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Einstein foi eleito
personalidade do
seculo pela
revista TIME









Em 1956, o cientista conversa com a filha dos pesquisadores Pierre e Marie Curie
  Albert Einstein


No dia 30 de junho de 1905, um obscuro funcionário de um departamento de patentes de Berna publica na revista científica alemã "Annalen der Physik" um artigo sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento. Com este e outros dois artigos publicados nesse mesmo ano, Albert Einstein acaba de sentar as bases da Teoria da Relatividade, que revolucionará a ciência moderna.

Desde então, e 45 anos depois de sua morte, em 1955, este gigante da ciência perturba o sonho dos físicos: os debates em torno da relatividade ainda continuam. Jamais uma lista de perguntas tão fundamentais tinham sido expostas num ensaio científico, e jamais provocaria tanta pesquisa com máquinas caras e complexas para esquadrinhar a natureza íntima da matéria e verificar a famosa teoria.

A experiência deu razão a Einstein: o tempo não transcorre na mesma velocidade para a matéria em repouso e para a matéria em aceleração, e a matéria pode se manifestar em forma de energia. Esta constatação permitiu compreender a dinâmica do sol e a origem de sua energia, e se aproximar da própria natureza do universo. Também foi a forma de aprender a liberar a fabulosa energia que representa uma simples gota d'água ou um grão de areia, abrindo o caminho para a era nuclear e suas mais terríveis manifestações.

Nascido em Ulm (Alemanha), no 14 de março de 1879 em uma família de industriais israelenses, Albert Einstein fez seus estudos na Escola Politécnica de Zurique e adotou a cidadania suiça em 1901. Depois de publicar seus ressonantes artigos em 1905, Einstein dá aulas em Zurique em 1909, depois em Praga e finalmente em Berlim - no momento um centro científico de relevância - de onde é requerido pelo físico Max Planck. Sua glória é consagrada quando recebe o Prêmio Nobel, em 1921. Sua teoria é divulgada, ainda que o grande público a conheça somente pelo nome.
Por trás do cientista, rapidamente aflora um filósofo profundamente comprometido com seu tempo. Apesar de seu renome, os empenhos de um judeu estrangeiro em pleno crescimento do nazismo, geram violentos ataques. Ameaçado por Hitler, que confisca seus bens, Einstein abandona Berlim em 1933, estabelecendo-se em Princeton (Nova Jersey, EUA), onde assume a direção do "Institute of Advanced Studies". Em 1940 se torna cidadão americano: "enquanto possa escolher, ficarei num país onde a liberdade política, a tolerância e a igualdade de todos os cidadãos frente a lei seja a norma", afirma.
Ardoroso defensor do movimento sionista, é um dos fundadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, onde seus arquivos pessoais - 43.000 documentos - estão guardados, segundo sua vontade. Em 1952, Ben Gurión lhe propôs, sem sucesso, ser presidente do jovem estado judeu. O físico desaparece atrás do homem público. Feroz inimigo da guerra, enviou no entanto uma célebre carta ao presidente Roosevelt defendendo a utilização da bomba atômica, para que os alemães não a desenvolvam antes. Posteriormente se arrependerá, depois da destruição de Hiroxima.

Foi um dos grandes críticos de Mac Carthy e sua "caça às bruxas". Por causa disso, o FBI chegou inclusive a considerá-lo na liderança de uma conspiração comunista. As imagens de um velhinho de cabelos brancos despenteados, sem meias nem gravata, e tocando violino, ou do personagem risonho que mostrava a língua, dão a volta ao mundo.
Seguindo sua própria vontade, seu cérebro foi imediatamente extraído depois de sua morte para ser conservado. Os primeiros estudos, publicados em 1999, revelaram uma característica excepcional: o cérebro possui um traçado da fissura silviana diferente em cada hemisfério, algo que o distingue do restante das pessoas.

Essa fissura, por onde passa a artéria silviana, delimita uma região na qual os cientistas afirmam existir a capacidade do reconhecimento, do pensamento matemático e da representação do movimento. "As capacidades excepcionais de Einstein nestas áreas, e a particularidade de seus processos de raciocínio - que ele mesmo descrevia como associações de idéias mais do que pensamentos verbalizados - poderiam ser originados nessa diferença anatômica", estimam os pesquisadores.

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