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Visita de Estudo

TRANCOSO

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O Profeta Bandarra de Trancoso...
 
 
Trancoso ª Sepulturas antropomórficas
 

Breves notas sobre a cidade de Trancoso

Trancoso é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e subregião da Beira Interior Norte, com cerca de 3 500 habitantes.
É sede de um município com 364,54 km² de área e 10 889 habitantes (2001), subdividido em 29 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Penedono, a nordeste por Meda, a leste por Pinhel, a sul por Celorico da Beira, a sudoeste por Fornos de Algodres, a oeste por Aguiar da Beira e a noroeste por Sernancelhe.
Trancoso encontra-se hoje rodeada de muralhas, da época dionisiana, com um belo castelo, também medieval, a coroar esse majestoso conjunto fortificado.
Com os seus numerosos monumentos, da arquitectura civil e religiosa, constitui um dos mais expressivos e belos centros históricos do país, visitado anualmente por muitos milhares de pessoas. Destacam-se, entre todos, as igrejas paroquiais de Santa Maria e de São Pedro, a Casa dos Arcos, do século XVI, a igreja da Misericórdia, a Casa do Gato Preto (um curioso edifício do antigo bairro judaico), e o Pelourinho, bela peça do mais puro estilo manuelino. Não esquecendo a antiguidade, porém, Trancoso mantem traços medievais no centro histórico quase inalteráveis, sendo no exterior um meio urbano já moderno e planeado.
Nesta cidade nasceu também o profeta e sapateiro Gonçalo Annes Bandarra e o Padre Francisco Costa.
Aqui se travaram importantes batalhas, entre as quais a batalha de São Marcos (Batalha de Trancoso - Guerras da Independência), num planalto a escassos quilómetros do centro histórico, em 1385, que impôs pesada derrota às tropas invasoras e que foi uma anímica importantíssima para a batalha de Aljubarrota.
 

Trancoso foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004.

 

O PROFETA BANDARRA

  1. De seu nome Gonçalo Anes, Bandarra por alcunha, terá nascido em Trancoso nos inícios do século XVI, ou mesmo em 1500. Da fama deste “Nostradamus” português possuímos uma gravura do século XVII publicada na 1.ª edição de 1603 das Trovas, levadas ao prelo por D. João de Castro. Conhece-se a assinatura do Profeta nos autos do Santo Ofício e por esta finada instituição de martírio, todos os passos do sapateiro e profeta entre 1538 e 1541.Bandarra faleceu em Trancoso, onde foi sepultado, estando o seu túmulo na Igreja de S. Pedro em Trancoso. Crítico de Costumes, poeta, profeta, Bandarra foi lido, temido e perseguido pela Inquisição.

    Bandarra profetizou em termos bíblicos o Quinto Império, interpretado e comentado pelo Padre António Vieira e Fernando Pessoa.

    O Padre António Vieira viria a escrever: “Bandarra foi verdadeiro profeta, pois profetizou e escreveu tantos anos antes tantas cousas, tão exactas, tão miúdas e tão particulares, que vemos todos cumpridas com os nossos olhos”.

    Uma dessas profecias diz respeito ao próprio, judiciosa e relevante:

                       “Em dois sítios me achareis,
                        Por desgraça, ou por ventura:
                        Os ossos na sepultura,
                       A alma, nestes papéis.”

    Bandarra chegou a prever que D. João ou “D. Fuan”, será esse “novo rei alevantado», aclamado em finais dos “anos quarenta”. De facto D. João IV seria aclamado em 1640, com coroação no Terreiro do Paço. Nessa época o retrato de Bandarra foi então exposto na Sé de Lisboa.

    As principais referências bibliográficas são: As Trovas de D. João de Castro; A Mensagem de Fernando Pessoa; Oliveira Martins “História de Portugal”; Lopes Correia “Monografia”; Hermani Cidade “Padre António Vieira”.

 
PADRE FRANCISCO da COSTA

Prior de Trancoso

 Citamos este exemplo verídico histórico, arquivado na Torre do Tombo em Lisboa (Arquivo Nacional Português) porque relata as aventuras sexuais dum padre de Trancoso (Beira Alta, Norte de Portugal).

Foi pai de 244 crianças: sendo 143 raparigas e 98 rapazes. Engravidou 46 mulheres diferentes, incluindo a própria mãe!

Foi condenado à morte, mas o Rei D. João II (Príncipe Perfeito) perdoou-lhe a sentença porque entendeu que "naquela região o país precisava de aumentar a população e portanto o padre fez os seus actos a bem para a sociedade".

Aqui está o referido documento histórico.


SENTENÇA PROFERIDA EM 17 DE MARÇO DE 1487 CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Quando forem a Trancoso, vão à casa onde viveu este padre, que é agora o restaurante O MUSEU )

Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7: 

 

Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade
de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens
e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos,
esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e
mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi
arguido e que ele mesmo não contrariou,

- sendo acusado de ter dormido:

- com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;

- de cinco irmãs teve dezoito filhas;

- de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;

- de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;

- de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;

- dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,

- da própria mãe teve dois filhos.

Total: duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino
e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e quatro
mulheres".
 


"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

Esta sentença ficará arquivada na Torre do Tombo, Lisboa, Portugal
 

A antiga residência deste padre. Actualmente é o Restaurante Típico " O Museu " junto à igreja matriz de Santa Maria de Guimarães.

 

Restaurante "O Museu"
Largo Santa Maria de Guimarães
6420 Trancoso
 

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