Doutrina Católica

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Papas Pio X , Bento XV e Pio XI

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Com a encíclica "Pascendi", Pio X ( Giuseppe Sarto ) condena o modernismo.

Com a encíclica "O firme propósito" (1905), Pio X permitiu que os católicos italianos participassem das eleições políticas. Nesse ínterim, o discutido pacto Gentiloni sancionava, em escala nacional, a prática do clérico-moderantismo. Pio X dedicou-se particularmente à vida interna da Igreja: para preservar a integridade da doutrina católica, ameaçada pelas novas correntes radicais no campo filosófico, teológico e bíblico, de inspiração modernista, adotou rigorosas medidas contra eclesiásticos e leigos suspeitos de aderir a essa tendência, e condenou o modernismo com a encíclica "Pascendi Dominici gregis" (1907). Dois anos depois, excomungou o sacerdote R. Murri, animador do movimento da Democracia Cristã, e em seguida (1910) dissolveu o grupo francês do Sillon, liderado por Marc Sangnier. Deu início à reforma e à reorganização da Cúria romana (constituição apostólica "Sapienti consilio", 1908) e impulsionou os trabalhos para a codificação do direito canônico, que foram concluídos com a publicação (1917) do "Codex iuris canonici". Em seu pontificado realizaram-se inovações relativas à administração dos sacramentos e à liturgia (decretos sobre a Eucaristia, reforma do canto gregoriano e do Breviário). Beatificado em 1951, foi canonizado por Pio XII em 1954.

Eleição do papa Bento XV.

Bento XV (no século Giacomo della Chiesa; Gênova, 1854 - Roma, 1922), substituto na secretaria de Estado de 1901 a 1907, posteriormente foi bispo de Bolonha, nomeado cardeal em junho de 1914. Em setembro daquele mesmo ano foi eleito papa, sucedendo Pio X. Durante a Primeira Guerra Mundial, tentou exercer o papel de intermediário entre os Estados beligerantes, mas seus apelos foram inutilizados pelas circunstâncias e sua obra teve de limitar-se ao socorro às populações e à troca de prisioneiros. No âmbito religioso, favoreceu a reaproximação com as Igrejas orientais e promulgou o novo código de direito canônico (1917).

Eleição do papa Pio XI, promotor de uma vasta política concordatária.

Pio XI (no século, Damiano Achille Ratti; Desio, Milão, 1857 - Roma, 1939), nascido em uma família de prósperos proprietários de fiações, era ainda muito jovem quando se encaminhou para a vida sacerdotal, realizando os estudos primeiro em Milão, depois em Roma, onde se doutorou em teologia, direito canônico e filosofia. Em Milão, ocupou a cátedra de teologia e, em seguida, de hebraico e de oratória sacra no Seminario Maggiore. Colaborador de monsenhor A. Ceriani na Biblioteca Ambrosiana (1888), foi nomeado diretor após a morte deste. Dedicou-se então a amplas pesquisas histórico-eclesiásticas, publicou o "Missale Ambrosianum duplex" e iniciou a coleção dos "Acta Ecclesiae Mediolanensis". Chamado por Pio X a Roma (1911), foi vice-diretor da Biblioteca Vaticana. Bento XV nomeou-o (1919) visitador apostólico da Polônia e da Lituânia e, após o restabelecimento da nunciatura de Varsóvia, núncio e alto comissário eclesiástico para os territórios, submetidos a plebiscito, da Alta Silésia e da Prússia Oriental: aqui se empenhou em uma difícil obra de mediação entre poloneses e lituanos, e também entre o governo do marechal J. Pilsudski e os alemães, que lhe valeu a oposição dos membros nacionalistas dos países envolvidos. Chamado de volta à Itália por Bento XV (1921), dirigiu a arquidiocese de Milão e foi nomeado cardeal. Eleito papa (1922), esboçou as linhas programáticas de seu pontificado na encíclica "Ubi arcano Dei" (1922). Adepto da política conciliatória nas relações entre a Santa Sé e as potências, estipulou concordatas com vários governos europeus: com a Letônia, 1922; com a Baviera e a Polônia, 1925; com a Lituânia, 1927; com a Itália e a Prússia, 1929; com o Reich alemão, 1933; com a Áustria, 1934. Assinou acordos e convenções de vários tipos: com a França, Checoslováquia, Romênia e Portugal. A concordata com a Itália, em especial, pôs fim à longa controvérsia entre o papado e o Reino da Itália e levou à criação do Estado da Cidade do Vaticano. As relações com o regime fascista, inicialmente cordiais, pioraram após os ataques do governo de B. Mussolini contra organizações e associações católicas, ataques aos quais Pio XI reagiu com a encíclica "Non abbiamo bisogno" (1931). Conflituosas foram também as relações com o nazismo, após A. Hitler ter desrespeitado vários artigos da concordata (encíclica "Mit brennender Sorge", 1937). Na França, continuou a política de distensão de seu predecessor e condenou a corrente monárquica intransigente que presidia a Action française de C. Maurras (1926). Com a encíclica "Divini Redemptoris" (1937), condenou o comunismo ateu. Promoveu várias iniciativas de caráter missionário e, com a encíclica "Rerum Ecclesiae" (1926), preocupou-se em preservar as missões católicas de influências políticas e nacionais, em recomendar uma certa adaptação às culturas locais e um maior incremento do clero local. Exerceu ação importante nos campos artístico, científico e cultural (enriquecimento da biblioteca e dos Museus Vaticanos, promoção da restauração e da construção de edifícios eclesiásticos, instituição da Rádio Vaticana).

Pio XI publica a encíclica "Quadragesimo anno".

"Quadragesimo anno" é uma carta encíclica de Pio XI, no quarentenário (quadragesimo anno, em latim) da Rerum Novarum de Leão XIII. Publicada em 15-5-1931, a encíclica retoma e desenvolve a doutrina social da Igreja, afirmando a exigência de conciliar capital e trabalho por meio de uma distribuição mais igualitária dos lucros e uma certa submissão do exercício da propriedade ao interesse público. Além disso, a encíclica aprova a organização corporativa e recomenda maior participação na Ação Católica.

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