Álcool
Princípio ativo:
Considerado uma droga psicotrópica, o álcool é consumido em bebidas
vendidas comercialmente. O teor alcóolico - porcentagem de álcool
presente na bebida - varia de acordo com a marca e com o tipo de bebida.
A bebida alcóolica pode ser produzida de duas maneiras: fermentação
ou destilação. A cerveja, por exemplo, é uma bebida produzida por
fermentação, com baixo teor alcóolico (cerca de 8%). Já os
destilados, como o uísque, a pinga e a vodka apresentam teores alcóolicos
mais altos, que podem chegar a 45%.
Efeitos:
Os efeitos do álcool no organismo variam de acordo com o tipo de bebida
ingerida, organismo do consumidor e constância de consumo. Os efeitos são
os mais variados, desde um simples mal-estar até a falência múltipla
dos órgãos e morte. A mistura de bebidas - fermentadas com destiladas
- contribui para potencializar os efeitos do álcool.
O consumo do álcool causa, em um primeiro momento, euforia, desinibição
e sociabilidade. Conforme aumenta a dose, os efeitos passam ser mais
depressivos, causando falta de coordenação motora, diminuição
sensitiva, descontrole, sono e até uma espécie de coma, denominado
coma alcóolico. O álcool pode deixar também o consumidor com o rosto
vermelho, causar dor de cabeça, dificuldade de falar e mal-estar
seguido de vômito. O consumo contínuo de álcool traz conseqüências
graves, como doenças em todos os órgãos do corpo humano, em especial
o estômago, o fígado, o coração e o cérebro.
O álcool está intimamente ligado ao aparecimento de certas doenças
como a cirrose, gastrite, polineurite, anemia, pelagra e úlceras cutâneas.
Além disso, ele causa deficiência de vitaminas B1, B2, B6, B12 e C. O
álcool afeta também a parte do cérebro que controla a freqüência
respiratória e cardíaca.
Durante a gravidez, o álcool pode causar sérias deficiências físicas
ou mentais no feto, assim como uma predisposição ao consumo de álcool
na vida adulta.
Histórico:
Segundo alguns registros arqueológicos, os primeiros indícios do
consumo de álcool pelo ser humano datam de mais de oito mil anos. No
primeiro momento, as bebidas eram produzidas apenas pela fermentação
e, por isso, tinham um baixo teor alcóolico.
Com o desenvolvimento do processo de destilação, começaram a surgir
as primeiras bebidas mais fortes e mais perigosas. Com a Revolução
Industrial, a bebida passou a ser produzida em série, o que aumentou
consideravelmente o número de consumidores e, por conseqüência, os
problemas sociais causados pelo abuso no consumo do álcool.
Curiosidade:
Um dos grandes problemas, dentre os muitos causados pelo álcool, é a
combinação bebida - direção. Por afetar consideravelmente a coordenação
motora e o tempo de reação do alcoolizado, muitos acidentes fatais
ocorrem devido ao motorista estar sob o efeito do álcool. Dirigir sob
efeito de álcool é proibido por lei no Brasil e a quantidade máxima
da substância aceita no país é de 0,6 gramas por litro de sangue.
Cocaína
Princípio ativo:
A cocaína é uma droga sintetizada em laboratório e sua matéria prima
é a folha de um arbusto denominado Erytroxylon coca. A fórmula química
da cocaína é 2-beta-carbometoxi-3betabenzoxitropano e essa substância
age na comunicação entre os neurônios prolongando a ação de uma
outra substância chamada dopamina.
A cocaína pode ser consumida de várias formas mas o modo mais comum é
"aspirando" a droga, que normalmente se apresenta sob forma de
um pó. Consumidores mais inconseqüentes chegam a injetar a droga
diretamente na corrente sangüínea, o que eleva consideravelmente o
risco de uma parada cardíaca irreversível, a chamada "overdose
fatal".
Efeitos:
Os efeitos da cocaína no corpo do ser humano depende das características
da droga que está sendo consumida já que, como em seu processo de
refino são misturados diversos produtos como cimento, pó de vidro e
talco, a droga perde em pureza ficando mais ou menos poderosa.
Euforia, excitação, sensação de onipotência, falta de apetite, insônia
e aumento ilusório de energia são as primeiras sensações que o
consumidor de cocaína tem. Esse efeito inicial dura cerca de meia hora
e logo a seguir vem uma forte depressão que leva o usuário a consumir
nova dose da droga para renovar as sensações. Meia hora depois da
segunda dose, a depressão volta e o usuário busca uma terceira dose,
que, com certeza, vai ser seguida por uma nova depressão e assim o
consumidor entra em um perigoso ciclo que o transforma em um dependente
químico da droga.
O consumo de cocaína traz sérios danos ao organismo do usuário. Os
problemas começam nas vias de entrada da droga, como a necrose (morte
dos tecidos) da mucosa nasal ou das veias, dependendo da forma como é
consumida. A quinina, uma substância que pode estar misturada à cocaína,
pode levar à cegueira irreversível. Infecção sangüínea, pulmonar e
coronária também estão na lista de conseqüências do uso contínuo
da cocaína.
Histórico:
Os primeiros indícios de utilização da folha de coca, matéria-prima
da cocaína, são encontrados há mais de três mil anos, quando era
mascada por povos que habitavam a região andina da América do Sul.
A folha de coca era utilizada por inibir a fome e estimular longas
caminhadas na altitude. Os povos da época costumavam também usar o
sumo da folha para aliviar a dor, aplicando-o em diferentes áreas do
corpo. Em 1862, o químico Albert Niemann produziu, em laboratório, um
pó branco a partir da folha de coca que foi denominado cloridrato de
cocaína. Esse produto passou a ser usado amplamente na sintetização
de remédios utilizados no fim do século XIX como tônicos, supositórios
e pastilhas expectorantes. O cloridrato de cocaína chegou a ser
utilizado até na produção de vinhos.
No início do século XX, a cocaína era livremente comercializada como
um remédio comum, mas logo apareceram as primeiras mortes por causa do
abuso do consumo da droga. Por conta das mortes, ela foi gradativamente
sendo proibida em quase todo o mundo.
Por ser uma droga cara chegou a ser chamada de "caviar das
drogas" e, na década de 80, difundiu-se muito na elite social
americana, os "yuppies". Em meados da década de 90, o número
de usuários alcançou a marca de 14 milhões de pessoas, que consumiam
quase 500 toneladas da droga a cada ano.
Curiosidades:
Um dos grandes problemas da cocaína é a adulteração pela qual o
produto puro passa. Como é comercializada por peso, diversas substâncias
são acrescidas ao produto inicial e, normalmente, chegam ao consumidor
final com apenas 30% de pureza. Os mais variados produtos são
misturados, como soda cáustica, solução de bateria de carro, água
sanitária, cimento, pó de vidro, hormônio para engorda de gado e
talco.
Crack
O
crack é uma mistura de pasta básica de cocaína, isto é, cocaína não
refinada, em forma de pasta, a que se adiciona bicarbonato de sódio,
visto que, com essa mistura, petrifica-se e pode ser queimada com brasas
ou lume (Fósforo, Isqueiro, etc...) e inalada numa "marica"
(cachimbo artesanal). Foi grande a expansão de seu consumo, visto que não
é necessária nenhuma parafernália (seringas, diluentes, injetar,
etc...) para seu consumo - basta fumar.
O
"Crack" recebeu esse nome, devido ao fato de quando
"queima", estala fazendo "crack...crack...crack...".
03. O certo é que essa droga atingiu, nos dias de hoje, todas as
camadas sociais e transformou-se numa grande epidemia junto à
juventude.
A
absorção do "Crack" é feita por via pulmonar e em apenas
quinze segundos, atinge os neurônios. Seu índice de absorção é de
100% via pulmonar, de fácil aquisição e barato. Está intimamente
ligado a todos os tipos de criminalidade e seus usuários têm idade média
de 10 a 30 anos.
O
"Crack" faz parte das últimas desgraças que se abateram
sobre a humanidade; AIDS e "CRACK", ambas vieram para ficar, a
menos que nos unamos, todos, para evitar que continuem a alastrar-se.
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