Doutrina Católica

Roma locuta , causa finita est

João Paulo II

Principal

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HISTÓRIA DA IGREJA

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CRUZADAS

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As Cruzadas eram campanhas militares conduzidas por monarcas europeus contra a dominação islâmica da Terra Santa , e tinham como objetivo fundamental preservar o direito de peregrinação dos fieis cristãos a seus sítios sagrados , bem como a integridade de seus templos e lugares santos. A presença dos principais reinos europeus no empreendimento objetivava evitar atos de barbárie praticados por homens do povo conferindo caráter oficial ao empreendimento . As cruzadas não tinham como objetivo impor a fé católica , porque a fé autêntica deve ser acolhida livre e conscientemente , e não pela força , ou sem consentimento . À primeira cruzada seguiram-se outras seis.

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Cruzadas pela Libertação da Terra Santa

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A I Cruzada , em 1096

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1095, 26 de Novembro. Urbano II lança o seu apelo à I Cruzada.

1096, Abril. Partida da Cruzada popular dirigida por Pedro, o Eremita, e Gautier Sans Avoir. Massacres de judeus na Renânia.

1096, 6 de Julho. Concílio de Nimes: Urbano II confia a Raimundo de Saint-Gilles o comando de uma das expedições à Terra Santa.

1096, 1 de Agosto. A Cruzada popular chega a Constantinopla.

1096, Verão. Partida da Cruzada dos barões (Godofredo de Bulhão; Raimundo IV conde de Toulouse; Boemundo de Tarento; Estêvão conde de Blois; Tancredo de Hauteville e Roberto II conde da Flandres). O imperador alemão, Henrique IV, e o rei de França, Filipe I, estando excomungados, não puderam dirigir a Cruzada.

1118, Abril. Morte de Balduíno I; sucede-lhe Balduíno du Bourg.

1119. Batalha de «Ager sanguinis» (do campo de sangue). O emir el Ghazi, de Diyarbakir aniquila o exército franco de Antioquia, pertp de Atareb.

1119-1120. Nove cavaleiros ocidentais fundam, em Jerusalém, a Milícia dos Pobres Cavaleiros de Cristo (Futura Ordem do Templo).

1123, 29 de Maio. Os Egípcios são derrotados em Ibelin pelo primeiro oficial do rei, Eustáquio Garnier, regente do reino durante o cativeiro de Balduíno II.

1124, 7 de Julho. Tomada de Tiro pelos cruzados.

1129, Janeiro. Concílio de Troyes: a Ordem do Templo é oficialmente reconhecida pelo papa Honório III.

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Em 1147 , o Papa Eugênio III anuncia a II Cruzada

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1146, 25-27 de Dezembro. São Bernardo de Claraval ordena a Conrado III, imperador alemão, que dirija a cruzada.

1147. Partida do rei de França, Luís VII, e de Conrado III para a Palestina.

1147, 4 de Outubro. Luís VII chega a Constantinopla.

1147, 26 de Outubro. Os cruzados alemães, abandonados pelos bizantinos, são esmagados em Dorileia .

1148, Março. Luís VII desembarca em Antioquia.

1148, 23 de Julho. As tropas francesas, os sobreviventes da cruzada alemã e os cavaleiros da Terra Santa põem cerco a Damasco. Abandonam-no cinco dias depois, sem terem conseguido conquistar a cidade.

1149, Primavera. Luís VII e Conrado regressam a França. A Segunda Cruzada falha e o mito da invicibilidade dos Francos é destruído.

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Em 1189 , tem lugar a III Cruzada

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1187. O arcebispo de Tiro prega a Cruzada

1188. Frederico Barba-Roxa, imperador alemão, Filipe Augusto, rei de França, e Ricardo Coração de Leão, rei de Inglaterra, organizam uma Cruzada a pedido do papa Gregório VIII.

1188, 1 de Janeiro. Saladino abandona o cerco de Tiro, defendido por Conrado de Montferrat, marquês piemontês.

1188. Saladino conquistou todo o território franco, tirando Tripoli, Tiro e Antioquia.

1189. Guy de Lusignan, antigo rei de Jerusalém, preso por Saladino, é liberto e cerca São João de Acre.

1189, Maio. Frederico Barba-Roxa parte para a Terra Santa.

1190. Fundação da Ordem Teutónica.

1190, 18 a 20 de Maio. Frederico conquista Konya, capital do sultanato turco da Ásia Menor.

1190, 10 de Junho. Frederico afoga-se nas águas do Selef na Cilícia.

1190. A Cruzada alemã dirigida por Frederico da Suábia, filho de Barba-Roxa, dirige-se para S. João de Acre.

1190, 4 de Julho. Filipe Augusto e Ricardo Coração de Leão partem de Vézelay para a Palestina, passando pela Sicília, onde se demorarão seis meses.

1191, 20 de Abril. Filipe Augusto desembarca em São João de Acre.

1191, 6 de Maio a 6 de Junho. Ricardo Coração de Leão conquista Chipre aos Bizantinos, e dirige-se em seguida para São João de Acre.

1191, 12 de Julho. São João de Acre é reconquistada.

1191, 2 de Agosto. Filipe Augusto, rei de França, regressa à Europa.

1191, 7 de Setembro. Ricardo derrota Saladino no palmar de Arsouf.

1192. Guy de Lusignan, antigo rei de Jerusalem, recebe de Ricardo Coração de Leão a ilha de Chipre, enquanto feudo.

1192, 28 de Abril. Assassínio de Conrado de Monferrat, senhor de Tiro, rei consorte de Jerusalém, por dois membros da seita dos Assassinos.

1192, Maio. Henrique II de Champagne casa com Isabel, viúva de Conrado de Monferrat, e torna-se rei de Jerusalém.

1192, 1 e 5 de Agosto. Batalha de Jafa: vitória de Ricardo Coração de Leão sobre Saladino.

1192, 2 de Setembro. Paz de Jafa entre Saladino e Ricardo Coração de Leão: trégua de três anos. Os muçulmanos mantêm-se em Jerusalém, mas permitem as peregrinações ao Santo Sepulcro. Os cruzados ocupam uma faixa contínua de território de Tiro a Jafa. 1193, 3 de Março. Morte de Saladino em Damasco.

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Em 1201 , a IV Cruzada

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Começa a IV Cruzada desviada pelo doge para Constantinopla para submeter a Igreja do Oriente.

A quarta cruzada (1202-1204) assinalou uma interrupção dos ideais que haviam inspirado as cruzadas anteriores. O movimento cruzado deixou de ser um empreendimento coletivo de todo o mundo ocidental para se transformar em uma expedição de soberanos isolados ou de nações isoladas. O enfraquecimento do entusiasmo pela reconquista da cidade santa fatalmente se fez acompanhar também do fracasso de diversas tentativas cruzadas. Convocada pelo papa Inocêncio III no início de seu pontificado, a quarta cruzada foi chefiada por Balduíno de Flandres, Bonifácio de Montferrato e pelo doge veneziano Henrique Dândolo. Encerrou-se com a conquista e o saque de Constantinopla e a fundação do Império Latino do Oriente, que Inocêncio III foi obrigado a ratificar, contra a vontade.

Fundação do Império Latino de Constantinopla. Em 17 de julho de 1203, Constantinopla foi sitiada pelos cruzados e pela frota veneziana do doge Henrique Dândolo. Foi o início da decadência daquela cidade. A revolta que conduziu Aleixo V ao trono foi acompanhada por um novo assédio em que Constantinopla foi reconquistada e saqueada pelos cruzados (IV cruzada) que, em abril de 1204, destruíram, irreparavelmente, preciosos vestígios da civilização grega clássica e bizantina. A cidade foi saqueada por três dias e o patriarca grego fugiu para Nicéia. O Império Latino do Oriente, recém-constituído pelos cruzados (1204), desmoronou em julho de 1261, quando os bizantinos expulsaram o último imperador latino, Balduíno II. A conquista latina de Constantinopla teria graves conseqüências nas relações entre a cristandade ocidental e a oriental, que, pela primeira vez, além da divisão religiosa vivem também um grave conflito militar.

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Fontes :

As Cruzadas (1096-1270), Lisboa, Pergaminho, 2001

Heers, Jacques, O Mundo Medieval, Lisboa, Edições Ática, 1976

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