Allahu Akbar

A VIDA DO PROFETA DO ISLAM


O Profeta Mohammed, fundador da religi�o isl�mica, nasceu em Macca, Ar�bia Saudita, em 571 d.C. Filho p�stumo de Abdullah bin Abdul Mutalib bin Hashim, da tribo dos coraixitas, teve a desdita de perder a m�e ainda na inf�ncia. Com a morte da m�e, viveu com o tio, Abu Talib.

Ainda jovem, foi enviado a um acampamento bedu�no para embeber-se do esp�rito livre do deserto. Retornando a Macca, engajou-se nos neg�cios, inicialmente com o tio e posteriormente como representante de uma rica vi�va, Khadija, em nome de quem viajou � S�ria. Por sua honestidade nas transa��es, logo lhe foi atribu�do o t�tulo de Al-Amin, o Confi�vel. Ao completar vinte e cinco anos, desposou Khadija, quinze anos mais velha, e apesar da disparidade de idade, eles viveram felizes juntos at� a morte de Khadija, um quarto de s�culo depois. A devo��o de Mohammed � mem�ria da falecida esposa permaneceu intensa at� seu �ltimo dia.

V�rios filhos foram gerados deste casamento, mas apenas uma �nica filha sobreviveu: F�tima, esposa de Ali, que figura na hist�ria do Islam.

Contemplativo por natureza, Mohammed adotou uma vida cada vez mais solit�ria em meio �s montanhas de Macca, onde meditava profundamente sobre os v�cios de seus patr�cios. A vida licenciosa que os �rabes levavam e o constante estado de guerra entre as tribos mortificavam o seu esp�rito. Por fim, sobreveio-lhe uma crise.

Em uma noite escura, em estado de profunda contempla��o no Monte Hira, perto de Macca, no ano de 610 d.C., Mohammed teve uma vis�o - uma mensagem de Allah, ordenando-lhe que lesse!

Recita em nome de teu Senhor que tudo criou.
E criou o homem de co�gulos de sangue,
Recita, pois teu Senhor � o mais beneficente,
Aquele que ensinou o uso da pena,
Ensinou ao homem o que este n�o sabia.
(Alcor�o - 96:1-5)

A experi�ncia espiritual do "chamado" exerceu um profundo impacto sobre Mohammed. que se apressou em ir para casa. Khadija logo se postou � sua cabeceira, pois seu marido estava consideravelmente abalado pelo arrebatamento divino.

Pouco tempo se passaria antes que outro comando lhe fosse anunciado:

� tu, envolto em teu manto!
Levanta-te e adverte!
E teu Senhor enaltece!
E tuas vestes purifica!
E de tudo que macula, afasta-te!
N�o d�s almejando receber mais,
Espera por teu Senhor pacientemente,
Pois quando soar a trombeta,
Este ser�, ent�o, um dia dif�cil
um dia, para os infi�is, nada f�cil
(Alcor�o - 74:1-10)

Ao receber este comando, Mohammed corajosamente anunciou sua condi��o de Profeta, e uniu os homens a Allah, o Deus �nico. O Profeta agora pregava a todos. Sua mensagem consistia em que Deus era Uno, e que ele era o Profeta de Allah; a idolatria foi condenada; acren�a no Dia do Ju�zo foi inculcada; ora��es, jejuns, caridade e peregrina��o foram recomendados aos fi�is.

Khadija, sua esposa, foi a primeira a se converter. A ela seguiram-se Abu Bakr, Ali, Omar e Osman, que sucederam ao Profeta como califas, ou "l�deres dos fi�is".

Mohammed continuou a pregar sua doutrina mesmo em face da oposi��o ferrenha dos pag�os de Macca, ainda que sob risco de vida. Seus seguidores eram perseguidos, seu rebanho era socialmente boicotado, e, quando se tramou uma conspira��o para tirar-lhe a vida, ele deixou Macca rumo ao norte, para a cidade de Medina, no ano 622 d.C. - a partir de quando os mu�ulmanos contam o seu calend�rio, como o ano da Hijra, ou H�gira. Desde Medina, at� o seu falecimento em 632 d.C., a mensagem do Profeta foi transmitida por toda a Ar�bia e alhures pois, apesar de Macca haver-se rendido sem oposi��o, Medina pode ser considerada sede de suas atividades posteriores at� o final da vida

N�o apenas durante os primeiros tempos como Profeta em Macca, como tamb�m durante sua perman�ncia em Medina, prosseguia a revela��o das passagens cor�nicas, de modo que tanto a organiza��o do Cor�o quanto seu texto definitivo foram finalizados ainda durante a vida do Profeta Mohammed.

� medida que o Livro ia sendo revelado Mohammed zelava ao extremo pela ordem em que as v�rias passagens deveriam aparecer na forma final.

Entretanto, coube a seu primeiros sicessor, Abu Bakr - o primeiro califa - a tarefa de fazer que o Cor�o fosse redigido por completo. Das m�os da irm� do segundo califa - Omar - o Livro foi entregue ao terceiro califa, Osman, que fez distribuir v�rias c�pias exatas do Cor�o entre os fi�is.

Justifica-se, portanto, o orgulho dos mu�ulmanos por seu Livro Sagrado - o Cor�o - permanecer inalterado, at� mesmo em um detalhe t�o m�nimo quanto um sinal diacr�tico, desde que seu conte�do foi confiado ao Profeta Mohammed, h� aproximadamente quatorze s�culos.

(Sirdar Ikbal Ali Shah - Luzes da �sia - Edi��es Dervish - 2002)

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