DOUTRINA CATOLICA

Doutrina Católica
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Históricos da Arquidiocese de Niterói

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A Diocese de Niterói foi erigida pelo Papa Leão XIII a 27 de abril de 1892, através da Bula Ad universas orbis Ecclesias,a cuja jurisdição se subordinava o Estado do Espírito Santo. A Diocese do Espírito Santo seria criada pelo citado Papa a 15 de novembro de 1895, pela bula Sanctissimo Domino Nostro, desmembrada da Diocese de Niterói, sendo seu Administrador Apostólico (de 1895 a 1897) o 1º Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, D. João Esberard. A razão de não ter sido Administrador Apostólico o 1º Bispo de Niterói, D. Francisco do Rego Maia foi de a sede de Niterói ter sido transferida, a 6 de junho de 1895, para a cidade de Campos, "pro tempore", tomando posse a 2 de julho, na Igreja de São Francisco da Penitência, constituída Catedral, em virtude de decreto de Leão XIII, permanecendo, todavia, com o nome de Diocese de Niterói. Em conseqüência da Revolta da Armada, no tempo de Floriano, já havia D. Rego Maia fixado residência em Nova Friburgo, onde permaneceu durante um ano e três meses. A 16 de julho de 1897, Leão XIII, desmembrando Petrópolis da Arquidiocese do Rio de Janeiro, tendo o referido D. Francisco do Rego Maia aí tomado posse a 12 de setembro do referido ano. Note-se que o Governo do Estado, dada a grave situação com a cidade bombardeada, já havia transferido a Capital do Estado (Niterói), provisoriamente, para Petrópolis, em 1894, e pela Lei nº 89, de 1º de outubro do mesmo ano, a permanência foi dada como definitiva, e, para sede do Executivo, foi adquirido o Palácio Rio Negro, que depois passaria a União. As finanças do Estado estavam muito abaladas. Quintino Bocaiúva afirmava ter recebido uma verdadeira "massa falida", e não um Estado para governar. Todavia, o povo anelava por fazer regressar a sede do governo para Niterói, o que se deu ainda no governo Bocaiúva. Seu sucessor, o senador Nilo Peçanha, adquiriu para sede do governo o Palácio do Ingá. D. Francisco do Rego Maia continuou, entretanto, a residir em Petrópolis, pois a sede episcopal só voltaria para Niterói a 25 de fevereiro de 1908, por decreto do Papa Pio X. A Diocese de Niterói foi elevada a Arquidiocese e sede metropolitana pelo Papa João XXIII, a 26 de março de 1960, graças à Bula Quandoquidem verbis, tendo sido seu 1º Arcebispo D. Antônio de Almeida Moraes Júnior.

O titular da igreja Catedral e Padroeiro da Arquidiocese é São João Batista, sendo também Nª. Srª. Auxiliadora Padroeira, "aeque principalis".

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A Arquidiocese tem como Padroeiros São João Batista e Nossa Senhora Auxiliadora (Padroeira "Aeque Principalis" da Arquidiocese). A 19 de março de 1991, foi consagrada a São José, por Dom Carlos Alberto Navarro.

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Bispos de Niterói

D. Francisco do Rego Maia (1894-1901)

D. João Francisco Braga (1902-1907)

D. Agostinho Francisco Benassi (1908-1927)

D. José Pereira Alves (1928-1947)

D. João da Matha Andrade Amaral (1948-1954)

D. José de Almeida Batista Pereira (1954-1955 - Bispo Auxiliar)

D. Carlos Gouvêa Coelho (1954-1960)

D. Antônio de Almeida Moraes Júnior (1960-1979 - 1º Arcebispo)

D. José Gonçalves da Costa, CSSR (1979-1990 - 2º Arcebispo)

D. Paulo Lopes de Faria (1980-1983-Bispo Auxiliar)

D. Carlos Alberto Etchandy Gimeno Navarro (1990-2003 - 3º Arcebispo)

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Dom Alano receberá o pálio no dia 29 ::

Todos os anos, no dia 29 de junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa entrega o pálio aos novos Arcebispos Metropolitanos durante uma concelebração eucarística. O pálio é uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas, colocadas sobre os ombros e que tem duas partes que caem sobre o peito e as costas. Somente o Papa e os Arcebispos Metropolitanos o carregam. Este ornamento é um símbolo de autoridade e manifesta a estreita união com o Sumo Pontífice. A faixa também é símbolo da ovelha perdida que o Bom Pastor põe nos ombros e reconduz ao rebanho (uma parábola contada por Jesus Cristo). Na solenidade deste ano, um dos agraciados será o Arcebispo de Niterói, Dom Frei Alano Maria Pena, OP. Ele foi nomeado em 24 de setembro do ano passado, e até então era Bispo de Nova Friburgo, diocese sufragânea à Arquidiocese de Niterói, assim como as de Petrópolis e Campos. Os pálios são confeccionados, seguindo-se uma centenária tradição, com a lã de alguns cordeiros brancos abençoados pelo Papa na festa litúrgica de Santa Inês (21 de janeiro). Um dos cordeiros vai enfeitado com flores brancas, símbolo da virgindade da santa, e outro com flores vermelhas, símbolo do seu martírio. Depois da bênção, no dia de São Pedro e São Paulo, os pálios são colocados numa arca sob o Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro, onde permanecem durante um ano, até serem concedidos. Os Arcebispos usam o pálio somente nas suas Arquidioceses e nas ocasiões que especifica o "Pontifical" (um texto litúrgico com os ritos das funções episcopais, com exceção da Missa e do Ofício Divino). Trata-se de uma insígnia litúrgica de "honra e jurisdição".

Santa Inês

O corpo de Santa Inês, cujo nome latino (Agnes) se associa à palavra em latim para cordeiro (agnus), está enterrado na basílica a ela dedicada, na Via Nomentana, em Roma, e é para lá que são levados os cordeiros (símbolo da santa), após a bênção papal. Os Monges Trapistas da Abadia das Três Fontes é que criam os cordeiros, e os pálios de lã recém-tosquiada são tecidos pelas Monjas Beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília (em Roma). A santa que a Igreja venera em 21 de janeiro é, sem dúvida, a mais famosa de todas as virgens e mártires dos primeiros anos do Cristianismo. Viveu por volta de 304-360. Com a idade de 13 anos, recebeu uma proposta de casamento por parte do filho do prefeito de Roma, apaixonado por sua beleza, mas ela recusou. Conta a tradição que, por vingança, Santa Inês foi condenada à fogueira, mas o fogo não tocou nem mesmo os seus longos e belos cabelos. O Papa São Dâmaso escreveu sobre ela, exaltando-lhe as virtudes e propondo-a como modelo para as jovens cristãs de todos tempos.

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Caríssimos Irmãos e Irmãs,

A celebração litúrgica da Festa de Pentecostes ofereceu-nos excelente oportunidade para a revitalização dos dons recebidos no sacramento da Crisma, pela bondade do Senhor. Foi o momento de realizarmos, ainda mais fortemente, a experiência do amor de Deus em nossa vida, assim como nos explica o Apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: "O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado "(Rm 5,5)! A "fogueira de amor" do coração do Senhor Jesus deseja expandir-se sobre nós, manifestar-se a nós, como luz, calor, força e esperança perpassando a trama dos fatos que integram nosso cotidiano, dando-nos razões para viver, para recomeçar cada dia nossa jornada. Assim como em Maria, Mãe de Deus e nossa, o Espírito Santo quer agir em cada um de nós, encorajando-nos a abrir inteiramente o coração para abraçar com fé a santa vontade de Deus: "Faça-se em mim segundo a vossa palavra!" (Lc 1,38). Esta foi a atitude também de São João Batista, o Precursor e Mártir, que não vacilou em "preparar os caminhos do Senhor" humilde e firmemente, tornando-se modelo para todos nós, escolhidos que fomos para dar testemunho do Senhor Jesus no mundo em que vivemos. Esta foi, igualmente, a atitude dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, que não vacilaram um instante sequer em testemunhar com seu martírio, em Roma, o senhorio absoluto de Jesus Cristo. Também a nós o Senhor chama, pelo Batismo, a adorá-lo e glorificá-lo, dando testemunho d'Ele, pela vivência de nossa fé católica, com coragem e ardente paixão, ainda que isso nos custe grandes sacrifícios. Destaco um campo bem característico deste testemunho de fé, ora exigindo coragem e convicção sólida: a expressão de nosso "ser Igreja de Cristo" mediante a total e irrestrita comunhão de Fé e Obediência com aquele que, no lugar de Pedro, como Bispo de Roma, nos preside na caridade de Cristo e é sinal visível de unidade da Igreja. Em dias de tanta turbulência faz-se mister escutar a Voz do Senhor na voz do Sucessor de Pedro, acatando suas preciosas diretrizes, seus ensinamentos sábios e ricos de conteúdo. Esta íntima e sincera comunhão com Pedro, hoje João Paulo II, deve se fortalecer sempre mais em nosso espírito e coisa alguma - críticas, contestações, ironias ou agressões - deve nos intimidar ou desanimar no testemunho de eclesialidade que devemos dar. Sejamos firmes, transparentes, claros no modo de ser a Igreja de Jesus Cristo, essencialmente eucarística, enraizada na unidade do Episcopado em sua comunhão com o Bispo de Roma, sinal visível da unidade de todos os Batizados.

[Junho de 2004]

+ Dom Frei Alano Maria Pena, O.P.

Arcebispo Metropolitano de Niterói

Fonte Arquidiocese de Niterói

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