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O QUINTO MANDAMENTO DA LEI DE DEUS D.
José Cardoso As
violações do quinto mandamento da Leis de Deus têm-se
tornado, em nossos dias, um dos mais preocupantes fenômenos
perturbadores da paz e da convivência civilizada. Crimes enormes, como
atos de terrorismo e freqüentes assassinatos de pessoas inocentes
têm suscitado, justamente, uma onda de indignação por
parte das pessoas honestas. Não é preciso ser cristão
nem católico para entender que tirar a vida de um inocente não
é uma boa ação. Todo ser humano, pela luz da
razão natural, conhece o princípio geral e fundamental da
ética: “é preciso fazer o bem e evitar o mal”; e
entende que certas ações, como matar, roubar, mentir, caluniar,
adulterar etc. são moralmente ilícitas. Quando tem a fraqueza
de cometer algumas dessas ações, sente a voz interior da
própria consciência que o condena, independentemente do
julgamento dos homens. O PAPA CONDENA TERRORISMO Em
sua “Mensagem de paz” para o novo ano de 2002, o Papa João
Paulo II voltou a comentar “os dramáticos acontecimentos do
passado dia 11 de setembro”, definindo-as como “um crime de
terrível gravidade: em poucos minutos milhares de pessoas inocentes,
de várias procedências étnicas, foram horrosamente
massacradas”. Disse
ainda o Santo Padre a respeito do fenômeno do terrorismo: “... o
terrorismo transformou-se numa rede sofisticada de conluios políticos,
técnicos e econômicos, que ultrapassa as fronteiras nacionais e
se estende até abranger o mundo inteiro. Trata-se de verdadeiras
organizações, dotadas freqüentemente de enormes recursos
financeiros, que elaboram estratégias em vasta escala, atingindo
pessoas inocentes, de forma alguma envolvidas nos objetos que se
propõem os terroristas. Usando
os seus membros sequazes como armas para atingir pessoas incautas e
indefesas, estas organizações terroristas manifestam de modo
assustador o instinto de morte que os alimenta. O terrorismo nasce do
ódio e gera isolamento, desconfiança e retraimento. A
violência atrai violência, numa trágica espiral que
arrasta também as novas gerações, herdando elas assim o
ódio causador das divisões precedentes. O terrorismo baseia-se no desprezo da vida do homem. Precisamente
por isso, dá origem não só a crimes intoleráveis,
mas constitui em si, enquanto recorre ao terror como estratégia
política e econômica, um verdadeiro crime contra a humanidade. Existe,
portanto, um direito a defender-se do terrorismo. É um direito que
deve, como qualquer outro, obedecer a regras morais e jurídicas na
escolha quer dos objetivos quer dos meios”. UM CRIME MAIS GRAVE: O ABORTO Muito mais grave do que o
massacre de 11-09-2001 é a silenciosa chacina de inocentes que
está acontecendo pela prática do aborto. Em Nova York, ao menos
algumas vítimas tiveram a oportunidade de defender-se, fugindo do
terror e salvando a própria vida; enquanto as vítimas do aborto
são totalmente indefesas. Na metrópole americana, tombaram
alguns milhares de pessoas, enquanto os inocentes assassinados pelo aborto
são milhões e milhões. E
o que é mais grave – como observa a mesmo Papa, na
encíclica EVANGELIUM VITAE n.58
– é que se está obscurecendo, progressivamente, na
consciência de muitos, a percepção da gravidade do
aborto. “A aceitação do aborto na mentalidade, nos
costumes e na própria lei, é sinal eloqüente de uma perigosíssima crise do sentido
moral que se torna cada vez mais incapaz de distinguir o bem do mal,
mesmo quando está em jogo o direito fundamental à vida. Diante
de tão grave situação, impõe-se mais que nunca a
coragem de olhar frontalmente a verdade e chamar as coisas pelo seu nome, sem
ceder a compromissos com o que nos é mais cômodo, nem à
tentação de auto-engano. A propósito disto, ressoa
categórica a censura do Profeta: “Ai dos que ao mal chamam bem,
e ao bem, mal, que têm as trevas por luz e a luz por trevas” (Is
5,20). CONCLUSÃO Os graves males que afligem a
humanidade e provocam desordens sociais têm suas últimas
raízes nas violações da Lei de Deus. Infelizmente, a
maioria dos responsáveis pelo Bem Comum procuram solucionar tais
problemas prescindindo a Lei de Deus (por exemplo, ao pretender combater a
AIDS distribuindo preservativos e, para isso, gastando milhões de
reais e promovendo uma campanha indecorosa e deletéria). O resultado
vai ser – ou melhor, já está sendo – exatamente o
contrário: o agravamento dos mesmos males. O caminho certo é a
volta humilde ao cumprimento dos preceitos divinos.
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