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17/01/2001 - Axl abre o jogo em papo � beira da piscina

Vestindo bermud�o e camiseta de basquete e surpreendentemente receptivo, a mais avessa das atra��es do Rock in Rio 3 abriu o verbo. Em seu terceiro dia no Rio, o vocalista do Guns N� Roses, Axl Rose, recebeu um grupo de f�s na piscina do Hotel Intercontinental para um bate-papo na manh� de ontem. Bebendo caipirinha e tequila, Axl falou por duas horas sobre a dissolu��o da forma��o original da banda, por problemas de relacionamento e abuso de drogas. O l�der do Guns N� Roses n�o poupou farpas a Slash, ex-guitarrista da banda com quem n�o fala desde 1992.

- Estou muito contente em poder falar de coisas que venho guardando h� oito anos - desabafou Axl.

O encontro aconteceu quando Axl e seu seguran�a particular descansavam � beira da piscina do hotel, �s 11h30m de ontem, depois de o grupo se apresentar na Cidade do Rock. Abordado por uma f�, Axl deixou que ela se sentasse � mesa e come�ou a conversa. Em pouco tempo, um grupo de jovens cercava o cantor. O l�der do Guns N� Roses elogiou a MPB - uma can��o interpretada por Em�lio Santiago em um alto-falante do hotel - e respondeu a perguntas sobre o grupo:

- Todo mundo se odiava na banda, menos eu. Slash disputava poder com (o guitarrista) Izzy (Stradlin) porque queria assumir o comando da banda e destru�-la.

Axl contou que o primeiro baterista do grupo, Steven Adler, drogava-se tanto que chegava a cair da bateria durante as grava��es. S� para gravar "Civil war", um dos hits do grupo, um solo de bateria teria sido remixado mais de 90 vezes. Segundo ele, o baixista Duff McKagan tinha ataques de p�nico nas apresenta��es.

Com Slash n�o era diferente. Viciado em hero�na e �lcool, o ent�o guitarrista do grupo se recusava a concordar com os rumos da banda:

- Nada que falasse de felicidade e amor fazia sentido para Slash. Ele odiava "Sweet Child O� Mine" por isso. S� queria escrever m�sicas sobre drogas e tristeza.

O estopim da briga entre Axl e Slash foi a interna��o do guitarrista, em 1992, devido a uma overdose:

- Sabe aquele filme "Pulp Fiction"? Pois �, ele recebeu uma inje��o no cora��o como aquela - disse.

Depois de Las Vegas, o Rio foi a cidade escolhida pelo grupo para a segunda apresenta��o da nova forma��o, que inclui os guitarristas Robin Finck, Buckethead e Paul Tobias, o tecladista Dizzy Reed, o baixista Tommy Stinson e o baterista Brian Mantia. Axl chegou a se emocionar ao falar sobre a paix�o dos brasileiros pelo grupo:

- No Brasil, temos uma aceita��o que n�o conseguimos em outros lugares do mundo. Os brasileiros vieram ao Rock in Rio mesmo sem conhecer a nova banda e sem saber se tocar�amos m�sicas antigas. Isso � algo a que devemos agradecer humildemente.

Mesmo assim, a apresenta��o no Rock in Rio mereceu cr�ticas de Axl. Segundo o cantor, sua voz n�o estava na melhor forma por falta de sono e a banda precisa aprender a ajustar a sonoridade para grandes shows. As expectativas da banda se voltam para o novo �lbum, "Chinese democracy", com lan�amento previsto para junho. O l�der garante que os f�s ser�o recompensados pela longa espera.

Com 18 faixas, o pr�ximo �lbum do grupo - que n�o lan�a nada desde "The Spaghetti Incident" (1993) - � uma cole��o de m�sicas, na opini�o de Axl, "t�o boas quanto �November Rain", entre elas "Madagascar", inclu�da no show de domingo. O CD vai incluir uma can��o em homenagem a John Lennon - que cita o livro "O apanhador no campo de centeio" - e outra sobre abuso sexual infantil.

Antes de conversar com os f�s, Axl tomou o caf� da manh� com a f� Romina Aurich, de 26 anos. O cantor, segundo ela, pediu bife com batata frita.

- Ele tinha acabado de tomar banho e estava cheirosinho. Achei que fosse ter um tro�o - disse.

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