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As Forças Armadas Portuguesas

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Afonso Henriques - 1º Comandante em Chefe

 
As Forças Armadas Portuguesas actuais, são coordenadas pelo Estado Maior das Forças Armadas e são responsáveis pela manutenção da soberania nacional e pela defesa do território português quer a nível terrestre, marítimo ou aéreo.

São três os ramos que fazem parte das Forças Armadas de Portugal:

  • Exército
  • Força Aérea
  • Marinha

O Chefe Supremo das Forças Armadas de Portugal é o Presidente da República. O Ministério da Defesa Nacional gere todo os meios logísticos e humanos das Forças Armadas bem como a administração de equipamentos militares. A cada ramo está associado um general que é responsável pela manutenção do seu respectivo ramo.

A Marinha Portuguesa tem uma história bastante antiga, que se liga à própria história de Portugal, aliás, a Marinha de Guerra Portuguesa é a mais antiga do mundo, de acordo com uma bula papal. A primeira batalha naval da Marinha Portuguesa de que se tem conhecimento, deu-se em 1180, durante o reinado do primeiro de rei de Portugal, D. Afonso Henriques, ao largo do Cabo Espichel, quando uma esquadra portuguesa, comandada por D. Fuas Roupinho, derrotou uma esquadra muçulmana.

 

 

 

 
História do Exército Português está directamente ligada à História de Portugal, desde a sua primeira hora. As forças terrestres estiveram presentes na luta dos portugueses pela sua independência contra Leoneses e Muçulmanos no séc. XII, contra os invasores castelhanos no séc. XIV, contra os ocupantes espanhóis no séc. XVII e contra os invasores Franceses no séc. XIX. Participaram ainda nas campanhas portuguesas no ultramar e exterior, desde o séc. XV, na África, Ásia, América, Oceânia e Europa

Durante o século XX, Portugal teve apenas duas grandes intervenções militares. A primeira, durante a Primeira Guerra Mundial,  e a segunda entre 1961 e 1974, nos seus antigos territórios ultramarinos de Angola, Guiné Bissau e Moçambique,, a Guerra Colonial, de cujo conflito resultaram milhares de feridos e mortos (por Portugal morreram cerca de 9.000) para ambas as partes e cujas marcas, no caso específico de Portugal, permanecem ainda vivas no presente, principalmente pelo facto de que muitos políticos actuais, para defenderem a cegueira das suas ideologias políticas, NÃO HONRAREM A MEMÓRIA DOS QUE MORRERAM E SOFRERAM PELA PÁTRIA!.

 

 
 
No entanto, Portugal tem participado actualmente em inúmeras missões de paz da ONU, como a INTERFER e a UNTAET, em Timor Leste, a MINIURSO, no Sahara Ocidental, a EUFOR na Bósnia, KFOR no Kosovo, ISAF no Afeganistão,  MONUC na República Democrática do Congo,  UNIFIL no Líbano e NTM no Iraque.

A partir de 2003, Portugal aboliu o serviço militar obrigatório, que passou a ser opcional.

 

Forças armadas portuguesas - equipamento moderno

       

ISAF - Comandos Portugueses em patrulha em veículos através das ruas de Kabul (Afeganistão)

               

               Tanque Leopard 113-S           Helicóptero EH-101 Merlin             Caça F-116  

      

História das  Forças Armadas Portuguesas

 

 
Batalhas Medievais - Guerras da reconquista
 
Batalha de São Mamede - Afonso Henriques vence D. Teresa em 1128

Combate travado a 24 de Junho de 1128 no lugar de São Mamede, nas vizinhanças de Guimarães. Assinala a afirmação da independência portuguesa face à Galiza, pela vitória do jovem D. Afonso Henriques contra as tropas de sua mãe, D. Teresa, e do conde Fernão Peres de Trava. Afonso Henriques comandava um exército de nobres do Condado Portucalense, descontentes com a hegemonia galega sobre os destinos do território de Entre-Douro-e-Minho, personificada na família dos Travas.

Batalha de Cerneja - Afonso Henriques vence os Leoneses (1137)
 
Em 1137 vence os Leoneses na batalha de Cerneja, mas os mouros aproveitando-se das quezílias entre D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII  conquistam o castelo de Leiria, e ameaçam Coimbra.
 
Batalha de Ourique - Afonso Henriques vence os muçulmanos em 1139
 
Batalha travada em 25 de Julho de 1139, dia de Sant'Iago, entre as forças do nosso primeiro rei e as de um chefe islâmico denominado Esmar.  A Batalha de Ourique associa-se à história da aclamação de Afonso Henriques como rei pela nobreza guerreira, em que se descreve o seu regresso triunfal a Coimbra, com a possível indicação de ter sido a partir desse momento que o infante passou a intitular-se rei.
 

 

Afonso Henriques conquistou Santarém (Março de 1147) e Lisboa (Outubro de 1147), esta com a ajuda de cruzados Ingleses, Franceses, Alemães e Flamengos que iam para a Palestina. Tomaria ainda Almada e Palmela, que se entregaram sem luta, conquistando posteriormente, em 1159, Évora e Beja, que perderia pouco depois a favor dos mouros. A reconquista de Beja foi de novo possível em 1162, reocupando-se também Évora, com a ajuda de Geraldo Sem Pavor, em 1165.

D. Sancho I passou a comandar os exércitos portugueses. Em 1158 conquista Alcácer do Sal, de 1165 a 1169 conquista Évora, Beja e Serpa, que voltam a ser perdidas para os muçulmanos que recuperaram grande parte do Alentejo

Conquista a importante cidade de Silves, a 3 de Setembro de 1189. No entanto a conquista dura pouco, e Silves que já tinha sido anteriormente conquistada por Fernando Magno de Leão em 1060 e depois perdida, volta a cair nas mãos dos árabes em Abril de 1191, conquistada por Ibne Juçufe.

Silves é reconquistada definitivamente no reinado de  D. Sancho II, por D. Paio Peres Correia mestre da Ordem de San´Tiago que num golpe de sorte, aproveitando a saída das tropas de Almansor, que tinha abandonado a cidade, deixando-a indefesa, para atacar Estombar.

 

 

 

origens da marinha portuguesa

D. Afonso Henriques tinha uma marinha primitiva que esteve envolvida em constantes escaramuças com os barcos muçulmanos no estreito de Gibraltar. D. Fuas Roupinho foi um dos primeiros comandantes navais portugueses.

O seu sucessor D. Sancho I continuou a expansão naval do reino mandando construir em 1189, uma esquadra de  40 galés, galeotas e outros barcos.

D, Diniz mandou semear um pinhal perto de Leiria, para fornecer madeira para a construção naval e encorajar a industria conferindo o privilégio de cavaleiros aos seus oficiais e artesãos. Manteve uma esquadra permanente para guardar as costas contra os ataques dos piratas, e foi o primeiro monarca português a estabelecer um posto de Almirante permanente e hereditário.

Em 1317 um nobre genovês famoso,  Manoel Pessanha, foi o primeiro a ser nomeado para esse posto. Pessanha trouxe para Portugal diversas famílias genovesas que se tornaram com o tempo, os mais influentes na expansão marítima Portuguesa.

 

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Batalha de Navas de Tolosa - Portugueses e Castelhanos vencem os muçulmanos (1212)

Detendo o avanço dos Almóades na Península Ibérica, os reis de Castela, Aragão, Navarra, Leão e Portugal fizeram reunir um exército coligado contra as tropas do Califa al-Nasir, derrotadas por completo nesse dia. Esta importante e sanguinolenta batalha foi das mais renhidas da Alta Idade-Média, marcando uma data decisiva para a Reconquista na Espanha. 

 
 
 

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Batalha do Salado

 
Batalha do Salado - Afonso IV e Afonso XI de Castela vencem os muçulmanos na grande batalha do Salado na Andaluzia, de grande importância para a independência dos dois reinos (1340)
 
No começo do Outono de 1340, Afonso IV de Portugal dirigiu-se a Sevilha, em auxílio de Afonso XI de Castela, donde seguiram os dois monarcas cristãos para Tarifa, cercada então pelos fortes exércitos sarracenos.
 
A batalha travou-se junto ao rio Salado,(30 de Outubro de 1340) cabendo às tropas portuguesas a tarefa de defrontar as do rei de Granada, que se encontravam do outro lado do rio.

É salientada a coragem de D. Afonso IV, que a esta batalha ficou a dever o cognome de o Bravo, e também o seu desinteresse pela riqueza, bem como a dos combatentes portugueses que o acompanharam, que não quiseram aceitar a oferta de Afonso XI para que colhessem, do opulento espólio deixado no campo de batalha pelos Sarracenos vencidos, tudo o que lhes aprouvesse.
 
A Batalha do Salado foi o remate da última tentativa de vulto realizada pelos Muçulmanos e pelo remanescente reino de Granada para restabelecer ou, pelo menos, alargar o seu domínio na Península. Nesta batalha também teve um papel importante  a Marinha Portuguesa, comandada pelo almirante Manoel Pessanha, cortando as rotas de abastecimento entre Marrocos e a Península..
 
 

Guerras pela independência (1384-1385)

 

 

Nuno Álvares,

 
Guerras pela independência (1384-1385)
 
Batalha dos Atoleiros - Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1384)
Batalha de Aljubarrota - Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1385)
Batalha de Valverde - Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1385)
 
Antes da batalha de Aljubarrota, os portugueses tinha derrotado os castelhanos em Trancoso (Junho de 1385), e depois comandados por D. Nuno Álvares Pereira triunfaram na batalha de  Atoleiros (Abril de 1384) e depois Valverde no território de  Castela (Outubro de 1385).
 
A vitória de Aljubarrota, seguida pelos êxitos posteriores de Nuno Álvares, asseguraram o  reino a João I  e fizeram dele um aliado desejável. Uma pequena força de arqueiros ingleses estiveram presentes em Aljubarrota. O  tratado de Windsor (9 de Maio de 1386) estabeleceu a aliança Anglo-Portuguesa, aliança até hoje permanente entre os dois reinos.

 

       

                                Batalha dos Atoleiros                                                Armaduras de cavaleiros

Descobertas - batalhas e conquistas

 

Tomada de Ceuta

 
A Conquista de Ceuta

A 25 de Julho de 1415, sob o comando do Rei D. João I, largaram de Lisboa, em direcção ao Norte de África, 242 navios, alguns armados de guerra e galés, nos quais seguiam D. Henrique, D. Pedro e D. Duarte.
A
21 de Agosto de 1415, os botes dos navios do Infante D. Henrique começaram a despejar gente na praia.

Depois de um pequeno ataque, cheios pânico, os Mouros recolheram-se espavoridos às portas da cidade, e 500 dos Portugueses, que correram logo sobre eles, entraram também de roldão, sendo depois auxiliados pelos infantes D. Henrique e D. Duarte com mais forças. Também o Rei ao tomar conhecimento da situação, foi em auxílio com as suas tropas.

 Pode dizer-se que com a conquista de Ceuta começou a Época das Descobertas
 

D. Afonso V

 

 

Conquistas de D. Afonso V em África

Conquista a pequena praça de Alcácer-Ceguer, no estreito de Gibraltar, em 1458, Anafé em 1464, e Arzila em 1471.. Em 1463-1464 há nova expedição a Tânger, mas que não resulta. Com a conquista de  Arzila, Tânger é também ocupada. Nesta última campanha participa o príncipe D. João que, com 16 anos, se bate corajosamente e é armado cavaleiro.

São estas expedições e conquistas em África que valem o cognome de o Africano a D. Afonso V, e que lhe conferem prestígio entre a nobreza europeia. 

Como tinha casado com Joana, filha de Henrique IV de Castela, Afonso V reclamou o trono Castelhano e envolveu-se numa larga disputa com Fernando e Isabel, e foi derrotado na região de Zamora e Toro em 1476. Embarcou para França para pedir ajuda a Luís XI, mas não o conseguiu.

 
No seu regresso assinou com Castela o tratado de Alcáçovas (1479), abandonando os direitos da sua esposa Joana. Afonso V nunca recuperou deste seu fracasso, e durante os seus últimos anos de vida, o seu filho, o futuro D. João II, administrou o reino.

 

O "pai" das Descobertas

 

Infante D. Henrique

 

O Infante D. Henrique o Navegador

O terceiro filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre, mais conhecido impropriamente como " Navegador" (ele pessoalmente nunca passou de Tanger), chamava-se Henrique e foi mestre da Ordem de Cristo (1420), que o rei D. Dinis I tinha fundado (1319). Os fundos da ordem eram usados para atrair geógrafos e navegadores preparados e simultaneamente equipar uma série de expedições que gradualmente, começaram a colher frutos.
 
A data da primeira expedição do príncipe não é conhecida exactamente, mas parece ter sido cerca de 1418, quando a ilha de Porto Santo foi visitada. O primeiro contacto com a Madeira data provavelmente de 1419. Fez-se uma tentativa de povoar as Canárias, sem êxito, e entre 1427 e 1431 os marinheiros portugueses visitaram os Açores.
 
 

Conquista de Ceuta

 
 
Mas os Açores e a Madeira eram desabitados, e a sua colonização procedeu-se rapidamente cerca de 1445. O açúcar aí produzido era exportado para a Europa e dava às ilhas uma grande importância económica. Ao mesmo tempo os barcos do príncipe Henrique estavam reconhecendo a costa Africana, passando o Cabo Bojador em 1434 e o Rio de Ouro em 1436. A infeliz expedição contra Tanger (1437) foi seguida afinal seguida por um arranque das descobertas.
 
Em 1439 o Príncipe Henrique foi autorizado a colonizar os Açores; e desde 1440 que as expedições que se seguiram foram equipadas com um novo e ligeiro navio, a caravela, atingiram a baía de Arguin (1443), Cabo Verde (1444), e à morte de Henrique (1460) tinham explorado toda a costa sul até à Serra Leoa. Sob o reinado de Afonso V, fizeram-se três expedições contra Marrocos (1458, 1463 e 1471); na última delas, Tanger e Arzila foram capturadas.
 
As explorações africanas não foram inteiramente abandonadas, mas fica para João II, com o seu sentido agudo do interesse nacional, fundar uma fortaleza e feitoria de comércio no Golfo da Guiné em Elmina (São João da Mina, 1481-82). Diogo Cão descobriu a foz do rio Congo em 1482 e avançou até Cape Cross, duzentas léguas para sul (1486).
 
 

 

O Homem que expandiu o mundo

 

 

Vasco da Gama e o Samorim

 

Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a Índia
 
Vasco da Gama partiu de Lisboa ( Restelo ), a 8 de Julho de 1497, levando três naus e um navio de mantimentos. Chegou à ilha de Santiago ( Cabo Verde ) nos princípios de de Agosto e, a 8 de Novembro, ancorou na angra de Santa Helena ( ainda na costa ocidental da África ), após uma larguíssima rota através do Atlântico Sul.
 
Uma vez dobrado o cabo da Boa Esperança e a seguir, os cabos das Agulhas e do Infante, ancorou na Angra de S. Brás, onde foi destruído o navio dos mantimentos. Passou ao largo do cabo do Recife e rumou então para o Norte. Alcançou o rio dos Bons Sinais ( oz do Zambeze ), Quelimane, em Moçambique ), aportando depois a Mombaça e Melinde ( duas cidades do actual Quénia ).
 
Foi em Melinde que Vasco da Gama, tendo obtido as boas graças do sultão local, conseguiu que este lhe cedesse um piloto conhecedor dos segredos que permitiam uma boa travessia do Índico. Com tão preciosa colaboração, Vasco da Gama e os seus homens alcançaram finalmente a Índia, aportando a Capua ( duas léguas a norte de Calecute ), no dia 20 de Maio de 1498.
 
O Homem que descobriu o brasil

Descoberta ou Achamento do Brasil

Depois do regresso de Vasco da Gama da Índia, em 1499, Pedro Álvares Cabral é nomeado comandante de uma frota de treze navios que partem em Março de 1500 com destino à Índia.

Segue a rota indicada por Vasco da Gama, mas ao passar por Cabo Verde sofre um desvio maior para sudoeste, atingindo, a 22 de Abril de 1500, a costa brasileira. Manda um navio a Portugal com a nova da descoberta e segue para a Índia, chegando a Calecut em 13 de Setembro de 1500.

 Vários barcos se perderam, entre eles o de Bartolomeu Dias, que naufragou perto do Cabo da Boa Esperança, que ele próprio dobrara anos antes pela primeira vez. Depois de cumprir a sua missão no Oriente, Pedro Álvares Cabral regressa em 1501 e vai fixar-se nos seus domínios, na zona de Santarém, onde vem a falecer em 1520.
 

A Grande Batalha naval de Diu

 

D. Francisco de Almeida

 
A Grande Batalha naval de Diu
 
As actividades dos portugueses levaram os muçulmanos a tomar acção militar. O sultão do Egipto, aliado aos venezianos e aos Turcos, organizou uma grande armada que atravessou o Oceano Indico até Diu, onde entrou em combate com uma esquadra portuguesa. No primeiro combate saíram vitoriosos e até mataram D. Lourenço de Almeida , filho de D. Francisco de Almeida.
 
D. Francisco de Almeida jurou vingança pela morte do filho, e em 2 de Fevereiro de 1509, travou-se uma grande batalha naval em Diu, e a armada do sultão foi totalmente destruída pelos portugueses, que assim asseguraram a sua hegemonia comercial e militar sobre a Índia e permitiu a Portugal estender o seu Império até à China e Japão. 
 
A grande superioridade da artilharia naval portuguesa, de muito maior alcance, melhor precisão e cadência de tiro, foi a principal responsável por esta tremenda vitória naval sobre os seus adversários muçulmanos e venezianos. Nesta batalha, os portugueses tinham uma esquadra de 18 navios entre naus e barcos de apoio, e os turcos, venezianos e indus cerca de 10 naus e galeões.
 

 

Grande batalha naval de Diu

 

Afonso de Albuquerque

 

Afonso de Albuquerque - O Grande
 
D. Afonso de Albuquerque, sucessor de D. Francisco de Almeida, conquistou Goa (1510), que se tornou a sede do poder Português, e Malaca (1511); mandou duas expedições às Molucas (1512 e 1514); capturou Ormuz no Golfo Pérsico (1515).
 
Pouco depois, Fernão Peres de Andrade chegou a Cantão na China, e em 1542 foi permitido aos mercadores portugueses instalarem-se em Liampo (Ning-Po)., fundando em 1557 a colónia de Macau (Macao).
 
Diz dele a "Bibliotheca Lusitana" de Diogo Barbosa Machado: «Chamado o Grande pelas heróicas façanhas com que encheu de admiração a Europa e de pasmo e terror a Ásia».

O Homem que provou que o mundo era redondo



Fernão de Magalhães
Fernão de Magalhães

Fernão de Magalhães, filho de Rui Magalhães e Alda de Mesquita, nasceu em 1480 em Sabrosa ou no Porto e morreu em 27 de Abril de 1521 em Mactan, Filipinas. Fui pagem da Raínha D. Leonor em Lisboa. Navegou sob as bandeiras de Portugal ( 1505-1512 )e Espanha (1519-21) e é considerado por muitos, como o maior navegador de todos os tempos.
 
Devido ao tratado de Tordesilhas, Espanha entende que as ilhas das especiarias, as Mollucas, lhe pertenciam , e envia uma expedição naval, comandada por Magalhães, que sai de Sanlúcar de Barrameda em 20 de Setembro de 1519,

A frota passa por Tenerife, chega à costa do Brasil em 20 de Setembro, e seguindo para o sul, chega às costas da da actual Argentina, Chile e depois ao oceano Pacífico. Descobriu o famoso estreito que hoje tem o seu nome, a "desejada passagem do sudoeste" e atravessou o oceano com uma sorte espantosa, tal a calma do mar que encontrou, que lhe chamou o"Oceano Pacífico". Nas Filipinas, na ilha de Mactan, foi morte em combate com os indígenas, e Sebastián Elcano termina a viagem, chegando a Espanha a 8 de Setembro de 1522.
  

 

restauração da independência

 

 

D. João IV

 

Guerras da Restauração
 
Batalha do Montijo (1644)
Primeiro confronto militar da Guerra da Restauração da independência, que teve lugar a 26 de Maio de 1644, numa veiga do Guadiana, a nordeste de Badajoz. O exército português, composto por cerca de 7000 homens, comandados por Matias de Albuquerque, tinha tomado de assalto a vila fronteiriça de Montijo. 
 
De regresso a Portugal, na margem esquerda do rio Guadiana, esperava-o um contingente militar espanhol de 8500 homens, comandados pelo barão de Mollingen. Depois de uma primeira fase desfavorável às forças portuguesas e perante o descuido dos espanhóis, distraídos na pilhagem, Matias de Albuquerque ordenou um contra-ataque que acabou por
 
 
Linhas de Elvas (1659)
Os mais importantes cercos feitos à cidade de Elvas datam das guerras da restauração. Assim, em finais de 1644, o exército espanhol, comandado pelo marquês de Torrecusa, atravessou o rio Guadiana. Reconhecida a importância de Elvas, tentou tomar a cidade, acabando por retirar nesse mesmo ano, face à resistência portuguesa.
 
Em 1658, um novo exército espanhol, desta feita sob o comando de D. Luís de Haro e equipado para manter um cerco prolongado, atacou a cidade. Em Janeiro de 1659, um exército de socorro veio ao encontro dos sitiados, terminando o cerco com a batalha das linhas de Elvas, de que os portugueses saíram vitoriosos.
 
Ameixial (1663)
Batalha travada a 8 de Junho de 1663, no contexto da Guerra da Restauração, entre portugueses comandados por D. Sancho Manuel (conde de Vila Flor) e pelo conde de Schomberg, e espanhóis sob o comando de D. João de Áustria, filho ilegítimo de Filipe IV. 
 
As tropas espanholas saíram de Badajoz, invadiram Portugal, tomando Évora e Alcácer do Sal, e aproximando-se de Lisboa. Os portugueses derrubaram as forças espanholas nos campos de Ameixial, a 5 km de Estremoz, razão pela qual os espanhóis chamam a este confronto batalha de Estremoz.
 
Castelo Rodrigo (1664)
Confronto militar integrado na Guerra da Restauração, durante a regência de D. Afonso VI, que teve lugar em 1664 na vila fronteiriça de Castelo Rodrigo, entre os vales do Côa e Ribeira de Aguiar, no distrito da Guarda, contra a ofensiva espanhola. 
O exército português era comandado por Pedro Jacques de Magalhães e composto por 2500 homens contra os 5000 espanhóis comandados pelo duque de Ossuna. Os portugueses venceram a batalha obrigando os castelhanos a bater em retirada.
 
Montes Claros (1665)
Confronto militar travado em 17 de Junho de 1665, numa planície entre as serras da Vigária e de Ossa, na freguesia de Rio de Moinhos (Borba), opondo tropas portuguesas e espanholas.

Este recontro surge integrado na Guerra da Restauração da independência nacional relativamente ao domínio dos Filipes de Espanha. As tropas portuguesas eram constituídas por 15 000 infantes e 5000 cavaleiros, sob o comando do conde de Schomberg (militar profissional de origem alemã que introduziu em Portugal importantes alterações de táctica militar), contra um contingente militar inimigo composto por 25 000 homens comandados pelos marquês de Caracena. Os espanhóis foram derrotados, sofrendo pesadas baixas, pelo que esta foi a última batalha da Guerra da Restauração, sendo a paz restabelecida em 1668
 
I

as Invasões Francesas - a guerra peninsular

 
 Foram incursões militares de tropas francesas sobre o território português levadas a cabo, nos anos de 1807-1808, 1809 e 1810-1811, sob a direcção, respectivamente, dos marechais Junot, Soult e Massena.

A razão imediata das invasões relacionou-se com a recusa portuguesa em aderir ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão em relação à Inglaterra, no ano de 1806. Para agravar a situação, em Agosto do ano seguinte, França apresentou um ultimato ao governo português: ou este declarava guerra à Inglaterra até dia 1 de Setembro ou as fronteiras nacionais seriam cruzadas pelos soldados franceses. Na medida em que a aliança anglo-lusa não foi quebrada, a ameaça foi cumprida em meados de Novembro.

O poderio militar gaulês aconselhou a que não fosse oferecida oposição de maior aos invasores. No entanto, a família real e a corte acharam por bem embarcar e instalar-se no Brasil de modo a evitar o seu aprisionamento e a manter a independência nacional.
 

 

 
1ª Invasão Francesa - Junot - Jean-Andoche Junot, Duque de Abrantes
 
Junot declarou que os Braganças tinham sido depostos, mas a sua ocupação foi desafiada em Agosto de 1808 pela chegada de Arthur Wellesley ( mais tarde duque de Wellington) e um exército inglês de 13.500 homens à baía do Mondego.
 
Ganhando as victórias de Roliça (17 de Agosto) e Vimeiro (21 de Agosto), Wellesley permitiu aos seus superiores negociar a Convenção de Sintra (31 de Agosto), pela qual foi permitido a Junot abandonar Portugal levando todo o seu exército.
 

 

 

2ª Invasão Francesa - Soult - Nicolas Jean de Dieu Soult
 
A segunda invasão francesa (1808-09) levou à morte Jonh Moore na Corunha (Janeiro de 1809) e ao reembarque das forças britânicas. Em Fevereiro, William Carr (depois visconde) Beresford foi posto no comando do exército Português, e em Março o Marechal N.J. de Dieu Soult avançou desde a Galiza e tomou o Porto.
 
Wellesley regressou a Portugal em Abril, afastou Soult do norte, e depois da victória de Talavera de la Reina (Julho). libertou Portugal.
 
 

3ª Invasão Francesa - Massena - Jean-André Masséna, 1º Duque de Rivoli, 1º Príncipe d'Essling -" l'Enfant chéri de la Victoire" - Excepto em Portugal!
 
A terceira invasão francesa seguiu-se em Agosto de 1810 quando o marechal André Massena, o Marechal Michel Ney e Junot entraram na província da Beira.
 
Derrotados por Wellington no Buçaco (27 de Setembro) perto de Coimbra, as forças francesas tiveram que enfrentar as linhas de defesa de Torres Vedras ao norte de Lisboa, muito bem preparadas, e tiveram que aí invernar no meio de grandes privações.
 
Na primavera de 1811 puderam retirar-se, e em 5 de Março começaram a evacuação de Portugal, hostigadas pelos ataques de portugueses e ingleses e atravessando a fronteira depois de terem sido novamente derrotadas no Sabugal (3 de Abril). Portugal fez a paz com França em 30 de Maio de 1814.
 

 

Batalha nas Invasões Francesas

Sir Artur Wellesley - Lord Welligton
 
A resistência armada à ocupação ganhou fulgor após a chegada de um contingente militar inglês liderado por Sir Artur Wellesley (doravante conhecido como Lord Wellington), que infligiu duas derrotas aos inimigos nas batalhas de Roliça e Vimeiro. A conjugação de esforços entre portugueses e ingleses permitiu também obrigar Soult e os seus homens a abandonarem o País, em 1809. 
 
Nesse mesmo ano começaram os preparativos para suster a nova invasão que se adivinhava. Neste contexto, foram levantadas à volta de Lisboa três linhas de defesa fortificadas (as linhas de Torres).

Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) - Guerras liberais

 

 
Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) ocorre no quadro da Crise da Sucessão ao Trono Português (1826-1834) que opôs o partido cartista, constitucionalista, ou liberal, liderado pelo ex-imperado D. Pedro I do Brasil, e ex-rei D. Pedro IV de Portugal, auto-proclamado regente do Reino em nome de sua filha a princesa do Grão-Pará, D. Maria da Glória de Bragança, depois D. Maria II, rainha de Portugal e o partido tradicionalista, legitimista, ou absolutista, encabeçado por D. MIguel I, rei de Portugal. Em causa estava a vontade de transformação de Portugal numa monarquia constitucional, o que se opunha aos princípios vigentes do legitimismo ou tradicionalismo, a que os liberais chamavam absolutismo.
 

Padrão comemorativo no Mindelo

 
Desembarque do Mindelo

Desembarque do Mindelo é a designação dada ao desembarque das tropas liberais a norte do Porto em 8 de Julho de 1832, durante as Guerras Liberais, nome pela qual ficou conhecida a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).

O desembarque, que envolveu cerca de 7.500 homens, entre os quais se contavam Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Joaquim António Aguiar, transportados por 60 navios, permitiu às forças liberais tomar a cidade do Port no dia 9 de Julho, apanhando de surpresa o exército miguelista que haveria de as submeter ao prolongado Cer5co do Porto.

D. Miguel I acabaria por capitular em 1834, em Évora Monte, abrindo caminho à implantação definitiva do Liberalismo em Portugal.

Apesar do nome pelo qual ficou conhecido, o desembarque não ocorreu na vila de Mindelo, mas antes praia da Arenosa de Pampelido, actual Praia da Memória, na freguesia da Lavra, concelho de Matosinhos.

 

 
 
Batalha de Almoster

Batalha de Almoster foi travada em 18 de Fevereiro de 1834, saldando-se por uma vitória das tropas liberaiss, comandadas pelo Marechal Saldanha, sobre as chamadas tropas absolutistas, ou legitimistas, comandadas pelo general Lemos.

Santarém era o fulcro da guerra civil, mas o domínio da facção miguelista não existia apenas nesta cidade. Com efeito, apesar de várias vitórias liberais, no Norte as províncias de Trás-os-Montes, Minho e Beira Alta estavam ainda em poder de D. Miguel, que contava além disso com um vasto número de milícias que lhe eram fiéis no sul do País.

 
Batalha da Asseiceira

A batalha da Asseiceira travou-se na povoação de Asseiceira perto de Tomar 16 de Maio de 1834. Fez parte das guerras civis entre liberais e miguelistas, onde estes últimos foram derrotados. Além de mortos e feridos em grande número, os absolutistas deixaram 1400 prisioneiros nas mãos dos liberais.

 Esta batalha pôs termos ao reinado de D. Miguel, obrigado a recolher-se a Évora Monte, onde foi assinada a paz e de onde o monarca partiu para o exílio.

 

 

Portugal  na 1ª Guerra Mundial - Grande Guerra

O "baptismo de fogo" da república

 

 

1ª Guerra Mundial ( 1914 - 1918 )

 
Durante este período, com o começo da 1ª Guerra Mundial, Portugal proclamou a sua adesão à sua aliança com a Inglaterra (7 de Agosto de 1914) e pediu para entrar nas operações militares contra a Alemanha. Em 17 de Setembro partiu uma primeira expedição para reforçar as colónias em África, que lutaram no noroeste de Moçambique, na fronteira com o Tanganica, e no sudoeste de África, na fronteira com a África Sul ocidental alemã. 
 
Em Fevereiro de 1916 Portugal apresou os barcos alemães que estavam nos seus portos , e a Alemanha declarou-lhe guerra ( 9 de Março ). Um submarino alemão bombardeia a cidade do Funchal na ilha da Madeira em Dezembro de 1916, o que causou grande emoção em Lisboa.
 
Para quem queira obter uma melhor informação sobre a participação portuguesa na Grande Guerra, recomenda-se uma visita ao Museu Militar.
 

 

 
O regime republicano decidiu-se a enviar tropas portuguesas para a Flandres, apesar de saber que não tinham suficiente preparação militar e equipamentos modernos adequados, pelas seguintes razões:

Com vista à manutenção das colónias, de modo a poder reivindicar a sua soberania na Conferência de Paz que se adivinhava com o final da guerra;

A necessidade de afirmar o prestígio e a influência diplomática do Estado republicano entre as potências monárquicas europeias, de forma a granjear apoio perante uma possível incursão monárquica que viesse a derrubar o republicanismo (muitos portugueses defendiam, aliás, o regresso da monarquia).

A vontade de afirmar valores de Estado que distinguissem Portugal da Espanha e que assegurassem a independência nacional.

A necessidade, por parte do Partido Democrático de Afonso Costa, então no poder, de afirmar o seu poder político, ao envolver o país num esforço colectivo de guerra, tanto em relação à oposição republicana quanto em relação às influências monárquicas no exílio.

 

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1ª Guerra Mundial - Soldados portugueses nas trincheiras e treinando-se com as máscaras de gás

 

 
Uma expedição portuguesa ( o CEP )partiu para a frente ocidental em 1917, sob o comando do General Tamagnini de Abreu; em 9 de Abril de 1918, ficaram debaixo de forte ataque alemão na batalha de La Lyz. Pelo tratado de Versalhes (1919) Portugal recebeu 0,75 porcento das indemnizações pagas pelos alemães e o Quionga área de Moçambique capturada pelas forças portuguesas na África Oriental.
 
O total de efectivos portugueses enviados para a França, entre 1917 e 1918, foi de 55.083. Tivemos 2.086 mortos e 5.524 feridos, o custo do baptismo de fogo, que o governo da República insistiu dar a Portugal para defender o seu Império Colonial.

A Batalha de La Lyz

Foi na madrugada de  9 de Abril de 1918 que o fogo dos bombardeamentos alemães (sob o comando do general Ludendorff) inundou a terra e cobriu os céus de pesadas nuvens negras, onde os homens se submergiam, mortos ou feridos, na lama espessa. Foi a célebre Batalha de La Lys, que deixou um  saldo aterrador no o sector português: dos 7500 homens destroçados, mais de mil caíram mortos.

 
C.E.P. -  Corpo Expedicionário Português tradução do inglês  Portuguese Expeditionary Corps, com que os ingleses denominaram as forças portuguesas que combateram na Grande Guerra, e que mais tarde os próprios soldados portugueses denominaram  de "Carneiros de Exportação Portuguesa", pela falta de preparação técnica e ausência de equipamento militar adequado a essa guerra moderna.
 

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Aníbal Augusto Milhais " O Milhões"
 
Ficou conhecido como «o soldado Milhões»- ,na 1ª Guerra Mundial. Aníbal nasceu em Valongo, concelho de Murça, em Trás-os-Montes. Agricultor durante toda a vida, com excepção do tempo que fez dele um herói medalhado e celebrado.
 
Na tropa foi incorporado no Regimento de Bragança e mais tarde no do Chaves. Em 1917 «partiu para a frente de combate». Um ano depois, chegava o «grande momento, o da batalha de La Lys», na Flandres.
 
O dia preciso: 9 de Abril. Rezam as crónicas que uma força portuguesa se viu atacada pelos alemães. A nossa força chegou a ser destroçada e a situação era «a pior possível».
 
Muitos portugueses foram mortos e os sobreviventes obrigados a retirar. O soldado Milhais viu-se sozinho numa trincheira e, então, ergueu-se, de metralhadora Lotz, e varreu uma coluna de alemães que vinham em motocicleta
 

 

A desastrada Guerra Colonial que os "Republicanos" não gostam de falar ) 1914-1918)

 
Em Moçambique

Em 1917 Portugal envia a 4ª força para Moçambique, esta constituída por 9786 homens e comandada por Sousa Rosa. A Alemanha tinha na África Oriental, uma pequena força de 4000 askaris e 305 oficiais europeus, comandados pelo general  Lettow Worbeck.

Este general alemão conseguiu sempre resistir aos ataques das forças inglesas, apesar de estas serem em número muito superior. Isto só foi possível devido a este general ter utilizado uma nova forma de guerra (guerrilha), não lhe interessando manter ou conquistar posições, mas sim manter o inimigo sempre ocupado, de modo que este não pudesse libertar soldados para enviar de volta à Europa.

Com o final da guerra na Europa, o exército alemão que se encontrava nessa altura na Rodésia, acabou por se render, apesar de nunca ter sido derrotado. Para Portugal ficaram, além das grandes derrotas militares, as revoltas das populações locais, que demoraram a ser reprimidas

 

 
Em Angola

Sob o comando de Alves Roçadas,  foi enviado para Angola uma força expedicionária de 1600 homens, em Outubro de 1914. Na fronteira sul, após um ataque alemão ao posto fronteiriço de Cuangar, as tropas portuguesas tentaram expulsar os alemães do território, mas em Dezembro de 1914, foram derrotadas em Naulila ( Desastre de Naulila), tendo que recuar para Humbe.

 As tropas alemães também retiraram mas, em simultâneo, as populações locais acabaram por se revoltar contra a soberania portuguesa

 

 
2ª Guerra Mundial ( 1939 - 1945 )
 
A Segunda Guerra Mundial (19391945) - e na qual felizmente Portugal não tomou parte, ficou neutral - opôs os Aliados às Potências do Eixo, tendo sido o conflito que causou mais vítimas em toda a história da Humanidade. As principais potências aliadas eram a China, a França, a Grã-Bretanha, a União Soviética e os Estados Unidos. O Brasil  integrou-se  aos Aliados em 1943. A Alemanha, a Itália e o Japão, por sua vez, perfaziam as forças do Eixo.
 
Perderam-se cerca de 55 milhões de vidas, e gastaram-se biliões de dólares nos custos da guerra e nos prejuízos que ela causou. Só na Europa Ocidental ficaram destruídos mais de 1,5 milhões de edifícios e mais de 7 milhões sofreram danos ou prejuízos.
 
Em nações evoluídas e que se diziam civilizadas, morria-se de fome.
 
 
 
No entanto, ainda que Portugal fosse um país neutral, forças aliadas australianas e holandesas ( 1941 ) e forças Japonesas ( 1942 ) desembarcaram em Timor que passou a ser cenário de uma luta entre ambas as forças opostas. 
 
Segundo informações obtidas, a ocupação japonesa foi particularmente brutal e a sua política impiedosa, no que respeita à distribuição de alimentos provocando a fome que assolou o território, causando cerca de 40.000 mortos. ( Veja-se o Drama de Timor pelo Prof. Adriano Moreira ). Mesmo assim as relações diplomáticas entre Portugal e Japão mantiveram-se intactas.
 
Os japoneses também meio ocuparam e administraram Macau, quando da sua invasão e ocupação da China, mas ao contrário do comportamento brutal que utilizaram em Hong-Kong, utilizaram o território apenas para lugar de prazer, de jogo e descanso para as suas tropas.
 
 

 

A 2ª guerra pela defesa do  ultramar (1960-1974)

 

Os ventos da História

( História de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )

 
Depois da segunda Guerra Mundial, o despertar do continente africano e a generalização dos movimentos de independência exerceram o seu impacte também nas colónias portuguesas. Tanto em África como na Metrópole surgiram vários grupos, mais ou menos clandestinos, de unidade africana. Na década de Cinquenta, alguns estudantes negros e mulatos das universidades de Lisboa gritaram aos poucos um plano de independência num enquadramento africano. Perseguidos pela polícia, tiveram de sair de Portugal e de buscar refúgio no exílio.
 
O seu movimento era sobretudo intelectual, e escassos os contactos com as populações indígenas. Mergulhada numa vida tribal, primitiva, a esmagadora maioria dos africanos não tinha condições para reagir a activistas intelectuais nem podia compreender os seus objectivos. Mau grado as expressões enfáticas dos defensores da independência, havia pouca consciência nacional em torno de conceitos como Angola ou Moçambique, criações artificiais de finais do século XIX.
 
Os povos da África portuguesa, divididos por diferenciações tribais e linguísticas , dificilmente poderiam ir além dos seus horizontes agrícola - pecuários de cunho local. Uma maneira possível de promover rebeliões entre eles seria fomentar ódios racistas ( de negro contra branco ) ou explorar descontentamentos contra violências físicas por parte dos colonos. Outra possibilidade mais remota estava na junção de forças com os movimentos anti-salazaristas, no fito de desencadear uma revolução geral contra o colonialismo.
 
Esta hipótese parece ter sido aceite por alguns grupos oposicionistas portugueses - sobretudo entre os exilados - embora se pergunte até que ponto esses grupos aceitariam a aliança para além de uma mera estratégia política que derrubasse o Estado Novo.
 
 
Movimentos em S. Tomé
 
Os movimentos em S. Tomé começaram depois dos massacres de Batepá, em que exército e colonos mataram centenas de nativos.
 
Movimentos na Guiné
 
Na Guiné em 1959 depois das reivindicações salariais de marinheiros e estivadores em Bissau, reprimidas pela polícia de que resultaram mortos e feridos.
Movimentos em Angola
 
Em Angola. em Fevereiro de 1961 algumas centenas de filiados no M.P.L.A., passavam ao ataque armado de prisões, quartéis e a estação emissora de Luanda. Em Março de 1961, tribos do norte de Angola com o auxílio ou instigação de congoleses, massacrando selvaticamente centenas de colonos e suas famílias.
Toda esta situação levou à repressão violenta por parte das autoridades e dos próprios colonos, apoiados por elas, aliás com o auxílio de não pouco indígenas.
 
Difundiram-se amplamente relatórios das atrocidades que se diziam cometidas pelos Portugueses. O caso português atraiu a atenção mundial.
 
Contudo, os insurgentes, como as nações estrangeiras em geral e outros muitos dentro do País, subestimaram a tenacidade do Governo e a capacidade da própria Nação em tentar resolver o problema por via militar e também por outros meios.
 
«Mau grado um acordo táctico entre o MPLA e a FNLA em 1972, é possível dizer-se que Angola se achava próximo de pacificada por ocasião do 25 de Abril e que Portugal dominava praticamente todo o território da colónia. »

 

( História de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )

 

Enfermeiras pára-quedistas.

 
Em Moçambique, um incidente catalizador, o chamado massacre de Mueda em 1960, que foi uma repressão contra os que protestavam contra as cooperativas que o governo colonial procurava impor. Essa repressão foi violenta, e segundo fontes dificilmente controláveis, teria causado centenas de mortos entre os trabalhadores contestatários.
 
Em 1974, perto de 80.000 soldados portugueses brancos actuavam nos três territórios. Além deles, havia que contar com, pelo menos, outros tantos soldados negros. Eram no entanto, raras as confrontações abertas, e a maioria dos militares regressava à Pátria sem nunca ter visto nem ouvido o inimigo. O resultado traduzia-se no seu número relativamente pequeno de baixas de morte, avultando, em contrapartida, as baixas por desastre e os feridos.
 Enfermeiras pára-quedistas.
 
 
 
Na Índia, em 1954, os dois pequenos enclaves de Dadrá e Nagar-Avely foram permanentemente ocupados pelos indianos. Em Dezembro de 1961, tropas indianas invadiram Goa, Damão e Diu. Completamente submergidos por forças várias vezes superiores às suas, os Portugueses ofereceram apenas uma resistência simbólica, acabando o governador Vassalo e Silva ( depois condenado e banido do exército , em Lisboa ) por ordenar uma rendição geral.
 
Em Macau, a oposição entre a ideologia oficial portuguesa e a ideologia marxista chinesa levou à intervenção da China e à sua quase ocupação da cidade. Na década de sessenta, a propaganda maoísta inundou a pequena colónia. 
 
Quando as autoridades procuraram resistir e obstar ao facto, a China fomentou um levantamento popular ( 1966 ), que obrigou o governo local e o governo de Lisboa a submeterem-se a todas as exigências chinesas. 
 
Macau passou a ser, em grande parte, controlada pela China

 

( História de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )

 

 

Portugal mobilizou para a guerra colonial, durante os treze anos que ela durou, mais de 800.000 militares, sem contar com os contingentes locais, que progressivamente integraram as forças portuguesas, chegando a representar uma elevadíssima percentagem dos efectivos presentes, em especial em Moçambique e em Angola. Do envolvimento português resultaram para as suas forças armadas cercas de 9.000 mortos, dos quais cerca de metade em combate, e a outra metade em acidentes, principalmente de trânsito  com viaturas militares.

As despesas da defesa chegaram a ultrapassar 7% do PIB e 40% do Orçamento Geral do Estado.,, que no entanto segundo o prestigiado  periódico inglês "Economist", eram cobertas e recobertas, com os rendimentos obtidos das próprias colónias.

Esta guerra, a mais longa guerra colonial em África, acabaria por levar os militares ao extremo da sua resistência, que foi um dos factores que proporcionou as bases do nascimento do movimento militar que conduziu ao derrube do regime português, o Movimento das Forças Armadas, em 25 de Abril de 1974.

 

  Honra ao Mérito - Belém, monumento aos combatentes das guerras do Ultramar

 

 

Batalhas no Ultramar - Operação Nó Górdio

Tudo ou nada! Em 1 de Julho de 1970, oito mil homens do Exército, Força Aérea e Marinha, além de Grupos Especiais, iniciavam a Operação Nó Górdio contra as bases do planalto dos Macondes onde se encontravam disseminados 2500 guerrilheiros sob o mando de Samora Machel.

Na que foi a maior operação levada a cabo na Guerra em África, o general Kaúlza de Arriaga visava eliminar as bases inimigas e as “áreas libertadas” e restabelecer a liberdade de acção das forças portuguesas em Moçambique. Caso obtivesse a vitória, poderia concentrar-se na evolução política da região e de Portugal.

 

 
Batalhas no Ultramar - Angola      
 
Em 1970, para defender o Leste de Angola, um vasto território com cerca de 700.000 km2, correspondente e 7,5 vezes a superfície de Portugal Continental, as Forças Armadas Portuguesas dispunham de 12 batalhões de infantaria, além de tropas auxiliares, e escassos meios aéreos e navais, num total de 21.500 homens. 
 
Nas chanas imensas do Leste, uma população de 1.300.000 pessoas, entre os quais 24.000 europeus, estava sujeita às penetrações dos cerca de 4.000 guerrilheiros do MPLA, UNITA e FNLA, infiltrados a partir da Zâmbia. 
 
Mas alcançando uma unidade de comando e aplicando a doutrina portuguesa da contra-subversão de forma sistemática e integrada, o General Bettencourt Rodrigues, com a cooperação de todos os sectores militares e civis da frente Leste, travou e venceu uma batalha de guerrilhas, um feito raro na história militar contemporânea.
 

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