Era uma vez os de Juvaincourt.

       � um mist�rio ser piloto,
       � um mist�rio ser guerreiro,
       Nunca sabemos se o c�u nos servir� de caminho enquanto pilotamos nossas m�quinas voadoras,
       Ou se ele ser�, a partir desse dia, nossa morada.
      
       E hoje n�o foi um dia diferente;
       Como em todos os outros dias, eu sentia o prazer de estar vivo, o medo da morte, a saudade de casa, o desejo por paz, e a vontade da guerra, tudo ao mesmo tempo, cozinhando dentro de mim, numa mistura que, poderia resultar num veneno mortal, se eu deixasse me guiar pelas emo��es, t�o fortes e t�o explosivas, ou poderia ser um elixir de for�a, que tornaria meu pensamento e meus reflexos mais claros e r�pidos, se eu me guiasse por minha intelig�ncia e esperi�ncia.
       No in�cio desse dia, 09 de maio de 1940, eu estava na It�lia, onde dava instru��es sobre vo� e t�cnicas de combate a nossos camaradas italianos, e iria voar com eles no dia de hoje, onde deveriamos bombardear a cidade de Dijon, na Fran�a.
       T�nhamos visto o mapa do local, mas n�o conhec�amos as coordenadas, e ter�amos de fazer uma localiza��o visual. . . a melhor parte, foi que nos 5 primeiros minutos, depois de decolarmos, nosso avi�o guia, que conhecia o local, teve problemas t�cnicos em sua aeronave, e teve de fazer um pouso for�ado a quase uma centena de quilometros do aeroporto mais pr�ximo.
       Decidimos seguir miss�o, mesmo sem outro instrumento de navega��o a n�o ser a b�ssola, e o mapa do local que dever�amos bombardear.
       Dois bombardeiros Z 1007 bis "Alcione", e uma escolta de Regianne 2000. 
       No que deveria ser a metade do caminho, avistei um grupo de  quatro ca�as P-39 Aircobra voando para tentar nos interceptar. Solicitei a meus camaradas que subissem o mais que pudessem, enquanto eu tentava distrair os pilotos advers�rios.
       O P-39 tem dois pontos fracos intercalados: ele tem uma grande dificuldade p'ra pegar altitude, e velocidade, e quase n�o � manobr�vel a pouca velocidade.
       Comparado com os 3 motores de 700 cavalos do Alcione, se eu conseguisse convencer meus advers�rios a me seguirem, at� pr�ximo ao ch�o, e logo abaixo dos outros dois avi�es da minha esquadrilha, eles seriam presas f�ceis. Me distanciei de meu grupo, direto ao encontro de nossos perseguidores, e numa dist�ncia segura, iniciei o mergulho.
       A t�cnica era �tima: mas, infelizmente, nem todos me seguiram quando eu iniciei meu mergulho: um dos ca�as, seguiu subindo mais ainda, tentado atacar nosso bombardeiro mais alto, que agora voava a 25 mil p�s de altura, enquanto um veio atr�s de mim, e os outros dois estavam um pouco mais distantes.   : mudemos a t�cnica ent�o . . .  "dividir, e conquistar".     Eu e o ca�a, ficamos atr�s de um dos P-39 , o que havia se engajado contra mim, e o acertamos diversas vezes.   Quando achei que ele j� estava fora de combate, me dirigi ao segundo ca�a, que havia passado alto por n�s para tentar interceptar o outro bombardeiro, e pedi para nossa escolta tentar sair de l�.
       Mas, poucos minutos depois, quando olhei para tr�s, vi nosso kamarade com 3 ca�as atr�s dele . . . e o P-39, ganha em todos os quesitos do Re.2000.  Eu ia tentar voltar, mas, o P-39 que havia passado por mim para atacar o outro bombardeiro, agora havia desistido, pois este j� estava a 32 mil p�s de altura, e agora se engajava contra mim . . . . e por mais sorte que eu tivesse, e por melhor piloto que eu fosse, eu estava pilotando um bombardeiro . . .  n�o poderia me colocar em posi��o de estar cercado por ca�as com uma metralhadora .30 apontada p'ra mim . . . .enquanto eu me aproximava em dire��o ao meu pr�ximo alvo, subindo, ouvi a transmiss�o de r�dio:
      
       McFer: - Voc� n�o consegue sair da�?
       Rudel: - Cercado . . . 
       McFer: - Estou com um, n�o posso voltar.
       Rudel: - tudo bem . . . esse avi�o aguenta muito tiro.
       McFer: - Salte.
       Rudel:- Ok . . . vai ver como vou saltar.
      
       E num momento de hero�smo, nosso amigo inventou a t�cnica mais espetacular que eu j� vi: ele n�o tinha mais muni��o em seu avi�o,e, saltou no �ltimo segundo, logo ap�s ter colocado seu pr�prio avi�o numa posi��o do qual o ca�a que vinha atr�s dele em velocidade bem maior nunca poderia se desvencilhar.
       Eu nunca vi tanta coragem em um piloto . . .
 
       Meu alvo pr�ximo agora: o P-39 inimigo estava logo acima de mim, 3500 metros de dist�ncia . . .  comecei a fazer a curva para ir em dire��o contr�ria, e mergulhar . . . . . agora sim, ele estava vindo atr�s de mim.
       Mergulhei at� o ch�o, e quando vi o avi�o inimigo pr�ximo ao solo, subi, e ele tentou fazer o mesmo, perdendo toda sua energia, e portanto, toda sua manobrabilidade.
       Comecei a persegui��o, mantendo-me fora do raio de a��o de suas metralhadoras, enquanto meus atiradores tentavam alvej�-lo.        E eu estava com o nariz do meu aviao bem de frente p'ra ele quando o vi explodindo no ch�o.
       O ca�a que eu havia alvejado junto com o Rudell tinha ca�do tamb�m.
       Restava agora s� mais um ca�a, n�o muito distante de mim, e tive minha vit�ria utilizando a mesma t�cnica.
       Galland, o piloto do outro bombardeiro, e eu, estavamos agora totalmente fora de rota, e, por sugest�o de meu camarada, decidimos ent�o bombardear Juvaincourt, o aer�dromo aliado mais pr�ximo, e agora desprotegido, sem seus ca�as.
       Jogamos todas nossas 16 bombas sobre o aeroporto, e tiramos fotos das explos�es, e do monte de buracos que sobraram no aeroporto.
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