Histórico



Uma vitória!

Podemos e devemos encarar assim o processo pelo qual passa hoje a associação dos Médicos Residentes da Santa Casa de Ribeirão Preto.

Estamos tentando reorganizar a associação dos residentes para então, reivindicarmos, de alguma forma, os direitos da classe que mais trabalha dentro deste hospital.

Ainda estamos no início desta mudança, mas já podemos vislumbrar algumas conquistas. O nosso jornal é uma delas. Hoje uma publicação artesanal, isto é, caseira, mas um meio para podermos expor nossas opiniões sobre as coisas que ocorrem em nosso hospital.

Nesse folhetim, vamos deixar impressas coisas que sempre falamos, porém nunca fomos ouvidos. Por isso, é importante que, você residente, participe, comente e discorde a cerca das opiniões e críticas propostas.

Nas reuniões da AMR comentamos que, uma reivindicação feita por escrito vale muito mais que várias feitas apenas verbalmente e, este é o veículo propício para que possamos fazer isso.

Tenho certeza que, as pessoas que dirigem a nossa Santa Casa vão apoiar nossa atitude organizacional e reivindicatória, pois, são pessoas abertas ao debate e também querem o melhor para esta casa.

Enfim, Vamos lutar para melhorar e para isso, devemos unir em torno de uma classe – O RESIDENTE.

Rodrigo Brito – Presidente da Associação dos Médicos Residentes da Santa Casa de Ribeirão Preto.

 

Aos colegas da Associação dos Médicos Residentes da Santa Casa

 

         A Santa Casa de misericórdia de Ribeirão Preto há pouco mais de um século, têm desenvolvido um trabalho ininterrupto de assistência médica na nossa cidade e em toda a nossa imensa região.

Nestes longos anos, muito se fez, é claro, muito mais poder-se-ia ter feito, porém o corpo clínico de nosso hospital sempre teve o reconhecimento público pelo seu esforço e, por isso, sempre recebeu a satisfação singela de nossa comunidade. O respeito de nossa gente é a maior glória que poderíamos ter almejado.

Em todo este tempo, o nosso hospital tem buscado a sua identidade, ora como hospital “particular”, ora como hospital de benemerência, ora como hospital público, ora como hospital universitário, voltado para o ensino, ora como um “mix” de várias identidades, enfim, tem a cada momento, se adaptado às necessidades de nossa população.

Durante toda a sua existência, ficou caracterizado o seu destino assistencial e de ensino. No princípio, a Santa Casa foi o único hospital de nossa cidade e, portanto, responsável pela saúde de nossa gente. Os médicos de nosso corpo clínico começavam, lá pelos idos do século XIX, alicerçar a fama do hospital bendito, que até hoje persiste.

Em 1939 era fundada a nossa Associação Médica, que passava a coordenar as atividades de nossos antigos colegas dentro do hospital e na própria sociedade médica de Ribeirão Preto.

Nas décadas de 50 e 60, principalmente a Santa Casa, foi o grande esteio da Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto, tendo recebido muitos de nós em suas enfermarias para que pudéssemos ter os primeiros contatos com a Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia, Propedêutica Médica, Clínica Médica e muitas noites de plantões intermináveis e tão agitados quanto era a nossa vontade aprender.

Nos anos 70 e 80 houve grandes mudanças na saúde de nosso país, por isso, a Santa Casa foi muito afetada, tendo que fazer um grande incremento em suas atividades de ensino. Além disso, ocorreu a maximização dos médicos residentes, os quais foram se tornando um grupo imprescindível na operacionalização de nosso trabalho.

No final do século XX e início do século XXI, os médicos residentes estruturam a sua importância em nosso meio e hoje fazem parte integrante do corpo clínico da Santa Casa. Os residentes não são médicos agregados ao corpo clínico do hospital, são partes desse corpo, isto é, uma categoria importantíssima que desenvolve um trabalho único.

Devem receber de todos nós, membros desse mesmo corpo clínico, um pouco da experiência que adquirimos nos anãos vivenciados em nossa clínica diária. Devem cobrar a participação do corpo clínico em seu período de formação profissional. Os residentes são imprescindíveis para a Santa Casa, para a população assistida e agora também, para os alunos de nossa faculdade de medicina.

O período de residência médica é um período de formação profissional, mas também, de formação do ser humano, que vai cuidar da saúde de outros seres.

A residência médica, não permite que o corpo clínico, literalmente, envelheça.

Esta importância foi definida e reconhecida, quando a Associação Médica criou o cargo de Diretor Adjunto para ser exercido pelo presidente da Associação dos Residentes.

É gratificante ver que estes colegas estão se mobilizando em sua associação, para poderem ser solidários em suas reivindicações e fortalecidos pelo poder de comunicação de seu jornal. Esta consciência permite que o trabalho seja otimizado e desta forma, todos juntos ganhamos em qualidade de vida e trabalho.

O que vocês estão hoje dinamizando, certamente vai reverter para o hospital como um todo, e por isso, nossos pacientes agradecem.

Parabéns, de todo o corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto.

Reginaldo Viana – Presidente da Associação Médica da Santa Casa.



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