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IDEALIZADOR DA ONG
O Delta do Parnaíba
Alfredo Durães
Do Estado de Minas
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DELTA DO PARNAÍBA
Capricho das águas
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Depois de percorrer 1.480 quilômetros, num trajeto que começou na chapada das Mangabeiras, na divisa entre Maranhão, Tocantins e Bahia, o rio Parnaíba deságua no oceano Atlântico. Para a geografia, esse encontro entre rio e mar é um acidente natural que, pelo formato em que se dá, leva o nome de ‘‘delta’’. Mas, para os turistas que vão até este pedaço do litoral nordestino, é como se o rio fizesse uma chegada triunfal — um feito espetacular, com direito a um pódio diferente, composto por dunas, mangues, praias desertas e até florestas. Bem-vindo ao Delta do Parnaíba, um colosso de 2,7 mil quilômetros quadrados, em terras do Maranhão e Piauí. Um lugar que coloca qualquer ecoturista, mesmo o mais calejado, de joelhos, em reverência à natureza.
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Timoneiro das dunas
Os cinco braços do rio sustentam 70 ilhas. No labirinto de praias e mangues, o visitante se sente como um náufrago que não quer nem saber de resgate
É no estreito litoral piaui-ense que o delta estrela o ponto alto de seu show, digno de se aplaudir de pé. Com apenas 66 quilômetros de litoral, o menor do Brasil, o Piauí compensa essa desvantagem com as maravilhas do delta e de belíssimas praias oceânicas. Ou ainda de lagos como o de Portinho, bem próximo da cidade de Parnaíba, a segunda maior do estado e considerada o portal do delta. Mas o ponto de partida inicial para o delta pode ser a capital, Teresina, de onde se sai também para conhecer o Parque Nacional da Serra da Capivara, um dos maiores sítios arqueológicos das Américas.

Teresina é uma cidade conhecida pelas altas temperaturas. Por isso, é bom lembrar: na área do delta faz tanto calor quanto na capital. Só que é um calor amenizado por uma brisa fresca e constante, como se fosse um ar-condicionado divino. Caprichoso, o rio Parnaíba se divide em cinco braços antes de alcançar o Atlântico, formando cerca de 70 ilhas, além de mangue e dunas. A emoção de descrever o delta passa por seus verdadeiros labirintos, que formam praias de areia fina e quente com as imensas dunas atrás. Praias que fazem por merecer o título de desertas, com todo romance, sonhos e divagações que se possa criar.

  A vontade, ao navegar as águas do delta, é dispensar o barqueiro, assumir o timão, cruzar com as jangadas de pesca e descobrir — sozinho ou muito bem acompanhado — os portos de areia. Sentar-se, banhar-se na água morna e ver ao longe barcos e barquinhos que passam. Sentir-se na pele de um náufrago que não quer voltar.

De oeste para leste
Cerca de 65% do delta do rio Parnaíba está em terras maranhenses, mas não é injustiça observar que suas maiores belezas estão cravadas no Piauí. De oeste para leste da Barra de Tutóia (MA) à Barra do Igaraçu (PI), o cenário de 2,7 mil quilômetros quadrados reúne harmoniosamente ilhas e ilhotas, cobertas de florestas ou com fazendas e plantações. Quase todas são habitadas. Outras ilhas despontam com dunas incríveis de até 40 metros, um mar de areia que vai dar no Atlântico.

  O Delta do Parnaíba é uma bela versão brasileira de um acidente natural que também ocorre em outras partes do mundo. Basta lembrar o delta do rio Nilo, na África, e o do Mekong, na Ásia. No Parnaíba, o visitante tem à disposição dos olhos e das emoções mais de 140 espécies de aves, além de jacarés-do-papo-amarelo, camaleões, tatus, raposas e guaxinins, entre outros animais, principalmente em sua área de floresta tropical. As ilhas do delta são entrecortadas por igarapés (pequenos rios), um labirinto aquático, que destrói o sonho de navegar sozinho por aquelas águas. Somente os homens da região — acostumados que são — sabem navegar por eles, cortando os intricados caminhos aquáticos sem se perder.

O NÚMERO
O visitante tem à disposição dos olhos e das emoções mais de
140 espécies de aves, além de jacarés-do-papo-amarelo, camaleões, tatus, raposas e guaxinins
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