Doutrina Católica

Doutrina Catolica

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Desenvolvimento do dogma ou da doutrina

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O processo de desenvolvimento do dogma ou da doutrina , segundo o entendimento católico , não muda a definição nuclear fixada como dogma em cada verdade de fé pelo magistério infalível e pelo Espírito Santo que auxilia a Igreja no exercício de seu múnus de ensinar . Dogmas são verdades reveladas por Deus , livremente , e confirmadas pela autoridade eclesiástica máxima , - o Papa e o Colégio Episcopal - , em magistério solene , ao longo da história , com notas de infalibilidade , imutabilidade , de crença obrigatória e definitiva.

O desenvolvimento do dogma não é sinônimo de exteriorização crescente da divindade no mundo , ou de evolução e mutação da divindade em si , como propõem determinadas seitas. Não é uma mutação do que já foi revelado como dogma . Não é , portanto , uma nova revelação divina que vem superar a anterior

O depósito da fé é o mesmo , nada é acrescentado , em termos objetivos , à mensagem revelada ; apenas aprofunda-se , para o entendimento humano , sob a supervisão e autorização da máxima hierarquia eclesiástica , uma mesma verdade revelada por Deus , guardada pela tradição , e que há de perdurar até a Segunda Vinda.

Não há negação de dogmas definidos pela Igreja , o que pode ocorrer é a negação de determinadas teses advogadas por movimentos dissidentes e que reivindicaram essa interpretação errônea em Concílio e tiveram suas teses anatematizadas.

A 'evolução do dogma' entre modernistas e protestantes nega a essência de dogmas da Igreja como os sacramentos , a infalibilidade papal e conciliar , e os dogmas marianos , por exemplo . Isto é evolução do dogma ; o aprofundamento da doutrina pelo magistério católico , nada tem a ver com essa proposição.

A Igreja define que uma determinada verdade de fé ligada a um dogma já definido , anteriormente , -- verdade de fé sobre a qual pairam dúvidas -- , é verdade certa , de crença obrigatória ; é , portanto , um dogma revelado por Deus . A Igreja não cria dogmas , ela confirma a existência objetiva do dogma . Essa confirmação pode demorar , mas não há imposição de verdades que já não estejam no depósito da fé ; apenas não plenamente idenificáveis pelo nosso entendimento .

Assuntos pastorais e disciplinares não se inserem no tipo de objeto temático que é passível de receber formulações definitivas , ou seja , de ser apresentado como doutrina absolutamente certa para a nossa fé e para a nossa conduta orientada pela ética cristã. Nesse campo , portanto , pode haver alteração sem comprometimento da doutrina que define as condições para a existência de magistério infalível . A doutrina da Igreja , portanto , pode ser enriquecida em matérias dogmáticas e não dogmáticas.

A diferença portanto entre evolução do dogma e desenvolvimento do dogma é evidente , é cristalina !

Prof Everton Jobim

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