Ácido Fólico

Química
Ações
Necessidade diária mínima
Farmacocinética
Usos terapêuticos
Administração
Posologia
Reações Adversas
Contra Indicações
Interação medicamentosa
Precauções
Preparações

Química
  • Ácido pteroilglutâmico.
  • Vitamina hidrossolúvel do complexo da vitamina B.

  • Ações
  • Conversão da homocisteína em metionina (vitamina B-12 como co-fator),
  • Conversào da serina em glicina,
  • Síntese do timidilato,
  • Metabolismo da histidina,
  • Síntese de purinas,
  • Utilização ou produção de formato.

  • Necessidade diária mínima:
  • Adulto normal:  50µg/dia
  • Mulheres grávidas, amamentando ou condições que levem a altas taxas de renovação celular (p.ex. anemia hemolítica) : 100 a 200 µg/dia ou mais.
  • Mais abundante em vegetais verdes frescos, fígado, aveia e algumas frutas. O cozimento prolongado pode destruir 90% do folato destes alimentos.

  • Farmacocinética:
  • Absorção: os folatos nos alimentos estão sob a forma de poliglutamatos reduzidos. A absorção destes ocorre pela ação de uma carboxipeptidase das membranas das células mucosas. A forma reduzida absorvida é metilada pela diidrofolato redutase presente em abundância na porção proximal do intestino delgado (duodeno e jejuno proximal). Doenças que acometem o jejuno podem acarretar deficiência de folato (p.ex. espru não-tropical e tropical).
  • Distribuição: rápida após a absorção. Há necessidade de mais estudos para a compreensão do papel das proteínas de ligação no transporte do folato aos tecidos. É sabido que há um aumento da capacidade de ligação na deficiência de folato, no alcoolismo, na uremia e no câncer.
  • Reabsorção: o ciclo entero-hepático, juntamente com a alimentação, mantém um suprimento constante da vitamina. Há absorção pelo fígado que metila e transporta o ácido até a bile, para reabsorção no intestino.
  • Armazenado no interior das células na forma de poliglutamato.
  • Folatos e produtos de clivagem são excretados na urina.

  • Usos terapêuticos
  • A deficiência de Folato pode resultar em anemia megaloblástica. O início da anemia megaloblástica por deficiência de folato tem início mais rápido do que a por deficiência de B12.  A deficiência de folato isolada não está associada alterações neurológicas.
  • Causas de deficiência de Folato:
  • Princípios do tratamento:
  • Profilaxia somente com nítida indicação: gestação, amamentação, altos níveis de renovação celular (p.ex Anemia Hemolítica), pacientes em NPT.
  • Sempre avaliar a causa básica da deficiência: efeito de medicações, quantidade de álcool ingerida, história de viagens, função do trato gastrointestinal e etc.
  • O tratamento deve ser o mais específico possível. Preparações multi-vitamínicas somente ns deficiência de diversas vitaminas.
  • A causa da anemia megaloblástica pode ser a deficiência de Vitamina B12, por isso, a administração de ácido fólico pode melhorar a sintomatologia e a anemia, mas não poderá reverter os danos neurológicos da deficiência de VIT B12 que podem se tornar irreversíveis.
  • Administração
  • O ácido de fólico é normalmente administrado oralmente. Quando a administração oral não é possível ou quando malabsorção é suspeita, a droga pode ser administrada IM profunda, subcutânea ou injeção IV. Porém, a maioria dos pacientes com malabsorção pode absorver na forma oral.
  • A dilução da solução  oral ou a administração parenteral pode ser preparada diluindo-se 1 mL da injeção, que contém 5 mg de ácido de fólico por mL, com 49 mL de água estéril para injeção com intuito de prover uma solução  com 0.1 mg de ácido por mL.
  • Dentro de 48 horas de tratamento a medula óssea começa a se tornar normoblástica e a reticulocitose geralmente começa dentro de 2 a 5 dias do início da terapia.

  • Posologia
  • A dose eficaz recomendada é de 1 a 5 mg/dia, nas deficiências de ácido fólico.
  • No paciente com anemia megaloblástica aguda, quando indicado, iniciar o tratamento com a administração via intra-muscular de Ácido Fólico (1 a 5 mg)  e Vitamina B12 (100 µg)  e manter por 1 a 2 semanas suplemento oral diário (1 a 2 mg) de ácido fólico. Nunca deve-se utilizar o Ácido Folínico (Leucovorin®) nesta situação.
  • Em alcoólatras, pacientes com anemia de hemolítica ou infecções crônicas, e pacientes recebendo anticonvulsivantes ou metotrexato, podem ser requeridas dosagens de manutenção mais altas.
  • Foram recomendadas dosagens orais de 3 a 15 mg, diariamente, para pacientes com spru tropical.

  • Evidências de deficiência de ácido fólico ocorrem em 0.5 a 1.5% das mulheres grávidas. Na profilaxia da anemia megaloblástica, durante o período de gestação, 0,2 a 0,5 mg diariamente são suficientes. Há evidências de que o consumo de 0.4 mg de ácido fólico previna a ocorrência de defeitos no tubo neural e deve ser iniciado antes da concepção em mulheres em idade fértil e que possam engravidar  O tubo neural se converte em medula espinhal e cérebro entre os dias 18 à 26 da gestação e muitas mulheres ainda não sabem que estão grávidas. Recomenda-se 4 mg de ácido fólico por dia antes e durante a gravidez se a paciente tiver diabetes ou epilepsia (drogas antiepiléticas interferem com metabolismo do folato), se houver história de defeitos do tubo neural na família, ou se já teve uma gravidez afetada por defeito no tubo neural.
    Reações Adversas
  • Via oral em doses terapêuticas não é tóxico.
  • Aparecimento de coloração amarelada na urina.
  • Mesmo com doses elevadas de até 15 mg/dia, não há relatos de efeitos colaterais.
  • Uso em grandes doses pode anular a ação antiepilética do fenobarbital, fenitoína e primidona. Pode aumentar a freqüência de crises convulsivas em crianças suscetíveis.
  • Há relatos de reações alérgicas à administração parenteral.

  • Contra Indicações
  • Nos casos de hipersensibilidade ao princípio ativo da fórmula.
  • Não usar na anemia normocítica, aplástica ou perniciosa.

  • Interação medicamentosa
  • pode ter ação diminuída por: ácido para-aminosalicílico; anticoncepcional oral; fenitoína; pirimetamina; primidona; sulfasalazina; triantereno; trimetoprim.
  • pode anular a ação antiepilética do fenobarbital, fenitoína e primidona.
  • A administração prévia de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários pode aumentar o risco de hemorragias.

  • Precauções
  • Atenção especial nos parâmetros da coagulação sanguínea em pacientes com disfunção hepática severa. Se estiverem significantemente diminuídos, não se deve administrar ácido fólico.
  • Cuidados com pacientes portadores de moléstias pulmonares, como, por exemplo, tuberculose em atividade ou bronquite grave, bem como em pacientes com idade acima de 75 anos.

  • Preparações
  • Ácido Fólico - droga única ou em associação.
  • Ácido Fólico
  • Comprimidos de 2 mg e 5 mg
  • Gotas 0,4 mg/1 ml
  • Solução 2 mg/5 ml
  • Frasco-ampola. com 10 ml, com 5 mg/ml

  • 14/08/2002
    Arquivo de Clínica Médica
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