Doutrina Católica

DOUTRINA CATÓLICA

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¨A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Roga, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.¨ (Mateus 9.37,38)

"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15).

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Recordando Beata Alexandrina , Arcebispo desafia os cristãos a reagir ao pecado

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Portugal, 14/10/2005

Os cristãos foram ontem desafiados pelo Arcebispo de Braga a reagirem ao pecado através da força que a fidelidade ao amor de Deus impõe. D. Jorge Ortiga, que presidia à celebração eucarística que assinalava os 50 anos da morte da Beata Alexandrina, em Balasar, exortou as centenas de pessoas que encheram por completo a igreja paroquial a «gravarem no coração o amor de Deus» e a serem fiéis a esse amor «mesmo arriscando a própria vida». Na homilia, o prelado bracarense salientou que, se no coração dos cristãos estiver gravado o amor da Santíssima Trindade, «nada nem ninguém o apagará». «Podem vir tormentas e tempestades que nada no mundo o paga ou corrompe, porque não há concorrência possível para esse amor», acrescentou.

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Oitenta anos de Dom Aloísio Lorscheider

Dom Aloísio Lorscheider ao chegar a Fortaleza, em 1973, dizia que ''a Arquidiocese não é o feudo do bispo'', para depois completar que ''o laicato é a grande esperança da Igreja''. (...) Nos 22 anos em que esteve como arcebispo de Fortaleza, Dom Aloísio demonstrou pela prática que era mais do que um religioso altamente conceituado pelos dotes intelectuais e idéias progressistas no campo social.

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Festa pela beatificação do «Rei Santo»

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Cidade do Vaticano, 4/10/2004

O Imperador Carlos de Áustria, ontem beatificado pelo Papa, pode ser uma figura polémica na sua terra natal, dividindo opiniões, mas para os madeirenses – que ainda em vida já o chamavam “o rei santo”, - ele é o “homem da paz” que João Paulo II destacou na sua homilia.

O Bispo do Funchal, D. Teodoro de Faria, presente no Vaticano para a cerimónia de beatificação, considera que “os santos têm sempre influência na pastoral duma diocese, de acordo com o seu carisma especial.”

Falando ao Jornal da Madeira sobre a vida do novo beato, D. Teodoro de Faria descreve-o como “o grande construtor da paz, no fim da primeira Grande Guerra. Lutou por isso e, como diz o texto da Congregação, de todos os chefes de estado nessa ocasião, foi ele que atendeu melhor o pedido do Papa por esta paz, e que se sacrificou por ela até ser exilado.”

O exemplo de Carlos de Áustria, segundo o bispo do Funchal, estende-se ainda ao campo da vida espiritual. “Foi um homem da Eucaristia , da adoração. Foi um grande devoto do Coração de Jesus, o sinal do amor. E ele procurou amar no meio dos sofrimentos, perdoando aos seus inimigos que o destruíram toda a sua vida e o seu Império, procurando ver em tudo isto a vontade de Deus”, revela.

Sobre a presença do túmulo do Imperador na Madeira, a família já garantiu que este ficará no Monte.

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« CREDO SANCTAM ECCLESIAM CATHOLICAM »

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Côn. Vidigal - Gnose cristã

4/10/2004

O gnosticismo é uma corrente religiosa eivada de erros e que remonta aos tempos antes da vinda de Cristo. Sua origem é o sincretismo religioso oriental e a mística helênica. Com o surgimento do cristianismo ganhou relevo, dado que cumpria eximir a sã doutrina evangélica de todos os equívocos doutrinários.

Marcou um momento crucial na História da Igreja primitiva e, século II afora, exerceu uma influência deletéria muito acentuada. Os falsos gnósticos pretendiam orgulhosamente oferecer um conhecimento superior (gnose) ao da fé cristã, dando uma solução ampla aos problemas que sempre prenderam a atenção do espírito humano, a saber, entre outros, a origem do mal, a gênese do mundo criado, o processo de salvação, a beatitude. Daí uma série de heresias, sendo que centenas de correntes gnósticas pulularam por toda parte, bem como seitas afins.

Fanáticos chegados aos gnósticos causaram turbulência, mas o Magistério da Igreja sempre combateu todas as falsidades, condenando os erros então espalhados. Dos mais perniciosos foi o maniqueísmo ou gnose persa, uma mescla de elementos babilônicos, caldeus, budistas, judeus e cristãos. Ontem, hoje, amanhã e sempre haverá o joio misturado com o trigo e Cristo já havia advertido sobre este fenômeno.

Não se pode nunca dar férias ao senso crítico e deve estar o cristão atento aos desvios doutrinários dogmáticos ou éticos. Entretanto, o que não se pode é ver gnosticismo onde só paira a verdade límpida revelada por Deus. Ridículo ficar catando heresia nos textos dos Concílios Ecumênicos aprovados pelos Papas, tanto mais que passaram sob o crivo de teólogos abalizados, tendo sido publicados após estudos aprofundados de especialistas nas mais diversas províncias filosóficas e teológicas.

Entretanto, apesar do termo gnosticismo estar sempre sob suspeita, se pode, na linha de Clemente de Alexandria, falar no gnóstico cristão, pois é possível uma gnose evangélica correta, contrária à herética. Tito Flávio Clemente era natural de Atenas, tendo exercido profícuo magistério em Alexandria.

Foi Clemente o fundador de uma ciência teológica cristã no pleno sentido do termo. Entre seus escritos se acham os "Stromata", na qual aborda o tema da gnose cristã. Não se trata o gnóstico cristão de um estóico fatalista que tem uma concepção mórbida do sofrimento, renunciando aos desejos em vista da impossibilidade de sua realização, mas, sim, de um cristão que encontra na caridade a satisfação de todos os seus mais íntimos anseios. Neste sentido procura estar isento de paixões.

O amor a Deus e ao próximo e o conhecimento das verdades reveladas às quais dá adesão pela fé é o ideal perquirido por ele. Para Clemente a gnose consiste na fé perfeita e, por isto, todo cristão é um gnóstico, dado que a fé nem sempre atinge a perfeição. Tanto isto é verdade que está registrada no Evangelho a valiosíssima prece dos discípulos: "Senhor, aumenta-nos a fé" (Lc 17,5).

O gnóstico procura atingir neste mundo o máximo grau de perfeição acessível ao homem dentro da norma de Cristo: "Sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48). Em síntese, o gnóstico cristão ama a Deus em atenção a Ele mesmo e sem o menor egoísmo, ou seja, está compelido para ser bom, consoante a imagem e semelhança de Deus, já que possui em si uma semente divina. Tudo converge então para o conhecimento e amor do Ser Supremo no "Qual existimos, movemos e somos", conforme está nos Atos dos Apóstolos (At 17,28).

É lógico que o verdadeiro cristão reconhece a transcendência divina e sabe ser um ente contingente, sendo o Criador o Ser Necessário. Daí a paz interior que goza aquele que busca a perfeição. Ensina Clemente: "Ser gnóstico ou perfeito, portanto, significa estar livre de toda agitação da alma. Pois o conhecimento produz o domínio de si próprio, e este, fixando-se numa disposição ou estado durável, tem por efeito a apatia, e não a simples moderação das paixões; pois a apatia é o fruto da completa extinção dos apetites" (cf. Stromata 71, 1 - 75,3).

Neste trecho ainda esta passagem: "Não está, pois, sujeito à cobiça, nem a qualquer outro desejo, e não sente falta de coisa alguma, pelo menos no que respeita à alma; pois já se encontra unido ao seu amado pela caridade, e inseparavelmente ligado a ele por sua própria escolha; aproxima-se progressivamente dele, graças ao seu autodomínio; sente-se feliz na abundância dos seus bens e esforça-se por assemelhar-se o mais possível ao Mestre pelo domínio das Paixões!"

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