Em 1995 entrei no curso de Ciências Biológicas na Unicamp, faculdade localizada na província de Campinas. Segundo relatório anual da Capes, nossa graduação é a segunda melhor do país. Nada que nos exima da problemática da falta de bolsas ou da pseudo-didática dos  pesquisadores-professores...
Terminei minha graduação em julho de 1999, um semestre atrasada em relação à minha turma. Por quê isso???
Porque em 1996 tranquei o curso e me mandei pra Alemanha, a fim de  reavaliar posturas, bem como aprender alemão. Língua materna  & paterna... Ótimo período! Aprendi alguma coisa (aber nur ein bisschen), me apaixonei por fotografia, conheci o  Mediterrâneo e  a cerveja alemã. Um dia volto pra lá com a intenção de ampliar meus conhecimentos, afinal, como já disse, minha vida  segue as leis da cinemática, com movimentos uniformemente variados e as vezes randômicos. Como, aliás, aquelas bolinhas das aulas  física  que teimavam em nunca parar no mesmo lugar (só pra você e eu  termos que calcular a velocidade dela após percorrer um caminho cheio  de curvas e inclinações)...

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Assunto pelo qual me interesso, além das questões referentes  ao homem e seus antepassados (especialmente sob o enfoque evolucionista),  é algo relativo a isso, mas muito, MUITO maior: o Universo e seus  mistérios... Afinal, o interesse pelas crenças e mitos de culturas tão distantes da minha  (mitologia grega, no caso), inevitavelmente me levou a questões sobre o cosmos.

Alguém há de negar que a humanidade passou a crer em Deuses, forças maiores que sua  própria capacidade de entendimento, no momento em que ergueu os olhos ao céu estrelado e percebeu sua insignificância diante daquela imensidão intangível?? Quando se questionou se haveria algum motivo pelo qual a vida existiria neste minúsculo planeta... Finalmente, quando o homem percebeu que  não era fácil decifrar os mistérios acerca de sua própria  existência (as velhas questões existencialistas: "De onde viemos?  Para onde vamos?"), ele passou a acreditar que havia algo mais, que uma entidade superior o criara e por ele olhava, guiando seus passos e esperando  o momento da libertação da  alma para esclarecer os enigmas  do Universo...

Para entender um pouco mais sobre o que estou falando, leia STEPHEN HAWKINS, ISAAC ASIMOV e Carl Sagan... Os dois primeiros estão destacados pois foram os autores que eu realmente li e que me deram noções básicas pra essa formação    essencialmente cientificista que assumo ter...

Mas as perguntas continuam e espero que eu sempre as tenha. Afinal, o cérebro  humano ocupa relativamente grande proporção na massa corporal  bruta, portanto seria um desperdício não usá-lo para  buscar respostas. Espero que um dia me provem a existência  de um Deus. Mas até lá buscarei, incansável, explicar  o Início, o Atual e o provável Fim à luz da Ciência...

Como atualização após este período de ostracismo de 100 anos, acho importante acrescentar que fui selecionada pra participar de um curso de especialização em Jornalismo Científico, segunda turma do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (LABJOR), na Unicamp. Aqui o link para a revista de divulgação científica mantida por eles com apoio do CNPq, e aqui um link para os meus textos e monografias que nasceram deste curso. É, quem diria que tanta filosofia (ou verborragia pseudo-intelectualóide, definição que me apetece mais) iria me levar a algum lugar...