As palavras

 

 

 

 

 

 

Pensai sempre, antes que as palavras deixem os vossos lábios. 

 

Pois a palavra é como o vento, e pode ser a brisa que retempera, ou o furação que destrói. E, como o vento, não pode retornar sobre os seus próprios passos. 

 

Uma vez proferida, a palavra não retorna. Como a confiança, uma vez traída, jamais voltará a ser a mesma. E o amor que fenece jamais se poderá reerguer das próprias cinzas. 

 

E quantas amizades, quantos amores, já se perderam por uma palavra irrefletida? 

 

Outra forma não tendes, de expressar os vossos pensamentos, que as vossas palavras. 

 

Mas os pensamentos vos pertencem, enquanto as palavras que dizeis pertencem aos ouvidos que as ouvem. E que direito tendes, de oferecer aos vossos irmãos o que deles não gostaríeis de receber? 

 

Meditai, antes de proferir as vossas palavras. 

 

Pois as pessoas que vos cercam são como espelhos, a refletir em vossa direção o que recebem de vós. Assim, a vós retornará tudo que ao vosso redor espalhardes. 

 

Por isso, meditai sempre. Para que as vossas palavras espalhem o amor, a compreensão e a paz. Não é uma questão de serdes bons, mas de serdes felizes. 

 

Buscai, sempre, as boas palavras. E, como as palavras são o reflexo da alma, aos poucos purificareis a vossa alma; bons serão os vossos pensamentos, os vossos sentimentos. Bom se tornará o vosso verdadeiro Eu. 

 

Vigiai as vossas palavras. 

 

Para que não tragam lágrimas, mas sorrisos; para que ao desespero sobreponham uma nova esperança, à animosidade o perdão, à escuridão um raio de luz. 

 

São como ferramentas, as palavras; vossa é a escolha de como serão usadas. Com elas, podeis construir ou destruir. 

 

Entretanto, uma vez findo o trabalho, devereis gozar o conforto de um teto, ou assentar-vos entre as ruínas. E a satisfação, ou o arrependimento, estará em vossa companhia. 

 

Recordai, sempre, que em cada hoje construís o vosso amanhã. E as dores e alegrias que semeardes entre os vossos irmãos estarão à vossa espera, em alguma curva do caminho. Pois ninguém foge do seu passado, ou se esconde da própria consciência. 

 

Vigiai as vossas palavras. 

 

E não temereis os vossos pensamentos.

 

 

               

 

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