"Bol�o e Em�lia"
um amor tr�gico que sobreviveu no imagin�rio de Ouro Preto

Quem me contou essa hist�ria � a Dona C�lia Nazareth, muito simp�tica e boa contadeira de "causos". Em sua agrad�vel casa atr�s da Igreja do Pilar, numa manh� de domingo, ela me narrou a fatalidade da jovem Em�lia, filha de uma fam�lia rica, mo�a prendada que, quando crian�a, quase morrera, v�tima de uma doen�a. Como promessa, Em�lia, at� ganhar a maioridade, teria de enfeitar os altares de Nossa Senhora dos Anjos (Igreja de S�o Francisco de Assis) e Nossa Senhora da Concei��o (na igreja de mesmo nome). Um rapaz carioca, muito farrista, e que morava perto da Igreja de S�o Francisco, em uma rep�blica, apostou com os colegas que ganharia o cora��o da donzela. Tanta foi a sua insist�ncia, que Em�lia, inexperiente e fr�gil, se enamorou do rapaz.
Bol�o era o apelido dele, porque os pais enviavam mensalmente do Rio um "bol�o" de dinheiro para ele pagar seus gastos...
O tempo foi passando, Em�lia e Bol�o chegaram a noivar. Ele freq�entava a casa dela e muitas noites passaram namorando na famosa Ponte do Suspiro. At� que o mancebo conseguiu seu intento: "abusou" de Em�lia e abandonou-a. Ela, desamparada, n�o poderia contar nada � fam�lia, que seria um esc�ndalo para a �poca.
Certo dia, a pobre Em�lia estava indo levar um ramalhete para o altar de Nossa Senhora dos Anjos, quando os colegas de Bol�o come�aram a gritar da rep�blica: "Em�lia vai ter Bol�ozinho! Em�lia vai ter Bol�ozinho!" O choque e a vergonha foram tantos que a mo�a desmaiou e veio a falecer.
Bol�o enlouqueceu de remorso. Os colegas o impediram de ir ao vel�rio e ao enterro, mas n�o evitaram que ele, tarde da noite, fosse debru�ar-se sobre o t�mulo da noiva e pedir-lhe perd�o. Conta-se que os colegas, � espreita de Bol�o, ouviram uma voz saindo de dentro da terra: "Eu n�o te perd�o...". Ante o susto, bateram em retirada e s� voltaram na manh� seguinte, encontrando Bol�o ainda sobre o t�mulo de Em�lia, por�m... morto! E desde aquele dia o �nico sino da Igreja de  S�o Francisco de Assis, ao badalar, passou a soar assim: "bol�o... bol�o..." E  at� hoje pode ser ouvido.
O canga�o e o cinema brasileiro: meu mestrado
Minha cobertura da guerra nos EUA
Vozes do sil�ncio: vida e morte em Ouro Preto a partir de seus cemit�rios � uma obra �nica, que escrevi a partir de minha estada naquela cidade em julho de 2000, quando trabalhava como assessor de imprensa do Festival de Inverno. Conhe�a mais de meu trabalho enviando-me um email.
Aqui, alguns
flashes para voc�...
Vanitas vanitatum, memento mori
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Esta � apenas uma das hist�rias que permeiam o imagin�rio do povo de Ouro Preto, forjado, em grande parte, pela religiosidade peculiar de suas igrejas, irmandades e cemit�rios.
Se quiser saber mais, entre em contato comigo por email, e conhe�a a obra na �ntegra...
Ig. de N. Sra.
da Concei��o
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com o p� na Hist�ria de Minas!
Dedico esta p�gina e este meu trabalho �s pessoas que fizeram e fazem a hist�ria de
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