A Religião
Católica na História de Portugal |
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- Da Restauração até ao presente
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- 1ª - Fase - Com a restauração da
Independência em 1640 , com D. João IV, Portugal teve de desenvolver forte acção
diplomática para restabelecer relações com outras nações e com a Santa Sé, para
assegurar o seu novo estado político. Clemente IX acabou por aceitar a representação do
embaixador português e nomear um novo núncio para Lisboa.
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- Com D. João V as relações foram
excelentes e o rei obteve da Santa Sé grandes privilégios, como a concessão de
patriarca ao bispo de Lisboa, a elevação ao cardinalato dos núncios e dos patriarcas de
Lisboa. Bento XIV concedeu mesmo a D. João V o título de "rei fidelíssimo", a
ele e aos seus sucessores.
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- Convento ou Basílica de Mafra
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- Este monumental palácio e convento barroco
domina a pequena vila de Mafra. Foi mandado construir por D. João V, em consequência de
um voto que o jovem rei fizera se a rainha D. Mariana da Áustria lhe desse
descendência.
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- Já com o reinado de D. José I
surgiram bastantes dificuldades, devidas principalmente às acções do Marquês de
Pombal, com o restabelecimento do beneplácito régio, expulsão dos jesuítas, a reforma
dos programas universitários, a extinção da Universidade de Évora, a perseguição ao
bispo de Coimbra, a declaração da Inquisição como tribunal régio, etc. Neste período
foram no entanto criadas novas dioceses no continente e no Ultramar.
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- Com D. Maria I, muito devota,
melhoraram as relações, mas em 1834 com a supressão das ordens religiosas, as
relações de Portugal com a Santa Sé entravam em nova crise, com manifesto
prejuízo da
nossa acção civilizadors entre os indígenas do Ultramar.
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- Da Restauração até ao presente
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- 2ª - Fase - Nos
princípios do século XIX o liberalismo e o laicismo, que já campeavam em toda a Europa,
estenderam-se também a Portugal. A igreja foi continuamente ameaçada de ser expulsa da
vida pública. A maçonaria, a secularização da vida social e a espoliação dos bens da
igreja foram-se processando gradualmente, sobretudo e apesar da Carta Constitucional de
1822.
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- Tanto os partidários de D. Pedro e D.
Miguel, na guerra entre os dois irmãos, tentaram o apoio da Santa Sé, mas Gregório XVI
declarou-se livre de compromissos políticos, e D. Pedro mandou retirar o Núncio e
extinguiu o tribunal da nunciatura. O Papa extingue o nosso padroado.
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- A crise veio a atenuar-se depois, o
exercício do padroado da coroa portuguesa volta a ser restabelecido (1848, 1857, 1886)
mas a implantação da República provoca uma nova e grave crise nas relações entre a
Igreja e o Estado, as quais vieram a cessar por força da Lei de Separação de 1911 a que
Pio X (Giuseppe Melchiore Sarto) em 24 de Maio de 1911, responde com a Encíclica "Jamdudum
in Lusitania".
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- Só em 1918 voltam a ser restabelecidas as
boas relações oficiais, por Sidónio Pais. As Aparições de Fátima (1917) e o
Apostolado da Oração vieram a constituir eficaz elemento de renovação religiosa no
País.
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- Após o Movimento de 28 de Maio de 1926 as
relações entre a Igreja e o Estado vieram a normalizar-se, culminando com a assinatura
da Concordata e do Acordo Missionário (1940), que têm de específico o estabelecerem o
regime de convivência, de separação de poderes e de entendimento em matérias de
interesse para ambas as partes, como no caso do ensino e da celebração de casamentos.
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- ( Condensado de Dicionário
de História de Portugal de Joel Serrão )
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O actual Patriarca de Lisboa
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- Comentário
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- Na página da Internet - Portugal -
A Country Study - Lybrary of Congress - lê-se que Portugal é um País profundamente
Católico. "Ser português é ser católico", e que aproximadamente 97% da
população se considera católica, a mais alta percentagem da Europa ocidental.
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- Dizem que no entanto, só um terço
da população vai à missa e comunga regularmente, mas que quase todos os portugueses
querem ser baptizados, casados e sepultados pela igreja católica. (o que é verdade)
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- Assim , desde as gravuras de
Foz Côa até às novas seitas de hoje - que florescem como cogumelos - os
portugueses passaram pelo Endovélico dos celtas, por divindades fenícias,
cartaginesas, gregas e romanas e por quase 4 a 5 séculos de Islamismo
, mas só a Igreja Católica, por vezes aparentemente contra tudo e contra
todos, conseguiu sobreviver e ajustar-se a tanto crença, folclore e ritual
pagão, e vai permanecendo nos genes lusitanos quase há dois mil anos.
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