Estudos bíblicos
Doutrina Cat�lica

VOZ DO PASTOR

CARDEAL D. EUS�BIO OSCAR SCHEID

Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

30 de mar�o de 2004

A Cruz, mist�rio central do Cora��o de Cristo.

Sempre olhamos para o Crucificado com grande tristeza. Al�m de ter diante dos olhos a imagem mais cruel do Homem das Dores, vem-nos � lembran�a a causa de tanto sofrimento: os pecados todos desde Ad�o at� o final dos tempos est�o retratados ali, naquela imagem de um desfigurado pela dor, ingratid�o, pela paix�o e pelo sofrimento da humanidade toda. O profeta Isa�as, nos C�nticos do Servo de Jav�, havia profetizado: �O mais belo dos homens perdeu toda sua beleza. N�o mais parece nem mesmo gente. Aparece como �golpeado, humilhado, desonrado e triturado�� (Is 53,5).

Contudo, os Santos viam nEle a suma beleza, o maior objeto de esperan�a, a figura santa e verdadeira do Homem novo. Desta forma, a Cruz ser� o grande contraste, o desafio por defini��o. Por um lado demonstra a maldade do ser humano e, por outro, a grandiosidade do amor do Pai �que n�o poupou a seu pr�prio Filho� (Rm 8,32), e de Cristo que demonstra ali o maior amor pelos amigos, �morrendo por eles� (Jo 15, 13).

O Crucificado �, efetivamente, o centro da Hist�ria humana. � naquela hora � a HORA entre as demais horas � que se realiza �a plenitude dos tempos� (Ef 1,10 e Gl 4,4). Como Jesus havia confidenciado, naquela HORA Ele iria atrair tudo para si. De fato, tudo se agrupa ao redor da cruz: os povos que andam nas trevas e os que avan�am ao clar�o da luz eterna; a hist�ria de cada pessoa e do universo todo adquire pleno sentido � sombra dessa cruz. � por isso que S�o Paulo nos fala do mist�rio da Cruz como o mist�rio central, o centro de toda a ci�ncia e sabedoria. O Crucificado, no mist�rio de sua Paix�o e Morte, nos assegura o aprendizado dos seus inesgot�veis tesouros de sabedoria e ci�ncia.

Ao nos achegarmos ao Crucificado, contemplando-o com profunda compenetra��o, tornamo-nos seus alunos e, se formos d�ceis aos seus ensinamentos, tornamo-nos seguidores dos seus passos todos... at� mesmo dos ensang�entados.

�A Cruz est� de p�, enquanto o mundo gira�, cantava-se em s�culos passados, aparecendo, assim, a cruz como a rocha firme, o baluarte que n�o treme diante das coisas que passam. Ela � est�vel e firme! Ela est� firme, enquanto os acontecimentos humanos se desenrolam a seus p�s, transformados pelo sangue redentor.

A Cruz � tamb�m o grande sinal da esperan�a �ltima: �Ver�o aparecer sobre as nuvens o sinal do Filho do Homem� (Mt 24,30). Os cemit�rios, as l�pides sepulcrais quase todas, est�o assinaladas pela cruz. � a certeza de que �aqueles que morreram em Cristo, tamb�m ressuscitar�o com Ele� (Rm 6,4). A cruz atravessa as sombras da morte, os muros do desconhecido mundo do Al�m, e abre novas esperan�as, a vis�o preanunciada de uma vida nova de felicidade eterna: agrega��o conjunta de todos os bens e alegrias.

A Cruz, diz�amos, se nos apresenta como um grande contraste, um verdadeiro choque. Ali se defrontam o �dio m�ximo e o amor maior; o aparente fracasso e a vit�ria final, j� iniciada; a justi�a e a miseric�rdia; as luzes e as trevas; a tristeza da morte e o rebentar das �fontes da alegria de salva��o� (Is 12,3). A Cruz nos estimula ao sacrif�cio, ao hero�smo e ao mart�rio. Nela os mission�rios de todos os tempos encontravam inspira��o e impulso evangelizador. Todos os inumer�veis m�rtires de ontem e de hoje encontravam na Cruz o ideal e a for�a para o sofrimento e para o enfrenta-mento da pr�pria morte, qualquer que fosse.

A Cruz, ainda hoje, nos irmana na solidariedade com os que sofrem: doentes, encarcerados, injusti�ados, exclu�dos... Para todos eles (e para n�s tamb�m) o Crucificado � a resposta: �N�o temais, eu venci o mundo� (Jo 16,33).

Ao nos persignarmos com o sinal do crist�o � como aprendemos desde o Catecismo � professamos a nossa f� que brota da Cruz e nela se consuma como in�cio da vit�ria final. N�o percamos o lindo costume de enriquecermos as salas de estar, salas de aula, de decis�es maiores, estabelecimentos p�blicos com a figura nobre e, ao mesmo tempo, interpeladora do Crucificado. � perene apelo � justi�a e honestidade.

Ao contemplarmos um pouco mais de perto o Crucificado, entenderemos melhor os segredos de Jesus e teremos mais coragem para enfrentar os contratempos do dia-a-dia.

A Cruz � uma das grandes maravilhas de um amor sem limites e sem explica��es, de um amor humano-divino de total doa��o.

Estamos nos avizinhando da Semana Santa que nos traz o �pice da nossa Salva��o: Paix�o, Morte e Ressurrei��o do Senhor. � momento de mergulhar mais a fundo no mist�rio da Cruz e da dor.

Todos n�s, nas �ltimas semanas, fomos agraciados com o grandioso filme �A Paix�o de Jesus Cristo� de Mel Gibson, que vou apreciar, neste nosso Jornal, na pr�xima semana.

Quando nos defrontamos com a Paix�o de Jesus, come�amos a entender um pouco mais a luta do mal contra o bem e a vit�ria que Cristo conquistou sobre esse mal tr�gico, que parece aninhar-se no fundo do cora��o de cada pessoa.

Cristo nos abre horizontes de luz para entender a dor e o sofrimento, assumindo-os em nosso nome.

Abre-nos as portas escancaradas da esperan�a sobre o eventual desespero do medo da morte mediante a gloriosa Ressurrei��o: fonte e garantia de vida nova.

O �sepulcro vazio� nos d� a certeza de caminharmos na dire��o da Vida Nova, conquistada por Cristo para cada um de n�s. Sepulcros permanecer�o sepulcros, quais instantes de passagem r�pida e transit�ria para o abra�o intermin�vel da Eternidade feliz.

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VOZ DO PASTOR

CARDEAL D. EUS�BIO OSCAR SCHEID

Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

04 de abril de 2004

Os encontros privilegiados com o Ressuscitado

�Cristo Ressuscitou! Verdadeiramente Ressuscitou!�. �Ele apareceu a Sim�o Pedro�.

Algumas pessoas, durante o per�odo pascal, preservam sauda��es como essa, em lugar dos mais simples e quotidianos cumprimentos. Ao inv�s de dizer, por exemplo, �Shal�m!�, usam aquele cumprimento que diz respeito � Ressurrei��o do Senhor. Encontros entre pessoas que ainda s�o marcados pela Ressurrei��o.

Testemunhas do acontecido, algumas �mulheres da Galil�ia� foram surpreendidas por dois �homens com vestes fulgurantes�, que se prostraram diante delas e lhes disseram: �Por que procurais, entre os mortos, Aquele que vive? Ele n�o est� aqui; ressuscitou� (Lc 24,5b-6a).

Estava entre aquelas mulheres, Maria Madalena, que, na madrugada do �primeiro dia da semana�, tomou consigo adornos para um morto, ou seja, levava aromas e b�lsamos, e foi em dire��o ao T�mulo da Ressurrei��o. Chegando ao sepulcro, tem o cora��o partido, pois n�o v� mais a pedra que o fechava (cf. Jo 20,1). Talvez tamb�m aconte�a isso conosco: vamos em dire��o �s coisas de Deus ou at� nos aproximamos do Senhor como quem caminha para a morte e para a derrota. O encontro que Maria Madalena tem com Jesus Cristo Ressuscitado transforma essa situa��o. Diz S�o Jo�o, em seu Evangelho, que Maria Madalena viu Jesus, do lado de fora do sepulcro; um homem que ela pensava ser jardineiro, mas que, ao pronunciar do nome dela, fora reconhecido como �Rabuni�, que quer dizer �Mestre� (Jo 20,14-16). O olhar de incompreens�o e morte, que estava estampado sobre a face de Maria Madalena, � dissipado pelo encontro extraordin�rio com o Ressuscitado. Neste encontro ela compreendeu que para Deus caminha-se como quem vai para a Ressurrei��o.

Dest�arte, o jovem �disc�pulo amado� de Cristo, Jo�o Evangelista, p�de ouvir de Maria Madalena o que acontecera e partiu, ao lado de Pedro, ao encontro do Ressuscitado. Acelerou-se o seu cora��o e o encaminhou para l�, onde tudo reviveu, onde a morte foi vencida e a Vida superou as dores e o pecado. Jo�o, ao saber que haveria de se encontrar com o Ressuscitado, ritmou o seu cora��o em dire��o � Ressurrei��o. O ritmo do cora��o de Jo�o, antes compassado pelo pulsar da paix�o de Cristo (cf. Jo 13,25), alcan�a, a partir de ent�o, a freq��ncia do Cora��o glorioso e sagrado do Ressuscitado.

V� �panos de linho por terra� (Jo 20, 5), e aguarda, pressuroso, que Pedro chegue no sepulcro. Mas a sua f� n�o mais se expressava por aquilo que via, porquanto, o que n�o via j� o possu�a, �pois as trevas passam e j� brilha a luz verdadeira (cf. Hb 11,1 e 1Jo 2,8).

Por n�o desfalecer e ter encontrado o seu ritmo em dire��o � Ressurrei��o, Pedro tamb�m chega ao sepulcro vazio, entra e encontra algo que Jo�o ainda n�o houvera visto: num lugar separado de onde estavam os panos de linho que O envolviam, encontra-se o pano que cobria a cabe�a de Jesus (cf. Jo 20,6-7). Desde ent�o, novos tra�os restabelecem o rosto de Pedro, dilacerado, at� ent�o, com cicatrizes profundas de vergonha, deixadas pela dor da nega��o.

Os acontecimentos acima s�o relatados pelo Evangelho, proclamado no Domingo da P�scoa do Senhor, o que vale a dizer que, esses dons s�o distribu�dos a todos, no dia de P�scoa, como dom de Ressurrei��o: caminhar para Deus, como quem caminha para a vida e para a vit�ria; dinamizar o ritmo da vida em fun��o da Ressurrei��o do Senhor; e ver restabelecida a imagem original, pela qual somos semelhantes a Deus.

Tamb�m outros foram privilegiados com o encontro com Jesus Ressuscitado. Um encontro fascinante aconteceu entre Jesus e os Disc�pulos de Ema�s, quando estes se deixavam consumir pelo des�nimo e pela derrota e quando j� haviam desistido de tudo. Jesus quis aparecer para aqueles homens desalentados, a fim de que compreend�ssemos n�o serem os nossos esfor�os e a realiza��o de nossos sonhos pessoais m�ritos e motivos que nos far�o chegar ao conhecimento pleno e � experi�ncia definitiva do Plano de Deus, mas a gra�a do Senhor, o seu querer benevolente e a sua miseric�rdia nos atraem para a verdadeira vida, conquistada para n�s pelo Senhor.

Santo Tom� n�o foi privado deste encontro. Se, por momentos, foi-lhe tolhida a f� devida ao Ressuscitado, o seu encontro com Cristo Ressurreto � profundamente comovente. Cessaram incredulidades e desconfian�a, temores e ang�stias, pois o Senhor Ressuscitou, como havia dito! Enfim, encontrara o Caminho que o conduziu � Verdadeira Vida: �Tom�, p�e teu dedo aqui e v� minhas m�os! Estende tua m�o e p�e-na no meu lado e n�o sejas mais incr�dulo, mas cr�!� (Jo 20,27). Tom� percorreu a estrada que vai da incredulidade � f�: a experi�ncia que fez com Aquele que � Caminho, Verdade e Vida diante da gra�a de v�-Lo Ressuscitado.

O dom da paz, a verdadeira paz, tamb�m � um privil�gio de quem se encontra com Cristo Ressuscitado. Situa��es das mais constrangedoras e delicadas, at� mesmo desumanas, assolam esta nossa gera��o, instrumentalizando guerras, pol�ticas, economias, pobreza etc, em virtude de ambi��es sempre mais particulares e ego�stas. Tudo isso pode ser compreendido por meio daquelas portas que se fecharam, onde os disc�pulos se encontraram: �Jesus, pondo-se no meio deles, lhes disse: �A paz esteja convosco!� (Jo 20,19).

Por outro lado, dois s�o os motivos das portas (da paz) estarem fechadas: o medo (cf. Jo 20,19) e a incredulidade (cf. Jo 20,24-27). Isso nos p�e a pensar e a tentar compreender que ainda assim, diante de encontros t�o privilegiados como esses, � poss�vel se fechar pela incredulidade ou pelo medo. Alguns guardas tamb�m foram agraciados com os acontecimentos da Ressurrei��o, mas n�o souberam reconhecer os sinais de Deus. Cheios de brutalidade, com sentimentos atrofiados, foram anunciar aos chefes dos sacerdotes tudo o que acontecera (cf. Mt 28,11). Verdadeiramente, perderam o momento da gra�a! Come�ou a secular mentira dos que n�o est�o dispostos a crer.

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VOZ DO PASTOR

CARDEAL D. EUS�BIO OSCAR SCHEID

Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

27 de abril de 2004

Alegrias da Ressurrei��o

Que h� na alegria que n�o passa ou que alegria � essa que n�o acaba? Qual o �segredo� da verdadeira alegria? Os disc�pulos foram testemunhas da Ressurrei��o do Senhor e se alegraram (cf. Jo 20,20); muito tempo depois ainda se podia ouvir de um daqueles que tiveram o privil�gio de ver e se encontrar com o Senhor Ressuscitado: �Alleluja! A salva��o, a gl�ria e o poder pertencem nosso Deus...� (Ap 19,1).

Desconsiderando toda trama do ex�lio em que se encontrava, o disc�pulo amado canta o triunfo celestial e celebra os merecidos dons do Ressuscitado. Diante dos seus olhos ainda se levanta a coluna de fogo � simbolizada pelo C�rio Pascal da santa liturgia - que, � frente do povo livre, iluminava, aquecia, enchia de paz e esperan�a seus cora��es, embora fosse noite. Com o seu aleluia, S�o Jo�o ainda preserva a alegria de ter visto a �Luz do Mundo�, pois nEle nunca houvera encontrado treva alguma (1Jo 1,5) e os m�ritos desta luz lhe trouxeram salva��o dos pecados e comunh�o com a Igreja (cf. 1Jo 1,7). Ecoa, assim, de seus l�bios a mesma alegria gerada no cora��o das mulheres, de Maria Madalena, de Pedro, a quem acompanhou, dos demais Ap�stolos, de Tom�, enfim, de toda Igreja, que at� os dias de hoje n�o cessa de exultar jubilosa pela vida nova que o Senhor oferece a todos os que foram regenerados, em especial, pelo Batismo.

O Aleluia � grito de Vida Nova e de vit�ria, porque a morte e o mal foram vencidos!

Pelas igrejas do mundo todo os fi�is cantar�o aleluias ao Senhor durante o Tempo Pascal, anunciando que esta alegria n�o h� de se dissipar, mesmo diante das maiores dores, grandes guerras e incompreens�veis sofrimentos. A alegria do Senhor perdurar�!

N�o � na morte que tais dores, guerras e sofrimentos encontraram a resposta definitiva. Mas na resposta, que a morte encontrou na Vida Nova oferecida por Cristo, tais ang�stias perderam o seu poder. Desta forma, se cumpria tudo o que estava escrito sobre Ele na Lei de Mois�s, nos Profetas e nos Salmos, �pois eis que o Cristo devia sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia� (Lc 24,44-46).

Caso n�o se creia nisso, n�o h� formula��o humana alguma, nem filos�fica, nem antropol�gica, que seja capaz de olhar para o sofrimento e a dor e lhes configurar sinais de reden��o, nem qualquer outro fim que os justifique.

Jo�o viu e acreditou (Jo 20,8).

Os sentimentos pascais do povo hebreu s�o marcados por tr�s grandes eventos: a passagem pelo Mar Vermelho, o Sinai e, quarenta anos mais tarde, a entrada na Terra Prometida. J� ali estava anunciada a alegria que n�o passa.

A Vida Nova de quem renasceu pela aspers�o do Sangue do Cordeiro � cercada pelas alegrias de quem viu, nas �guas do seu batismo, o �dio original sendo destru�do. Necessariamente, novos valores e novas atitudes v�o nortear suas condutas e, em seu cora��o, jamais ser� retirado o referencial �ltimo da esperan�a, que lhe assegura muito mais do que a imortalidade, lhe oferece a Vida Eterna junto a Deus: o C�u.

Tamb�m surgiria uma nova organiza��o para o Povo da Antiga Alian�a. De fato, pelo �dia que o Senhor fez para n�s� (Sl 117,24), pelo dia da alegria e de c�nticos, Jesus, �a Pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora pedra angular�, constituindo um novo edif�cio, nova organiza��o. E instituiu os Ap�stolos para a conduzirem, auxiliados pelo Seu Esp�rito.

Esta � nova e eterna Alian�a no Sangue do Cordeiro.

Depois de encontrar nos santos o olhar precioso que t�m para a realiza��o definitiva em Deus, estou, particularmente, convencido que saudade � uma posse parcial daquilo que um dia terei plenamente, � uma presen�a parcial em busca da presen�a total. �Sinto saudades do infinito... Minha saudade, j� � um pedacinho da chegada, leve antegozo de um desfrutar sem fim�.

Santo Agostinho, ardendo de saudades, diria: �Meu cora��o est� irrequieto... at� que em Ti encontre o repouso�. S�o Francisco diria: �Irm�!�. N�s dizemos tudo isso com um s� Aleluia.

Como S�o Paulo, podemos �suspirar pelas coisas celestes� e pelas fontes da eterna alegria. Podemos erguer, no mastro dessa vit�ria, a bandeira da cidadania celestial, pois, na Sinagoga de Cafarnaum, com palavras de decis�o para muitos, Cristo Jesus nos prometeu e, pela sua Morte e Ressurrei��o, nos mereceu a vida eterna: �Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no �ltimo dia� (Jo 6,54).

As alegrias pascais, cujos sinais de paz acenam � presen�a do ressuscitado, suscitam no homem a f� nas promessas de Cristo e a esperan�a na Vida Eterna.

Apega-se, no entanto, �s coisas v�s da vida, �s coisas que passam, aqueles que se esquecem da ressurrei��o ou a desprezam, simplesmente: �Se Cristo n�o ressuscitou, v� � a nossa f� (1Cr 15,14).

Aleluia! As grandes contradi��es do mundo e da Hist�ria n�o dizem respeito mais � antiga contradi��o que havia entre a vida e a morte. A atual contradi��o da vida orbita entre o viver em Cristo, desfrutando das alegrias eternas, e o n�o viver para Cristo, acostumando-se com as sedu��es que, mais e mais, conduzem o cora��o do homem para a tristeza.

Enfim, �porque morrestes e a vossa vida est� escondida com Cristo, em Deus, quando Cristo, que � a vossa vida, se manifestar, ent�o v�s tamb�m com ele sereis manifestados em gl�ria� (Cl 3,3-4). Os preciosos m�ritos de Cristo para a nossa Salva��o conduzem a vida do que cr� para a gl�ria eterna. Parecem significar o mesmo apelo que Cristo fez para Tom� tocar com o dedo e colocar a m�o nas feridas gloriosas do Seu Corpo Ressuscitado. Sorrir e n�o mais chorar. Apresentar a Deus a f�, ao inv�s da incredulidade. N�o ruir em meio �s tribula��es, mas alegrar-se sempre, sem interrup��o.

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