco, chamando-a. Ela acaba deixando cair a bola prateada e Kurama vai caminhando, para pegá-la. Kagome faz uma cara de terror que assusta Arashi, fazendo-a se virar. Kurama está abaixado e, do ar, farpas de gelo afiadas seguem na direção de Kurama. O coração de Arashi quase pára. Ela sai correndo na direção de Minamino e se joga contra ele, empurrando-o e recebendo as farpas de raspão no braço esquerdo. Kagome corre aterrorizada e Kurama fica muito sério, olhando Arashi.

- Você está bem ? Você está sangrando !

- Arashi !!!! Cuidado !!! - Kagome grita. Mais farpas vêm na direção dos dois, que conseguem correr. Kagome os alcança.

- Kagome, vá com Kurama e leve os objetos até a professora. - ela se aproxima do ouvido da amiga - EEu vou cuidar dele. É nosso inimigo. - então ela se vira para Kurama - Vá com Kagome até a professora, Kurama !

- E você ? Não posso deixar você aqui sozinha !

- Por favor, faça o que estou te pedindo. Eu estou bem, só que vou até o banheiro. Preciso lavar este ferimento. - Arashi está um pouco ofegante. Kurama olha seria e friamente para Arashi e parte com Kagome.

“Ah, Kurama, não me olhe assim... Você está partindo meu coração. Mas não posso pensar nisso agora.”. Arashi se concentra e uma espécie de barreira é erguida ao redor do colégio. Dois pequenos bips soam.

- Sabia que você era minha inimiga... - uma voz gelada corta o ar.

- Quem está aí ? Apareça !

- Calma, Arashi Kishu. Estou aqui ! - surge, em cima do telhado, um homem de cabelos verdes muito escuros e compridos, e olhos meio esverdeados.

- Como você me conhece ?

- E eu não deveria conhecer meus inimigos ? Vocês querem destruir o amuleto de Anúbis e eu o quero. Mas deixe-me me apresentar. Sou Kamus, senhor absoluto do gelo.

Arashi tira uma espada de sua mão esquerda.

- Uma espada, hein ? Vejamos se você sabe lutar tão bem quanto me disseram. - Ele pula do telhado e cria uma espécie de espada de gelo, vindo atacar Arashi.

Arashi não consegue atacar Kamus. “Kurama, não me odeie... Por que você fez aquela cara ? O que foi que te fiz ?” Kamus aumenta a velocidade de seus ataques e Arashi os acompanha com dificuldade. “Eu te salvei e você me olhou daquele jeito... Será que ele percebeu que eu menti ? Ele me odeia porque eu menti ?”. Ela já não consegue bloquear todos os ataques de Kamus, estando visivelmente machucada. Kamus a joga contra uma árvore, tentando cortar sua garganta. Arashi apenas se defende.

- O que foi, menina ? Por que só se defende ? Você é uma boa espadachim, eu sei disso.

- Cale-se !

- Está ficando nervosinha... - Kamus aumenta a força e Arashi mal consegue contê-lo - Sabia que você fica mais bonita assim ? Mas você não está com o amuleto, e nem está lutando direito. Uma vitória assim não tem mérito nenhum. - ele coloca a mão na coxa direita de Arashi - Porém, quero lhe deixar uma lembrança...

Ele sorri. Arashi começa a gritar de terror quando vê o que está acontecendo com sua coxa. Está completamente congelada. O sorriso dele aumenta e ele parte.

- Tenho que ter cuidado, ou perderei minha perna. Mas não posso ficar aqui assim. - ela olha para o lado e vê Kagome e Kurama paralisados pelo efeito de sua barreira - Preciso avisar Kagome para me ajudar... Mas como ? Talvez se eu fizesse um rastro no chão com a espada. Sim, seria uma boa idéia se tudo não fosse desaparecer quando eu desfizesse a barreira.

Arashi finca a espada no chão e senta no chão encostada na árvore. Recolhe a espada e desfaz a barreira. “Por favor, Kurama, não olhe para trás, não olhe !”. A destruição desapareceu. Kagome e Kurama continuaram andando, mas a garota olhou levemente para trás. Arashi, percebendo, apontou com a cabeça na direção do banheiro e foi caminhando, lentamente, da maneira mais discreta possível e aguardou.

Kagome e Kurama continuaram andando até o pátio. O dia estava novamente ensolarado.

- Que foi, Minamino, por que está tão sério ? - Kagome tenta puxar assunto.

- Nada não. - Kurama não olha para Kagome.

- Ah, se não quer dizer, também não precisa ser grosseiro.

- Desculpe-me, Higurashi. - ele olha e sorri gentilmente - Estava pensando naquilo que acabou de acontecer. Por que farpas de gelo vieram na minha direção ?

- Farpas de gelo ? Era só granizo, Minamino ! De onde poderiam vir farpas de gelo assassinas ? - Kagome fala com uma voz diferente, tentando falar assustadoramente.

- É, devia ser só granizo mesmo...

Eles chegam até a professora.

- Vocês são o primeiro grupo ! Trouxeram tudo direitinho ! Mas onde está a senhorita Kishu ?

- Ela precisou ir ao banheiro e pediu que viéssemos logo, para ver se ganharíamos. - Kagome responde.

- Bem, então vocês são os ganhadores !! Aqui está o prêmio de vocês. - ela estende a mão com três bilhetes.

- Mas o que é isso ? - Kagome pergunta intrigada.

- São ingressos para o novo parque de diversões. - Kurama responde gentilmente.

- Ah, que maravilha !!! Vou poder me divertir um pouco !!! - Ela pega os ingressos e dá um a Kurama - Agora preciso ir ! Tchauzinho, Naegino-sensei e Minamino !

Kurama e Sora sorriem. Kagome corre em direção ao banheiro. “Arashi-chan, o que te aconteceu ? Ainda não consigo entrar na sua barreira para poder te ajudar...”. Ao entrar, encontra Arashi sentada na pia, segurando a perna congelada.

- Mas o que aconteceu ? -Kagome faz uma cara de terror.

- Kamus, controlador do gelo, é nosso inimigo. Ele sabia muita coisa a meu respeito e, como não conseguia lutar direito, foi-se embora, mas me deixou com esta lembrança.

- Precisamos levar você pro hospital ! - De repente, entra uma pequena coisinha voando no banheiro.

- Ai que susto, Sumomo-chan ! - Kagome segura uma miniatura de menina, de cabelos e roupa rosa.

- Ah, então os bips que ouvi quando lutava eram seus, não eram ?

- Apenas um deles, Arashi. - uma voz masculina sai pela boca de Sumomo - O outro provavelmente era de outro persocom, mas do inimigo.

- Não sabia que você estava no telefone, Eriol ! - Kagome se espanta - É tão estranho ver uma voz masculina saindo de dentro de uma garota !

- Não é tempo para discussões. Já avisei a Tokiko no hospital. Ela está te esperando para te atender, Arashi. Kagome, leve-a imediatamente ! E tome cuidado, pois a perna dela não pode bater em nada, ou se esfacelará. - bip.

- Ligação concluída.

- Ele sempre acha que tudo é muito prático, né ? Eu não tenho tanta força pra te carregar no colo, Arashi-chan ! E o hospital de Tokiko é meio longe...

- Apenas me dê apoio. Consigo andar. - Arashi veste um sobretudo para esconder seus ferimentos, passa o braço pelo pescoço de Kagome e sai com ela, lentamente.

Sumomo pertence a uma nova linha de computadores, os persocons. Eles fazem tudo que um computador normal faz, e ainda funcionam como telefone. Sua personalidade é escolhida pelo dono e ele age como se fosse uma pessoa normal, tendo, assim, várias utilidades. Mas existem tão poucos persocons que as pessoas que os possuem não revelam que eles são computadores. Alguns donos fingem que são pessoas normais - e por que não poderiam ser ? - e outros, como no caso da Sumomo, fingem que são brinquedos.

As duas chegam ao hospital depois de meia hora. Tokiko, uma mulher adulta, com seus 30 anos, de cabelos compridos e de óculos, ajuda Kagome e coloca Arashi num quarto do hospital, onde a examina.

- Seus ferimentos não são graves, Arashi, mas esta perna congelada lhe renderá três dias interna. Primeiro vamos descongelá-la e, depois, estimulá-la até que volte a responder normalmente.

- Tudo bem, Tokiko. Kagome, leve Sumomo com você e volte pra casa. Eriol vai querer falar conosco quando eu sair do hospital. Trunks deve estar preocupado

- Assim que eu contar, ele vai vir correndo ver a docinho dele...

- Impeça-o ! Não quero visitas por hoje.

- Tá, calminha. Tchau.

- Até mais.

Kagome caminha pelas ruas levando Sumomo nos braços, como se fosse uma bonequinha. O vento sopra em seu rosto. Ela pára numa vitrina e olha. Tem um grande espelho em sua frente. Mas quem olha para ela não é seu reflexo. É uma estranha. Uma mulher de cabelos mais lisos e compridos que os seus, presos de uma maneira diferente, de rosto mais cheio e de pele pálida. “De novo esta mulher. O que isso significa ?” Kagome pisca. A mulher desaparece. Agora apenas seu reflexo a contempla.

- Kagome-chan !!! - Um rapaz de terno vem correndo em sua direção.

- Ah, olá Trunks.

- Você parece desanimada... - ele olha para os braços dela - Sumomo-chan ? O que aconteceu ?

- Vamos nos sentar naquele banco que eu te conto tudo.

Trunks Briefs era vice-presidente da corporação criada por sua mãe, Bulma Briefs. A Capsule Corporation vendia muitos tipos de coisas e eles eram muito ricos. Ele tem 25 anos, cabelos lisos, de cor lilás, e olhos azuis. É um excelente lutador.

- Agora entendo porque tive uma sensação estranha. Foi quando ela levantou a barreira. Mas ela está bem ? - Trunks fica perplexo.

- Sim. Eriol quer conversar conosco assim que ela sair do hospital, em três dias. Mas não vá visitá-la hoje, ela não quer receber ninguém.

- Entendo. Amanhã irei lá quando sair da empresa. - ele se levanta; Kagome também. Eles recomeçam a andar e ele oferece o braço a Kagome, que aceita - O que você estava olhando por aquela vitrina antes de eu chegar ?

- Eu, olhando ? - Kagome fica um pouco surpresa com a pergunta - Ah, nada, estava apenas pensando.

- Em...???

- Ah, Trunks, não vem ao caso.

- Está bem. Deixa pra lá. Não quer vir jantar lá em casa ?

- Quero sim, mas eu preciso ligar para minha mãe, avisando.

Trunks oferece seu celular. Eles continuam caminhando, agora em direção à casa de Trunks.

- Alô, mãe ? Aqui é a Kagome.

- Oi, minha filha, aconteceu alguma coisa ?

- Não. Liguei para avisar que vou jantar na casa do Trunks hoje, tudo bem ?

- Tudo bem. Mas não volte tarde. Ah, hoje deixaram um pacote pra você aqui em casa.

- Quem mandou ?

- Não sei, não tem endereço. Quando você chegar, você abre. Cuide-se, filha! Tchau !

Kagome desliga o telefone e entrega a Trunks.

- Tem um pacote para mim lá em casa.

- Sabe quem mandou ?

- Não, e estou com receio de abrir a caixa.

O jantar foi maravilhoso. A mãe de Trunks sempre é muito carinhosa com Kagome. Depois de conversarem, Trunks pegou o carro e levou Kagome em casa.

- Até mais, Trunks.

- Ei, você não quer que eu entre para abrir o pacote com você ?

- Já até havia me esquecido disso. Venha, entre.

Trunks e Kagome subiram a escadaria que dá acesso ao templo onde Kagome mora. Seu avô é o sacerdote do templo e ela mora junto com sua mãe e seu irmão mais novo, Souta. Trunks cumprimentou a família e subiu com Kagome até seu quarto. Um pacote fino e comprido estava em cima da cama. Kagome sentou e começou a abrir. Trunks ficou de pé. Ela desembalou, perplexa.

- Um arco...

- Pra quê mandariam um arco pra você ?

- Um arco japonês, da época feudal...

- Você sabe usar o arco ?

- Nunca tentei. - Kagome segura o arco retesado, mas sem flechas.

- Bem, já que está tudo normal, preciso voltar. Ainda tenho que resolver uns papéis da empresa.

- Tchau, Trunks. - Ela dá um beijo estalado na bochecha dele, que cora levemente.

- Tchau.

“Quem poderia ter me mandado este arco ? Será que...”

 

No outro dia, Kagome está sentada em sua carteira, na escola. Continua pensando sobre o arco que lhe foi enviado, quando o professor entra na sala. Michiru Kaiou, 16 anos, olhos azuis e cabelos verdes, meio ondulados e de tamanho médio, presidenta da classe, fala.

- Kinomoto-sensei, como vai a sua filha ?

- Ah, senhorita Kaiou, muito obrigado por perguntar. Sakura já está bem, foi apenas uma febre. A propósito, onde está a senhorita Kishu ?

Kagome se levanta.

- Kinomoto-sensei, Kishu se acidentou, caindo da escada, e ficará durante três dias no hospital. Mas ela está bem. - todos começam a conversar baixinho, espantados.

- Muito obrigado, senhorita Higurashi. Por favor, leve para ela as lições e diga que lhe desejo melhoras.

- Sim, sensei.

Kagome passa o dia todo sentada, sozinha, em sua carteira. Não consegue parar de pensar no arco que recebeu.

- Higurashi ?

- Hã, ah, Minamino. Oi.

- Bem, gostaria de saber se você vai visitar Arashi esta tarde.

“Ele já a está chamando de Arashi ! Que progresso !”

- Vou assim que sair da escola.

- Posso ir com você ?

- Ah, claro. ^^

- Então eu também posso ir ? Fiquei preocupada quando você falou o que tinha acontecido.

- Michiru-chan ! Ah, claro que pode ! ^^ Agora, se me dão licença, preciso ir ao banheiro.

Kagome sai e entra no banheiro vazio. Tira Sumomo de dentro de sua blusa.

- Olá Kagome-chan ! No que posso ser útil ? - Sumomo começa a falar bem alto e animadamente.

- Faça mais silêncio, Sumomo-chan ! Quero que ligue para Tokiko.

- Tudo bem. - Os “olhos” de Sumomo ficaram opacos e ela ficou estranhamente parada.

- Hospital Central de Tokyo, bom dia !

- Bom dia. Gostaria de falar com a Dra. Tokiko Magami, por favor.

- Um minuto.

“Não demore, Tokiko...”

- Alô ?

- Tokiko ! Aqui é Kagome. Liguei para avisar que alguns colegas de classe vão visitar Arashi comigo.

- Ainda bem que você avisou. Eles não podem ver a perna dela. Qual a desculpa que você arranjou ?

- Disse que ela caiu da escadaria.

- Nada mal.

- Ah, e não diga a ela que vai receber visitas. Quero fazer uma surpresa.

- Está bem. Tchau.

- Ligação concluída.

- Muito obrigada, Sumomo. Pode desligar.

- Boa noite, Kagome-chan. - Sumomo desliga.

O resto do dia transcorreu normalmente. Na hora da saída, Michiru, Kurama e Kagome caminharam tranqüilamente até o hospital, conversando. Apenas pararam para que Kurama levasse umas flores para Arashi.

- Arashi, posso entrar ? - Kagome bate na porta do quarto dela.

- Pode.

Kagome abre a porta e Arashi vê, perplexa, que Michiru e Kurama estão lá.

- Arashi, fiquei muito preocupada quando Kagome falou que você tinha caído da escada. Você está bem ? - Michiru pergunta.

- Sim, vou ficar estes dias em observação, só pra terem certeza de que estou bem.

- Ah, que bom ! Apenas vim dar uma passada rápida, tenho ensaios com violino hoje à tarde, para uma festa em que vou me apresentar. - ela dá um beijo na testa de Arashi - Cuide-se, menina !

- Tchau, Michiru.

- Bem, eu tô morrendo de fome, então vocês não se importam se eu for até a lanchonete do hospital por enquanto, né ? - Kagome fala já saindo do quarto. Antes de sair, ela dá uma piscadela para uma Arashi brava.

Kurama não falou uma palavra desde que entrou no quarto. Foi até a cabeceira da cama, colocou as rosas vermelhas que tinha trazido num vaso que lá estava. Arashi observava cada movimento seu como se quisesse puxá-lo com os olhos, e tragá-lo para dentro de si, onde ele pudesse ser só dela e de mais ninguém.

Agora ele se dirigiu até a janela e ficou olhando a rua. Continuava calado e este silêncio fuzilava Arashi por dentro. Ela preferia que ele não se preocupasse com ela, ao invés de ficar completamente mudo.

- Quer dizer que você caiu da escada... - Kurama não olhou para Arashi.

- É. Acabei tropeçando sem querer.

Kurama olhou para Arashi de uma maneira cortante. Avaliou todos os seus ferimentos e a olhou rispidamente nos olhos. “Ele percebe quando eu minto pra ele... E me odeia por causa disso...”. Arashi não conseguia disfarçar a sua tristeza. Por fim, Kurama sorriu.

- Quando você sair do hospital, vamos ao parque, comemorar. Fique boa logo. - ele deu um último sorriso e foi embora.

Arashi já não entendia mais nada. Mas estava completamente arrasada por dentro. Kurama a odiava, ela podia sentir isso. E não podia lhe contar a verdade. Ela começou a chorar. Kagome entrou no quarto.

- Arashi, o que aconteceu ? Kurama falou alguma coisa que te machucou ?

- Não, ele não falou. - ela estava rouca - Mas seu olhar me disse tudo. Ele me odeia, Kagome. Ele me odeia !

- Ele não te odiaria se viesse até aqui.

- Ele veio para deixar bem claro que a distância entre nós é gigante. Você não viu a maneira que ele olhou para mim. Parecia perceber que eu estava mentindo sobre o acidente. Ele me odeia e eu o amo tanto ! Eu o amo desde a primeira vez que o vi, há dois anos, quando ele entrou na nossa escola. Pensar que eu nunca terei aquele olhar carinhoso só pra mim, pensar que eu nunca vou sentir os lábios dele nos meus, isso tudo me mata, Kagome. Eu deveria ter morrido nas mãos de Kamus, seria mais justo. - Arashi não consegue mais falar; apenas chora.

- Não diga uma besteira destas ! Você não vai morrer ! Precisamos achar e destruir logo aquele maldito amuleto e então você vai poder contar toda a verdade a ele. Tenho certeza que ele não te odeia ! Agora durma, Arashi, você está muito tensa. Durma, minha amiga. - Ela encostou Arashi na cama e ficou alisando seu rosto, até que ela adormeceu. Pegou suas coisas e saiu. Ela precisava descobrir de onde aquele arco viera e o porquê.

Kagome saiu do hospital e foi direto para casa. Subiu a escada, entrou no quarto, trancou a porta e abriu o guarda-roupa. A caixa estava lá, o mesmo modo que ela a deixara no dia anterior. Pegou Sumomo.

- Sumomo, preciso que você faça uma ligação para a casa do Eriol.

- Certo, Kagome-chan !

Os “olhos” de Sumomo ficaram opacos.

- Mansão Hirasiigawa. - uma voz feminina atende.

- Alô. Nakuru ?

- Kagome-chan !!! Como vai ?

- Estou bem. O Eriol está ?

- Tá sim, só um minutinho.

- Alô ? Kagome ? - uma voz masculina sai da boca de Sumomo.

- Eriol, eu preciso falar com você. Tenho algo que quero lhe mostrar.

- Posso saber o que é, Kagome ?

- Acho melhor eu te mostrar pessoalmente.

- Venha agora. Estou te esperando.

- Ligação concluída.

- Por que será que ele sempre desliga na minha cara ? - ela pega a caixa - Sumomo, entre na minha blusa. Vamos até a casa do Eriol.

- Eba !!! Eu vou ver o mestre !!!!

Kagome coloca a caixa debaixo do braço e desce as escadas.

- Filha, aonde você vai com esta caixa ?

- Mãe, eu preciso ir à casa do Eriol. Mas eu volto logo, não se preocupe. Tchau !

- Cuide-se !

Kagome sai rapidamente em direção à casa de Eriol.

 

O lugar é um pouco escuro. Há duas poltronas, uma de frente para outra, e ambas de frente para uma lareira, acesa. Uma delas é ocupada por uma mulher e a outra, por um homem.

- Você nunca me contou os motivos que te levam a agir deste modo. - a voz masculina diz, num tom infantil.

- É verdade, eu nunca te contei a minha história. Se tiver paciência, te contarei nos mínimos detalhes.

- Sou uma pessoa bastante paciente.

- Bem, tudo começou há uns 17 anos atrás, quando eu ainda era um...

A porta do lugar se abre. A mulher interrompe o que dizia e avalia a pessoa que entrou.

- Sim, Kamus ?- a mulher torna a falar.

- Srta. Chizuru, Kotoko recolheu os dados da garota.

- Mostre-me.

Kamus entra na sala com Kotoko em mãos. Kotoko também é um persocom, como Sumomo. Possui cabelos escuros e veste um kimono. Kamus a conecta a um aparelho de televisão.

- Sim, mestre ? - Kotoko abre os olhos.

- Mostre-me a luta, Kotoko. - a mulher ordena.

Os olhos de Kotoko ficam opacos. As imagens começam a aparecer na tela. Arashi ergue a barreira, retira a espada da mão e começa a lutar com Kamus.

- Ela não me parece tão boa quanto você me disse, meu caro. - a mulher fala.

- Se ela ao menos tivesse lutado. Perceba que está distraída - o homem fala.

- Mesmo assim, parece-me que você a endeusou demais. Também, não era pra menos. Mas se você acha que devemos ter cuidado com ela, ouvir-te-ei. - a mulher sorri - Mas quem são estes dois que estão tão perto de vocês ? - a mulher aponta para as costas de Kurama e Kagome.

- Aparentemente, apenas colegas de classe. Não manifestaram nenhum poder especial, senão não teriam sido atingidos pela barreira da garota. - Kamus se manifesta.

- Interessante. Pode se retirar agora, Kamus. E leve Kotoko com você.

- Está bem.

Kamus sai do aposento.

- Quer continuar agora, meu caro ? - a mulher fala.

- Agora não. Preciso fazer uma coisa antes. - o homem se levanta.

- Como quiser. - ela sorri.

 

Trunks está sentado numa cadeira, na sua sala da Capsule Corporation, olhando para o teto, entediado. Os pés estão sobre a mesa e ele gira uma caneta entre os dedos, pensativo. Há muito disse à mãe que detestava aquele cargo, mas ela replicava, dizendo que ele era o único herdeiro e que deveria tomar parte nos negócios da família. Olhou para o relógio. 16h35min. “Kagome deve ter acabado de sair do hospital. Não agüento mais ficar aqui dentro sem ver a minha docinho. Tenho que arrumar um jeito de sair de fininho...”

Ele se levanta e olha pela janela. Não há ninguém lá fora. Ele a abre, cuidadosamente, sai e começa a flutuar. Fecha a janela, dá um sorrisinho e aterrissa na rua. Tira a chave do carro de dentro do paletó e destranca o carro, quando ouve um grito.

- Trunks !!! Você vai fugir de novo ??? - Bulma, uma mulher com seus quarenta anos, de cabelos esverdeados e olhos azuis, grita pela janela na qual ele acabara de escapar.

- Desculpe, mamãe ! Preciso ir !!! - ele entra apressadamente no carro e sai, rindo.

- Aquele menino não tem jeito mesmo... Aposto que foi ver a Arashi...- Bulma fecha a janela, zangada.

Trunks chega ao hospital onde Arashi está internada e encontra Tokiko na recepção.

- Olá, Trunks ! Como vai ?

- Estou bem, Tokiko. Arashi ?

- A perna dela está melhor. O quarto dela é o 301. Entre com cuidado, Kagome disse que ela tinha adormecido.

- Tudo bem.

Trunks entra no elevador, sozinho.

“Tem uma presença estranha dentro deste hospital... Quem será ?”

O elevador chega. Trunks sai e vai em direção ao quarto 301. Entra cuidadosamente. Arashi dorme profundamente.

“Ela é tão bonita quando acordada, mas, dormindo, parece um anjo...” - ele beija a testa de Arashi e se senta numa cadeira próxima. “Eu iria embora agora se não fosse essa presença estranha... Será que pretendem matá-la enquanto dorme ? Isso seria covardia.”. O tempo passa. Trunks observa a tudo cuidadosamente, mas parece não haver rastro desta presença estranha. A janela está fechada, as coisas estão no lugar. A única coisa estranha parece ser um vaso de rosas vermelhas na cabeceira da garota. Arashi começa a abrir os olhos.

- Finalmente acordou, docinho ! - ele sorri.

- Trunks ! - Arashi olha pra ele meio espantada - Há quanto tempo você está aí ?

- Algumas horas...

- Mas, se eu estava dormindo, por que você não foi embora ?

- Não está sentindo uma presença estranha ?

- Sinceramente, não.

- Estranho... Bem, quem foi que lhe deu estas rosas vermelhas neste estado? - Trunks aponta para o vaso.

- Ah, foi o - Arashi emudece quando olha para o vaso. As flores tinham sido cortadas e jaziam no móvel; no vaso estavam apenas os talos. - O que aconteceu com estas flores ?!

- Eu não sei, quando cheguei, elas já estavam assim. A propósito, quem as deu a você ?

- Foi o Kurama. - ela segura as flores, sem entender.

- Kurama ? Não o conheço, mas já não simpatizei com ele... Parece que ele quer roubar a minha docinho...

- Ah, Trunks, não brinca agora. Eu quero entende o que aconteceu aqui.

- Eu não tenho como saber ! Só sei que a presença desapareceu. Eu preciso ir agora. - ele beijou a testa dela novamente - Fique boa logo !

- Tchau.

“O que diabos aconteceu aqui ? Quem faria uma coisa destas ? Parece até um aviso...”

Arashi, para se distrair, começa a assistir televisão.

 

Kagome está em frente a uma mansão. Ela toca na campanhia.

- Quem é ?

- Sou eu, Kagome.

- Ah, entre !

As portas se abriram e a garota entrou. A mansão tinha um belo jardim, de modo que ela começou a apreciar a paisagem enquanto caminhava. Chegou à porta, e um garoto de cabelos azuis e olhos da mesma cor, emoldurados por um óculos, a recebeu com um sorriso.

- Kagome, seja bem vinda !

- Olá, Eriol !

- Mestre !!!!!!!!!!!! - Sumomo sai de dentro da blusa de Kagome

- Sumomo-chan ! Você vai ficar aqui em casa hoje !

- Que bom, mestre !!!! - Sumomo sai correndo. Eriol dá a mão para ela subir e a coloca em seu ombro direito.

- Da próxima vez que ela fizer isso, vai rasgar a minha blusa...

Eriol sorri mas, ao olhar o pacote, fica sério.

- É este pacote que quer me mostrar ?

- Sim. Pode ser aqui mesmo.

Eriol lhe indica uma cadeira na varanda e ela se senta.

- Ontem esta caixa chegou a minha casa, endereçada para mim. Porém não tinha remetente. Acho que você pode saber de onde isso surgiu. - ela abre a caixa para Eriol. O sorriso dele se expande pelo rosto e ele pega o arco.

- Não tinha remetente ?

- Não. Pelo seu sorriso, você sabe quem o mandou e o porquê.

- Sim, sei. Mas, infelizmente não posso dizer.

- Por que você é sempre assim, senhor misterioso ?

- Por mim eu contaria, mas tenho certeza que a pessoa que te enviou isso ficaria brava comigo. Você deve descobrir sozinha.

- Sabe que você agora me lembrou um personagem de um desenho que eu assistia quando era menor ?

- Sério ? Quem ? - Eriol faz uma cara curiosa.

- Sabe Dungeons & Dragons ? Você me lembra o Mestre dos magos : nunca diz nada, só fala por enigmas. Só falta desaparecer...

- Não seja por isso... - Eriol vai se levantando.

- Eu tava brincando, volta aqui ! - Kagome se levanta e segura o braço dele - Por que você não pode me dizer ?

- Eu já disse, quem te mandou ia ficar com raiva de mim, e eu não quero o ódio desta pessoa ! Mas me diga uma coisa : você sabe usar um arco ?

- Não. - Eriol dá típica quedinha com uma gota na cabeça. ^^’

- Então eu quero que você procure uma pessoa. Ela poderá lhe ensinar a usar o arco.

- Quem é ?

- Kaho Mizuki, sacerdotisa do templo Tsukimine. Não fica longe daqui. Eu falarei com ela, então pode ir procurá-la amanhã de manhã. Depois volte para cá, temos uma reunião.

- Ei, o templo pode ficar perto da sua casa, mas não da minha ! E a Arashi ?

- Eu cuido dela. Até mais. - Ele se vai.

- Agora sim, é o Mestre dos Magos... Mas por que ele sempre me manda fazer coisas complicadas ?

Kagome se vira e vai embora, levando o arco dentro da caixa.

Eriol entra em casa. Vai caminhando lentamente até a biblioteca, entra e fecha a porta. Vira-se com um sorriso, se deparando com um homem sentado numa poltrona, em frente a uma mesa. Ele possui cabelos castanhos, lisos e de tamanho médio, e olhos da mesma cor. Veste uma roupa azul, tem escrito, em sua testa, “Jr”, e tem uma espécie de chupeta na boca.

- Eu sabia que você viria, Koenma. - Eriol fala.

- Você é realmente muito bom nisso, Clow. E aí, ela recebeu o presente ?

- Recebeu sim. Fiz de tudo para não dizer quem o tinha enviado. Por que ela não me deixa contar a verdade a ela ?

- Não sei... Vai ver ela quer que Kagome descubra sozinha.

- Koenma, aproveitando a oportunidade - Eriol se senta numa outra poltrona, em frente à de Koenma - eu quero que você me conte toda a história deste amuleto. Há cinco dias você apareceu aqui, me pediu para reunir pessoas, mas não me disse exatamente o que estou procurando.

- Calma, meu chapa. A história é longa.

- Quer um chá ? - Eriol sorri.

- Boa idéia !

- Nakuru-chan ! - Eriol fala e uma mulher, de cabelos castanhos longos, entra.

- Diga, Eriol-kun ! Ah, Koenma-sama ! Como vai ?

- Bem, Nakuru. ^^

- Nakuru, ainda tem aquele bolo que você fez ?

- Sim ! Vou trazê-lo com chá, volto rápido !

Nakuru sai.

- Ela não muda nunca ?

- Não, sempre é muito ativa ^^’

Nakuru volta, serve o lanche e se retira.

- Podemos começar, Koenma.

- Claro. Há muito tempo atrás, creio que muito antes da época em que Clow era vivo, um sacerdote resolveu colocar todo seu poder num amuleto, chamando-o de amuleto de Anúbis. Ficou fraco, obviamente, mas o camarada era muito resistente e viveu o tempo suficiente para aprimorá-lo.

- Interessante... Não há registros nos livros de Clow sobre este amuleto. O que ele faz ?

- Ele realiza qualquer desejo da pessoa. Porém, a pessoa deve sacrificar alguma coisa em troca. Mas não pode ser qualquer coisa. Tem de ser algo que o amuleto considere justo em relação ao pedido feito.

- E o que aconteceu com o amuleto depois que ele morreu ?

- O amuleto - isto é o mais impressionante - entrou na alma de seu criador e vaga com ele desde então. Para achar o amuleto, deve-se achar a reencarnação do sacerdote e forçar a saída do artefato.

- Como podemos forçar a saída do item ?

- Basta colocar a pessoa em perigo com algum poder sobrenatural, seja qual for. O amuleto sairá para proteger o seu portador, ficando suscetível a roubos. Tudo o que peço é que vocês destruam o amuleto. Há pessoas buscando-o para um propósito desconhecido, mas não devemos apenas impedí-los. Devemos destruir o amuleto.

- Você confia naquela pessoa que me enviou ?

- Plenamente. Está com dificuldades de controlá-lo ?

- Não é bem isso. É que ele quer se revelar a todo custo.

- Por causa das esperanças que lhe dei ?

- Sim. Desde que você lhe disse que a pessoa que está atrás do amuleto pode ser a pessoa que ele está procurando, não pensa em outra coisa.

- Ele não deve fazer nenhuma besteira. Sabe muito bem que a missão dele é destruir o amuleto e não apenas impedir que os inimigos o achem. Se tiver mais problemas, mande ele me procurar, tudo bem ?

- Claro, Koenma.

- Agora preciso ir. Tenho uma papelada para resolver antes que meu pai volte, senão vou levar palmadas no bumbum ! Tchau !

- Tchau ! ^^’

Eriol se levanta e ficar observando a lenha crepitando na lareira.

“Isso não vai dar certo...”


Capítulo 2

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