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As Forças Armadas
Portuguesas
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http://es.geocities.com/atoleiros
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Afonso Henriques -
1º Comandante em Chefe |
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As Forças Armadas Portuguesas actuais, são
coordenadas pelo Estado Maior das Forças Armadas e são responsáveis
pela manutenção da soberania nacional e pela defesa do território
português quer a nível terrestre, marítimo ou aéreo.
São três os ramos que fazem parte das
Forças Armadas de Portugal:
- Exército
- Força Aérea
- Marinha
O Chefe Supremo das Forças Armadas de
Portugal é o Presidente da República. O Ministério da Defesa
Nacional gere todo os meios logísticos e humanos das Forças Armadas
bem como a administração de equipamentos militares. A cada ramo está
associado um general que é responsável pela manutenção do seu respectivo
ramo.
A Marinha Portuguesa tem uma
história bastante antiga, que se liga à própria história de Portugal,
aliás, a Marinha de Guerra Portuguesa é a mais antiga do mundo, de acordo
com uma bula papal. A primeira batalha naval da Marinha Portuguesa de que
se tem conhecimento, deu-se em 1180, durante o reinado do primeiro
de rei de Portugal, D. Afonso Henriques, ao largo do Cabo
Espichel, quando uma esquadra portuguesa, comandada por D. Fuas
Roupinho, derrotou uma esquadra muçulmana.
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- A
História do Exército Português está directamente ligada à
História de Portugal, desde a sua primeira hora. As forças
terrestres estiveram presentes na luta dos portugueses pela
sua independência contra
Leoneses e
Muçulmanos no
séc.
XII, contra os
invasores castelhanos no
séc. XIV, contra os
ocupantes espanhóis no
séc. XVII e contra os
invasores Franceses no
séc. XIX. Participaram ainda nas campanhas
portuguesas no
ultramar e exterior, desde o
séc. XV, na
África, Ásia, América, Oceânia e Europa
Durante o século XX, Portugal teve apenas duas grandes
intervenções militares. A primeira, durante a
Primeira Guerra Mundial, e a segunda entre 1961 e 1974, nos
seus antigos territórios ultramarinos de Angola, Guiné Bissau e
Moçambique,,
a Guerra Colonial, de cujo conflito resultaram milhares de feridos e
mortos (por Portugal morreram cerca de 9.000) para ambas as
partes e cujas marcas, no caso específico de Portugal, permanecem ainda
vivas no presente, principalmente pelo facto de que muitos políticos
actuais, para defenderem a cegueira das suas ideologias políticas,
NÃO HONRAREM A MEMÓRIA DOS QUE MORRERAM E SOFRERAM PELA PÁTRIA!.
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- No entanto, Portugal tem participado
actualmente em inúmeras missões de paz da ONU, como a INTERFER e a
UNTAET, em Timor Leste, a MINIURSO, no Sahara
Ocidental, a
EUFOR na Bósnia, KFOR no Kosovo, ISAF no Afeganistão,
MONUC na República Democrática do Congo,
UNIFIL no Líbano e NTM no Iraque.
A partir de 2003, Portugal aboliu o serviço
militar obrigatório, que passou a ser opcional.
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Forças armadas
portuguesas -
equipamento moderno
ISAF - Comandos Portugueses em
patrulha em veículos através das ruas de Kabul (Afeganistão)
Tanque Leopard 113-S
Helicóptero EH-101 Merlin
Caça F-116
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História das Forças Armadas
Portuguesas
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- Batalhas Medievais - Guerras da
reconquista
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- Batalha de São Mamede - Afonso
Henriques vence D. Teresa em 1128
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Combate travado a 24 de Junho de 1128
no lugar de São Mamede, nas vizinhanças de Guimarães. Assinala a
afirmação da independência portuguesa face à Galiza, pela vitória do jovem D.
Afonso Henriques contra as tropas de sua mãe, D. Teresa, e do
conde Fernão Peres de Trava. Afonso Henriques comandava um exército de
nobres do Condado Portucalense, descontentes com a hegemonia galega sobre os destinos do
território de Entre-Douro-e-Minho, personificada na família dos Travas.
- Batalha de Cerneja - Afonso
Henriques vence os Leoneses (1137)
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- Em 1137 vence os Leoneses na batalha de
Cerneja, mas os
mouros aproveitando-se das quezílias entre D. Afonso
Henriques e o seu primo Afonso VII conquistam o castelo
de Leiria, e ameaçam Coimbra.
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- Batalha de Ourique - Afonso
Henriques vence os muçulmanos em 1139
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- Batalha travada em 25 de Julho de 1139, dia
de Sant'Iago, entre as forças do nosso primeiro rei e as de um chefe islâmico denominado
Esmar. A Batalha de Ourique associa-se à história
da aclamação de Afonso Henriques como rei pela nobreza guerreira, em que se descreve o
seu regresso triunfal a Coimbra, com a possível indicação de ter sido a
partir desse
momento que o infante passou a intitular-se rei.
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Afonso Henriques conquistou Santarém (Março de 1147) e Lisboa (Outubro de 1147), esta com a
ajuda de cruzados Ingleses, Franceses, Alemães e Flamengos que iam para a
Palestina. Tomaria ainda Almada e
Palmela, que se entregaram sem luta, conquistando posteriormente,
em 1159, Évora e Beja, que perderia pouco depois a favor
dos mouros. A reconquista de Beja foi de novo possível em 1162,
reocupando-se também Évora, com a ajuda de Geraldo Sem Pavor,
em 1165.
D. Sancho
I passou a comandar os exércitos portugueses. Em 1158 conquista Alcácer do
Sal, de 1165 a 1169 conquista Évora, Beja e Serpa, que voltam a ser perdidas
para os muçulmanos que recuperaram grande parte do Alentejo
Conquista a
importante cidade de Silves, a 3 de Setembro de 1189. No entanto a conquista
dura pouco, e Silves que já tinha sido anteriormente conquistada por
Fernando Magno de Leão em 1060 e depois perdida, volta a cair nas mãos dos
árabes em Abril de 1191, conquistada por Ibne Juçufe.
Silves é reconquistada definitivamente no reinado
de D. Sancho II, por D. Paio Peres Correia mestre da Ordem de San´Tiago que num golpe de sorte, aproveitando a saída das tropas de Almansor,
que tinha abandonado a cidade, deixando-a indefesa, para atacar Estombar.
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origens da marinha portuguesa
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D. Afonso Henriques tinha uma marinha primitiva que esteve envolvida em
constantes escaramuças com os barcos muçulmanos no estreito de Gibraltar. D. Fuas Roupinho foi um dos
primeiros comandantes navais portugueses.
O seu sucessor D. Sancho I continuou a expansão naval do reino mandando
construir em 1189, uma esquadra de 40 galés, galeotas e outros barcos.
D, Diniz mandou semear um pinhal perto de Leiria, para fornecer madeira para a
construção naval e encorajar a industria conferindo o privilégio de cavaleiros aos seus oficiais e artesãos.
Manteve uma esquadra permanente para guardar as costas contra os ataques dos piratas, e foi o primeiro monarca
português a estabelecer um posto de Almirante permanente e hereditário.
Em 1317 um nobre genovês famoso, Manoel Pessanha, foi o primeiro a ser
nomeado para esse posto.
Pessanha trouxe para Portugal diversas famílias genovesas que se tornaram com o tempo, os mais influentes na
expansão marítima Portuguesa.
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- Batalha de Navas de Tolosa
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Portugueses e Castelhanos vencem os muçulmanos (1212)
Detendo
o avanço dos Almóades na Península Ibérica, os reis de Castela, Aragão, Navarra, Leão e Portugal
fizeram
reunir um exército coligado contra as tropas do Califa al-Nasir, derrotadas por completo nesse dia. Esta importante e sanguinolenta batalha foi das mais renhidas da
Alta Idade-Média, marcando uma data decisiva
para a Reconquista na Espanha.
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Batalha do Salado |
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- Batalha do Salado - Afonso IV e
Afonso XI de Castela vencem os muçulmanos na grande batalha do Salado na
Andaluzia, de grande importância para a independência dos dois reinos
(1340)
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- No começo do Outono de 1340,
Afonso IV de
Portugal dirigiu-se a Sevilha, em auxílio de Afonso XI de Castela, donde seguiram os dois
monarcas cristãos para Tarifa, cercada então pelos fortes exércitos sarracenos.
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- A batalha travou-se junto ao rio
Salado,(30 de Outubro de 1340)
cabendo às tropas portuguesas a tarefa de defrontar as do rei de Granada, que se
encontravam do outro lado do rio.
É salientada a coragem de D. Afonso IV, que
a esta batalha ficou a dever o cognome de o Bravo, e também o seu desinteresse
pela riqueza, bem como a dos combatentes portugueses que o acompanharam, que não quiseram
aceitar a oferta de Afonso XI para que colhessem, do opulento espólio deixado no campo de
batalha pelos Sarracenos vencidos, tudo o que lhes aprouvesse.
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- A Batalha do Salado foi o remate da última
tentativa de vulto realizada pelos Muçulmanos e pelo remanescente reino de
Granada para
restabelecer ou, pelo menos, alargar o seu domínio na Península. Nesta
batalha também teve um papel importante a Marinha
Portuguesa, comandada pelo almirante Manoel Pessanha,
cortando as rotas de abastecimento entre Marrocos e a
Península..
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Guerras pela independência (1384-1385)
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Nuno Álvares, |
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- Guerras pela independência (1384-1385)
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- Batalha dos Atoleiros - Nuno
Álvares Pereira vence os castelhanos (1384)
- Batalha de Aljubarrota -
Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1385)
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Batalha de Valverde -
Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1385)
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- Antes da batalha de
Aljubarrota, os portugueses tinha derrotado os castelhanos em
Trancoso (Junho de 1385), e depois comandados por D.
Nuno Álvares Pereira triunfaram na batalha de Atoleiros
(Abril de 1384) e depois Valverde no território de Castela
(Outubro de 1385).
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- A vitória de Aljubarrota, seguida pelos êxitos
posteriores de Nuno Álvares, asseguraram o reino a João I e
fizeram dele um aliado desejável. Uma pequena força de arqueiros ingleses
estiveram presentes em Aljubarrota. O tratado de Windsor (9 de Maio de 1386) estabeleceu
a aliança Anglo-Portuguesa, aliança até hoje permanente entre os dois reinos.
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Batalha dos Atoleiros
Armaduras de cavaleiros
Descobertas - batalhas e
conquistas
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Tomada
de Ceuta |
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- A
Conquista de Ceuta
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A
25 de Julho de 1415, sob o comando
do
Rei D. João I,
largaram de Lisboa, em direcção ao
Norte de África, 242 navios,
alguns armados de guerra e galés, nos quais seguiam
D. Henrique, D. Pedro e D. Duarte.
A
21 de Agosto de 1415,
os botes dos navios do Infante D. Henrique começaram a despejar gente na
praia.
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Depois de um pequeno ataque, cheios
pânico, os Mouros recolheram-se espavoridos às portas da cidade, e 500 dos
Portugueses, que correram logo sobre eles, entraram também de roldão,
sendo depois auxiliados pelos infantes
D. Henrique e D. Duarte
com mais forças. Também o Rei ao tomar conhecimento da situação, foi em
auxílio com as suas tropas.
- Pode dizer-se que com a conquista de
Ceuta
começou a
Época das Descobertas
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D. Afonso V |
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Conquistas
de D. Afonso V em África
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Conquista a pequena praça de Alcácer-Ceguer, no estreito de
Gibraltar, em 1458, Anafé em 1464, e Arzila em 1471.. Em 1463-1464 há nova expedição a Tânger,
mas que não resulta. Com a conquista de Arzila, Tânger
é também ocupada. Nesta última campanha participa o príncipe D. João que,
com 16 anos, se bate corajosamente e é armado cavaleiro.
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São estas
expedições e conquistas em África que valem o cognome de o Africano a D. Afonso
V, e que lhe conferem prestígio entre a nobreza europeia.
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Como tinha casado com Joana, filha de
Henrique IV de Castela, Afonso V reclamou o trono Castelhano e envolveu-se
numa larga disputa com Fernando e Isabel, e foi derrotado na região de
Zamora e
Toro em 1476. Embarcou para França para pedir ajuda a Luís XI, mas não o conseguiu.
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- No seu regresso assinou com Castela o tratado de
Alcáçovas (1479), abandonando os direitos da sua esposa Joana.
Afonso V nunca
recuperou deste seu fracasso, e durante os seus últimos anos de vida, o seu filho,
o futuro D. João II, administrou o reino.
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O "pai" das Descobertas
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Infante D.
Henrique |
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O Infante
D. Henrique o Navegador
- O terceiro filho de D. João I e
D. Filipa de Lencastre,
mais conhecido impropriamente como " Navegador" (ele pessoalmente nunca
passou de Tanger), chamava-se Henrique e foi mestre da Ordem de Cristo
(1420), que o rei D. Dinis I tinha fundado (1319). Os fundos da ordem eram usados para atrair
geógrafos e navegadores preparados e simultaneamente equipar uma série de expedições
que gradualmente, começaram a colher frutos.
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- A data da primeira expedição do príncipe
não é conhecida exactamente, mas parece ter sido cerca de 1418, quando a ilha de Porto
Santo foi visitada. O primeiro contacto com a Madeira data provavelmente de 1419.
Fez-se uma tentativa de povoar as Canárias, sem êxito, e entre 1427 e 1431 os
marinheiros portugueses visitaram os Açores.
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Conquista de Ceuta |
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- Mas os Açores e a Madeira eram desabitados,
e a sua colonização procedeu-se rapidamente cerca de 1445. O açúcar
aí produzido era exportado para a Europa e dava às ilhas uma grande importância económica. Ao mesmo tempo os barcos do príncipe Henrique estavam reconhecendo a costa
Africana, passando o Cabo Bojador em 1434 e o Rio de Ouro em 1436. A infeliz
expedição contra Tanger (1437) foi seguida afinal seguida por um arranque das
descobertas.
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- Em 1439 o Príncipe Henrique foi autorizado a
colonizar os Açores; e desde 1440 que as expedições que se seguiram foram
equipadas com um novo e ligeiro navio, a caravela, atingiram a baía de Arguin
(1443), Cabo Verde (1444), e à morte de Henrique (1460) tinham explorado toda a
costa sul até à Serra Leoa. Sob o reinado de Afonso V, fizeram-se três
expedições contra Marrocos (1458, 1463 e 1471); na última delas, Tanger e
Arzila foram capturadas.
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- As explorações africanas não foram
inteiramente abandonadas, mas fica para João II, com o seu sentido agudo do interesse
nacional, fundar uma fortaleza e feitoria de comércio no Golfo da Guiné em Elmina (São João da Mina, 1481-82). Diogo Cão descobriu a foz do rio Congo em
1482 e avançou até Cape Cross, duzentas léguas para sul (1486).
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O Homem que expandiu o
mundo
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Vasco da Gama e o Samorim
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- Vasco da
Gama descobre o caminho marítimo para a Índia
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- Vasco da Gama partiu de
Lisboa ( Restelo ), a 8 de Julho de 1497, levando três naus e um navio de mantimentos.
Chegou à ilha de Santiago ( Cabo Verde ) nos princípios de de Agosto e, a 8 de Novembro,
ancorou na angra de Santa Helena ( ainda na costa ocidental da África ), após uma
larguíssima rota através do Atlântico Sul.
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- Uma vez dobrado o cabo da
Boa Esperança e a seguir, os cabos das Agulhas e do Infante, ancorou na Angra de S.
Brás, onde foi destruído o navio dos mantimentos. Passou ao largo do cabo do Recife e
rumou então para o Norte. Alcançou o rio dos Bons Sinais ( oz do Zambeze ), Quelimane,
em Moçambique ), aportando depois a Mombaça e Melinde ( duas cidades do actual Quénia
).
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- Foi em Melinde que Vasco da Gama,
tendo obtido as boas graças do sultão local, conseguiu que este lhe cedesse um piloto
conhecedor dos segredos que permitiam uma boa travessia do Índico. Com tão preciosa
colaboração, Vasco da Gama e os seus homens alcançaram finalmente a Índia, aportando a
Capua ( duas léguas a norte de Calecute ), no dia 20 de Maio de 1498.
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O Homem que descobriu o
brasil |
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Descoberta ou Achamento do
Brasil
Depois do regresso de Vasco da Gama da Índia, em 1499, Pedro Álvares
Cabral é nomeado comandante de uma frota de treze navios que partem em
Março
de 1500 com destino à Índia.
Segue a rota indicada por
Vasco da Gama, mas ao passar por Cabo Verde sofre um desvio maior para sudoeste,
atingindo, a 22 de Abril de 1500, a costa brasileira. Manda um navio a Portugal com a nova
da descoberta e segue para a Índia, chegando a Calecut em 13 de Setembro de 1500.
- Vários barcos se perderam,
entre eles o de Bartolomeu Dias, que naufragou perto do Cabo da Boa Esperança, que ele
próprio dobrara anos antes pela primeira vez. Depois de cumprir a sua missão no Oriente,
Pedro Álvares Cabral regressa em 1501 e vai fixar-se nos seus domínios, na zona de
Santarém, onde vem a falecer em 1520.
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A Grande
Batalha naval de Diu
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D. Francisco de Almeida |
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- A Grande
Batalha naval de Diu
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- As actividades
dos portugueses levaram os muçulmanos a tomar acção militar. O
sultão do Egipto, aliado aos venezianos e aos Turcos, organizou uma
grande armada que atravessou o Oceano Indico até Diu, onde entrou em
combate com uma esquadra portuguesa. No primeiro combate saíram
vitoriosos e até mataram D. Lourenço de Almeida , filho de D.
Francisco de Almeida.
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- D. Francisco de Almeida
jurou vingança pela morte do filho, e em 2 de
Fevereiro de 1509, travou-se uma grande batalha naval em Diu,
e a armada
do sultão foi totalmente destruída pelos portugueses, que assim
asseguraram a sua hegemonia comercial e militar sobre a Índia e
permitiu a Portugal estender o seu Império até à China e Japão.
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- A grande superioridade
da artilharia naval portuguesa, de muito maior alcance, melhor precisão e cadência
de tiro, foi a principal responsável por esta tremenda vitória naval
sobre os seus adversários muçulmanos e venezianos. Nesta batalha, os
portugueses tinham uma esquadra de 18 navios entre naus e barcos de
apoio, e os turcos, venezianos e indus cerca de 10 naus e galeões.
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Grande batalha naval de
Diu |
Afonso de Albuquerque |
- Afonso de Albuquerque - O
Grande
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- D. Afonso de Albuquerque, sucessor
de D. Francisco de Almeida, conquistou Goa (1510), que se tornou a sede do poder Português,
e Malaca (1511); mandou duas expedições às Molucas (1512 e 1514);
capturou Ormuz no Golfo Pérsico (1515).
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- Pouco depois, Fernão Peres de Andrade
chegou a Cantão na China, e em 1542 foi permitido aos mercadores portugueses instalarem-se em Liampo
(Ning-Po)., fundando em 1557 a colónia de Macau
(Macao).
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- Diz dele a "Bibliotheca
Lusitana" de Diogo Barbosa Machado: «Chamado o Grande pelas
heróicas façanhas com que encheu de admiração a Europa e de pasmo e terror
a Ásia».
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O Homem que provou que o mundo era redondo
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Fernão de
Magalhães |
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Fernão de
Magalhães
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- Fernão de
Magalhães, filho de Rui Magalhães e Alda de Mesquita, nasceu em 1480 em
Sabrosa ou no Porto e morreu em 27 de Abril de 1521 em Mactan, Filipinas. Fui pagem da
Raínha D. Leonor em Lisboa. Navegou sob as bandeiras de Portugal ( 1505-1512 )e Espanha
(1519-21) e é considerado por muitos, como o maior navegador de
todos os tempos.
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Devido ao tratado de
Tordesilhas, Espanha entende que as ilhas das especiarias, as
Mollucas, lhe pertenciam , e
envia uma expedição naval, comandada por Magalhães, que sai de
Sanlúcar de Barrameda em 20 de Setembro de 1519,
- A frota passa por Tenerife, chega à
costa do Brasil em 20 de Setembro, e seguindo para o sul, chega às costas da da actual
Argentina, Chile e depois ao oceano Pacífico. Descobriu o famoso estreito que hoje tem o
seu nome, a "desejada passagem do sudoeste" e atravessou o oceano com uma sorte
espantosa, tal a calma do mar que encontrou, que lhe chamou o"Oceano Pacífico".
Nas Filipinas, na ilha de Mactan, foi morte em combate com os indígenas, e
Sebastián
Elcano termina a viagem, chegando a Espanha a 8 de Setembro de 1522.
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restauração da
independência
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D. João IV
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- Guerras da Restauração
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- Batalha do Montijo (1644)
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Primeiro confronto militar da Guerra da Restauração
da independência, que teve lugar a 26 de Maio de 1644, numa veiga do Guadiana, a nordeste de Badajoz. O exército português, composto por cerca de 7000 homens, comandados por
Matias de Albuquerque, tinha tomado de assalto a vila fronteiriça de Montijo.
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- De regresso a Portugal, na margem esquerda do rio Guadiana, esperava-o um contingente militar espanhol de 8500 homens, comandados pelo
barão de Mollingen. Depois de uma primeira fase desfavorável às
forças portuguesas e perante o descuido dos espanhóis, distraídos na
pilhagem, Matias de
Albuquerque ordenou um contra-ataque que acabou por
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- Linhas de Elvas (1659)
- Os mais importantes cercos feitos à cidade de Elvas datam das guerras da restauração.
Assim, em finais de 1644, o exército espanhol, comandado pelo marquês de
Torrecusa, atravessou o rio Guadiana. Reconhecida a importância de Elvas, tentou tomar a cidade, acabando por retirar nesse mesmo ano, face à resistência
portuguesa.
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- Em 1658, um novo exército
espanhol, desta feita sob o comando de D. Luís de Haro e equipado para manter um cerco prolongado, atacou a cidade. Em Janeiro de 1659, um exército de socorro veio ao encontro dos sitiados, terminando o cerco com a batalha das linhas de Elvas, de que os portugueses saíram vitoriosos.
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- Ameixial (1663)
- Batalha travada a 8 de Junho de 1663, no contexto da Guerra da Restauração, entre portugueses comandados por
D. Sancho Manuel (conde de Vila Flor) e pelo conde de Schomberg, e espanhóis sob o comando de
D. João de Áustria, filho ilegítimo de Filipe IV.
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- As tropas espanholas saíram de Badajoz, invadiram Portugal, tomando Évora e Alcácer do Sal, e aproximando-se de Lisboa. Os portugueses derrubaram as forças espanholas nos campos de Ameixial, a 5 km de Estremoz, razão pela qual os espanhóis chamam a este confronto batalha de Estremoz.
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- Castelo Rodrigo (1664)
- Confronto militar integrado na Guerra da Restauração, durante a regência de
D. Afonso VI, que teve lugar em 1664 na vila fronteiriça de Castelo Rodrigo, entre os vales do
Côa e Ribeira de Aguiar, no distrito da Guarda, contra a ofensiva espanhola.
- O exército português era comandado por Pedro
Jacques de Magalhães e composto por 2500 homens contra os 5000 espanhóis comandados pelo
duque de Ossuna. Os portugueses venceram a batalha obrigando os castelhanos a bater em retirada.
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- Montes Claros (1665)
- Confronto militar travado em 17 de Junho de 1665, numa planície entre as serras da
Vigária e de Ossa, na freguesia de Rio de Moinhos (Borba), opondo tropas portuguesas e espanholas.
Este recontro surge integrado na Guerra da Restauração da independência nacional relativamente ao domínio dos Filipes de Espanha. As tropas portuguesas eram constituídas por
15 000 infantes e 5000 cavaleiros, sob o comando do conde de Schomberg (militar profissional de origem alemã que introduziu em Portugal importantes alterações de táctica militar), contra um contingente militar inimigo composto por 25 000 homens comandados pelos
marquês de Caracena. Os espanhóis foram derrotados, sofrendo pesadas baixas, pelo que esta foi a última batalha da Guerra da
Restauração, sendo a paz restabelecida em 1668
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I
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as Invasões
Francesas - a guerra peninsular
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- Foram incursões militares de tropas francesas sobre o território português levadas a cabo, nos anos de 1807-1808, 1809 e
1810-1811, sob a direcção, respectivamente, dos marechais Junot, Soult e Massena.
A razão imediata das invasões relacionou-se com a recusa portuguesa em aderir ao Bloqueio
Continental decretado por Napoleão em relação à Inglaterra, no ano de 1806. Para agravar a situação, em Agosto do ano seguinte, França apresentou um ultimato ao governo português: ou este declarava guerra à Inglaterra até dia 1 de Setembro ou as fronteiras nacionais seriam cruzadas pelos soldados franceses. Na medida em que a aliança anglo-lusa não foi quebrada, a ameaça foi cumprida em meados de Novembro.
O poderio militar gaulês aconselhou a que não fosse oferecida oposição de maior aos invasores. No entanto, a família real e a corte acharam por bem embarcar e instalar-se no Brasil de modo a evitar o seu aprisionamento e a manter a independência nacional.
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- 1ª Invasão Francesa -
Junot -
Jean-Andoche Junot,
Duque de Abrantes
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- Junot declarou que os
Braganças tinham sido depostos, mas a sua ocupação foi desafiada em Agosto de 1808 pela
chegada de Arthur Wellesley ( mais tarde duque de Wellington) e um exército inglês de
13.500 homens à baía do Mondego.
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- Ganhando as victórias de Roliça (17 de Agosto) e
Vimeiro (21 de Agosto), Wellesley permitiu aos seus superiores negociar a Convenção de
Sintra (31 de Agosto), pela qual foi permitido a Junot abandonar Portugal levando todo o
seu exército.
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- 2ª Invasão Francesa -
Soult -
Nicolas Jean de Dieu Soult
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- A segunda invasão francesa
(1808-09) levou à morte Jonh Moore na Corunha (Janeiro de 1809) e ao reembarque das
forças britânicas. Em Fevereiro, William Carr (depois visconde) Beresford foi posto no
comando do exército Português, e em Março o Marechal N.J. de Dieu Soult avançou desde
a Galiza e tomou o Porto.
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- Wellesley regressou a
Portugal em Abril, afastou Soult do norte, e depois da victória de Talavera de la Reina
(Julho). libertou Portugal.
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- 3ª Invasão Francesa -
Massena -
Jean-André Masséna,
1º Duque de
Rivoli, 1º Príncipe
d'Essling -"
l'Enfant chéri de la
Victoire" - Excepto em Portugal!
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- A terceira invasão
francesa seguiu-se em Agosto de 1810 quando o marechal André Massena, o Marechal Michel
Ney e Junot entraram na província da Beira.
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- Derrotados por Wellington
no Buçaco (27 de Setembro) perto de Coimbra, as forças francesas tiveram que enfrentar
as linhas de defesa de Torres Vedras ao norte de Lisboa, muito bem preparadas, e tiveram
que aí invernar no meio de grandes privações.
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- Na primavera de 1811
puderam retirar-se, e em 5 de Março começaram a evacuação de Portugal, hostigadas
pelos ataques de portugueses e ingleses e atravessando a fronteira depois de terem sido
novamente derrotadas no Sabugal (3 de Abril). Portugal fez a paz com França em 30 de Maio
de 1814.
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Batalha
nas Invasões Francesas
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Sir Artur Wellesley - Lord Welligton
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A resistência armada à ocupação ganhou fulgor após a chegada de um contingente militar inglês liderado por Sir Artur Wellesley (doravante conhecido como Lord Wellington), que infligiu duas derrotas aos inimigos nas batalhas de Roliça e Vimeiro. A conjugação de esforços entre portugueses e ingleses permitiu também obrigar Soult e os seus homens a abandonarem o País, em 1809.
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- Nesse mesmo ano começaram os preparativos para suster a nova invasão que se adivinhava. Neste contexto, foram levantadas à volta de Lisboa três linhas de defesa fortificadas (as linhas de Torres).
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Guerra Civil
Portuguesa (1828-1834) - Guerras liberais
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- Guerra Civil Portuguesa (1828-1834)
ocorre no quadro da Crise da Sucessão ao Trono Português
(1826-1834) que opôs o partido cartista, constitucionalista, ou liberal,
liderado pelo ex-imperado D. Pedro I do Brasil,
e ex-rei D. Pedro IV de Portugal, auto-proclamado regente do Reino
em nome de sua filha a princesa do Grão-Pará, D. Maria da Glória de
Bragança, depois D. Maria II, rainha de Portugal e o partido
tradicionalista, legitimista, ou absolutista, encabeçado por D. MIguel
I, rei de Portugal. Em causa estava a vontade de transformação de
Portugal numa monarquia constitucional, o que se opunha aos princípios
vigentes do legitimismo ou tradicionalismo, a que os liberais chamavam
absolutismo.
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Padrão comemorativo no Mindelo |
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- Desembarque do Mindelo
Desembarque do Mindelo é a designação
dada ao desembarque das tropas liberais a norte do Porto em 8 de Julho de
1832, durante as Guerras Liberais, nome pela qual ficou conhecida a Guerra
Civil Portuguesa (1828-1834).
O desembarque, que envolveu cerca de 7.500
homens, entre os quais se contavam Almeida Garrett, Alexandre Herculano
e Joaquim António Aguiar, transportados por 60 navios, permitiu às
forças liberais tomar a cidade do Port no dia 9 de Julho, apanhando de
surpresa o exército miguelista que haveria de as submeter ao prolongado
Cer5co do Porto.
D. Miguel I acabaria por capitular
em 1834, em Évora Monte, abrindo caminho à implantação definitiva
do Liberalismo em Portugal.
Apesar do nome pelo qual ficou conhecido, o
desembarque não ocorreu na vila de Mindelo, mas antes praia da
Arenosa de Pampelido, actual Praia da Memória, na freguesia da
Lavra, concelho de Matosinhos.
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- Batalha de Almoster
Batalha de Almoster foi travada em 18
de Fevereiro de 1834, saldando-se por uma vitória das tropas liberaiss,
comandadas pelo Marechal Saldanha, sobre as chamadas tropas absolutistas,
ou legitimistas, comandadas pelo general Lemos.
Santarém era o fulcro da guerra civil, mas
o domínio da facção miguelista não existia apenas nesta cidade. Com
efeito, apesar de várias vitórias liberais, no Norte as províncias de
Trás-os-Montes, Minho e Beira Alta estavam ainda em poder de D. Miguel,
que contava além disso com um vasto número de milícias que lhe eram fiéis
no sul do País.
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- Batalha da Asseiceira
A batalha da Asseiceira travou-se na
povoação de Asseiceira perto de Tomar 16 de Maio de 1834.
Fez parte das guerras civis entre liberais e miguelistas, onde estes
últimos foram derrotados. Além de mortos e feridos em grande número, os
absolutistas deixaram 1400 prisioneiros nas mãos dos liberais.
Esta batalha pôs termos ao reinado
de D. Miguel, obrigado a recolher-se a Évora Monte, onde foi
assinada a paz e de onde o monarca partiu para o exílio.
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Portugal
na 1ª Guerra Mundial - Grande Guerra
O "baptismo
de fogo" da república |
1ª
Guerra Mundial ( 1914 - 1918 )
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- Durante este período, com o começo da 1ª
Guerra Mundial, Portugal proclamou a sua adesão à sua aliança com a Inglaterra
(7
de Agosto de 1914) e pediu para entrar nas operações militares contra a Alemanha.
Em 17 de Setembro partiu uma primeira expedição para reforçar as colónias em África,
que lutaram no noroeste de Moçambique, na fronteira com o Tanganica,
e no sudoeste de África, na fronteira com a África Sul ocidental alemã.
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- Em Fevereiro de 1916 Portugal apresou os barcos
alemães que estavam nos seus portos , e a Alemanha declarou-lhe guerra ( 9 de
Março ). Um submarino alemão bombardeia a cidade do Funchal na ilha da Madeira em
Dezembro de 1916, o que causou grande emoção em Lisboa.
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- Para quem queira obter uma melhor
informação sobre a participação portuguesa na Grande Guerra,
recomenda-se uma visita ao Museu Militar.
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- O regime republicano
decidiu-se a enviar tropas portuguesas para a Flandres, apesar de saber
que não tinham suficiente preparação militar e equipamentos modernos
adequados, pelas seguintes razões:
Com vista à
manutenção das colónias, de modo a poder reivindicar a sua soberania na
Conferência de Paz que se adivinhava com o final da guerra;
A necessidade de
afirmar o prestígio e a influência diplomática do Estado republicano
entre as potências monárquicas europeias, de forma a granjear apoio
perante uma possível incursão monárquica que viesse a derrubar o
republicanismo (muitos portugueses defendiam, aliás, o regresso da
monarquia).
A vontade de afirmar
valores de Estado que distinguissem Portugal da Espanha e que
assegurassem a independência nacional.
A necessidade, por
parte do Partido Democrático de Afonso Costa, então no poder, de afirmar
o seu poder político, ao envolver o país num esforço colectivo de
guerra, tanto em relação à oposição republicana quanto em relação às
influências monárquicas no exílio.
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1ª Guerra
Mundial - Soldados portugueses nas trincheiras e treinando-se com as
máscaras de gás
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- Uma expedição portuguesa ( o CEP
)partiu para a frente ocidental em 1917, sob o comando do General Tamagnini de Abreu;
em 9 de Abril de 1918, ficaram debaixo de forte ataque alemão na batalha de
La Lyz. Pelo tratado de Versalhes (1919) Portugal recebeu 0,75 porcento
das indemnizações pagas pelos alemães e o Quionga área de Moçambique capturada
pelas forças portuguesas na África Oriental.
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- O total de efectivos portugueses enviados
para a França, entre 1917 e 1918, foi de 55.083. Tivemos 2.086 mortos e 5.524
feridos, o custo do baptismo de fogo, que o governo da República insistiu dar
a Portugal para defender o seu Império Colonial.
A Batalha de La Lyz
Foi na madrugada de 9 de Abril
de 1918 que o fogo dos bombardeamentos alemães (sob o comando do general Ludendorff)
inundou a terra e cobriu os céus de pesadas nuvens negras, onde os homens se submergiam,
mortos ou feridos, na lama espessa. Foi a célebre Batalha de La Lys,
que deixou um saldo aterrador no o sector português: dos
7500 homens destroçados, mais de mil caíram mortos.
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- C.E.P. - Corpo Expedicionário
Português tradução do inglês Portuguese Expeditionary Corps, com que os
ingleses denominaram as forças portuguesas que combateram na Grande Guerra, e que mais
tarde os próprios soldados portugueses denominaram de
"Carneiros de
Exportação Portuguesa", pela falta de preparação técnica e ausência de
equipamento militar adequado a essa guerra moderna.
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- Aníbal Augusto Milhais " O Milhões"
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- Ficou conhecido como «o soldado
Milhões»- ,na 1ª Guerra
Mundial. Aníbal nasceu em Valongo, concelho de Murça, em Trás-os-Montes. Agricultor
durante toda a vida, com excepção do tempo que fez dele um herói medalhado e celebrado.
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- Na tropa foi incorporado no Regimento de Bragança e mais
tarde no do Chaves. Em 1917 «partiu para a frente de combate». Um ano depois, chegava o
«grande momento, o da batalha de La Lys», na Flandres.
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- O dia preciso: 9 de Abril. Rezam as crónicas que uma força
portuguesa se viu atacada pelos alemães. A nossa força chegou a ser destroçada e a
situação era «a pior possível».
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- Muitos portugueses foram mortos e os sobreviventes obrigados
a retirar. O soldado Milhais viu-se sozinho numa trincheira e, então, ergueu-se, de
metralhadora Lotz, e varreu uma coluna de alemães que vinham em
motocicleta
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A desastrada Guerra
Colonial que os "Republicanos" não gostam de falar ) 1914-1918)
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- Em Moçambique
Em 1917 Portugal envia a 4ª força para
Moçambique, esta constituída por 9786 homens e comandada por
Sousa Rosa. A Alemanha tinha na África Oriental, uma pequena
força de 4000 askaris e 305 oficiais europeus, comandados pelo
general Lettow Worbeck.
Este general alemão conseguiu sempre
resistir aos ataques das forças inglesas, apesar de estas serem em número
muito superior. Isto só foi possível devido a este general ter utilizado
uma nova forma de guerra (guerrilha), não lhe interessando manter
ou conquistar posições, mas sim manter o inimigo sempre ocupado, de modo
que este não pudesse libertar soldados para enviar de volta à Europa.
Com o final da guerra na Europa, o exército
alemão que se encontrava nessa altura na Rodésia, acabou por se render,
apesar de nunca ter sido derrotado. Para Portugal ficaram, além das
grandes derrotas militares, as revoltas das populações locais, que
demoraram a ser reprimidas
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- Em Angola
Sob o comando de Alves Roçadas,
foi enviado para Angola uma força expedicionária de 1600 homens,
em Outubro de 1914. Na fronteira sul, após um ataque alemão ao
posto fronteiriço de Cuangar, as tropas portuguesas tentaram
expulsar os alemães do território, mas em Dezembro de 1914, foram
derrotadas em Naulila ( Desastre de Naulila), tendo que
recuar para Humbe.
As tropas alemães
também retiraram mas, em simultâneo, as populações locais acabaram por se
revoltar contra a soberania portuguesa
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- 2ª Guerra Mundial ( 1939 -
1945 )
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- A Segunda Guerra
Mundial (1939–1945)
- e na qual felizmente Portugal não tomou parte, ficou neutral - opôs os
Aliados às
Potências do Eixo,
tendo sido o conflito que causou mais vítimas em toda a história da
Humanidade. As
principais potências aliadas eram a
China, a
França, a
Grã-Bretanha, a
União Soviética e
os
Estados Unidos.
O Brasil integrou-se aos Aliados em 1943. A
Alemanha, a
Itália e o
Japão, por sua
vez, perfaziam as
forças do Eixo.
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- Perderam-se
cerca de 55 milhões de vidas, e gastaram-se biliões de dólares nos
custos da guerra e nos prejuízos que ela causou. Só na Europa Ocidental ficaram
destruídos mais de 1,5 milhões de edifícios e mais de 7 milhões sofreram danos ou
prejuízos.
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- Em nações evoluídas e que se diziam civilizadas, morria-se de fome.
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- No entanto, ainda que Portugal fosse um país
neutral, forças aliadas australianas e holandesas ( 1941 ) e forças Japonesas ( 1942 )
desembarcaram em Timor que passou a ser cenário de uma luta entre ambas as forças
opostas.
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- Segundo informações obtidas, a ocupação japonesa foi particularmente
brutal e a sua política impiedosa, no que respeita à distribuição de
alimentos provocando a fome que assolou o território, causando cerca de 40.000 mortos. ( Veja-se o Drama de Timor pelo
Prof. Adriano Moreira ). Mesmo assim as relações diplomáticas entre Portugal e Japão
mantiveram-se intactas.
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- Os japoneses também meio ocuparam e administraram
Macau, quando da sua invasão e ocupação da China, mas ao contrário do comportamento
brutal que utilizaram em Hong-Kong, utilizaram o território apenas para lugar de prazer,
de jogo e
descanso para as suas tropas.
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A 2ª guerra pela defesa do
ultramar (1960-1974)
Os ventos
da História
( História
de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )
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Depois da segunda Guerra Mundial,
o despertar do continente africano e a generalização dos movimentos de
independência exerceram o seu impacte também nas colónias portuguesas.
Tanto em África como na Metrópole surgiram vários grupos, mais ou menos
clandestinos, de unidade africana. Na década de Cinquenta, alguns
estudantes negros e mulatos das universidades de Lisboa gritaram aos
poucos um plano de independência num enquadramento africano. Perseguidos
pela polícia, tiveram de sair de Portugal e de buscar refúgio no exílio.
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- O seu movimento era
sobretudo intelectual, e escassos os contactos com as populações indígenas. Mergulhada
numa vida tribal, primitiva, a esmagadora maioria dos africanos não tinha condições
para reagir a activistas intelectuais nem podia compreender os seus objectivos. Mau grado
as expressões enfáticas dos defensores da independência, havia pouca consciência
nacional em torno de conceitos como Angola ou Moçambique, criações artificiais de
finais do século XIX.
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Os povos da África portuguesa, divididos por diferenciações
tribais e linguísticas ,
dificilmente poderiam ir além dos seus horizontes agrícola - pecuários de
cunho local. Uma maneira possível de promover rebeliões entre eles seria
fomentar ódios racistas ( de negro contra branco ) ou explorar
descontentamentos contra violências físicas por parte dos colonos. Outra
possibilidade mais remota estava na junção de forças com os movimentos
anti-salazaristas, no fito de desencadear uma revolução geral contra o
colonialismo.
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- Esta hipótese parece ter
sido aceite por alguns grupos oposicionistas portugueses - sobretudo entre
os exilados - embora se pergunte
até que ponto esses grupos aceitariam a aliança para além de uma mera
estratégia política que derrubasse o Estado Novo.
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- Movimentos em
S. Tomé
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- Os movimentos em S. Tomé
começaram
depois dos massacres de Batepá, em que exército e colonos mataram centenas de
nativos.
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- Movimentos na
Guiné
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- Na Guiné em 1959
depois das reivindicações salariais de marinheiros e estivadores em Bissau, reprimidas
pela polícia de que resultaram mortos e feridos.
- Movimentos em
Angola
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- Em
Angola. em
Fevereiro de 1961 algumas centenas de filiados no M.P.L.A., passavam ao
ataque armado de prisões, quartéis e a estação emissora de Luanda. Em
Março de 1961, tribos do norte de Angola com o auxílio ou instigação de
congoleses, massacrando selvaticamente centenas de colonos e
suas famílias.
- Toda esta
situação levou à repressão violenta por parte das autoridades e dos
próprios colonos, apoiados por elas, aliás com o auxílio de não pouco
indígenas.
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Difundiram-se amplamente relatórios das atrocidades que se diziam
cometidas pelos Portugueses. O caso português atraiu a atenção mundial.
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- Contudo,
os insurgentes, como as nações estrangeiras em geral e outros muitos
dentro do País, subestimaram a tenacidade do Governo e a capacidade da
própria Nação em tentar resolver o problema por via militar e também por
outros meios.
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«Mau grado
um acordo táctico entre o MPLA e a FNLA em 1972, é possível dizer-se que
Angola se achava próximo de pacificada por ocasião do 25 de Abril e que
Portugal dominava praticamente todo o território da colónia. »
( História
de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )
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Enfermeiras pára-quedistas.
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- Em Moçambique,
um
incidente catalizador, o chamado massacre de Mueda em 1960, que foi uma repressão contra
os que protestavam contra as cooperativas que o governo colonial procurava impor. Essa
repressão foi violenta, e segundo fontes dificilmente controláveis, teria causado
centenas de mortos entre os trabalhadores contestatários.
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- Em 1974, perto de 80.000 soldados
portugueses brancos actuavam nos três territórios. Além deles, havia que contar com,
pelo menos, outros tantos soldados negros. Eram no entanto, raras as
confrontações abertas, e a maioria dos militares regressava à Pátria sem nunca ter
visto nem ouvido o inimigo. O resultado traduzia-se no seu número relativamente
pequeno de baixas de morte, avultando, em contrapartida, as baixas por desastre e os
feridos.
- Enfermeiras pára-quedistas.
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- Na Índia, em
1954, os dois pequenos enclaves de Dadrá e Nagar-Avely foram permanentemente ocupados
pelos indianos. Em Dezembro de 1961, tropas indianas invadiram Goa, Damão e Diu.
Completamente submergidos por forças várias vezes superiores às suas, os Portugueses
ofereceram apenas uma resistência simbólica, acabando o governador Vassalo e Silva
(
depois condenado e banido do exército , em Lisboa ) por ordenar uma rendição geral.
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- Em Macau, a
oposição entre a ideologia oficial portuguesa e a ideologia marxista chinesa levou à
intervenção da China e à sua quase ocupação da cidade. Na década de sessenta, a
propaganda maoísta inundou a pequena colónia.
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- Quando as autoridades procuraram resistir
e obstar ao facto, a China fomentou um levantamento popular ( 1966 ), que obrigou o governo
local e o governo de Lisboa a submeterem-se a todas as exigências chinesas.
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- Macau passou
a ser, em grande parte, controlada pela China
( História
de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )
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Portugal
mobilizou para a guerra colonial, durante os treze anos que ela durou, mais
de 800.000 militares, sem contar com os contingentes locais, que
progressivamente integraram as forças portuguesas, chegando a representar
uma elevadíssima percentagem dos efectivos presentes, em especial em
Moçambique e em Angola. Do envolvimento português resultaram para as suas
forças armadas cercas de 9.000 mortos, dos quais cerca de metade em combate,
e a outra metade em acidentes, principalmente de trânsito com viaturas
militares.
As
despesas da defesa chegaram a ultrapassar 7% do PIB e 40% do Orçamento Geral
do Estado.,, que no entanto segundo o prestigiado periódico inglês
"Economist", eram cobertas e recobertas, com os rendimentos obtidos das
próprias colónias.
Esta guerra, a mais longa
guerra colonial em África, acabaria por levar os militares ao extremo da sua
resistência, que foi um dos factores que proporcionou as bases do nascimento
do movimento militar que conduziu ao derrube do regime português, o
Movimento das Forças Armadas, em 25 de Abril de 1974.
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Honra ao
Mérito - Belém, monumento aos
combatentes das guerras do Ultramar
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Batalhas
no Ultramar - Operação Nó Górdio
Tudo ou
nada! Em 1 de Julho de 1970, oito mil homens do Exército, Força
Aérea e Marinha, além de Grupos Especiais, iniciavam a Operação
Nó Górdio contra as bases do planalto dos Macondes onde
se encontravam disseminados 2500 guerrilheiros sob o mando de Samora
Machel.
Na que
foi a maior operação levada a cabo na Guerra em África, o general Kaúlza
de Arriaga visava eliminar as bases inimigas e as “áreas
libertadas” e restabelecer a liberdade de acção das forças
portuguesas em Moçambique. Caso obtivesse a vitória, poderia
concentrar-se na evolução política da região e de Portugal.
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Batalhas
no Ultramar - Angola
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- Em
1970, para defender o Leste de Angola, um vasto território com cerca
de 700.000 km2, correspondente e 7,5 vezes a superfície de Portugal
Continental, as Forças Armadas Portuguesas dispunham de 12 batalhões
de infantaria, além de tropas auxiliares, e escassos meios aéreos e
navais, num total de 21.500 homens.
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- Nas
chanas imensas do Leste, uma população de 1.300.000 pessoas, entre
os quais 24.000 europeus, estava sujeita às penetrações dos cerca
de 4.000 guerrilheiros do MPLA, UNITA e FNLA, infiltrados a partir da
Zâmbia.
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- Mas
alcançando uma unidade de comando e aplicando a doutrina portuguesa
da contra-subversão de forma sistemática e integrada, o General
Bettencourt Rodrigues, com a cooperação de todos os sectores
militares e civis da frente Leste, travou e venceu uma batalha de
guerrilhas, um feito raro na história militar contemporânea.
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