DOUTRINA CATÓLICA

Papa pede que hanseníase seja erradicada do mundo

O papa João Paulo II pediu neste domingo que a comunidade internacional atue, aproveitando a 52º Congresso mundial sobre Hanseníase, para que a doença seja erradicada por completo.

Reunindo fé e razão se encontra a Deus, explica Cardeal Rivera

México , 16/11/2004

Quando Santo Agostinho “chega a reunir fé e razão, sabe que encontrou a Deus”, afirmou o Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera, em uma mensagem pronunciada na Universidade La Salle. Durante o 57º Congresso Nacional da União Nacional de Pais de Família, o Cardeal explicou que a tragédia do santo em sua juventude foi “querer separar a razão do sobrenatural, da fé”. Disse que após tentar opor fé e razão, deu-se conta que só unindo-as poderia achar Beleza Eterna e “a Verdade que o faz livre”. Depois de recordar o 1650 aniversário do nascimento do Bispo de Hipona, o Cardeal Rivera expressou que a provocação do século XXI é também achar a Deus na união da fé com a razão. O Arcebispo do México expressou que os grandes avanços científicos e tecnológicos, longe de beneficiar à caridade, afundam-na em muitas confusões e desordem. Explicou que isto se deve a que o homem só quer reger pela razão, a qual o leva a um positivismo e a um “cientificismo que não dá resposta” a suas perguntas fundamentais. O Prelado também expressou que essa é “a tragédia da educação quando tem como dogma principal o laicismo, e o laicismo como negação de Deus”. Entretanto, o Cardeal Rivera assinalou que também seria “uma tragédia ficar somente com a fé” em prejuízo da razão. “Seria negar a Deus mesmo que nos deu essa capacidade para investigar”, afirmou. No texto, o Cardeal assinala que “a Igreja jamais se pode opor ao avanço científico” nem a aquilo que com “estrito método científico” permita cultivar a razão. Explicou que aquilo que não seja rigorosamente investigado com a capacidade que Deus nos deu, cairá cedo ou tarde ao carecer de fundamento. Indicou que sustentá-lo fará que a pessoa sinta “que está negando a si mesma”. Atuar como cidadãos do Céu Por outro lado, durante a Missa celebrada na Catedral Metropolitana, o Cardeal Rivera chamou os fiéis a enfrentar os problemas terrestres com uma postura positiva e com a perspectiva de cidadãos do Céu. O Cardeal explicou que o cristão deve atuar sabendo que suas obras têm trascendência para a vida eterna. Por isso deve reger-se por “lei única do amor altruísta”, colaborando na construção de uma sociedade e de uma Igreja melhor. O Primado da Igreja no México assinalou que o trabalho é como “a chave da questão social”, e o trabalhador não é uma força de trabalho “mas sim um filho de Deus que se realiza no trabalho”. Entretanto, o Cardeal Rivera denunciou a falta de “orçamentos que incentivem a criação” de empregos. Disse que a falta de emprego origina dramas “morais e psicológicos” naquele que se vê impossibilitado de sustentar sua família. Em sua homilia, o Cardeal pediu impulsionar “as retificações necessárias ao sistema econômico” que permitam criar fontes de trabalho. O Cardeal Rivera agradeceu às milhares de pessoas que com seu trabalho “fazem possível que o México esteja em pé”. Também pediu premiar fiscalmente aqueles que “em meio da crise se mostram verdadeiros empresários”. “Devemos criar consciência de que o pagamento de impostos deve ser um instrumento eficaz para a justa distribuição da riqueza que o México está produzindo e de que só com o justo pagamento e seu reto uso” será possível levar os serviços básicos aos mais necessitados, afirmou.

Aci digital

João Paulo II envia mensagem de condolências ao parlamento palestino

Vaticano, 11/11/2004

João Paulo II desejou hoje que “a harmonia brilhe rapidamente sobre a Terra Santa” numa mensagem de condolências dirigida ao presidente do parlamento palestino, Rawhi Fattouh, após o falecimento de Yasser Arafat. “O Papa reza ao Príncipe da paz, para que a estrela da harmonia brilhe rapidamente na Terra Santa e que os dois povos que aí habitam possam viver reconciliados entre eles, com dois Estados independentes e soberanos”, lê-se na mensagem enviado pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, em nome de João Paulo II. João Paulo II recebeu Yasser Arafat no Vaticano, a primeira vez das quais em 1982, enquanto presidente da OLP. Sete outros encontros tiveram lugar entre eles.

O Patriarca de Jerusalém, D. Michel Sabbah, exprimiu as suas condolências e a sua solidariedade para com o povo palestiniano, antes de partir para o Cairo , onde participará dos funerais de Arafat , com uma delegação de religiosos de outras confissões.

Papa denuncia os falsos valores de ídolos que enganam os homens

Cidade do Vaticano, 10/11/2004

O papa João Paulo II denunciou esta quarta-feira os falsos valores dos ídolos que enganam os homens, incluindo a violência e a guerra, em uma mensagem pronunciada diante de 13.000 peregrinos durante a audiência geral semanal no Vaticano. O papa se referia a três valores condenados no Salmo bíblico 61, que os considera contrários à dignidade do homem e à coexistência social. "A violência é o primeiro falso ídolo ao qual, infelizmente, a humanidade continua recorrendo em nossa época sangrenta", afirmou João Paulo II. "Um cortejo imenso de guerras, opressões, prevaricações, torturas e crimes execráveis acompanham este ídolo", comentou. "O roubo é o segundo falso ídolo. Manifesta-se pela extorsão, injustiça social, usura, corrupção política e econômica. Muita gente cultiva, deste modo, 'a ilusão' de satisfazer sua própria avidez", afirmou. O sumo pontífice denunciou a riqueza como o terceiro falso valor. "A riqueza se aferra ao coração do homem, que deste modo espera estupidamente poder evitar a morte e garantir seu prestígio e poder". "Submetendo-se a esta tríade diabólica, o homem esquece que os ídolos não só não têm nenhuma consistência, como também são perigosos", explicou. O papa apareceu sorridente e em boa forma, apesar dos problemas de saúde causados pelo mal de Parkinson. Durante a audiência, um grupo de artistas canadenses do 'Cirque du soleil' vestidos de palhaços fez uma demonstração de um número que apresenta há vários dias em Roma.

Agência AFP

João Paulo II preside Eucaristia por Cardeais e Bispos falecidos neste ano

Vaticano, 11/11/2004 - O Papa João Paulo II presidiu esta manhã na basílica de São Pedro a Missa em sufrágio pelos Cardeais e Bispos falecidos no último ano. Depois de evocar seu serviço generoso ao Povo de Deus, o Santo Padre deu graças ao Senhor “por todos os benefícios concedidos à Igreja" mediante o ministério sacerdotal destes pastores defuntos”. Durante a Missa, celebrada pelo Cardeal Joseph Ratzinger, decano do colégio cardinalício, junto com outros Cardeais, o Santo Padre recordou "com afeto, de modo especial, aos cardeais Paulos Tzadua, Opilio Rossi, Franz König, Hyacinthe Thiandoum, Marcelo González Martín, Juan Francisco Fresno Larraín, James Aloysius Hickey e Gustaaf Ojos”. Do mesmo modo, convidou a pedir “por eles e pelos arcebispos e bispos defuntos, que confiamos com confiança filial à misericórdia divina". "Pensando neles -continuou-, evocando seu serviço generoso à Igreja, parece que sentimos repetir com o Apóstolo: 'A esperança que não defrauda'". Em sua homilia, o Pontífice afirmou que "na Páscoa se cumprirá o mistério da morte e ressurreição de Cristo. É um mistério que se atualiza constantemente na Eucaristia, banquete místico, onde o Messias se entrega como alimento aos convidados, para uni-los a Ele em um vínculo de amor e de vida mais forte que a morte. Cada vez que celebramos a Eucaristia fazemos parte do Banquete do Senhor que antecipa o banquete da glória celestial". João Paulo II concluiu destacando que "Deus é fiel e nossa esperança no não é vã. Demos graças ao Senhor por todos os benefícios concedidos à Igreja mediante o ministério sacerdotal destes pastores defuntos. Invoquemos a materna intercessão da María Santíssima para que participem do banquete eterno, aquele mesmo banquete que hão saboreado com fé e com amor durante a peregrinação terrena".

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