Doutrina Católica

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INFO

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Bispos de Portugal reúnem-se em Assembléia Plenária

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Fátima, 9/11/2004

A 157ª Assembléia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) acontece de 8 a 11 de novembro, em Fátima. Os bispos irão analisar a reestruturação da CEP, refletir sobre a aplicação da Concordada e sobre a ação social e caritativa da Igreja. Tendo em vista os objetivos de trabalho traçados, os bispos portugueses acreditam que o momento é de promover a cooperação entre a Igreja e o Estado. «O novo texto do Tratado precisa de ser aplicado em legislação complementar, ou através de acordos a celebrar, sempre na aplicação do princípio e do espírito da cooperação entre a Igreja e o Estado Português, em prol do bem de toda a sociedade», disse D. José Policarpo, presidente da CEP, no discurso de abertura dos trabalhos. Em junho deste ano os bispos portugueses tiveram as suas Jornadas de Estudo, destinadas à apresentação do novo texto concordatário, com a ajuda de peritos. Agora, referiu o Cardeal-Patriarca, «a nossa atenção incidirá sobre as matérias novas, cuja regulamentação é urgente para que a aplicação da Concordata se faça harmonicamente e sem sobressaltos». O presidente da CEP agradeceu a todos os envolvidos na negociação da nova Concordata, lembrando a ratificação do texto, na Assembléia da República, «por larga maioria inter-partidária, mostrando claramente que o diálogo da Igreja com o Estado e com a sociedade é uma questão nacional». Até à próxima quinta-feira, os prelados olharão também para a vasta rede de instituições sociais que, de acordo com a CEP, «encarnam o serviço da Igreja em prol dos doentes, dos mais pobres e desfavorecidos, dos idosos e de apoio à família». D. José Policarpo considerou esta área como «um dos mais expressivos campos de incidência da colaboração entre o Estado e a Igreja», vincando que o quadro concordatário «tem de ser o contexto que rege e orienta essa cooperação». «A Igreja deve garantir que essas instituições sejam repassadas de espírito evangélico de serviço e de respeito pela dignidade da pessoa humana, que caminhem para modelos de qualidade técnica e se apetrechem com modernos meios de gestão», disse. «Ao Estado compete apoiar e vigiar, incentivando esse progresso da qualidade», acrescentou. Já a respeito da questão da reestruturação da CEP, o presidente do organismo episcopal explica que a medida visa «garantir a eficácia e a qualidade do seu contributo para as Igrejas de Portugal, dentro da especificidade da sua natureza e missão».

Zenit.org

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João Paulo II nomeia o Bispo mais jovem da Espanha

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Vaticano, 9/11/2004

O Papa João Paulo II nomeou como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Valência o sacerdote Enrique Benavent Vidal, que aos 45 anos de idade torna-se o Bispo mais jovem da Espanha. Dom Benavent Vidal, a quem teve designada a sede titular de Rotdom, é atualmente Decano-Presidente e Professor da Faculdade de Teologia “San Vicente Ferrer” de Valência. O Bispo eleito, nascido em 25 de abril de 1959 em Quatretonda (Valência), foi ordenado sacerdote em um dia como hoje há 22 anos, em 8 de novembro de 1982, pelo Papa João Paulo II em Valência, durante sua primeira Visita Apostólica à Espanha. Dom Benavent Vidal cursou os estudos eclesiásticos no Seminário Diocesano de Moncada (Valência), assistindo às aulas da Faculdade de Teologia de “San Vicente Ferrer” onde conseguiu a Licenciatura em Teologia (1986). É Doutor em Teologia (1993) pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Como sacerdote foi coadjutor da paróquia de São Roque e São Sebastião de Alcoy e professor de Religião no Instituto, de 1982 a 1985; formador no Seminário Maior de Moncada e professor de Síntese Teológica para os Diáconos. Também foi, de 1993 a 1997, Delegado Episcopal de Pastoral Vocacional. De 1990 a 1993, cursou estudos de doutorado na Pontificia Universidade Gregoriana, de Roma. Atualmente, Dom Benavent Vidal é professor de Teologia Dogmática da Faculdade de Teologia “San Vicente Ferrer” de Valência e professor da Seção de Valência do Pontificio Instituto “João Paulo II” para Estudos sobre Matrimônio e Família. É também Diretor do Colégio Maior “São João de Ribera” de Burjassot-Valência; Decano-Presidente da Faculdade de Teologia “San Vicente Ferrer” de Valência e Diretor da Seção Diocese da mesma Faculdade; além disso, desde 2003, é membro do Conselho Presbiteral. O Arcebispo de Valência é Dom Agustín García-Gasco. A arquidiocese tem uma superfície de 13 mil quilômetros quadrados habitados por 2 milhões e meio de pesoas, das quais quase 2 milhões e 295 mil são católicas. Valência conta com mais de mil e 500 sacerdotes e quase cinco mil religiosos.

Aci Digital

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A criação da Diocese de Olinda

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Olinda (PE), 9/11/2004

Em 16 de novembro de 1676, o Papa Inocêncio XI criou duas Dioceses no Brasil: Rio de Janeiro e Olinda e elevou a Bahia à metrópole eclesiástica, criando a Província eclesiástica da Bahia, desmembrada de Lisboa. A Diocese de Olinda foi criada pela Bula “Ad Sacram Beatri Petri Sedem”. No mesmo documento, a Vila d’Olinda foi elevada a Cidade e seus habitantes passaram a ter o foro de Cidadãos. Olinda era a mais importante vila de todo o norte e nordeste do Brasil. O açúcar a fez prosperar, sendo isso a razão para que sediasse uma Diocese. A Matriz do Salvador do Mundo foi indicada como Catedral (chamando-se Sé-Catedral) e seu primeiro Bispo foi Dom Estevão Brioso de Figueiredo, natural de Évora, Portugal, que veio morar na antiga casa da Câmara da Vila, no alto da Sé, que passou a ser, daí em diante, o Palácio do Bispo e hoje é o Museu de Arte Sacra de Pernambuco. Mais tarde os Bispos e Arcebispos transfeririam a residência episcopal para a Soledade (onde hoje está o Colégio Nóbrega) e depois para o Palácio dos Manguinhos. Atualmente, é na Várzea que se encontra o Palácio Episcopal. A extensão do Bispado de Olinda era grande. Abrangia todo norte, até o Maranhão e incluía também Alagoas e parte de Minas Gerais, sendo a sede em Olinda. Olinda foi Diocese até 1910. Neste ano, em 05 de dezembro, o Papa Pio X elevou Olinda a Arquidiocese, criando três outra Dioceses em Pernambuco: Nazaré, Pesqueira e Garanhuns. Em 1918, pelo Decreto Consistorial “Cum urbis Recife”, o Papa Benedito XV uniu ao título de Olinda o do Recife, elevando a Igreja de São Pedro dos Clérigos a Co-Catedral.

Marieta Borges

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João Paulo II recorda Giorgio La Pira, prefeito de Florença e cristão exemplar

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2004-11-08

No centenário do nascimento do político católico italiano

CIDADE DO VATICANO, segunda, 8 de novembro de 2004 (ZENIT.org).- No marco da celebração do centenário do nascimento de Giorgio La Pira (1904-1977), que foi prefeito de Florença, João Paulo II sublinhou seu compromisso civil e político, fruto da oração e da contemplação, assim como suas «intuições premonitórias» com respeito ao «caminho da Igreja e do mundo». Na mensagem, lida em 5 de novembro passado, no curso da solene concelebração em Santa Maria da Flor, catedral de Florença, por ocasião do 27º aniversário de sua morte, o Santo Padre louva as “grandes energias intelectuais e morais, potenciadas e afinadas no exercício do estudo, da ascese e da oração”. “Por natureza intuitiva, sentiu-se chamado a desenvolver seu compromisso de cristão ‘enviado a anunciar aos pobres uma gozosa mensagem’. Era necessário evitar a ‘tentação do Tabor’, como a chamava, para descer ‘à rotina da cotidiana dedicação às muitas exigências do próximo em dificuldade”, diz a mensagem enviada pelo Papa.

Giorgio La Pira nasceu em Pozzallo (Ragusa), em 9 de janeiro de 1904, no seio de uma família modesta. Obtida a licenciatura em Direito, muda-se para Florença onde, em 1934, obtém a cátedra de Direito Romano e inicia uma atividade denominada a “Missa de São Próculo”, para oferecer ajuda espiritual e material aos pobres. Entre 1929 e 1939, desenvolve uma intensa atividade como professor universitário que o põe em contato com a Universidade Católica de Milão. Dedica-se plenamente à Ação Católica juvenil e às publicações católicas, escrevendo em numerosas revistas, entre elas a muito conhecida “Frontespizio”. Em 1939, funda e dirige a revista “Principi”, na qual, em pleno regime fascista, que proibirá a publicação, apresenta as premissas cristãs de uma autêntica democracia. Em 1943, cria a publicação clandestina “San Marco”, enquanto a polícia secreta busca o modo de prendê-lo. Muda-se para Roma e, no ano seguinte, dá aulas no Ateneu Lateranense, por iniciativa do Instituto Católico de Atividades Sociais, um curso cujo conteúdo foi publicado com o título “As premissas da política”. “Da fecunda tensão entre a contemplação e a ação (...) deriva também a herança espiritual que deixou à Igreja de Florença e a toda comunidade eclesial”, acrescenta o Pontífice em sua mensagem. (...)“Teve uma espiritualidade, digamos, ‘imanente’ à atividade cotidiana: agregava a comunhão eucarística, a meditação, o compromisso cultural e a ação social e política”, afirma o Santo Padre. Giorgio La Pira professava uma devoção especial à Santíssima Trindade, “que atraía e recolhia sua alma na contemplação e na adoração”, impulsionando também a escrever palavras como estas: “A raiz da ação está sempre aqui: neste ‘êxtase’ da alma enamorada que derrama lágrimas dizendo ao Senhor: Senhor meu e Deus meu! Meu Deus e meu tudo!”. “Sua mente iluminada pela fé foi capaz de intuições premonitórias para o caminho da Igreja e do mundo, especialmente com respeito à necessidade da paz entre os povos e a superação das ideologias atéias e materialistas”, acrescenta João Paulo II. Em uma viagem em 1959 à URSS, La Pira, ante o Soviet Supremo, no Kremlin, enfrentou não só a questão do desarme senão o tema da liberdade religiosa, este como elemento essencial de um processo completo de construção pacífica. Seu empenho no campo do diálogo inter-religioso foi sublinhado pelo Papa em 26 de abril passado, ao receber em audiência os participantes no encontro promovido pela Associação Nacional de Municípios Italianos. Nessa ocasião, recordou como “emblemáticos”, os “Congressos pela paz e a civilização cristã”, promovidos por La Pira em Florença, de 1952 a 1956, “com a finalidade de favorecer a amizade entre cristãos, judeus e muçulmanos”. “Fiel ao Magistério da Igreja (...), entendeu a função pública como serviço ao bem comum, fora dos condicionamentos do poder e da busca de prestígio ou interesses pessoais”, escreve o Papa em sua mensagem. “Oremos para que seu exemplo estimule e anime todos que se esforçam em testemunhar com sua existência o Evangelho na sociedade atual e se põem ao serviço dos demais, de modo especial dos pobres, que tiveram sempre nele um amigo solícito e fiel”, conclui a mensagem. O cardeal Ennio Antonelli, arcebispo de Florença, após ler a mensagem papal, em sua homilia destacou de La Pira o contínuo proclamar-se “cristão, ou seja, que é de Cristo”. La Pira contemplava Cristo Ressuscitado “como levedura transformadora e como modelo elevador e capaz de atrair” todas as coisas, acrescentou o cardeal citando uma carta escrita pelo ex-prefeito de Florença a um amigo na Páscoa. Quanto à importância da Eucaristia, La Pira afirmava: “O cristianismo se resume na Eucaristia (...) Assim edifica o corpo de Cristo, o povo cristão, a cidade de Deus e, sob seu modelo, a cidade humana (...). A Eucaristia organiza o povo do Senhor, edifica as cidades, os povos, as nações e a civilização”, concluiu o cardeal. No próximo dia 9 de janeiro poderá ser celebrada a conclusão da causa diocesana de beatificação de Giorgio La Pira (1904-1977), segundo anunciou o cardeal Antonelli. A causa foi iniciada em 9 de janeiro de 1986, na basílica dominicana de São Marcos, em cujo convento La Pira viveu muitos anos.

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«A antropologia cristã, fundamento histórico dos direitos humanos»

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Entrevista com o teólogo Juan Luis Lorda, autor de «Antropologia Cristã»

ROMA, segunda-feira, 8 de novembro de 2004 (ZENIT.org).- A antropologia cristã constitui a base histórica que inspirou e fundamentou os direitos humanos. Explica isso o teólogo Juan Luis Lorda em «Antropologia cristã. Do Concílio Vaticano II a João Paulo II» (Edições Palavra).

Lorda (Pamplona, 1955) é engenheiro industrial e doutor em teologia. Ensina desde 1983 na Universidade de Navarra e é autor de «Para ser cristão» ou «A arte de viver», traduzidos a diversas línguas. Nesta entrevista concedida a Zenit, expõe a contribuição de João Paulo II a uma maior compreensão da antropologia cristã. --Como se renovou a antropologia cristã desde o Concílio Vaticano até agora? --Lorda: O mais importante foi a interpretação e desenvolvimento que João Paulo II fez do Concílio e, sobretudo, de «Gaudium et Spes». Esta constituição é um dos pilares do Concílio e João Paulo II colaborou diretamente em sua redação. Depois, fez-lhe um profundo comentário ao longo de todo seu pontificado. Hoje, a todo o mundo soa o famoso número 22 de «Gaudium et Spes»: «Cristo revela o que é o homem ao próprio homem». Mas, antes de João Paulo II, não era famoso. Pode-se comprovar em muitos comentários da época, que nem sequer o mencionam. Há outros filósofos e teólogos que influíram muito na antropologia cristã, porque foi uma época muito rica. Mas a síntese doutrinal dos princípios se deve a João Paulo II. --Também Edith Stein, a carmelita assassinada pelos nazistas e canonizada por João Paulo II, ofereceu uma contribuição importante à antropologia. Que intuiu a patrona da Europa? --Lorda: A figura de Edith Stein é interessantíssima e creio que ocupará um lugar cada vez maior no pensamento cristão. Por sua origem, é uma intelectual judaica. Por sua formação, pertence à primeira escola da fenomenologia, com importantes estudos. Após sua conversão, tenta estabelecer relações entre esta corrente filosófica e São Tomás de Aquino. Morre sendo carmelita em um campo de concentração, em meio à tremenda tragédia do holocausto. É difícil encontrar personagens de tanta densidade humana. A fenomenologia, sobretudo a praticada pelo grupo de Edith Stein (Von Reinach, Max Scheler, Conrad-Martius, Von Hildebrand) é uma das correntes mais fecundas e claras da filosofia, especialmente para entender a interioridade humana. Em Edith Stein, como depois em João Paulo II, entronca com a tradição cristã. E isto é muito importante. Não há que esquecer que, para aqueles co-discípulos e para ela mesma, o encontro com essa corrente filosófica a liberou de discriminações e a pôs à escuta da verdade. Foi o primeiro passo de sua conversão. É o gênero de filosofia e de antropologia de que hoje necessitamos: que abra à verdade, descubra a interioridade humana e conecte com a fé cristã. Também é o gênero de filosofia de que necessitamos em nossas faculdades. --Qual é a contribuição de Karol Wojtyla à antropologia cristã? --Lorda: Ainda é difícil julgar a influência de Karol Wojtyla na teologia católica, porque nos falta perspectiva. De todas as formas, minha impressão, depois de havê-lo estudado durante anos, é que se trata de uma influência gigantesca, especialmente na fundamentação antropológica da moral: a doutrina sobre a sexualidade, o amor conjugal, a procriação e a dignidade da vida humana. Creio que se pode dizer honradamente que melhorou sensivelmente o ensinamento teológico em todos estes temas. E se reflete claramente no Catecismo da Igreja Católica. Há um antes e um depois. --Por que a antropologia cristã é um dos pontos fortes da evangelização? --Lorda: Porque descobre como é o homem e quais são suas aspirações mais profundas. O centro da evangelização cristã é Deus: levar o homem moderno a descobrir que Deus nos ama porque é Pai nosso. Esse é o centro da mensagem de Jesus Cristo. Mas esse caminho se facilita quando uma pessoa descobre como é e que suas aspirações mais profundas se dirigem a Deus. A Igreja tem uma sabedoria sobre o homem, um humanismo cristão, que é um tesouro cultural de primeira ordem: porque dá sentido à vida, leva a viver dignamente e faz os homens felizes. É uma luz maravilhosa no mundo. Muitos de nossos contemporâneos, quando pensam em si mesmos, crêem que são o fruto cego das forças materiais, um protozoário evoluído por casualidade. Nós sabemos que somos filhos de Deus, que temos um Pai que nos quer, que somos irmãos e nos espera um destino de amor, do qual já podemos viver. Entendemos o sentido da inteligência e da liberdade, do amor e da família. Isto é beleza. O outro é escuridão e degradação. Dizia Dostoievsky: «só a beleza salvará o mundo». --A antropologia cristã é um bom fundamento para os direitos humanos, como assinala dom Fernando Sebastián, arcebispo de Pamplona, no prólogo de seu livro? --Lorda: Poder-se-ia dizer inclusive que a antropologia cristã é o fundamento histórico dos direitos humanos. Porque os que contribuíram para formar essa doutrina, ainda que em algum caso haviam perdido a fé, tinham a matriz cultural cristã. Acreditavam que nós, homens, somos livres e responsáveis por nossos atos; que somos iguais; que somos pessoas e que temos uma dignidade inalienável. Tudo isto vem da fé cristã. Se se pensa que o homem é fruto cego da evolução da matéria, um protozoário evoluído por casualidade, como dizia antes, não lhe sai este resultado: não pode deduzir que somos livres e responsáveis; não pode deduzir que somos iguais; e não pode deduzir que somos pessoas nem que temos uma dignidade inalienável. De fato, o materialismo científico está destruindo a cultura jurídica e moral da Modernidade. Estamos em pleno ataque à vida humana, nas questões bioéticas. Estão-se fazendo embriões para usos terapêuticos, porque pensam que o embrião --que é um ser humano-- é só um pacote de células sem dignidade, como um cultivo celular qualquer.

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Bispos da Nicarágua: Ausência de Deus põe os bens materiais acima do homem

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Nicarágua, 19/11/2004

A Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) chamou os fiéis a aproximar-se de Deus porque quando Ele “não está no coração do homem, começam a ser mais importantes as coisas que as pessoas”.

Em uma mensagem difundida logo depois de sua reunião anual, os bispos convidam o país a buscar em Santa Maria o apoio necessário “para enfrentar vitoriosamente a luta contra o egoísmo” e assim superar os problemas que afligem a nação. O documento está assinado pelo Dom. Juan Abelardo Mata, Secretário Geral da Conferência Episcopal, e e marca as celebrações pelo 150 aniversário do dogma da Imaculada Conceição. No texto, os bispos expressam que às vezes “alguns meios de comunicações” perdem a objetividade e ficam a serviço de gente que defende seus próprios interesses” ou de grupo. Por sua vez, o Bispo de Matagalpa, Dom. Leopoldo José Brenes, lamentou que em ocasiões se manipulem os documentos da Igreja “tergiversando a mensagem que quer dar”. Por isso advogou, em nome dos bispos, por um manuseio objetivo dos textos. Por outro lado, Dom. Brenes assinalou que “todos somos testemunhas de que há muita pobreza”, no país, e insistiu na necessidade de um diálogo que ajude a sair desta situação. “Os bispos sempre estão chamando o diálogo e os senhores foram testemunhas agora nas eleições municipais, que todos os bispos em suas mensagens chamaram ao diálogo e à concórdia”, indicou. O Bispo de Matagalpa recordou que só com o diálogo se conseguiram solucionar os problemas do país. A reunião anual do Episcopado nicaragüense foi presidida pelo Cardeal Miguel Obando y Bravo, Arcebispo de Manágua. Também assistiu o Núncio Apostólico no Panamá, Dom. Jean Paul Gobel.

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Morre ex-primeiro-ministro da China Zhao Ziyang

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PEQUIM - O ex-primeiro-ministro chinês Zhao Ziyang, destituído do cargo em 1989 após apoiar os estudantes em greve de fome na Praça da Paz Celestial, morreu nesta segunda-feira, aos 85 anos de idade, declarou uma organização de defesa dos direitos humanos. ''Zhao Ziyang morreu nesta segunda-feira, às 7h01 (hora local'', disse à agência France Press Frank Lu, diretor do Centro de Informação sobre Direitos Humanos e Democracia, com base em Hong Kong.

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Papa ganha miniatura de Ferrari

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Cidade do Vaticano, 17/1/2005 - 13:40

Os pilotos Michael Schumacher e Rubens Barrichello e outros integrantes da Ferrari encontraram-se com o papa João Paulo II nesta segunda-feira, para dar a ele um modelo com um quinto do tamanho original do carro que ajudou a escuderia a vencer o mundial em 2004. O presidente da Ferrari, Luca Cordero di Montezemolo, disse ao pontífice que pilotos, mecânicos e executivos queriam homenageá-lo. O dirigente afirmou que a coragem e a defesa dos direitos humanos colocavam o papa "na pole position dos caminhos da humanidade". - Esta foi a primeira vez que um dos nossos carros - apesar de ser um modelo - entrou no Vaticano - disse Montezemolo ao papa. - Nós consideramos que esta é a linha de chegada mais prestigiosa para nós. Nos sentimos como se o senhor fosse um de nós e gostaríamos de agradecer pelo exemplo que o senhor tem dado. Schumacher, Barrichello, Montezemolo e o chefe da equipe, Jean Todt, vestiam ternos escuros com o emblema da Ferrari no bolso.

O Globo Online

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João Paulo II: Integração exige afirmar própria identidade e reconhecer a de outros

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Cidade do Vaticano, 17/1/2005

Durante a reza do Ângelus, o Papa João Paulo II se referiu ao equilíbrio entre a afirmação da própria identidade e o reconhecimento de identidade de outros como requisito para a integração entre os povos, com motivo da Jornada Mundial do Imigrante e o Refugiado. “A integração entre os povos requer um justo equilíbrio entre a afirmação da própria identidade e o reconhecimento da dos outros”, disse o Papa. Também fez referência à Jornada para o Diálogo Judaico Cristão que terá como tema Cristo, único fundamento da Igreja”. “Convido a cada comunidade a mostrar sinais significativos de encontro e de diálogo ecumênico e a implorar a Deus o dom da plena unidade de todos os discípulos de Cristo”, assinalou. Finalmente encomendou à Virgem Maria o desenvolvimento de ambos os importantes eventos eclesiásticos. “Que sua maternal intercessão ajude os cristãos a formar um só coração e uma só alma e a todos os homens a crescer na solidariedade, para construir um mundo de paz”.

Aci Digital

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Cardeal de Florença convida os pais a serem «exemplo de sobriedade televisiva»

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Florença (Itália), 17/1/2005

Um alerta dirigido aos pais foi lançado pelo cardeal Ennio Antonelli, pois «não se detecta quanto a televisão entrou a formar parte da vida e quanto condiciona o ambiente familiar», as relações interpessoais, «a organização do tempo, o modo de pensar e de ver o mundo» e «as opções de comportamento». Este ano, a carta pastoral de Páscoa do arcebispo de Florença - que os párocos levarão casa por casa - oferece sugestões para ajudar a conviver com esse «hóspede fixo que é a televisão», que está ativa muitas horas ao dia». Nesse tempo, «enche as mentes de histórias, de personagens, de modelos, de escalas de valores, de anúncios», e «sugere através de sensações e emoções contínuas em prejuízo a reflexão e da capacidade crítica», até o ponto de que «nossa experiência da realidade já se faça mista, em parte direta e em parte midiática», sublinha o prelado. Seu uso excessivo não só pode criar «dependência psíquica», mas tira um «tempo precioso» a «atividades importantes, ao encontro e colóquio entre as pessoas, a estar juntos, a brincar juntos», de forma que «paradoxalmente - assinala -, enquanto se estende o contato com as coisas se permanece prisioneiro da solidão». Mas são os menores aqueles sobre os quais a televisão exerce especialmente «sua influência, positiva ou negativa», revelando-se como um «potente meio de educação ou deseducação» em «personalidades em vias de formação», adverte o purpurado italiano. Nos jovens, a pequena tela «incide em suas inclinações, em sua afetividade, em suas atitudes e capacidades, em suas ansiedades e temores», «em seu próprio comportamento, dado que por tendência natural aprendem olhando e imitando», recorda. Daí o risco de «contaminação espiritual» que podem sofrer crianças e adolescentes, que recebem «modelos fugazes a imitar», ou são introduzidos «sem graduação alguma no mundo afetivo e sexual dos adultos», por citar dois exemplos. Até «Deus está ausente ou marginalizado na quase totalidade dos programas televisivos e por isso tende a fazer-se irrelevante também no pensamento e na vida de muitas pessoas», lamenta o arcebispo de Florença. Mas a televisão «não é uma janela aberta diretamente à realidade», e assim sugere o prelado que o expliquem os pais a seus filhos, pois a televisão também oferece «um ponto de vista parcial e artificial». «Diz o Papa - escreve o cardeal Antonelli - que também às crianças se pode ensinar que os meios de comunicação são produzidos por pessoas que querem transmitir mensagens que convidam a comprar produtos e a ter comportamentos prejudiciais para elas, que as crianças não devem crer ou fazer tudo o que vêem». Para fazer um uso «moderado, crítico, vigilante e prudente» dela, o cardeal Antonelli sugere aos pais que limitem «severamente a quantidade de tempo dedicado à televisão» e que sejam eles mesmos «exemplo de sobriedade televisiva». Aponta também a conveniência de situar a televisão - e também o computador - só em lugares comuns da casa, e que no possível os pais vejam a televisão junto a seus filhos, aproveitando para tentar «redimensionar» um programa se esteja fora «deseducativo», «ativando o diálogo» com os jovens. «Confrontai - convida os pais - os ideais propostos pelos programas televisivos com os da família e fazei notar a conformidade ou a discrepância». Finalmente o purpurado recorda a possibilidade na Itália de dirigir-se ao comitê correspondente do Ministério de Comunicações se entre as 7h e 22h se emitem programas gravemente deseducativos dado seu conteúdo violento, vulgar ou pornográfico, e observa que «um consistente movimento dos usuários pode condicionar os diretores e programadores».

Zenit.org

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Papa mantém um intenso calendário de celebrações litúrgicas até a Páscoa

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Cidade do Vaticano, 17/1/2005

Apesar de seu frágil estado físico, João Paulo II mantém um intenso calendário de celebrações litúrgicas que culminarão em 27 de março com a Páscoa da Ressurreição. O calendário, publicado esse sábado pela Sala de Imprensa do Vaticano, prevê cinco celebrações litúrgicas no mês de fevereiro, quando começa a Quaresma, e oito no mês de março, concentradas de maneira particular no tríduo pascal. O pontífice mantém também o habitual ritmo de audiências gerais das quartas-feiras, o encontro com os peregrinos por ocasião do Angelus nos domingos e festas, assim como as audiências privadas. Esta segunda-feira, os bispos da Espanha começam sua qüinqüenal visita «ad limina apostolorum». Em 2 de fevereiro, festa da Apresentação de Jesus no Templo, Jornada da Vida Consagrada, o Papa presidirá a missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com membros de institutos de vida consagrada e de sociedades de vida apostólica. Em 8 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, participará na celebração da Palavra para a Imposição das Cinzas. Em 11 de fevereiro, memória da Virgem de Lourdes, saudará os enfermos ao final da emotiva missa que será presidida pelo cardeal Camillo Ruini, bispo vigário da diocese de Roma, na Basílica de São Pedro. Em 13 de fevereiro, domingo, começará os Exercícios Espirituais junto à Cúria Romana. Durante esta semana, o Papa se dedicará à oração e suspenderá suas audiências. Em 19 de fevereiro, participará na missa e adoração eucarística com a Cúria Romana ao concluir os Exercícios Espirituais. Em 17 de março, pela tarde, João Paulo II participará da adoração eucarística que se organizou por ocasião do encontro dos jovens da diocese de Roma com o Papa. Em 20 de março, Domingo de Ramos, participará na missa com a qual começarão as celebrações da Semana Santa. Para em 24 de março, Quinta-feira Santa, como todos os anos, estão previstas duas celebrações eucarísticas. Na manhã, o Papa participará na missa do Crisma, junto a todos os sacerdotes da diocese de Roma. Na tarde, começará o tríduo pascal com a missa na Ceia do Senhor. Em 25 de março, Sexta-feira Santa, o Papa assistirá à celebração da Paixão do Senhor, na basílica vaticana. Na noite, às 21h15, participará da Via Crucis que como todos os anos se celebrará no Coliseu. Em 26 de março, Sábado Santo, o Papa residirá a Vigília Pascal. Este ano, começará às 19h. Em 27 de março, Domingo de Páscoa, está prevista a eucaristia do dia, e depois pronunciará sua mensagem de Páscoa e enviará a benção «urbi et orbi» (à cidade e ao mundo). João Paulo II deverá visitar Colônia (Alemanha) por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em agosto. Declinou um convite a visitar seu país, Polônia, pois se trata de um tempo de eleições, segundo declarou oficialmente a Santa Sé. Os bispos irlandeses convidaram o Papa a visitar a ilha, mas pelo momento não se sabe se o Santo Padre poderá responder positivamente.

Zenit.org

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Vaticano saúda globalização da solidariedade

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Cidade do Vaticano, 17/1/2005

A tragédia que se abateu sobre 11 países do sudeste asiático no passado dia 26 de Dezembro, provocando mais de 168.000 mortos e milhares de desaparecidos, não deixou indiferente o resto da humanidade. Para o Vaticano, a resposta do mundo ao tsunami foi excepcional e demonstrou "a globalização da solidariedade". Para D. Silvano Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Genebra, depois das intervenções humanitárias, "é necessário que todos mantenham as promessas de financiar a reconstrução dos países afetados". Em entrevista do Vaticano, o prelado destacou "a necessidade de salvar os grupos mais vulneráveis, como as crianças" e vincou que "existe o risco de, quando os holofotes dos media se apagarem, o compromisso se atenue, como já aconteceu noutros desastres naturais". "A reconstrução é uma fase muito importante porque deve envolver as comunidades locais, chamadas a estabelecer as suas prioridades e evitar que as verbas se dispersem em projetos inúteis ou na corrupção", assinalou ainda.

Font, Agência Ecclesia

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Papa alenta «gestos significativos» de diálogo ecumênico

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Cidade do Vaticano, 17/1/2005 - 06:57

João Paulo II encorajou este domingo «gestos significativos» «de diálogo ecumênico» em vésperas da celebração da anual Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. O evento, que se celebrará em quase todo o mundo --com a exceção de alguns países do hemisfério Sul-- entre 18 e 25 de janeiro, prevê encontros de oração ecumênicos em torno ao tema escolhido para este ano: «Cristo, fundamento único da Igreja». «Convido toda comunidade a oferecer gestos significativos de encontro e de diálogo ecumênico e a implorar de Deus o dom da unidade plena de todos os discípulos de Cristo», afirmou ao meio-dia antes de rezar a oração do Angelus junto a vários milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro, no Vaticano. O bispo de Roma, que considera que Maria pode reunir como mãe os discípulos de Cristo separados em diferentes confissões religiosas, concluiu desejando que «sua materna intercessão ajude os cristãos a formar um só coração e uma só alma». O texto dos materiais da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos pode ser lido no site do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos . Pela primeira vez na história, o Conselho Ecumênico das Igrejas e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos decidiram que estes textos em francês e em inglês fossem publicados conjuntamente e apresentados em um mesmo formato. Zenit.org.

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João Paulo II defende integração dos migrantes

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Cidade do Vaticano, 17/1/2005

João Paulo II apelou a uma integração autêntica dos migrantes, recordando o que escreveu na sua mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado neste Domingo. "Celebrou-se ontem (16 de Janeiro) em toda a Igreja o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Na mensagem que escrevi para esta circunstância, quis sublinhar a importância da integração entre os povos", disse o Papa antes da oração do Angelus, na Praça de São Pedro. Na sua curta intervenção, João Paulo II vincou que a integração requer um justo equilíbrio entre a afirmação da própria identidade e o reconhecimento da dos outros". A mensagem do Papa para este dia, divulgada a 9 de Dezembro passado, referia que "a integração não é uma assimilação, que leva a suprimir ou a esquecer a própria identidade cultural". O texto critica duramente os modelos os modelos de assimilação, "que tendem a fazer do diverso uma cópia de si mesmo", e os modelos de marginalização, "com atitudes que podem chegar até às opções do apartheid". "O caminho a percorrer é o da integração genuína, numa perspectiva aberta, que rejeite considerar apenas as diferenças entre os imigrados", aponta João Paulo II. Cerca de 175 milhões de pessoas vivem num país diferente daquele em que nasceram e, destes, estima-se que 56 milhões se encontrem na Europa, 50 milhões na Ásia e 41 milhões na América do Norte. Ontem, o Papa deixou uma "saudação cordial" a todos os imigrantes e deixou votos que, através do diálogo, "cresça a simpatia e a compreensão entre as diversas culturas". Fonte: Agência ecclesia

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